Capítulo 12




12) Capítulo 12

- O que você quer? – Rose perguntou ao abrir a porta do quarto do hotel em que estava hospedada.

- Posso entrar? – a mulher hesitou por alguns segundos, mas terminou permitindo a entrada dele.

- Seja breve.

- Harry pediu que viesse. – ele disse. Aquilo pareceu irritá-la ainda mais.

- Eu deveria ter imaginado. Você não viria até mim por vontade própria, não é Remus?

- O-o que eu quis dizer foi...

- Não importa. Diga de uma vez. – Rose sentou numa poltrona que havia numa ampla ante-sala, e Remus sentou em sua frente, no sofá.

- Ele acha que não será capaz de encontrar a fórmula.

- Como não? Precisamos descobrir a droga original, para tentar fazer um antídoto que reverta seus efeitos neurológicos!

- Quem a criou está morto, com isso a fórmula está perdida para sempre, pois parece que nem as pessoas que a comercializam atualmente a produzem, apenas replicam uma quantidade original. – Remus tentou explicar o que ouvira de Harry.

- Como ele está? – ela perguntou, preocupada.

- Arrasado. Quer saber se há como curá-la sem a fórmula e de forma rápida.

- Infelizmente, não há nada que eu possa fazer. Um tratamento para reverter esse bloqueio mágico de responsividade(O Q EH ISSO?) e ela voltar a ser como antes demoraria anos. Eu precisava da fórmula.

- Você vai desistir? – ela não respondeu de imediato. Respirou fundo, ficou de pé, e deu algumas voltas pela ante-sala. Remus viu diversos livros abertos pela mesinha, com anotações ao lado. Rose estava visivelmente cansada, como se há dias não dormisse direito.

- Não costumo desistir tão fácil assim. Eu pretendo estudar mais sobre o assunto, talvez eu encontre alguma coisa...

- Tente não exagerar. – Remus ficou de pé também, e sem nem perceber já estava próximo a ela – Você parece cansada.

- E-eu estou bem. – Rose vacilou quando o viu tão perto. Por mais que os anos tivessem passado, e por mais que ele a tivesse magoado, ainda assim, nunca fora capaz de esquecê-lo.

- Você não mudou nada. – ele deu um pequeno sorriso. A mulher o encarava, e mesmo achando que ele iria se afastar, ela o tocou na face. Surpreendeu-se quando Remus apenas fechou os olhos – Eu apenas não queria condená-la a viver com um monstro.

- Um monstro? Que tipo de monstro pensaria assim, Remus? – sua voz soou tristemente, e quando Lupin abriu os olhos, percebeu que algumas lágrimas brilhavam na face de Rose.

- Eu sinto muito. Eu sei que é tarde demais, mas...

- Tarde demais? Eu queria realmente poder dizer que não sinto mais nada por você, mas... Eu estaria cometendo o mesmo erro que você. – ela, então, não disse mais nada. Apenas o beijou.

- Não tenho certeza se consigo... Eu...

- Você não está sozinho, Remus. Não vai desistir tão rápido, não é? Dessa vez, eu não vou permitir! – ela o abraçou forte, e sorriu quando o sentiu corresponder ao abraço. Porém, foi apenas por alguns segundos – Agora, você vai embora, pois eu tenho muita pesquisa ainda pela frente... Eu vou achar um jeito de ajudar Hermione. – ele a beijou.

- Eu também preciso ir. Harry conseguiu o antigo endereço do homem que inventou a fórmula. Talvez haja alguma coisa lá que sirva.

- Isso! Tente encontrar alguma parte da fórmula... E também, consiga um pouco da droga atual... Se dermos sorte, e vocês encontrarem algum fragmento da fórmula antiga, e eu tiver a droga nova, talvez eu encontre os elementos que estão faltando.

- Acha que conseguiria?

- Não seria fácil, mas não custa tentar.

- Certo. – Remus seguiu para a porta.

- E esteja aqui às oito horas em ponto. – ele ergueu a sobrancelha – Vamos jantar juntos!

- Combinado.

********

Harry olhou para Rony, como se pedisse mais um tempo antes que o amigo abrisse a porta. Não saberia como encarar Hermione. Tinha que tentar não parecer triste, tinha que mostrar que ainda havia esperanças. Porém, ele nunca fora bom em esconder seus sentimentos dela.

