Inocente até que se prove o co

Inocente até que se prove o co



 


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Capítulo 3 – Inocente até que se prove o contrário! 


 Cassandra se espreguiçou e entregou o papel com descaso para a mãe. Ela leu atentamente ambos os papeis e depois olhou fixamente para Cassandra, como se pedisse explicações.


 Cassandra revirou os olhos, cansada, e explicou brevemente o ocorrido. A mãe de Cassandra acenava conforme a narrativa da garota prosseguia. Por fim ela decretou que a menina iria mais cedo para o ministério, no horário do trabalho.Ela esticou a mão e tatetou a mesa de cabeceira a procura de um caderno, onde começou a fazer vários rabiscos. Afinal, se teria que ir ao ministério por que não com roupas novas? Nada mais justo, afinal.


 - Que tal?


 - Lindo, filha, mas você não acha que devia se preocupar com coisas mais importantes do que roupas?


 - Já sei, eu desejo a paz mundial! – brincou a garota – isso é importante o bastante? Eu já me preocupei o suficiente? – e fazendo com que todos os fios de cabelo de sua cabeça fiassem brancos ela continuou – veja! Já estou com os cabelos brancos de tanta preocupação!


 Norma virou seus olhos demoradamente. Aparentemente não havia achado graça na piada. Cassandra se lamentou pela frieza da mãe. Ela nunca ria das piadas com ‘coisas sérias’ que Cassandra fazia.


 Ela fechou a porta delicadamente enquanto saia. Cassandra a encarou por alguns segundo antes de se abaixar para pegar a caixa de fotos em baixo da cama.


 Tão logo começou a remexer as fotos uma enorme coruja branca começou a bicar sua janela. Surpresa ela se levantou e abriu a vidraça para que a ave entrasse. Ela tinha um papel amarrado na perna. A menina o pegou e abriu a gaiola vazia de sua coruja para que esta pudesse descansar e comer um pouco. Ela piou agradecida.


 Cassandra se sentou à mesa e desenrolou o pedaço de pergaminho.  Quem escreveu possuía uma caligrafia corrida, como se tivesse escrito com pressa. 


 


 “Oi Cassandra...


É o Harry, que você conheceu no meio de um ataque de dementadores, se lembra?


Acho que sim.


Eu estou escrevendo pra me desculpar por não estar em casa hoje. Eu não sabia que não estaria.


Bem, nos vemos em Horwarts então. Até mais. Bom fim de férias.


Harry Potter”


 


Cassandra sorriu e cortou outro pedaço de pergaminho sem muito cuidado. Ela molhou a pena no tinteiro e ficou um tempinho com esta sobre a folha por alguns segundos antes de escrever.


 


“Olá Harry, Tudo bem?


Não se preocupe, eu ainda não me esqueci de você. Rs.


Tudo bem, eu posso até considerar seu caso e eventualmente te perdoar por sua ausência.


Até Hogwarts,


Beijos,


Cassandra B.”  


 Cassandra amarrou a carta à perna da coruja. Depois de comer um pouco mais ela Partiu pela janela que Cassandra mantinha aberta. Branca na noite escura, como um fantasma.


 A garota voltou para a cama, mas sem antes passar por um espelho e recolorir o cabelo, que ainda estava branco. Ela abaixou a cabeça como se fosse apenas arrumar o penteado e quando jogou o cabelo para trás ele já estava rosa. Ela repetiu a ação e dessa vez quando voltou a ficar em Pé o seu cabelo estava Chanel. Ela ficou mais uns cinco minutos admirando a imagem refletida. Sentou-se na cama com Merlin no colo e ali ficou escutando música a afagando o gato até que caiu no sono.


 


*


 Ao acordar o sol batia em seu rosto, como um grande despertador natural. Ela implorou mentalmente que alguém apagasse o sol por, pelo menos mais cinco minutos. Cassandra ficou na cama por mais vários minutos travando uma imensa batalha entre acordar e dormir, mas o barulho de movimento no fim da escada fez com que optasse, mesmo a contra gosto, por acordar.


 Ela se arrastou para fora da cama. Durante a noite Merlin havia pulado da cama da garota para sua própria. O rádio ainda estava ligado, Cassandra girou o botão e a música parou. Cassandra encarou a cama, ainda estava arrumada, ela sequer havia desfeito a cama para dormir. Bom, arrumar a cama é uma tarefa realmente muito chata, não?


