O retorno do Herdeiro de Grifi



- Rony por Merlin, o que esta acontecendo com você?
Molly sacudia o filho e depois o soltava sem saber o que fazer. Os olhos de Rony estavam rubros e ele parecia sentir muita dor.
-Merlin me ajude! – Molly estava com o rosto molhado pelas lagrimas de desespero.
Rony se contorcia na cama e chegava a gritar algumas vezes. Mas o mais surpreendente foi quando Rony começou a falar.
- Malfoy... Você não vai fazer isso! Eu não vou deixar! Nem você e nem ninguém vai encostar um dedo em Hermione ou qualquer um deles.
Molly encarou o filho. Ele estava falando com Malfoy, esse deveria ser o motivo da febre misteriosa. Mas porque isso nunca aconteceu antes?
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-Weasley seu idiota – zombou Draco – Você não vai nos impedir! Herdeirinho de meia tigela.
O Bisavô de Draco estava sentado em uma poltrona na sala encarando o bisneto com um sorriso maldoso. Sentia-se vivo novamente. Graças as Artes das Trevas, pode voltar à vida e dar ao bisneto a chance de acabar com aqueles que o levaram a desgraça.
Draco sorria com seu par de olhos verdes esmeralda ao ver a situação de Ronald na cama. Como sofria, isso era bom de ver. Poderes que só Voldemort teve, agora ele também tinha. Projetava imagens terríveis na mente de Rony. Iria enlouquecer o Weasley.
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-Mãe – gemeu Rony – onde esta Mione?
-Estou aqui! – a garota entrou como um furacão pelo quarto. Ajoelhou-se ao lado da cama e encarou Rony – O que esta acontecendo com você?
-Malfoy! – Rony começou a chorar – Ele quer acabar com todos nós. Especialmente comigo e Harry. E a mais eficiente maneira é matando você e Ginna. – Rony sentou-se na cama e enxugou as lagrimas com a camisa.
-Rony – Harry sentou-se na cama junto com Hermione – Como você sabe disso?
-Você lembra – ele começou ainda meio choroso – da sua ligação com Voldemort?
-Como poderia esquecer!
Rony sorriu e continuou.
-Eu não sei como e nem porque, mas esta acontecendo o mesmo comigo e Draco. Ele esta na mansão dos Malfoy e tem mais alguém com ele.
-Augusta. – falou Ginna – Ela esta sumida, é provável que esteja com ele.
-Não era Augusta. Era outra pessoa. Um homem.
-Um homem? – perguntou Hermione – Que homem? Todos os Malfoy morreram, menos Draco e Augusta. Quem poderia ser?
-Pensei – Rony parou um pouco de falar imaginado a reação de Mione ao ouvir o que ele tinha pra dizer – na historia que Xenófilo contou. De um corpo adormecido que...
-Rony não! – Hermione se levantou nervosa – Nem cogite esta historia.
-Mas Hermione...
-Não!
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Molly estava na cozinha, escrevendo uma coruja para Artur para informar a situação de Rony.
-Errol – ela chamou a coruja que veio voando em sua direção – Leve para Artur.
Molly viu a coruja desaparecer no horizonte. Preferiu Errol a Pichintinho, porque as noticias não eram tão urgentes.
-Não Rony! – Molly ouviu Hermione gritar. Pareciam estar discutindo. Subiu correndo as escadas. Não queria que Rony passasse nervoso, ainda estava um pouco cansado da noite passada.
-O que esta acontecendo?
-Nada mãe. – disse Rony – É só Hermione que não quer enxergar o que esta na frente dela.
-O que é?
-Mãe – Rony tentou levantar, mas não conseguiu. Estava meio tonto. – Você se lembra da historia de Xenófilo?
-Lembro, mas o que... – Molly parou um pouco para pensar – espera. Você não esta achando que...
-Isso.
-Sra. Weasley me desculpe, mas não me diga que acredita nisso? É absurdo.
-Por que não? Hermione, você convive com Luna há sete anos, deveria saber das coisas que ela e o pai acreditam. Que parecem absurdas todos sabe, mas que se mostraram reais algumas vezes.
