Capítulo 9



9) Capítulo 9


- Ele chegará a qualquer momento. – Katherine disse, com um sorriso forçado após olhar para o relógio pela quinta vez.

- Compreendemos que o senhor Potter é muito ocupado, mas temos outros noivos aguardando. – a senhora falou educadamente. Ela era a dona do espaço no qual Katherine escolheu para a festa do casamento, porém, gostaria que Harry visse antes.

- Eu sei, senhora Maddison. Contudo, tenho certeza de que Harry deve estar à caminho. – a morena esforçava-se para não transparecer toda sua raiva. A verdade é que não tinha tanta certeza do que falara.

- Vamos aguardar mais dez minutos. Se ele não aparecer, a senhorita terá que decidir se vai reservar ou não este local para sua festa de casamento.

- Está bem. – ela sorriu, seu olhar fixo na entrada. Mentalmente, amaldiçoava Harry pela demora. Ficaria ainda mais furiosa se ele não aparecesse, principalmente se fosse por causa dela... – Maldição. Não sei até quando suportarei isso!

- Como? – a senhora Maddison questionou confusa.

- Ah... Nada. Estava apenas pensando alto. – Katherine disse, antes de olhar para o relógio mais uma vez.

*****************

Harry entrou rapidamente na sala de Rony, e em seguida fechou a porta. Retirou o sobretudo e o chapéu, fazendo o ruivo rir. Em seguida, sentou-se em frente ao amigo.

- Ainda evitando o George?

- Claro. Não posso voltar das férias ainda.

- Quem diria que um dia Harry Potter imploraria para continuar em férias!

- A situação exige! - ele disse.

- E a Mione?

- Está com a Dra. Rose. É a terceira vez que se encontram.

- Alguma melhora? – Rony questionou.

- Ainda não. Mas Rose está otimista.

- Então, também estou.

- Alguma novidade sobre a investigação?

- Sim. Com base nas lembranças da Mione consegui identificá-los. Walter Drake, 54 anos, inglês, cientista excêntrico que foi expulso da sociedade acadêmica por seus ideais considerados não éticos. Costumava pesquisar curas para doenças raras, mas seu grande erro foi desejar usar seus medicamentos em humanos. A sociedade de ética bruxa não permitiu, e ele sugeriu que usassem trouxas. Ainda assim, foi barrado e por sua insistência, acabou perdendo o título de doutor que tinha na Associação Acadêmica dos Grandes Magos, com sede em Londres. Isso aconteceu há mais de dez anos atrás, e desde então, nunca mais fora visto em Londres novamente.

- Acha que ele está morto?

- Se está, não há atestado de óbito. – Rony entregou o arquivo com os dados de Walter a Harry.

- É ele mesmo. – Harry falou ao ver a fotografia.

- O outro é Charles Abbas, 57 anos, alemão, médico. Formou-se em Berlim, mas residia na Inglaterra desde os 23 anos. Costumava clinicar em um hospital privado de Manchester, mas teve problemas com alguns pacientes, tendo sido acusado de erro médico cinco vezes. Então, mudou-se para Londres onde passou a trabalhar em um pequeno hospital público da periferia, mas era mal visto pelos colegas de trabalho não por seu jeito arrogante e pouco interesse pelos pacientes. Pelas minhas investigações, ele conheceu Walter em uma reunião de profissionais de saúde, mas isso foi antes de Walter perder o título. Tornaram-se grandes amigos, e foi um dos poucos que apoiou Walter na insana idéia de usar humanos como cobaias de primeira linha.

- Alguma informação sobre atividades suspeitas? – Harry perguntou, cerrando os punhos.

- Não. Porém, ele também não foi mais visto por vários anos, até ser encontrado morto em um canal perto do centro de Londres, há quatro anos. Foi dado como suicídio, mas eu não penso assim...

- Acredita que tenha sido assassinado?

- Sim. Apesar do atestado de óbito ter como causa da morte afogamento, nas imagens do corpo, eu vi marcas em volta do pescoço dele, o que me levou a crer que ele foi morto e então jogado no canal. Porém, como era um médico mal falado e estrangeiro, não quiseram “perder” tempo com investigações.

- Será que sua morte tem relação com a droga?

- Isso eu não saberia afirmar, mas é uma possibilidade. Talvez, nunca tenham encontrado a fórmula e por isso ele foi morto. – Rony sugeriu.