- Podemos entrar agora? – Rony perguntou, preocupado.

- Rony...

- Você não vai poder fugir da Mione, uma hora ou outra você terá que vê-la.

- Eu sei, mas...

- E ainda temos uma chance... Podemos encontrar alguma coisa na antiga casa de Abbas.

- Acho difícil. Eles foram muito cuidadosos. Se chegaram a matá-lo, provavelmente destruíram tudo que o envolvia.

- E quanto à Rose? Remus não acabou de nos dizer que ela não iria desistir? – o moreno respirou fundo, e encarou Rony.

- Também não posso desistir! – o ruivo sorriu.

- Isso mesmo. Nós vamos tirar a Mione dessa.

- Obrigado mais uma vez, Rony.

- Não precisa agradecer. Afinal, eu a amo tanto quanto você. Podemos entrar agora?

- Sim. – ele, então, destrancou a porta de casa, e adentrou com Harry. – Chegamos.

- Já? Vocês voltaram muito cedo! – Gina disse. Estava sentada ao lado de Hermione. – Eu estava apenas na metade da minha lista dos “contra” que tenho quanto à Kate.

- Ha-ha-ha. – o moreno olhou feio para ela – Você implica com ela apenas por que ainda tem uma queda por mim...

- Até parece! – todos sorriram. Rony sentiu-se mais aliviado por notar que Harry realmente estava se esforçando para não parecer desapontado. Não queria que percebessem que não haviam obtido sucesso – Não troco meu Malfoy por você! – todos riram mais ainda. Inclusive Hermione reagiu a isso, dando um sorriso bem discreto.

- E como foi o dia aqui? – Rony quis saber.

- Maravilhoso! Nós contamos praticamente tudo que aconteceu nos últimos anos à Hermione. – Molly falou – Inclusive, ela reagiu várias vezes!

- Verdade? – Harry ficou mais contente, e aproximando-se de Hermione, ajoelhou-se próximo a ela – Você gostou de ter vindo? – ela não respondeu, mas Harry não se importou. Ao contrário, sorriu e a beijou na testa – Eu imagino o quanto elas tenham gostado também de ficar fazendo fofoca com você!

- Fofoca não! Apenas atualizações! – Gina defendeu.

- Mas agora devemos ir. – ele quis fugir antes que alguém perguntasse alguma coisa.

- Não querem ficar para jantar? – Luna convidou.

- Não posso. Eu prometi a Kathe que jantaríamos os três no meu apartamento.

- Então, amanhã nos falamos novamente, Harry. – Rony percebeu que ele estava querendo ir embora, e tentou ajudá-lo – Foi um prazer tê-la em nossa casa novamente, Mione. – ele a beijou na testa, e a acompanhou, junto com Harry até a porta.

- Obrigado por hoje. – Harry agradeceu com um sorriso.

- Até mais, Mione. – Gina despediu-se, e Luna e Molly fizeram o mesmo, em seguida.

Sem demora, Harry desaparatou com Hermione. Não disse nada, mesmo depois de ter entrado, e a guiado até o quarto. Agora que estava sozinho com ela, não sabia o que dizer. Pegou os remédios que ela deveria tomar àquele horário, e após ajudá-la, a sentou na poltrona que havia no quarto.

- Vou preparar o jantar, pois Kathe chegará em breve. – ele disse.

Ainda próximo a ela, a olhou com preocupação, mas tentou sorrir. Quando deu o primeiro passo, percebeu que Hermione havia segurado em sua blusa, impedindo-o de prosseguir. Harry a olhou, surpreso, muito embora a expressão da morena continuasse a mesma. Ela não soltou sua blusa.

- O que foi? – perguntou, mas não obteve resposta. Como estava de pé, e Hermione não soltou sua blusa, ele mesmo teve que fazê-la soltar, para que assim pudesse se ajoelhar e poder encontrar o olhar dela – Eu estou aqui, Mione. Só vou preparar o jantar.