Hermione sabia que estava derrotada. Não tinha mais porque discutir.
-Vou falar com Xenófilo – Rony se levantou ainda zonzo. Quase caiu, mas foi amparado por Harry.
-Ei, ei. Você não vai a lugar nenhum! – esbravejou Molly.
-Ron, sua mãe tem razão.
-Tenho que ir falar com ele. Já não me bastava minha mãe, agora você também Hermione?
-ENTÃO PELO MENOS NÃO VÁ SOZINHO!!!
Rony deu um passo pra trás assustado com o grito repentino de Mione.
-Eu vou com ele Mione – disse Harry – Cuido dele.
-Obrigada Harry – agradeceu Ginna sorrindo.
Harry corou e se sentiu um bobo por ter essa reação.
Quando Molly, Harry e Ginna desceram para a sala esperando Rony, Hermione encarou o namorado. Virou as costas e ia saindo...
-Hermione espera. – Rony puxou Mione pelo braço. – Desculpa. Mais uma vez fui grosso com você sem motivo. Perdoa-me.
-Tudo bem. – respondeu à jovem sorrindo – Sei que não é de propósito. Você esta nervoso, com medo...
-Eu não to com medo. Quer dizer – Rony começou a ficar com seu habitual vermelho-pimentão. – to sim. Pelos meus pais, minha irmã e por você. Desculpa ta? Vou me cuidar.
-Ok – Hermione abraçou Rony e lhe deu um beijo no rosto.
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-Xenófilo – disse Hefesto olhando para Draco e Augusta. – De que família ele é?
-Os Lovegood. – respondeu Draco – Um bando de malucos.
-Não Draco, malucos não. Excêntricos. Tem um conhecimento de lendas bruxas de fazer inveja. Deveriam ser mais respeitados e levados a serio, mas muitos pensam que tudo que se tem para aprender está nos livros, o que é um grande erro.
-Como assim? – perguntou Draco.
-A menina de sangue-ruim não acredita nos Lovegood.
Draco concordou com a cabeça.
-Grande erro. Se eu fosse você Augusta iria fazer uma visita a casa dos Potter. E você – Hefesto olhou para Draco – Vá ate Xenófilo fazer companhia a ele, o Weasley e Potter.
-E você? - Perguntou Augusta
-Vou até a casa dos Weasley. Quero conversar com Molly e Artur e conhecer a jovem Ginna.
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Harry e Rony aparataram na colina em que ficava a casa dos Lovegood.
-Será que Xenófilo esta em casa? – perguntou Harry ao ver todas as janelas apagadas.
-Tem que estar. – respondeu Rony – Luna não esta totalmente recuperada, ele não poderia sair.
Os dois se dirigiram até a porta. Um silencio tomou conta da colina. Harry encostou o ouvido na porta pra ouvir algum barulho dentro da casa.
-Acho que não tem ninguém.
-Tem que ter alguém – Rony bateu na porta enquanto falava – Xenófilo, Luna! Somos nós. Rony e Harry.
Mas não houve resposta.
Rony voltou a bater e depois de cinco minutos de espera, passos chegaram ao ouvido da dupla do lado de fora.
-Olá garotos – cumprimentou Xenófilo ao abrir a porta – Venha entrem. Acabei de fazer um chá.
Os garotos entraram. Olharam-se. Algo estava errado, Xenófilo era educado, mas não tão simpático.
-Luna esta dormindo. Ainda não se recuperou do que aconteceu. – o pai de Luna sorriu. Um sorriso estranho que deixou Harry e Rony ainda mais intrigados. – Aquele Malfoy, terá o que merece.
-Sim terá – respondeu Harry meio sem graça.
-Onde esta Hermione? – perguntou Xenófilo da cozinha.
-Ham, ficou em casa – respondeu Rony.
Xenófilo voltou com a bandeja com três xícaras e o bule de chá.
-Apesar de Hermione não acreditar em nós, gostamos dela. Eu e Luna.
Aquele papo estava estranho. Não parecia Xenófilo.
Um barulho estranho fez Harry e Rony se levantarem e tirarem as varinhas do bolso.
-Acalmem-se. É só um gato que Luna pegou para criar. Mas por que estão aqui?
