Capítulo 11



11) Capítulo 11

Harry preferiu usar uma chave-portal para levar Hermione à casa de Rony. Além de Luna, a Sra. Weasley e Gina estavam lá, esperando-os. Rony ainda estava no andar de cima terminando de se arrumar quando eles apareceram na sala.

- Bom dia, queridos! – Molly abraçou os dois, com um sorriso.

- Bom dia. Como estão? – Harry perguntou, de pé, segurando a mão de Hermione.

- Estamos bem. Luna nos avisou que a Mione viria, e não resistimos... Acho que será ótimo passar esse tempo conosco! – Gina disse animada – O Harry tem monopolizado você, não é, Mione? Pois hoje vamos contar tudo que tem acontecido...

- Sim, sim... E faremos um lanche e talvez compras... – Luna começou, mas antes de continar, Harry a interrompeu.

- Não! Vocês não devem sair daqui. Lembrem-se de que a Mione ainda não deve ser vista em público!

- Ah... Verdade. Não se preocupe, Harry! Ela estará bem em nossas mãos! – a loira afirmou, e nesse momento, Rony surgiu descendo as escadas.

- Podemos ir. Elas ficarão bem. Eu instalei uns novos feitiços de segurança desde que a Mione voltou. – o ruivo contou, deixando o amigo mais aliviado.

- Juízo. – ele brincou, fazendo as moças, exceto Hermione, sorrirem. Harry, então, voltou-se para a amiga – Eu volto no fim do dia para te buscar. Não se esforce demais, está bem? – sua voz saiu carregada de carinho, e Gina não agüentou e começou a rir.

- Nossa... Só falta o beijo de despedida! – Harry corou, assim como Hermione.

- Q-que brincadeira sem graça, Gina!

- Ah, mas que parece um namorado apaixonado se despedindo, isso parece! – ela continuou, e Harry olhou feio para a moça – Tudo bem... Parei! Principalmente porque eu não gostaria que a Kathe ouvisse. – a ruiva revirou os olhos.

- Não fale dela com essa cara. – Harry reclamou, e a ruiva cruzou os braços.

- Você sabe que eu não gosto dela... Eu aposto que a Mione também não deve gostar.

- Gina... – Molly olhou feio para a filha – Não dê ouvidos para ela, querido. Kathe é uma moça maravilhosa.

- Só vocês acham isso... É uma metid...

- Gina, pelo amor de Merlim! – Rony revirou os olhos – Não esqueça quem você namora.

- Draco mudou muito, viu! – ninguém percebeu que Hermione erguera as sobrancelhas por um breve instante – Quer saber... Vão logo embora! Como eu disse, temos muita coisa a conversar com a Mione.

- Não esqueça de contar que você ficou louca e começou a namorar o estúpido do Malfoy! – Harry alfinetou.

- Pode deixar que eu também não esqueço de falar tudo da sua querida Kathe.

- Não vá envenenar a Mione contra minha noiva! – num gesto infantil, Gina deu língua para o moreno – Até logo, Mione. Não acredite em tudo que ela disser. – ele sussurrou perto do ouvido dela.

- Tchau, pessoal. – Rony também se despediu, antes de deixarem a casa.

*****************

Usaram toda a velocidade que suas vassouras permitiam, portanto, a viagem à cidade onde Walter Drake residia atualmente não demandou muitas horas. Aterrissaram num local longe das vistas de trouxas, e com o endereço que Rony conseguira, seguiram para o centro da cidade. A pequena mercearia ficava numa esquina, e algumas pessoas saiam quando os dois passaram pela porta.

- Tente manter a calma, Harry. – Rony sussurrou para o amigo, enquanto caminhavam lentamente entre as poucas prateleiras. O moreno procurou Walter com o olhar, mas além de duas moças que compravam alguma mercadoria qualquer, havia apenas uma senhora de meia-idade no caixa.

- Boa tarde, eu procuro pelo senhor Jonas Taber. – Harry perguntou suavemente ao se aproximar da senhora.

- Boa tarde, meu jovem. – ela sorriu amavelmente – Jonas ficou em casa hoje... Você deve saber como são as pessoas quando vão ficando velhas... Uma gripe já é o suficiente para deixá-las de cama!

- Entendo. Meu nome é Henry Roovel, e esse é meu colega Tomas White, somos representantes de uma nova marca de biscoitos. O senhor Jonas havia combinado uma reunião conosco hoje, para mostrarmos algumas ofertas.

