Todos a bordo!



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Capítulo 4 – Todos a bordo!


Cassandra virava na cama, ansiosa, esperando que o dia raiasse. Finalmente o grande dia. Assim que amanhecesse ela iria entrar na grande locomotiva vermelha e iria para Hogwarts. Pela primeira vez como aluna regular. Ela já sabia em que casa ficaria (Grifinória). Escolhida dias antes de partir de volta para França. De fato, ela só entrara nessa casa por opção, porque o chapéu parecia determinado a colocá-la em outra casa, uma chamada Sonserina, no entanto, ela tinha que ficar na Grifinória, por motivos já explicados aos professores e diretores responsáveis por isso.


As malas já estavam arrumadas. Duas grandes malas, uma contendo somente roupas, a maior, e outra contendo todo o seu material escolar, e mais algumas roupas. As coisas de Merlin já estavam devidamente empacotadas e guardadas e o gato já estava acomodado na gaiola de transporte, Não queria ter trabalho no amanhecer procurando o gato e convencendo-o a entrar na gaiola. Algumas fotos haviam sido retiradas da parede, e o porta-retratos já não estava mais na mesa de cabeceira. O vestido, pelo qual ela havia brigado dias antes, jazia sobre a escrivaninha, apenas esperando para ser colocado. As pequenas pedras na gola refletiam ao sinal dos primeiros raios de sol e o tecido rosa claro brilhava com a luz.


Percebendo os primeiros indícios do nascer do dia, Cassandra pulou da cama e entrou no banheiro, de onde só saiu depois de uma hora, com o cabelo ainda molhado. Ela parou em frente ao espelho, ainda usava o seu roupão rosa de banho. Durante meia hora ela mexeu no cabelo, trocando de tonalidade, tamanho, espessura, aparência e tudo mais que se possa imaginar. Por fim optou pelo mesmo penteado que usara quando chegaram cabelos loiros com grandes e esmerados cachos nas pontas e uma franja jogada caprichosamente de lado. Ela penteou os cabelos e pegou sua caixa de maquiagens, que ainda não tinha ido para a mala. Eram por volta de 10 horas quando a mãe de Cassandra adentrou o quarto falando que já estavam atrasados


- Cassandra, anda logo!


- Já to quase pronta só falta por a roupa! – disse pegando vestido e enfiando pela cabeça, o vestido ficava na altura do joelho dela e como era sem manga, deixava seus ombros à mostra.


 Ela desceu correndo com suas duas malas, mais o gato, mais a coruja, e tomou seu café da manhã correndo. Assim que terminou de engolir o ultimo pedaço de torrada ela conferiu as coisas uma ultima vez antes de aparatar próxima a estação King Kross


- Você não se esqueceu de nada? – sua mãe perguntou pegando um carrinho, ela negou com a cabeça.


O pai de Cassandra empilhou todas as bagagens da garota no carrinho com alguma dificuldade, mas conseguia enxergar por entre a gaiola da coruja. Cassandra puxou o bilhete de trem da bolsa. Plataforma nove e meia, dizia o bilhete.


Ela saiu na frente de todos, como se puxando uma comitiva. Ela encarava cada plataforma. Parou entre a nove e a dez, havia uma pilastra entre as duas. Ela encarou os pais.


-É aí mesmo – a mãe dela disse. Seu pai parou ao seu lado sorrindo – é só atravessar.


- Vá na frente com seu irmão! Espere-nos no outro lado e não deixa que nenhum trouxa os veja!


Cassandra acenou com a cabeça. Ela pegou a mão do irmão e tateou a pilastra, que para sua surpresa, afundou em sua mão. Ela sorriu antes de atravessá-la.


Ao chegaram ao outro lado da pilastra várias pessoas passavam apresadas de um lado para o outro. Era impossível distinguir as faces devido à grossa camada de fumaça que saia da locomotiva e cobria toda a estação. E bem no meio de todas as pessoas, nos trilhos, estava a grande locomotiva vermelha. Cassandra olhava maravilhada para toda aquela atmosfera tão diferente da que estava acostumada.