-Nós precisamos de mais detalhes sobre o ocorrido com Draco Malfoy – respondeu Rony – Essa noite, me senti muito mal e nessa tarde aconteceu uma coisa nova... – Rony parou ao ter a sensação de ter visto um sorriso no canto da boca do pai de Luna. – Consegui ver Malfoy em sua casa com Augusta e alguém que não conheço.
-CHEGA RONY! – gritou Harry de pé com varinha em punho – Esse não é Xenófilo.
-Como assim? O que esta dizendo Harry?
-Xenófilo nunca me chamou pelo primeiro nome e Luna é alérgica a gatos.
-Alérgica a gatos? – falou Rony meio sorrindo – Como uma bruxa pode ser alérgica a gatos?
-Não faço idéia. Disse uma vez pra mim e Ginna. Se fosse mesmo o pai dela, ele saberia.
-Se não é Xenófilo, quem é você? – perguntou Rony apontando a varinha para o pescoço do estranho.
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Ginna a pedido de Harry, saia da faculdade e ia pra Toca. Entendia a preocupação dele se ela ficasse sozinha no apartamento. E seu pai, Artur, concordara com Harry.
Na porta da Toca, quase entrando, Ginna ouviu uma voz diferente dentro da casa.
-Não se preocupe Molly – disse a voz – Não vou lhe fazer mal.
-Deixe-nos em paz! – Ginna sentiu na voz da mãe que ela estava preocupada.
-Mamãe – Ginna entrou correndo segurando a varinha dentro do bolso. – Esta tudo bem?
-Ora se não é a jovem Ginna – disse o homem de boa aparecia de olhos parecidos com os olhos de...
-Quem é você? – perguntou Ginna sentindo como se olhasse para um Draco Malfoy bem mais velhos.
-Sou bisavô de Draco e Augusta. Foi a mim que seu irmãozinho viu.
-O que você quer com meus filhos? – perguntou Molly vermelha de raiva.
-Só quero conhecer as jovens que roubaram o coração de Potter e o Herdeiro de Grifinoria.
-O que quer conosco? – perguntou Mione descendo as escadas.
-Conhecer vocês somente isso.
-Não acreditamos em você. – respondeu Ginna ríspida já tirando a varinha do bolso.
-Acalme-se mocinha. – respondeu Hefesto – Não farei nada com vocês se vocês não fizerem nada.
-Boa noite Weasleys... – a voz de Artur entrou alegre na sala e parou quando encontrou os olhos da visita – Você! Mas o que...?
-Boa noite Artur.
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Lilian estava sentada no sofá agoniada. A mesma sensação do dia em que Petúnia a Valter morreram.
-Boa noite ti... – Duda entrou e ia dizer tia quando Lilian o olhou preocupada – Ah, Lilian.
-Boa noite querido – respondeu Lilian – Você veio sozinho?
-Esperei Harry, mas ele não apareceu. Então resolvi voltar pra casa.
-Fez bem. Já esta tarde e não é bom ficar andando por ai. Agora me preocupo com seu primo.
Um estalo veio da cozinha. O aperto no coração de Lilian ficou ainda mais forte. A imagem de Harry veio à mente rápido. Onde estaria Harry?
-Fique aqui Duda, vou ver o que é.
Lilian andou meio receosa até a cozinha. Apoiou-se no batente e de uma olhada geral na cozinha. Ninguém. Lilian deu um sopro de alivio que não durou muito. Quando deu por si, estava com Augusta Andrews segurando seus braços nas costas e com a varinha em seu pescoço.
-Ola Lilian Potter – disse Augusta com um tom sarcástico – Como esta seu sobrinho órfão? E seu luto?
Lilian tentou livrar os braços. Não gostava de ouvir a palavra órfão, levando em conta que seu filho fora órfão durante dezessete anos de sua vida.
-E Tiago? Como ele está?

FLASH BACK
“-Estou avisando Augusta, se você se aproximar de Tiago mais uma vez...
-O que você vai fazer? Deixar meu cabelo com essa cor horrível de molho de tomate?