- Que pena. Ele não me avisou... E eu realmente não posso ajudá-los, pois apenas trabalho aqui no balcão. A parte de compras é com ele.

- E nós viemos lá de Londres para vê-lo. – Rony disse, pegando alguns biscoitos de uma sacola – Veja quantas novidades nós trouxemos.

- Será uma pena se não pudermos encontrá-lo. – o moreno continuou na farsa.

- Oras, ele está gripado, mas creio que pode recebê-los. A casa dele é a três quarteirões daqui. Seria mesmo uma pena perderem a viagem. – a senhora parecia ter caído na história deles. Rony abriu um dos biscoitos e deu para que ela experimentasse – Uma delícia! Nossa... Espero que Jonas compre esses biscoitos de vocês.

- E mora com alguém? Uma esposa? Um filho? – Harry questionou.

- Jonas não tem ninguém. Apareceu há alguns anos na cidade, sozinho, e assim continuou. Ele é um pouco rabugento, talvez por isso não tenha conseguido uma companheira aqui.

- Ah. Então, ele deve estar em casa se recuperando da gripe... – o ruivo trocou um olhar com Harry.

- Sim. Eu devo passar lá na hora do almoço, pois ele também me paga para fazer a comida.

- Acho que devemos ir logo, pois assim não vamos incomodá-los na hora do almoço. – Harry disse.

- Uns moços tão gentis... De modo algum incomodariam. – ela sorriu novamente, enquanto comia outro biscoito.

- É gentileza sua. Foi um prazer conhecê-la. Vamos deixar esses biscoitos com a senhora. – Rony falou.

- Muito obrigada. Tenham um bom dia. E digam a Jonas que daqui a umas duas horas, eu chego. – ela acenou – É uma casa amarela, um pouco velha e pequena. Não tem erro.

- Nem sei como agradecê-la. Até mais. – o moreno se despediu, e saiu com um sorriso malicioso nos lábios – Temos duas para arrancar aqui. Se ele não responder, teremos que levá-lo. Não quero envolver os moradores dessa cidade.

- E quanto a ela? Não vai achar estranho que “Jonas” suma depois de nossa visita?

- Ela não lembrará que estivemos aqui. – Harry disse.

- Aqueles biscoitos... Tinha poção ali? E você nem me avisa? – ele olhou feio para o amigo.

- Esqueci.

- Harry! Se eu tivesse comido?

- Você ia aprender a não ser tão guloso. – Rony resmungou algo inaudível, fazendo o amigo rir.

Eles andaram seguindo as instruções da senhora, e não demoraram a alcançar a casa de Walter. Era realmente fácil distingui-la das casas vizinhas, bem cuidadas e novas. Rony olhou para os lados, e então, sacou sua varinha. Havia quase dez feitiços de proteção que repeliriam bruscamente qualquer bruxo que tentasse se aproximar da entrada, mas por sorte, todos eram conhecidos pelos aurores.

- Podemos?

- Creio que desativei todos, mas você sabe que quem é realmente bom nisso é a Mione. – Rony suspirou.

- Breve ela poderá estar novamente em missões conosco.

- Sim. Vamos.

Os dois subiram os três degraus que dava para a pequena varanda da casa, e com isso, apertaram a campainha. Não houve resposta, por isso, Harry insistiu. Quando já estavam pensando em invadir a casa, uma voz rouca resmungou algo incompreensível. Momentos depois, a porta foi aberta.

- Quem veio incomodar um velho doent... – ele arregalou os olhos quando reconheceu quem estava ali – P-potter.

- Olá, Walter. – a voz de Harry soou terrivelmente ameaçadora, e assim que Rony viu que a mão do moreno que continha a varinha ia se mover, ele segurou o braço do amigo.

- Calma, Harry.

- Tem razão. Torturar primeiro, matar depois. – ele estreitou os olhos, e um arrepio atravessou todo o corpo de Walter.

- O que querem aqui?

- Que falta de educação... Não vai nos convidar para entrar? – e sem esperar a resposta, Harry o empurrou para dentro e a porta fechou violentamente. Com um aceno de varinha o corpo de Walter voou para uma cadeira de madeira, ficando tenso, como se cordas invisíveis o prendessem – Tem certeza de que não sabe por que estamos aqui?

- Não sei. Eu não fiz nada.

- Não fez? Tente lembre melhor, Walter... – Rony o encarou com raiva também.

- Nada... Não fiz nada de errado.