Ela procurou por Harry, talvez tivesse sorte e conseguisse encontrá-lo antes de embarcar, assim não teria que ir sozinha durante o trajeto até Hogwarts, esse pensamento fez com que seu estomago desse uma desconfortável cambalhota.  O pai de Cassandra colocou a mão em seu ombro e disse para se apressarem ou chegariam atrasados.


- Posso sentar no carrinho? – perguntou Jack


- Senta em frente à mala que eu te carrego! – falou Cassandra


- Uhull! - disse o garoto se sentando no lugar indicado


Assim que pararam em frente à porta da grande locomotiva Cassandra se virou para os pais.


- Tchau – disse abraçando a mãe – vejo vocês em um ano!


- Do que você está falando? – disse Norma – você vem pra casa no natal!


- Estude direito – disse o pai de Cassandra lhe dando um beijo no topo da cabeça.


- É! Não fica enrolando que nem você fez no ano passado! – disse Jack subindo na mala para ficar de mesma altura que a irmã.


- Quem disse que eu enrolei no ano passado?! – falou a garota pondo a mão cintura e depois abraçando o irmão – se cuida, não apronta, me escreve e não mexe no meu quarto!


- Eu não sei pra que você precisa daquele quarto se você vai morar em Hogwarts.


- Porque eu vou voltar!


- Tchau filha, comporte-se – disse a mãe de Cassandra


- O que você define por ‘comporte-se’? – disse Cassandra rindo.


- É melhor você ir ou vai perder o trem! – disse o pai de Cassandra


- Tudo bem, então, tchau!- disse se virando e indo em direção ao trem com todas as malas e bichos.


Assim que embarcou ela tentou achar um lugar, mas todo o trem estava lotado e nem sinal de Harry. Ela soprou o cabelo que estava no rosto e continuou se arrastando com todas as malas pelos corredores estreitos esbarrando em quem passasse por perto.


Uma das malas tinha rodinhas, por isso Cassandra a arrastava pelo chão e o resto ela tentava levar de maneira desastrosa pelo trem. Ela vinha se arrastando nos duzentos metros com obstáculo quando ficou presa. Uma das rodas enganchou em um buraco e sua mala de mão prendeu na porta.


- Porque eu tenho que levar tantas coisas? -


Cassandra começou a puxar as malas com ainda mais força, pois não tinha como voltar para desencaixar as bagagens.  Ela deu um impulso com toda sua força. As malas desengancharam e ela foi arremessada para frente com violência. Uma verdadeira dama da coordenação motora e discrição. Ela fechou os olhos tentando não imaginar as expressões dos outros alunos e o quanto ririam dela assim que tocasse o chão de maneira tão desajeitada.


Ela abriu os olhos, sua trajetória desastrosa havia sido interrompida. Seus olhos estavam muito próximos de um par de orbes que, de tão claras se tornavam cinza. O dono dos olhos sorria e a segurava pela cintura. Ela percebeu que seus próprios braços estavam em torno do pescoço dele.


O garoto era alto e forte, tinha os cabelos loiros, do mesmo tom de Cassandra. Pelo reflexo que ele tinha deveria ser jogador de quadribol. Talvez goleiro, ou apanhador, mas sem dúvida jogador.


Ela retirou os braços rapidamente corando loucamente. Cassandra o lançou um sorriso tímido e desajeitado. Ela olhou em volta e constatou aliviada que as malas e gaiolas continuavam fechadas. Ótimo, por que uma confusão envolvendo animais enlouquecidos e roupas íntimas pelo trem não é uma idéia atraente de primeiro dia.


Ele sorriu para ela e a largou.


- Tome mais cuidado onde pisa. O chão tem muitos buracos e você pode cair de novo.