-Não me provoque – disse Lilian – Deixe-nos em paz. – Lilian deu as costas, mas ainda consegui ouvir:
-Nunca deixarei vocês em paz.”

Aquelas palavras voltaram a ecoar na mente de Lilian como ficaram na época em que Augusta as disse.
Augusta levou Lilian até a sala, onde estava Duda.
-Esse é o jovem órfão! – ela o olhou e sorriu.
Duda parecia não fazer esforço algum para tentar esquecer a cena em que seus pais o deixaram. Lembrava-se claramente do rosto daquela mulher.
-Largue ela! – disse Duda. – Você já tirou meus pais ela é a única família que tenho.
Lilian deixou escapar um lagrima ao ouvir o sobrinho disser isso.
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Xenófilo sorriu para Harry e Rony que tinham as varinhas prontas pra qualquer coisa
-Esperto Potter, esperto.
Xenófilo sentou-se no sofá e começou a se começou a se contorcer. Seu cabelo foi ganhando uma cor loira e a pele foi ficando pálida. Ele foi ficando mais magro e em segundos Draco Malfoy estava diante de Harry e Rony.
-Já imaginava – disse Rony.
-Imaginava? – perguntou Malfoy desdenhoso – mas como sempre, é Potter que desvenda os mistérios.
-Cale a boca Malfoy. – disse Harry.
-Ate te defender Harry faz.
Rony não disse nada. Harry achou estranho o amigo não ter reagido ainda. Porém Rony iria reagir, mas não como Draco e Harry esperavam.
-Harry – disse Rony com uma voz forte que assustou Harry – Luna e Xenófilo estão lá em cima, amarrados e amordaçados. Suba e os ajude.
Harry pensou em se opor para ajudá-lo, mas notou que o amigo não precisaria de ajuda. Os olhos azuis de Rony estavam se tornando lentamente vermelhos.
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-Saia da minha casa – urrou Artur – Agora. – Artur tirou a varinha das vestes e apontou para Hefesto.
-Acalme-se Weasley – Hefesto olhou desdenhoso para Molly, Ginna e Mione – Vim em missão de paz.
Artur não baixaria a guarda. Nenhum Malfoy apareceria em sua casa em missão de paz. Continuou com varinha em punho e os olhos firmes para o homem loiro.
Molly tentava de todas as formas sustentar o olhar de Artur. Ginna e Mione seguravam as varinhas baixo, prevenidas.
-Olhe Artur, sua família tem sido desaprovada durante muitas gerações pela amizade com trouxas e confraternizações com sangues-ruins. Vocês tinham tudo para ser uma família da elite. Mas assim vocês preferiram. E ainda acolheram e entregaram sua filha ao garoto que acabou com o Lorde das Trevas...
-Voldemort – disse Ginna sem medo algum.
-Não diga...
-Ele já não existe mais – respondeu a garota ríspida – e Harry me ensinou a não temer o nome dele.
-Garotinha insolente...
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-LILIAN – gritou Tiago ao entrar na casa e ver a mulher sendo subjugada por Augusta.
-Tiago – disse Augusta com um sorriso no rosto – Como é bom ver você.
-Tio... – Duda corou – Tiago é ela. Foi ela que matou meus pais. E agora quer acabar com a única coisa que me sobrou.
Duda não contara, mas ele sentia-se bem com os Potter. Via uma mãe em Lilian e um pai em Tiago. Emocionava-se em ver os olhos de Harry nas manhas que passou naquela casa, todos os dias quando ele acordava. Estava feliz. Os pais o repreendiam, mas mesmo assim Harry estava feliz.
-Tiago – disse Augusta – estava pensando: Lilian sempre foi o obstáculo que nos separou não acha?
Tiago viu nos olhos de Augusta que ela não estava bem. Estava enlouquecendo. Isso era loucura.
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Harry subiu as escadas correndo. Ouvia Luna e Xenófilo bater os pés desesperados.
-Calma – disse Harry já no fim da escada – Vou tirar vocês daí.
Harry parou um estante pra tentar ouvir o que acontecera lá em baixo.
-Finalmente você deu as ordens Weasley. – disse Draco maldoso.