- Vamos ajudá-lo, Rony. Você deve ter nos reconhecido, lógico. Eu sou o Harry Potter, esse é Ronald Weasley e... Está faltando alguém, não? Para completar o trio de aurores que derrotou Voldemort! – o corpo de Walter tremeu – Quem está faltando? Eu acho que o nosso Walter aqui deve lembrar dela.

- Agora é tarde, Potter... Não acham que demoraram muito para me encontrar? Ela agora está...

- Morta? – Harry sorriu – Engano seu.

- C-como?

- Aquela Hermione que você torturou... – Harry lançou um feitiço que fez Walter gritar de dor – Que você traumatizou... – outro feitiço – Que você quase matou... Está conosco novamente.

- Impossível! – ele suava e tremia de medo.

- Foi com a ajuda dela que descobrimos você. E nós vamos encontrar todos que estão por trás do que aconteceu com ela... – Rony também lançou um feitiço que fez o bruxo gritar – Nada disso se compara a dor que vocês a fizeram passar, nem a dor que nos causou por achar que ela estava morta...

- Então aquela maldita sobreviveu! – Harry deu um tapa com toda sua força calando-o.

- Não ouse falar dela assim. Você já manchou demais a nossa Mione.

- Ela está viva, mas é um vegetal, não é? – um sorriso insano surgiu nos lábios de Walter – Depois de tantas drogas... Vocês não conseguiram salvá-la antes, agora é... – ele parou de falar e gritou quando Harry e Rony lançaram um feitiço ao mesmo tempo.

- Maldito! Nós vamos salvá-la nem que tenhamos que revirar esse mundo atrás da cura. – o ruivo sibilou com raiva.

- Cura? A única pessoa que conhecia realmente a fórmula era Charles! Tanto a droga em si, como o que quer que pudesse servir de antídoto. – ele gargalhou – Vocês devem saber o que aconteceu com ele... Alias, vocês devem saber o que armaram para ele...

- Ele foi assassinado, não foi?

- Claro. Quando a fórmula da droga foi aperfeiçoada, não precisavam mais de nós. Charles queria o que nos foi prometido, mas eles nos descartaram, como se fossemos lixo. Eles tinham poder... Charles nunca aceitou, então, acabou morrendo. Eu preferi fugir... Vejam a miséria em que vivo agora... Tantos anos de estudos e... – ele gritou com um feitiço de Harry.

- Sua história não nos dá pena. “Tantos anos de estudo” com PESSOAS! Vocês são tão monstros quanto eles! – o moreno falou cheio de raiva – É uma pena o outro ter morrido, assim eu não posso esganá-lo com minhas próprias mãos.

- Se você diz que a fórmula se foi com Charles, então a droga não mais existe. – Rony perguntou.

- Ela existe. Eles não são capazes de produzi-la, mas podem muito bem reproduzi-la com feitiços; assim eles não precisaram mais do Charles. Aqueles miseráveis. – um outro feitiço foi lançado por Harry, fazendo Walter gritar.

- Você vai fazer uma viagem conosco. – Harry avisou olhando diretamente para Walter – Ainda tem muitas coisas que precisamos saber.

- Não! Eu não sei de mais nada e... – o moreno lançou um novo feitiço e Walter perdeu a consciência. Harry estava de costas para Rony, e apertava com força sua varinha.

- Harry?

- Não existe uma cura? – a voz dele agora estava carregada de tristeza – Como eu vou encarar a Mione quando voltar para casa?

- Calma. Ele pode estar mentindo.

- Por que ele mentiria sobre isso?

- Não podemos desistir agora, vamos encontrar uma saída. – Rony tentou animá-lo.

- Será, Rony? – ele baixou a cabeça. Todas as suas esperanças pareciam estar desaparecendo.

N/A: Olá, pessoal... Desculpa a demora em postar, o cap estava pronto desde sexta passada, mas só hoje minha beta pode revisar o cap... =) Foi meio curtinho, mas espero que vocês gostem!! \o/ Tentarei postar o outro mais rápido, pois estou livre esses dias!! Eu agradeço a todos aqueles que leram, comentaram e votaram. Taís, dear, não pude postar no dia de seu aniversário, eu tinha visto o comentário, mas infelizmente eu só consegui escrever uns dias depois, e ainda tive que esperar pela betagem! Mas eu desejo muitas felicidades para você, e espero que aceite como um presente atrasado!! \o/ Beijo a todos!! E obrigada!! Pink_Potter : )

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