- Oh, claro. Bem, obrigada. Você me salvou de uma queda desastrosa e vergonhosa.


Ele lhe lançou outro sorriso, extremamente atraente. Cassandra retribuiu o sorriso.


- Essa coruja deveria ficar no compartimento de animais – disse apontando para a gaiola na mão de Cassandra – vamos. Eu te levo até lá.


O rapaz segurou a mala de mão que havia voado alguns metros e a colocou no ombro. Cassandra agradeceu. Carregar aquela mala estava sendo realmente um tormento, principalmente em um trem apinhado, esburacado, apertado e em movimento.


O trem fez uma curva, Cassandra esbarrou no ombro do garoto. Ele olhou para ela com uma sobrancelha arqueada em um sorriso torto.


- Você realmente tem certa propensão a tombos e quedas, não.


Ela sorriu encantadoramente para ele


- Você ainda não viu nada – ele riu para ela


- É aqui. Vai deixar essa outra gaiola também? – disse apontando para Merlin.


- Não, essa não –


- Você é quem sabe – ele deu de ombros - Onde é o seu compartimento?


- Como? – perguntou a garota confusa


- Seu compartimento – disse apontando para a mala – onde você está sentada?


- ah, em lugar nenhum ainda.


- Em nenhum lugar? – perguntou erguendo uma das sobrancelhas


-É – ela respondeu com timidez – todos os compartimentos estão cheios e, bem, eu não conheço lá muita gente por aqui, entende?


- Tá certo que eu não me lembro de você, por aqui, mas você não pode ser aluna nova


- Mas eu sou – ela o interrompeu


- Você está no primeiro ano? – ele parou por alguns segundos, surpreso


- Oh não! – ela disse, sorrindo – eu fui transferida! 


- Transferida, é? De onde? Meu nome é Draco aproposito, Draco Malfoy. E o seu?


- O meu nome é Cassandra e eu venho da França. Por isso sou aluna nova, eu sou de Beauxbatons – disse enquanto andavam em direção ao inicio do trem.


- Cassandra de que?


- Boscaretty.


- Eu conheço esse sobrenome – ele disse pensativo - acho que já li no jornal alguma vez.


- É bem. Deve ter sido por causa da minha mãe.


- Chegamos – disse parando em frente a uma cabine e abrindo a porta.


- Chegamos aonde?


- Você não disse que estava sem cabine?


- Disse, mas... -


- Então – falou o garoto colocando a mala de Cassandra no alto, acima do banco e se sentando – Tenho certeza que você não tem lugar melhor pra ir – ele sorriu


Cassandra parou na porta, era verdade que não tinha outro lugar para se sentar, mas também era verdade que ela deveria procurar por Harry.


 Ao ver que Cassandra continuava em pé, olhando, ele estendeu a mão indicando um espaço vazio ao seu lado. Cassandra se sentou e agradeceu o gesto. Em pouco tempo a cabine já estava cheia de pessoas que Cassandra nunca vira na vida com exceção de uma garota.


- Ei, você é a garota que tentou roubar o meu vestido – falou Cassandra apontando para a garota loira com cara de buldogue.


- E você é a garota que comprou o meu vestido – disse Pansy apontando para o vestido que Cassandra usava.


- Sou eu mesma. Eu não disse que ficaria lindo em mim?


- Vocês se conhecem? – perguntou Draco


- Mais ou menos – respondeu Cassandra – ela tentou roubar o meu vestido outro dia no beco diagonal. Mas nos duas concordamos que ele fica bem melhor em mim do que nela, bom, pelo menos eu concordei – falou a garota rindo.


- Você já sabe qual é a sua casa? Tenho certeza que irá para a Sonserina, pela sua personalidade.


- Eu estou na...


- Oi gente – Cassandra foi interrompida por uma menina que entreva na cabine.


