O anoitecer nos trás fantasmas



Hermione corria mais uma vez pelos corredores. Papeis penas, pastas e Augusta Andrews em seu pé. A mulher não deixava Hermione em paz, parecia ter algo contra ela.
-Senhor Weasley – chamou Mione da porta – Me desculpe, mas espero não estar tão atrasada.
-Não tem problema. Já são três e dez e mais ninguém apareceu.
-Eu sou ninguém pai? – a voz de Rony saiu de trás da porta e assustou a jovem.
-Rony – disse ela pegando os papeis que derrubou no chão – que bom te ver.
-Eu também estou feliz em te ver – ele agachou para ajudá-la. – Pelo que vi você tem feito muito exercício correndo pelos corredores.
-É – respondeu Mione sem graça – e você? Como é a Romênia? Os dragões?
-No começo é bem legal... Mas depois de umas queimaduras – ele levantou a manga da camisa e mostrou o braço cheio de bolhas – a coisa fica meio sem graça.
-Nossa Ronald – ela pegou o braço do amigo – isso doe?
-Arde um pouco, mas nada que não me deixe viver um pouco mais. – ele encarou Hermione.
Os minutos em que ficaram se olhando (não se soube quantos) foram interrompidos por Fred e Jorge que chegaram de repente.
-Desculpe o atraso pai – começou Jorge.
-Tivemos que resolver uns assuntos da loja. Essa burocracia. – terminou Fred.
Rony riu.
-Mas cadê o resto? – perguntou Fred – Pensei que uma reunião tivesse um monte de gente.
Luna, Neville e Harry surgiram perto da mesa do ministro.
-Agora só falta Ginna, Moody e Quim.
-Moody já esta vindo – avisou Harry.
-Como sabe? – perguntou Rony.
-Ah sim. Na contei a novidade. Moody vai se casar com a minha tia. Então ele estava lá em casa “namorando” ela. É muito estranho.
Todos deram risada. A idéia de Olho-Tonto noivo, era muito estranha mesmo.
-Ginna ainda não chegou? – perguntou Harry ansioso.
-Ainda não – respondeu Fred – deve ter se perdido.
-Não me perdi se te interessa – respondeu ela surgindo da porta. – Boa tarde e desculpa o atraso. Quim e Moody estão vindo no corredor.
-Que ótimo – respondeu Artur.
-Podemos começar Artur – disse Quim entrando na sala. – Foi difícil driblar Augusta no corredor. Ela queira, de qualquer maneira, saber o que estava acontecendo.
-Mulher enxerida – disse Moody nervoso – Me lembra Dolores.
Um calafrio percorreu as costas de Harry e teve fim na cicatriz nas costas de sua mão.
-Vamos começar logo – disse Mione notando o nervoso do amigo.
-Bem... – Artur foi interrompido por uma coruja que bateu na janela – Errol... Aconteceu alguma coisa?
Artur recolheu a carta da pata da coruja e abriu.
-Por Merlin...
-O que foi pai? – perguntou Rony.
-Temos que ir pra Toca! Sua mãe... Oh Merlin.
-O que aconteceu com a mamãe? – gritou Ginna.
-Augusta – chamou Sr. Weasley pelo que lembrava um telefone trouxa – Quero que fique em minha sala por um tempo. Anote meus recados que eu os vejo mais tarde.
-Mas ministro – disse a voz arrogante do outro lado da linha – E a sua secretaria?
-Não faça perguntas Augusta. É urgente.
-Tudo bem. Já estou indo.
-Pai – chamou Jorge – O que aconteceu?
-Alguém esta tentado entrar na casa. A força. Sua mãe esta trancada e desesperada dentro de casa. Vamos – disse ao ver Augusta entrar na sala.
-Ministro – antes de a mulher perguntar, Artur e todos já haviam sumido.
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-Artur não chega. Errol deve ter errado o caminho – dizia Molly para si mesma.
-Vamos Weasley, eu não tenho a vida toda. – gritou Draco do lado de fora. – Bombarta. – gritou tentado derrubar a porta.
-Protego – Molly manteve a porta no mesmo lugar.
-Molly – disse a voz de Artur depois do estalo que anunciou a sua chegada – Querida, o que esta acontecendo?
-Malfoy, esta tentando entrar a qualquer custo. Não sei o que ele quer!
-Eu vou lá – disse Rony com a varinha em punho.
-Não Rony – disse Mione.
Todos na sala pararam e olharam pra ela.
-É... Bem... Não sabemos do que ele é capaz e...
-Não ligo Mione. É a minha casa e minha família. Ele que faça o que quiser.
-Eu vou com voce!
-Nós tambem.
-Mas...
-Calado Ronald – gritou Hermione – Vamos logo.
Mione passou por ele furiosa. Ele não ligava o quanto ela se importava com ele. Ele não tinha mudado nada.
-Mas o que houve com ela? – perguntou Rony indo ate a porta.
Harry deu de ombro. Apesar da situação, ele sorriu. Rony e Hermione brigando, lembrava muita coisa.
-Olha só quem veio me receber – zombou Draco ao ver o sexteto sair pela porta da casa. – chamei pela sua mãe, mas ela não quis abrir a porta pra mim Weasley.
-Seu... – Harry e Neville seguraram um em cada braço de Rony.
-Pode soltar ele Potter. Não tenho medo dele. O que ele vai fazer comigo? Mandar a namoradinha de sangue-ruim me dar um soco?
Rony empurrou Harry e Neville e voou pra cima de Draco.
-Você esta bem diferente da foto do jornal – disse Rony com a varinha apontada no pescoço de Malfoy – O que voce fez roubou as roupas de algum trouxa? Ou roubou na casa que voce explodiu?
-Está mais corajoso Weasley? – Draco brincava, mas estava espantado com a mudança de Rony. Via nos olhos do jovem que ele tinha mudado muito.
Rony levantou de cima de Draco quando notou que os olhos cinza dele, tinham se tornado verde esmeralda.
-Mas o que...?
-Assustado Weasley? – perguntou Draco enquanto se levantava – Estou realmente muito diferente. Confesso que sou capaz de fazer coisas que nunca sonhei em fazer em minha vida. – ele apontou a varinha para Ginna e Hermione.
-O que esta pensando em fazer? – Harry se jogou na frente de Ginna assim como Rony.
-Ora Potter, finalmente você vai dar a vida por alguém. E não esperar que mais alguém morra por sua causa.
-Estupefaça – gritou Rony.
-Protego – Draco abaixou a varinha e encarou Neville. – Longbotton, O Jornalista. – Malfoy deu uma risada desdenhosa. – Chega a ser ridículo.
Luna o olhava. A jovem estava com o aparelhinho trouxa de ouvir musica pendurado no pescoço.
-Estupore – gritou Draco para Luna, que caiu desmaiada no chão.
-LUNA – gritou Neville. Mas já era tarde, Malfoy havia sumido com o corpo inconsciente de Luna Lovegood.

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