-Todo mundo tem sua hora Malfoy. – Rony depois de alguns minutos em silencio encarou Malfoy pela primeira vez. Seus olhos rubros fizeram Draco dar um salto pra traz.
-Mas o que esta acontecendo? – perguntou Draco assustado. – O que é isso em seus olhos Weasley?
-Esta com medo Malfoy? – Rony colocou a varinha no pescoço de Malfoy. – Você sempre teve medo dessas coisas não é?
Draco não sabia o que dizer. Pensou ter visto muito rápido, Hermione nos olhos de Rony. Então era isso! Granger era o que dava força e coragem ao Weasleyzinho.
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Para Mione, a melhor solução era sair de lá. Rápido. Levar Ginna com ela. Ir atrás de Harry e Rony. Mas não podia deixar o Sr. e a Sra. Weasley pra trás.
-Ginna – cochichou Mione enquanto Artur discutia com Hefesto – Precisamos sair. Avisar os garotos.
-Mas e meus pais? – disse Ginna preocupada.
-Pensei nisso. Mas...
Hermione parou de falar quando ouviu o corpo pesado do Sr. Weasley cair imóvel no chão.
-Ah Merlin – Molly se jogou sobre o marido. – Artur responde. ARTUR.
Ginna, pálida, encarou Hefesto. Puxou Molly pelo braço e com Hermione, que segurava na mão de Artur, aparatou com destino a casa dos Lovegood. Tinham que avisar Harry e Rony.
Mas o que elas não esperavam é que Malfoy sabia o seu destino.
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Harry subiu e ajudou Luna e Xenófilo a se soltarem.
-Obrigada Harry! – agradeceu Luna.
-Por nada. – Harry pensou ter ouvido alguém aparatando. Devia ser Malfoy com medo.
-Harry – a voz de Ginna entrou na casa dos Lovegood.
-Ginna – o coração de Harry deu uma parada. O que ela viera fazer aqui?
Harry desceu as escadas correndo com Luna e Xenófilo atrás. Mas parou ao ver a cena que o deixou em choque.
O patrono de Rony brilhava intensamente. Um leão imponente encarava o patrono de Draco. Uma naja asquerosa.
-Rony! – chamou Harry – O que esta havendo?
Mas Rony não respondeu. Mantinha os olhos rubros fixos em Malfoy.
Hermione e Ginna entraram como uma rajada de vento.
-Mas o que voce tá fazendo aqui? – perguntou Harry a Ginna com um tom que deu a ela vontade de rir.
-O bisavô de Malfoy apareceu em casa. Estuporou papai e nós viemos pra cá. Mamãe esta lá fora.
-Ron... – Mione tinha os olhos cheios de lágrimas. Mais uma vez a idéia de Rony Herdeiro e o que poderia acontecer á ele, atormentavam Hermione – Harry, o que esta acontecendo?
-Não sei Mione. Eu subi par ajudar Luna e Xenófilo e quando voltei...
-Weasley – Draco começou a falar depois do que parecia uma eternidade – Pare de bancar o herói. Você sabe que é pouco pra isso.
Rony deu um passo à frente. Seu patrono fez o mesmo. Draco deu um passo pra trás. A cobra se esquivou.
-Ela é como você não é Malfoy? Só ameaça.
-GINNA!!!! – Molly gritou a filha quando Hefesto aparatou na sua frente.
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Aqueles dez minutos silenciosos pareciam uma vida. Tiago não sabia o que fazer. Temia que se tivesse alguma reação, Augusta tentasse algo contra Lílian.
-Augusta – Tiago tentou ser paciente – Por Merlin, deixe Lily em paz.
-Ela sabe que nunca vou deixá-la em paz.
Duda olhava para Augusta com um ódio que dominava todo seu corpo. O que aquela mulher queria? Acabar com o que restou de sua vida?
-Eu nunca vou deixar que Lilian continue com você agora que você voltou pra mim. É estranho alguém morrer duas vezes não Lily? – Augusta perguntou irônica e afundou ainda mais a varinha no pescoço de Lilian.
Onde será que estava Harry? Essa pergunta ecoava na cabeça de Duda como um grito muito alto.
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Ginna correu para fora a socorro da mãe.