Ela continuou imóvel, inexpressiva. Harry estava segurando a mão dela, e quando ia soltá-la, Hermione fez uma leve pressão, tentando impedi-lo de se afastar. Harry sentiu-se tão frustrado por não conseguir entendê-la, tão triste por ter descoberto que não teria a fórmula como imaginara que sem nem perceber começou a chorar. Sentiu-se fraco, não só por não poder fazer nada por ela, como também por não ter conseguido não transparecer suas tristezas.

Repousou a cabeça no colo dela, e chorou sem se importar mais. Quando sentiu a mão dela sobre sua cabeça, ficou ainda pior. Com tudo que estava passando, Hermione ainda tinha que consolá-lo. O título de bruxo mais forte realmente não cabia para ele naquele momento. Sem nem perceber, começou a contar as coisas à morena.

- Eu sinto muito, Mione... Não conseguimos encontrar a fórmula. Eu pensei que poderia te ajudar, mas eu simplesmente não sei o que fazer. – ele não a olhava nos olhos, apenas ia contando o que acontecera durante o dia – E mesmo sabendo o endereço de Charles, eu realmente duvido que encontremos alguma coisa por lá.

Hermione continuava em silêncio, apenas acariciando de leve a cabeça dele. Harry não parou de chorar, nem de falar. Precisava mostrar a ela o quanto estava triste, o quanto queria tê-la ajudado.

- Me perdoa...

- T-tudo... – ela começou, e ele finalmente parou de chorar e falar e apenas a olhou – Bem. – e deu um pequeno sorriso.

- Não! Não está tudo bem! – Harry ficou de pé subitamente – Eu não vou permitir que você fique dessa forma! Eu vou fazer até o impossível para te ajudar. Eu estava apenas triste, mas eu não pretendo desistir! Nem eu, nem Rony ou Rose... Todos nós vamos continuar procurando!

Ela não falou mais nada, tampouco sua expressão se modificou. Harry começou a andar de um lado para o outro, tentando pensar em alguma coisa. Realmente tinha ficado triste, mas se Hermione havia pensado que ele ia deixá-la assim no primeiro fracasso, estava muito enganada.

- Eu vou pensar em alguma! Eu sei que era sempre você quem pensava nas coisas, mas dessa vez, eu vou ter uma idéia! – ele disse, olhando para Hermione. Ficou observando por algum tempo, até que algo lhe veio à mente – Você... É isso, Mione! Você! A solução sempre esteve diante de mim...

Ele começou a rir sozinho, ao mesmo tempo em que dizia “Como não pensei nisso antes”. A possibilidade de obter a forma estava mais fácil do que imaginara, mas só agora conseguira perceber isso. Aproximou-se dela, ajoelhando-se novamente, e encarando-a.

- Eu podia ter tido acesso à fórmula há muito tempo! – ele riu mais uma vez – Ainda não consigo acreditar que sofri tanto essas últimas horas, sem saber no que fazer para te ajudar, Mione.

Hermione deu um sorriso bem discreto, mas ele percebeu. Segurava sua mão, e notou quando a morena fez um singelo movimento como se quisesse apertá-la. Harry a olhou bem nos olhos, felicidade como aquela aconteceu apenas quando encontrou Hermione novamente. E naquele momento, seu corpo pareceu agir por conta própria... Fechou os olhos, e mesmo tendo pensado em beijá-la na testa como sempre fazia, daquela vez, beijou-lhe os lábios.

Foi um breve contato, um beijo inocente. Porém, de alguma forma, fizera o coração de Harry disparar quando ele finalmente percebeu o que fizera. Afastou-se de imediato, completamente corado. Ela não fizera nenhum movimento, mas ficara tão corada quanto ele.

- E-eu sinto muito, Mione. Não sei por que fiz isso, eu... – ele passou as mãos pelos cabelos, nervosamente – Eu não pretendia me aproveitar da situação ou algo assim. Aconteceu sem que eu percebesse e... – Harry respirou pesadamente, baixando a vista – Foi porque fiquei com a idéia que tive para ajudá-la. Eu prometo que não acontecerá novamente. Você me perdoa?