 Cassandra desceu as escadas rumorosamente, estava com muito sono para se preocupar em ser silenciosa ou não. Sua mãe estava sentada à mesa tomando café da manhã.


 - Bom dia querida – disse seu pai dando-lhe um beijo na cabeça – dormiu bem? – ela confirmou com a cabeça - E eu posso perguntar sobre esse cabelo rosa Pink?


 - Você acabou de fazê-lo. Ficou legal? – disse bocejando


 - Eu gostei – disse Jack


 - Eu sabia que tinha um admirador! É por isso que eu te amo. Você sempre puxa o meu saco apesar de tudo! – disse a garota – posso te esconder na mala pra você ir pra Hogwarts comigo?


 - Pode! – disse Jack animado


 - Não senhores – disse a mãe de Cassandra – e falando Hogwarts, que tal irmos hoje ao beco diagonal comprar seus livros? Agora ainda está razoavelmente vazio e nós ainda temos que comprar as suas vestes.


 - Oba! Roupas novas!


 - Então vá com pressa, eu quero sair cedo


 Cassandra terminou de engolir o seu café da manhã e subiu o mais rápido que pode. Ela pegou uma calça jeans, uma blusa branca e sua bota de salto fino preta. Colocou a varinha dento da bota, como de praxe, e desceu. Sua mãe já a esperava na porta com a lista de livros.


Elas aparataram dentro do bar em frente ao beco.


 Como a mãe de Cassandra havia previsto, a rua estava um pouco mais vazia, mas continuava apinhada de pessoas.


 A primeira loja que entraram foi a Floreios e Borrões, de onde saíram cerca de uma hora e meia depois com pesadas sacolas. Depois rumaram para todas as outras lojas que tinham que ir, e por último, foram à Senhora Malkins.


 Depois de todos os uniformes experimentados, ajeitados e separados o olhar de Cassandra recaiu sobre um vestido e ela tornou se realmente decidida por levá-lo.


 - Mãe! Você tem que compra esse vestido! É lindo, olha, ele está pedindo pra ser levado comigo!  - disse Cassandra


 - Não dá filha, eu só peguei dinheiro suficiente para o necessário! E esse vestido é supérfluo!


 - Poxa, nós podemos pegar mais dinheiro! – disse Cassandra fazendo beicinho – você vai ficar um ano inteiro sem me ver!


 Ela encarou a garota friamente. Cassandra murmurava ‘por favor’ repetidas vezes e trazia o vestido entre as mãos juntas, em prece. 


 - Eu sei que vou me arrepender, mas – começou a mãe de Cassandra – vamos à Gringotts.


 - Isso – ela fez um gesto de vitória – guarda o vestido que eu volto daqui a muito pouco! – falou entregando o vestido a vendedora que confirmou com a cabeça.


 Elas saíram e se dirigiram ao grande prédio de mármore que era o banco de bruxos. Enquanto a mãe de Cassandra falava com um dos duendes ela devaneava sobre quantas roupas que poderia levar em sua mala antes que esta explodisse.


 O duende as levou ao carrinho, junto com uma bolsa de couro contendo alguns objetos de metal. Eles desceram cada vez mais fundos e mais rápido até chegarem a uma queda d’água que os inundaram completamente.


 - Eu odeio isso! – disse Cassandra injuriada – porque o nosso cofre não é um pouquinho mais pra cima? – e ao dizer isso ela sobrou um pedaço da franja que lhe cobria os olhos e ficou imediatamente seca.


 - você sabe perfeitamente o porquê – disse a mãe de Cassandra ainda molhada, mas se secando com a varinha – eu já te disse milhões de vezes.


 Eles param em frente a um cofre grande e antigo com nome ‘Boscaretty’ escrito na frente, ao lado de um cofre escrito ‘Lestrange’ e outro escrito ‘Black’.


 O duende parou em frete ao cofre e colocou a mão na porta, atrás dele um dragão acuava se diante dos pequenos objetos de metal que estavam nas mãos dos duendes.


 Quando a porta se abriu uma enorme quantidade de ouro e outros objetos igualmente valiosos se revelou, a mãe de Cassandra pegou a bolsa a colocou um pouco do ouro nela.


 - Acho que você vai precisar de um pouco enquanto estiver em Hogwarts não?