A garota tinha mais ou menos a mesma altura de Cassandra, talvez fosse um pouco mais baixa. Ela se apresentou como Alexa Zabine, provavelmente era irmã do outro rapaz na cabine, Blaise Zabine. Alexa era muito bonita, Cassandra reparou. Tinha a pele branca como leite e os olhos tão azuis quanto o céu. O cabelo era castanho e lhe descia as costas em fio reto com uma franja acima dos olhos.


Ela se sentou ao lado do irmão, Blaise, um rapaz alto e de pele clara, assim como sua irmã, os traços bem marcados e elegantes. Nenhum deles usava as vestes de Hogwarts. Assim que Alexa se sentou Blaise passou o braço pelo ombro dela de maneira protetora, deixando claro que seu objetivo em Hogwarts era proteger sua irmã do que quer que a ameaçasse.


Ela falou com todos e com cada um deles, falando demoradamente com Draco.


- Eu não te conheço – disse virando para Cassandra.


- Ah claro – ela disse sorrindo – o meu nome é Cassandra, é um prazer, Alexa!


Alexa segurou a mão que Cassandra a oferecia e balançou, sorrindo simpaticamente. Ela saiu do lado do irmão e sentou se entre Draco e Cassandra, para conversar com ambos.


Cassandra e Alexa conversaram, ela era realmente muito simpática e agradável, Cassandra reparou.  Ela também reparou que a garota a todo o momento lançava olhares para Draco, que, ou os ignorava ou revirava seus olhos ao recebê-los      


- Então, vocês estão er... Você sabe nam... – perguntou Cassandra insegura para Alexa.


- Não – respondeu Draco rapidamente.


- Eles são apenas ficantes ocasionais – disse Parkinson entediada


- Como assim não? – perguntou Alexa.


- Ah, por favor! – disse Draco revirando os olhos mais uma vez.


- HEY! – falou Blaise em alto e bom som – Malfoy, maneira aí! É com a minha irmã que você está falando! Olha como fala com ela!


- Hey, olha como a sua irmã fala com ele – respondeu Parkinson se levantando.


- Eu acho que estou com fome e vou procurar alguma coisa pra comer – Disse Cassandra se esquivando.


Ela andou até o fim do corredor, onde uma senhora passava com um carrinho de doces. Ela tentou encontrar Harry durante o caminho, mas foi sem sucesso.


Cassandra começou a mexer nos doces, estava comprando tantos que provavelmente não conseguiria acabar com eles até o final da semana. A senhora de cabelos brancos que empurrava o carrinho, Cassandra notou, era realmente afável. 


A menina sentiu um impulso em seu ombro. Ao olhar para o lado viu Alexa empurrando a porta do banheiro, sem sucesso. Ela levava a mão os olhos a todo o momento. Cassandra mordeu a ponta do dedo se perguntando se deveria ou não ir falar com ela. Com um suspiro ela foi até a garota.


- er... Alexa? – falou se aproximando – tudo bem? – ela olhou assustada para Cassandra, seus olhos azuis estavam vermelhos


- uhum – ela respondeu – Tudo bem.


- Tem certeza? – falou Cassandra – não parece tudo bem.


- É bobagem. – disse secando as lágrimas com a manga do casaco – viu? Não é nada.


- É por causa do que o Draco disse agora? – perguntou insegura. Ela apenas sorriu


- Não se preocupe. Foi minha culpa, sabe? Digo, eu deveria saber que isso ia acontecer.


- Er... Por quê? – ela disse incerta – ele costuma ser indelicado?


- Oh, não, não – Alexa disse energicamente, sorrindo – ele sabe ser bem gentil, na verdade. É que, bem, digamos apenas que e seja exatamente o tipo certo pra ele.


- E – ela disfarçou um pouco – qual seria o tipo dele? – Alexa a encarou – é por que eu não consigo entender, sabe? Você é bonita, entende?