Talvez ela pudesse ter dito “sim” naquele momento, mas ela manteve o silêncio. Os sorrisos, ainda que pequenos, que ele vira nos lábios dela várias vezes naquele dia, desapareceram, e a face dela voltou a ficar inexpressiva como antes. Harry a olhou, preocupado, achando que ela estava zangada. Como ele pôde fazer aquilo? Acreditava que Hermione, provavelmente, estava irritada por ele tê-la beijado, sendo que ela não teria como rejeitá-lo.

- Olha... Vamos esquecer isso, certo. Ou então, quando você estiver boa, você pode me bater por eu ter te beijado sem sua permissão. – ele tentou um sorriso, mas Hermione não reagiu.

Ela acabou alisando de leve a mão dele, como se dissesse sim. Harry riu dela, alegando que ela nunca conseguiria ficar muito tempo zangada com ele. Antes que ele pudesse falar qualquer coisa, entretanto, a campainha tocou.

- Kathe! Esqueci do jantar! – ele disse, ficando de pé – Eu vou abrir a porta, e então, conto para vocês duas enquanto eu cozinho. – e pegando a morena pela mão, a guiou até a porta.

- Harry. – ela o saudou sorrindo, e logo o beijou nos lábios. Quando percebeu que o noivo estava de mãos dados com Hermione, o sorriso sumiu de seus lábios, e ela olhou feio para a moça – Olá, Hermione. – disse com desagrado. Harry estava tão animado que nem reparou.

- Você não vai acreditar, amor! Vamos para a cozinha.

- O jantar já está pronto?

- Na verdade ainda não, mas eu não demoro.

- Quer ajuda? – ela se ofereceu, enquanto Harry colocava Hermione sentada, numa das cadeiras da cozinha.

- Claro. – ele sorriu, antes de beijá-la.

- E então, qual a novidade? Não me diga que encontraram a cura com aquele homem lá que você e Rony foram atrás hoje!

- Não.

- Não acredito! Você desmarcou um compromisso do nosso casamento comigo por causa disso, e me diz que não teve sucesso nenhum? – Katherine ficou irritada. Já não lembrava mais quantos compromissos Harry cancelava por causa de Hermione.

- Pois é. Eu estava arrasado até um tempo atrás, porque eu tinha descoberto que o único que conhecia a fórmula era Abbas, que já estava morto.

- Mas, então, qual a notícia boa que você parece ter? – perguntou, quase sarcástica. A verdade é que realmente estava torcendo para acharem de uma vez a cura para Hermione, pois assim, provavelmente ela não interferiria tanto na vida de Harry, e eles poderiam casar de uma vez.

- Eu sei como conseguir a fórmula, mesmo sem Abbas vivo. – Harry realmente estava orgulhoso de si mesmo.

- Como? Fala de uma vez, Harry!

- Antes de tudo, eu tenho que dizer que foi graças à Mione! – ele largou uns ingredientes sobre a pia, e aproximou-se da morena – Foi ela quem me deu a solução que vai curá-la.

- Que seja... Apenas diga logo. – aquelas cenas de gratidão eram insuportáveis. Torcia para que quando ficasse boa, Hermione fosse morar bem longe deles.

- Há algum tempo atrás, eu consegui um fragmento da memória da Mione. – ele contou – Eu lembro que entre os pesquisadores, haviam vários papeis com anotações. Tudo que preciso fazer é entrar na penseira novamente, e anotar tudo o que tiver sobre a fórmula e entregar à Rose. – Harry olhou mais uma vez para Hermione – E assim, Rose conseguirá um antídoto para curá-la.

N/A: \o/ Mais uma capítulo da fic para vocês, espero que curtam! =) Demorei um pouco, mas aqui está. E tem até uma ceninha mais romântica entre HH para compensar a demora... =) Claro que Harry tinha que ser um lerdo e estragar tudo!! Eheuiheuiheuieh!! ^^’’ Anyway... Breve, eu escrevo mais. E eu gostaria de dedicar esse capítulo a minha amiga Bruna, que está fazendo niver hoje (11/11), e apesar de ter escrito o cap há alguns dias, deixei para postar hoje por causa dela, então, em partes ela também tem culpa pela demora!! Ehieheuihe!! =) Feliz aniversário, deaR!! Beijos!! E obrigada a todos por lerem, comentarem e votarem!! Um beijãoo!! Pink_Potter : )

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