 - Acho que sim – disse Cassandra lotando a bolsa o máximo que lhe fosse possível – Ei, o que é isso? – disse Cassandra pegando um colar de ouro – eu posso pegar? É lindo!


 - Isso? – disse a mãe de Cassandra olhando – Claro!


 Elas saíram do banco e voltaram para a loja. Cassandra agora usava o colar pendurado no pescoço. Ele era fino, com um único pingente em forma de coração na ponta e, aparentemente, um tipo de fechadura no canto lateral do coração.


 Elas chegaram à loja e Cassandra voltou a experimentar roupas quando uma garota pegou o vestido que ela guardara com tanto carinho.


 Ela olhou em volta e registrou seu vestido nas garras de uma garota de cabelos curtos e cara de buldogue. Instantaneamente ela rumou na direção da garota.


 - Me desculpe – disse Cassandra cutucando a garota – mas esse vestido já é meu!


 - Eu não vejo seu nome – ela respondeu. Será que todo mundo só sabia dar essa resposta? Isso a irritava profundamente.


 - É, mas estava em pilha de roupas que estava separada para alguém, e esse alguém, por um acaso, sou eu, então, por favor, o meu vestido - a garota loira com cara de buldogue apenas segurou o vestido com mais força.


 - Você tem idéia de com quem está falando? – falou a garota cruzando os braços na frente do peito.


 - Não, na verdade não, mas não é como se isso realmente me importasse – ela disse displicentemente esticando a mão na direção da peça.

- Escuta aqui garota, eu sou Pansy Parkinson, tenho certeza que o meu sobrenome é muito melhor do que o seu!


 - Se você diz. Pessoalmente eu nunca ouvi falar e nunca vi mais gorda – disse Cassandra olhando de maneira debochada.


 - E eu posso saber qual seria o seu sobrenome! ?– ‘Black’ Cassandra gritou em sua mente, mas respondeu. A garota a encarava da ponta do pé à raiz rosa berrante dos cabelos.


 - Boscaretty, tenho certeza que já ouviu falar, minha aparece muitas vezes no jornal – pela cara que a garota fez ela realmente já devia ter escutado falar desse sobrenome.


- Quer saber? Esse vestido nem é tão bonito assim! – falou jogando o vestido no chão.


 - Engano seu meu amor – falou Cassandra recolhendo o vestido do chão – ele só não ficaria bem em você, pra uma peça dessas é preciso uma modelo a altura, por isso ele fica tão bem em mim.


 Cassandra se virou e voltou e experimentar roupas, dessa vez com o vestido no cabide ao lado dela.


 Depois de tantas compras Cassandra e sua mãe chegaram a casa com um mar de sacolas.


 - Vocês não iam só comprar material escolar? – perguntou Jack mergulhando em uma das sacolas – pra que isso tudo?


 -Porque eu vou passar um ano inteiro fora estudando como uma condenada, eu preciso de um pouco de diversão!


 - Você não vai conseguir usar todas essas roupas até o final do ano letivo! – falou Jack emergindo de dentro de uma sacola com um terninho nas mãos


 - Aí é que esta a diversão – falou a garota pegando a roupa - um ano inteiro sem roupas repetidas, isso não é demais? – falou a garota subindo as escadas com algumas sacolas


 - Ela usou o truque do ‘você não vai me ver por um ano’ não usou? – perguntou o pai de Cassandra a mãe dela que se jogava no sofá


 - Usou! Essa garota é muito persuasiva, ela consegue influenciar qualquer um a fazer o que ela quiser! Aposto que conseguiria convencer você-sabe-quem a se transformar em um confeiteiro.


 - É só uma coisinha que eu faço – disse Cassandra descendo a escada para pegar mais sacolas.


 - Cassandra você já respondeu a carta de Dumbledore sobre o julgamento?


 - Eu... Er... Defina responder – respondeu a garota fechando um dos olhos e dando um meio sorriso para o lado do olho fechado.


 - É melhor você fazer isso agora, avisando que você vai comigo mais cedo depois de amanhã, ta bem.


 Cassandra subiu o mais rápido que pôde para uma pessoa carregada de sacolas de roupas e livros, escreveu uma resposta e começou a arrumar suas coisas nos armários e a pagar malas e mais malas.


 Depois de algumas horas de trabalho braçal Cassandra se cansou e foi dormir.