Alexa deu risinho fraco


- Eu não sei – ela deu de ombros – acho que uma garota um pouco mais impetuosa, entende? Que não dependa de um irmão pra nada, sei lá, alguém com mais personalidade.


- Ora, o que é isso, Alexa? Estou certa que não há nada com você – ela sorriu  


- É. Talvez – confirmou Alexa sorrindo – você é daqui, da Inglaterra? – perguntou desconfiada


- Não, digo, sim – respondeu Cassandra gesticulando – eu nasci na Inglaterra, mas morava na França até um tempo atrás.


- Você não tem cara de Inglesa.


- E nem você.


- Eu sou da Escócia, mas venho pra cá, pras aulas – disse enquanto voltavam para a cabine, Cassandra agora carregada de doces. – você vai comer tudo isso?


- Eu? Nunca! Eu acho que ninguém agüentaria isso sozinho!  – respondeu olhando para os doces – Quer? – disse estendendo alguns doces.


- Já que você ofereceu – respondeu a garota sorrindo e pegando alguns doces.


Elas entraram novamente no vagão. Blaise se levantou pronto para defender a irmãzinha, mas ela sorriu para ele mostrando que não era preciso, ele se sentou. Draco olhou desconfiando ao ver que as duas riam juntas. Cassandra se sentou ao lado Draco e Alexa ao seu lado.


Cassandra pegou a gaiola de Merlin e retirou o animal de lá. Ele se espreguiçou a se aninhou no colo da garota, onde ficou por alguns minutos, mas logo se levantou e se aninhou no colo de Draco. Ele olhou espantado para o gato e depois encarou Cassandra.


- Nossa – disse Cassandra surpresa


- o que? – perguntou Draco


- Ele nunca vai ao colo de ninguém, só no meu.


- E eu nunca carrego a mala de ninguém, nem a minha – respondeu coçando a orelha do animal.


Alexa olhou ressentida e Cassandra abaixou os olhos, envergonhada, voltando a se preocupar com seus doces. Depois de algum tempo Pansy Parkinson resolveu contestar a presença do gato.


- Será que dá pra você guardar isso? – disse apontando para Merlin.


- Isso – disse Cassandra indignada, mas sem nem levantar os olhos do gato – tem nome, e não, eu não posso guardar o meu gato porque eles já esta preso há muito tempo!


- Então que você o solte do lado de fora!


- Os incomodados que se mudem!


- Ótimo, eu vou, e tenho certeza que muita gente também vai – disse se levantando e abrindo a porta, mas, no meio do caminho Parkinson percebeu que só eram seguidos pelo olhar dos presentes, alguns de maneira reprovadora. – ninguém mais vem?


- O gato não está incomodando ninguém! – disse Alexa


- A não ser você – disse Draco distraído colocando um doce na boca, o gato ainda em seu colo. Pansy olhava do gato para Cassandra com um misto de ódio e inveja.


- Você não disse que ia embora? – perguntou Cassandra zombeteira. Pansy a fuzilou com o olhar e se jogou no lugar em que estava sentado minuto antes.


Cassandra encarou a janela, seu estomago deu um salto de excitação.  Finalmente ela avistava Hogwarts. Finalmente ela iria passar por aquelas portas como uma aluna de Hogwarts. Alexa puxou Cassandra pelo pulso, para que se irem se trocar.


Apesar do pequeno desentendimento inicial de Alexa e Cassandra elas estavam se tornando boas amigas. Cassandra descobriu que era realmente fácil gostar de Alexa. Elas rumaram para onde Cassandra comprou os doces.   


Cassandra se trocou e saiu da cabine usando suas novas vestes vermelho e dourado com um brasão contendo um leão entrelaçado com o escrito “Grifinória”. Alexa usava as mesmas vestes de Cassandra, mas nos lugares onde, nas vestes de Cassandra, eram vermelha ou dourada continha azul ou prata e no lugar do leão de Grifinória havia um corvo escrito “Corvinal”.