-Você outra vez! – gritou a garota.
-Cansei dessa brincadeira, vou acabar com todos de uma vez. E quando digo todos, incluo os Potter também.
Ginna estava confusa. Como poderia acabar com eles se não estava lá. A não ser que...
-Augusta!
Dentro da casa dos Lovegood, Rony ainda tinha os olhos rubros fixos em Malfoy.
-Rony – chamou Harry colocando a mão sobre o braço do amigo – você...
Um calor súbito percorreu o dentro de Rony e Harry.
Rony ficou frio e começou a suar.
-Harry – falou ele com uma voz estranha – seus pais... Augusta...
Harry não estava entendo nada. O que seus pais tinham a ver?
-Harry vá pra casa. – continuou Rony – Seus pais. Augusta esta ameaçando sua mãe.
O coração de Harry deu um pulo que quase saiu pela boca. Quando pensou que estava tudo bem, começa tudo outra vez.
-Eu... – Harry não sabia o que dizer.
Não tinha tempo. Aparatou.
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Um estalo veio da cozinha do Largo Grimmauld.
-Largue minha mãe – gritou Harry entrando na sala com a varinha em punho.
-Olhe o pequeno Potter. – Augusta disse sem olhar para Harry que agora apontava a varinha para as costas dela. – Não vou lhe fazer nada. Você não tem culpa de ter nascido dessa sangue-ruim. – Augusta forçou ainda mais a varinha no pescoço de Lilian quase furando sua pele. – Podemos viver juntos. Eu, você e seu pai.
Harry sentiu na fala de Augusta que ela estava descontrolada. Louca.
-Nunca viveria com você. Já disse pra soltar minha mãe.
Duda não sabia o que fazer. Estava congelado. Porem algo chamou sua atenção. Um par de orelhinhas pontudas surgiu no batente da porta às costas de Harry. Era o elfo. Como era mesmo o nome dele? Perguntou-se. Dobby! Isso! Viu algo em sua mão. Era uma varinha. Mas Harry havia lhe dito que elfos não usavam varinhas, tinham poderes naturais.
Dobby fez um sinal que parecia dizer que a varinha era de Lilian.
Duda não saberia dizer o porquê, mas correu até Dobby derrubando Augusta e Harry no chão e Lilian no sofá. Pegou a varinha e apontou para Augusta. Sua mão soava e tremia. Um calor estranho correu sua espinha. E ficou ainda pior quando viu um sorriso nos lábios de Harry e espanto no rosto de Augusta.
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Era difícil explicar o que estava acontecendo. Será que estava enlouquecendo de vez? Rony viu meio embaçado, Duda Dursley pegar a varinha de Lilian Potter e apagar Augusta.
-Anda Weasley – Draco começou a falar – Não tenho mais tempo.
Rony já estava de saco cheio. Como Malfoy era insuportável. Encarou Draco ferozmente. Seu patrono soltou um rugido ensurdecedor.
Nesse instante Ginna entra na sala apoiando Molly desmaiada.
-Ah Merlin. – Rony ouviu Hermione exclamar – Quem fez isso?
-Hefesto. Está vindo atrás de nós.
-Malfoy – a voz de Rony estava alta de grave – Estou cansado de sua família. – O leão rugiu mais uma vez. Mas dessa vez foi em direção ao patrono de Malfoy. Pegou a cobra e a desfez como fumaça.
Draco estava muito assustado. Mas não deixaria que ninguém percebesse.
Hefesto entrou empurrando a porta. Draco correu a seu encontro.
-Toda a família aqui. Era exatamente o que eu queria... – Hefesto parou quando viu Rony – Não acredito. Draco – cochichou – Vamos embora.
-O QUE?
-Já vão? – zombou Rony. Seus olhos ficaram ainda mais vermelhos.
-Vamos sim – respondeu Hefesto – mas não vamos sozinhos. – o velho puxou Hermione pelos cabelos.
O leão avançou. Mas já era tarde. Draco e Hefesto já tinham levado Mione. O patrono sumiu e quando todos voltaram a olhar, Rony estava desmaiado segurando o laço que prendera o cabelo de Hermione.

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