*


 O dia doze de agosto nasceu com uma manhã ensolarada na Rua dos Alfeneiros. A mãe de Cassandra a acordou cerca de seis horas da manhã. E como sempre que  acordava mais cedo, Cassandra estava ligeiramente emburrada e irritadiça.


 Ela terminou de tomar o seu café da manhã e subiu para se trocar. A roupa já estava separada em cima da escrivaninha desde o dia anterior, ela pegou o seu terninho preto que ela comprara dias antes, colocou sua sandália preta de salto fina e tornou o cabelo castanho claro, comprido e levemente ondulado e saiu com sua mãe pela rede de flu.


 Elas chegaram ao ministério por volta das seis e meia, Cassandra entrou no elevador com sua mãe e elas saíram quando a voz feminina do elevador anunciou ‘Segundo andar, Departamento para o Cumprimento do Direito Mágico, incluindo o Escritório do Uso Impróprio da Magia, o Quartel dos Aurores e a Administração dos Serviços Wizengamot’


 Cassandra desceu ainda emburrada. Uma vez na sala de sua mãe ela encontrou com alguns dos colegas de trabalho de sua mãe.


 - Bom dia Moody – disse a mãe de Cassandra – tudo bem?


 - ‘Dia Norma – grunhiu o auror – bem e você, vejo que trouxe sua filha, olá Cassandra.


- Oi Moody – respondeu Cassandra entre um muxoxo e outro.


 - Credo que mau humor é esse Cassie? – perguntou uma bruxa mais jovem que acabara de chegar.


 - Oi Tonks – respondeu Cassandra


 - Vai melhorar depois das dez horas. – respondeu a mãe de Cassandra


 - o que a trouxe aqui? – perguntou Tonks se sentando ao lado de Cassandra – e tão bem vestida assim?


 - eu vou testemunhar em uma audiência! – respondeu suspirando cansadamente


 - Qual? – perguntou Tonks desconfiada


 - Harry Potter.


 - Então você tem que ir agora, garota!


 - o que? – respondeu a menina confusa – por quê? São sete horas e eu só tenho que ir pra as nove! E a sala não é tão longe assim.


 - Não Cassie, eles mudaram o horário, é às oito horas no tribunal dez!


 - Por quê? – ela perguntou curiosa, Tonks negou com a cabeça


 - Vamos – ela disse pegando Cassandra pela mão – eu te levo.


 Juntas elas entraram mais uma vez no elevador. Tonks se perdeu umas duas vezes, pois elas saíram no quinto andar e no sexto antes de parar no departamento de mistérios às oito horas.


 Cassandra desconfiou que Tonks não sabia, exatamente, onde ficava o tribunal que estavam procurando, por que elas andaram mais uns dez ou quinze minutos aleatoriamente pelos corredores antes de se encontrarem com Dumbledore, parado a frente de uma porta com a placa “tribunal dez” acima.


 - Alvo – gritou Tonks – aqui, eu trouxe ela! Desculpe a demora.


 - Tudo bem. – respondeu Dumbledore – você irá entrar depois da senhora Figg, sim, Cassandra?


 Cassandra confirmou com a cabeça. A moça estava parada perto de onde alvo esteve antes de entrar. Seu cabelo estava meio preso por uma redinha e meio caindo e se recriminava por ter se esquecido de comprar comida para os gatos.


 Passados quinze minutos um rapaz não muito alto e ruivo colocou a cabeça para fora da porta. Seus olhos vasculharam todo o corredor antes de repousar sobre a senhora Figg. Ele a chamou e segurou a porta aberta por alguns segundos, permitindo que a senhora entrasse. Com um único aceno de cabeça e dizendo apenas ‘senhorita’ de maneira cortês, porém mecânica, ele fechou a porta.

Assim que teve certeza que a porta estava fechada e que demoraria alguns minutos ates de ser aberta novamente Cassandra colou o ouvido na porta tentando escutar alguma coisa, qualquer coisa, mas porta era de uma madeira tão grossa que o som era todo abafado. Cassandra pressionou ainda mais o ouvido na porta. Nada ainda. Ela tentou ficar em silencio por vários minutos, pra ver se tinha alguma sorte, mas o único barulho que escutou foi a porta sendo aperta bruscamente e ela caindo vexaminosamente para trás, no meio do corredor. O rapaz ruivo que havia aberto a porta lhe estendeu a mão. Ela aceitou e murmurou um fraco ‘obrigada’ em retorno.