Alexa olhou para as vestes de Cassandra demoradamente e por fim falou


- Por Merlin, suas vestes são tão curtas! Digo você usou manequim de criança? Disse que era primeirista?


- Bom, não. Mas em Beauxbatons as vestes não eram tão compridas quanto as Hogwarts. – falou Cassandra olhando para o comprimento da saia. Enquanto a saia de Alexa lhe caia abaixo do joelho, a de Cassandra devia estar cerca de um ou dois palmos acima do joelho e sua blusa ficava extremamente justa realçando todas as curvas dela.


- Bem, se você pretende ficar o Draco é melhor você esconder esse brasão! Ah, eu a aconselho a alogiá0lo sempre que possível.


- Mas Alexa, eu não...


- Relaxa Cassie. Eu sei reconhecer uma causa perdida quando vejo uma. É claro que eu fiquei meio desapontada, mas o que eu posso fazer? A além do mais, existem vários garotos bonitos em Hogwarts.


Cassandra sorriu para ela 


- Mas – ela disse voltando ao assunto – qual o problema do brasão?


- Como assim qual é o problema? Você não sabe nada de Hogwarts? É um brasão da Grifinória, esse é o problema!


- Mas – ela estava confusa – eu não entendo qual o problema da Grifinória?


Alexa deu uma risadinha, como Cassandra era despreparada!


- Olha, eu vou tentar te explicar rapidamente! Existem quatro casas em Hogwarts, Grifinória – ela apontou para Cassandra – Sonserina – ela indicou a cabine de Draco – Corvinal – apontou para si mesma – e Lufa-lufa – ela fez uma careta – os grifinórios são conhecidos por serem corajosos e por odiarem os sonserinos. Os sonserinos por serem determinados e odiarem as outras casas e os nascidos trouxas, só os puros sangues entram pra Sonserina, ninguém na sua casa gosta dos sonserinos, e a maioria das pessoas das outras casas também! Os corvinianos são lembrados por serem muito espertos e inteligentes – ela sorriu com certa soberba – e são meio indiferentes a toda essa briga entre as casas, nós preferimos ficar na nossa e só tomar partido quando necessário, entende? E por ultimo, como sempre, os lufanos. Eles são lembrados por, bem, por nada, já que eles não fazem muita coisa da vida, e lembre-se, eles gostam de todos, mas ninguém gosta deles, por que, como eu já disse, eles não fazem nada da vida.


- Mas aquele garoto do torneio tribruxo, o que morreu, era lufano, não era?


- Uma fatalidade – ela parou e pensou – em todos os sentidos, né?  


Cassandra confirmou com a cabeça, não existia toda essa rivalidade em Beauxbatons, claro, havia muita rivalidade entre as próprias alunas, mas não dessa natureza.


- Talvez você queira colocar um casaco e esconder isso – ela apontou para o brasão


- Meu casaco ficou na cabine – Alexa negou com a cabeça em desaprovação, mas riu logo em seguida        


- Bom, o fato é: ele vai ficar doidinho quando notar isso! 


- Ora, isso pode ser bom, não? Depende do sentido da palavra


- Confia em mim, não vai ser no sentido que você quer!


Cassandra passou a mão pelo cabelo sem jeito. Isso era realmente um infortuno, não era? Ela tentou cruzar os braços para esconder, mas não teve muito sucesso, pois por mais que o brasão sumisse a gravata vermelha e dourada e as barras do casaco do colégio não.   


Cassandra e Alexa entraram na cabine novamente, todos já haviam se trocado. Alexa entrou na frente de Cassandra. Draco se virou para falar com Cassandra


- Finalmente vamos descobrir qual é a sua casa! – Draco se virou e encarou o escudo na blusa de Cassandra, ele ficou atônito. Um grande e constrangedor silencio se instalou na cabine. Draco o quebrou


- Você é Da... Grifinória?


- Er, Surpresa?

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