 Ao entrar tentava não parecer nervosa, torcia para que ninguém mais tivesse percebido seu vexame. Seu olhar encontrou como de Harry, ela pensou em acenar, mas antes de levantar a mão pensou que não seria uma boa idéia e se limitou apenas a lançar uma piscadela para ele.


 Dumbledore levantou da cadeira em que estava sentado e cedeu para Cassandra que se sentou e cruzou as pernas.


 - Nome completo, por favor – disse Fudge


 - Cassandra Mary Jenny Boscaretty – respondeu


 - E a Srta seria...


 - Filha de Norma Boscaretty, ela é auror daqui, o senhor a conhece, e Charles Boscaretty, ele trabalha na seção de venenos. E sou também moradora de Rua dos Alfeneiros, quase vizinha de Harry Potter.


 - Nós não temos registro de nenhum outro bruxo nessas localidades.


 - Eu me mudei no dia do ataque, por isso vocês não têm nenhum registro – aos poucos Cassandra foi se tornando mais confiante.


 - por favor, descreva-nos a cena que a Srta viu.


 - bem, eu tinha saído pra passear, ver as estrelas, quando o tempo começou a esfriar muito, e toda a luz apagou, incluindo as luzes das estrelas, o que foi muito estranho, porque primeira tava quente pra caramba e aí der repente ficou frio, mas isso não vem ao caso – acrescentou Cassandra olhando para todos os presentes – bem, e então eu decidi procurar alguém e encontrei com ele – disse apontando para Harry – Harry Potter, e daí a Sra. Figg chegou e fomos pra casa, e é isso. Ah sim, e o primo dele tava no chão, caído, sabe? Não parecia nada bem, por que depois eu tive que ajudá-lo a levar o primo pra casa por uns, sei lá, quatro? Quarteirões! Isso não foi muito lega, por que ele pesa, sabia?


 O ministro lançou um olhar significativo para Cassandra, que achou mais prudente calar-se.


 Depois disso pediram que Cassandra e a Sra. Figg esperassem do lado de fora. A senhora Figg voltou para casa para alimentar os seus gatos, mas Cassandra esperou até o fim do julgamento.


 Novamente ela tentou ouvir pela porta, porem com mais cuidado e cautela dessa vez, como não obteve sucesso, igual à outra vez, ela desistiu e sentou-se ao lado da porta, afinal, não havia nada mais divertido para se fazer pelo ministério mesmo.


 Depois de cerca de meia hora os jurados começaram a sair e então Dumbledore a saiu e por último Harry.


 - E aí? – perguntou Cassandra ansiosa


- Fui inocentado!


 - Que bom – disse Cassandra abraçando Harry - eu juro que pensei que ele não fosse aceitar o meu testemunho, mas tudo correu bem!


 - É tudo correu bem – repetiu Harry.


 - Olho, eu estou voltando pra casa daqui a pouco, se você quiser, eu passo na casa dos seus tios a aviso que tudo correu bem.


 - Não tenha esse trabalho, eles ficariam decepcionados. – disse Harry – e sobre a sua carta, me desculpe mesmo por não estar em casa, mas é que... o tribunal...


 Cassandra deu uma risadinha

- Calma, não se preocupe, Harry! Eu estava apenas brincando com você! – respondeu Cassandra carinhosamente 

- Bom – disse Harry sorrindo – não foi das mais engraçadas, eu fiquei meio preocupado.


 - Ora, outro dia eu estava vendo aquela caixa estranha com imagens em uma loja trouxa e uma pessoa dentro da caixa disse que só sabia conversar por piadas, algo sobre ‘um mecanismo de auto defesa por humor’ acho que se chamava Chandler Bing – Harry Riu, sabia do que se tratava – Bom, Pode me chamar de Cassandra Bing!


Harry e Cassandra riram.

- É. Talvez – ele sorria para ela, que fazia o mesmo.

- Verdade.  Olha, eu estou indo para a sessão de Aurores, encontrar a minha mãe, se você quiser vir junto!

- Eu não posso – ele disse depois de considerar por alguns segundos – eu estou hospedado na casa do meu padri... Digo amigo! E tenho que voltar pra lá agora.


Cassandra sorriu doce e desapontadamente


- Tudo bem, então agente se vê em Hogwarts! – a falando isso se virou em direção ao elevador. 

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