- Eu duvido. Pareciam estar determinados demais a encontrar uma droga. Talvez tenham se livrado dele e de Walter, e conseguido outros cientistas.

- É uma possibilidade. Se Walter, de alguma forma, estiver vivo precisamos encontrá-lo.

- E precisamos investigar sobre a possibilidade de haver uma nova droga já circulando por Londres. – Harry disse – Se eu pudesse convocar mais aurores... Seria bem mais rápido.

- Eu posso investigar.

- Você já está sobrecarregado.

- Não me importo. – disse sinceramente.

- Eu também vou investigar.

- Mas você precisa cuidar da Mione.

- Cuidarei sim. Porem posso pedir à Kathe que fique com ela quando eu... Por Merlim! – Harry deu um pulo.

- Quê?

- Kathe! Esqueci que tinha que encontrá-la! Ela vai ficar furiosa! – Harry pegou o sobretudo e o chapéu – Nos falamos depois!

- Até mais. – Harry já estava saindo, quando retornou e pegou os arquivos das mãos de Rony.

- Fico com isso. Obrigado. – então, ele sumiu de vista, deixando o amigo sozinho.

*****************

Harry não a encontrou mais no local marcado. Contudo, já imaginava, afinal estava mais de uma hora atrasado. Respirou fundo antes de finalmente tocar a campainha do apartamento de Katherine. A mulher lançou um olhar gélido quando o viu.

- Sinto muito.

- O que houve?

- Tive que esperar a Dra. Rose chegar para que a Mione não ficasse sozinha.

- E ela atrasou tanto assim? – perguntou irritada.

- Na verdade, não, mas eu tive que passar no Ministério e...

- E que tudo é mais importante que nosso casamento! – ela quase gritou. Harry baixou a vista. Não que achasse que seu casamento não fosse importante, porém, não estava com cabeça para pensar nisso naquele momento.

- Desculpe. Kathe... Eu realmente quero me casar com você, então, eu considero nosso casamento muito importante sim, mas é algo que pode esperar.

- Esperar? – ela o olhou horrorizada. Conseguir namorar Harry fora difícil, marcar a data do casamento mais ainda... Não poderia correr o risco de perdê-lo.

- Sim. Eu não estou com cabeça para ajudá-la com os preparativos agora, e eu desejo poder fazer isso, pois eu sei o quanto isso lhe faria feliz. Contudo, eu estou em dívida com a Mione e preciso solucionar este caso. Prometo que não irá demorar, então, se quiser, podemos adiar um pouco, e depois, e lhe darei toda a atenção do mundo!

- Perdoe-me, querido. – ela o abraçou – Eu que sou uma egoísta. Eu compreendo que precisa ajudar sua amiga, e eu estou disposta a fazer o que precisar para que ela seja nossa madrinha de casamento!

- Obrigado.

- Por isso, eu não vou mais te incomodar com essas coisas. Tenho certeza de que a minha mãe ficará feliz em me ajudar. – ela forjou seu melhor sorriso – Mas não precisamos adiar a data. Pelo contrário, devemos manter para termos uma razão a mais para nos esforçarmos no caso da Hermione. Vamos ajudá-la para celebrar esta vitória no dia de nosso casamento!

- E-está bem. – Harry acabou concordando. Beijou-lhe nos lábios, então, se afastou – Preciso ir agora, pois a Dra. Rose deve estar querendo descansar.

- Certo. Eu o manterei informado. Eu te amo.

- Eu também. – ele sorriu, antes de deixar o apartamento.

- Nada vai impedir esse casamento! Nada nem ninguém! Nem mesmo você, Hermione. – Katherine disse após ver a porta ser fechada.

***************

- Cheguei! – Harry disse entrando em seu apartamento. Caminhou até a sala, encontrando Rose e Hermione sentadas – Boa noite para vocês!

- Boa noite. – Rose cumprimentou sorrindo.

- E então... Como foi a sessão? – ele se aproximou, e após beijar levemente a testa da amiga, sentou em um dos sofás.

- Muito boa. Esta moça aqui é uma verdadeira guerreira. E eu sei que ela está se esforçando.

- É a Mione que conheço! – disse orgulhoso.

- Veja. – Rose estendeu um pedaço de pergaminho. Os primeiros eram apenas rabiscos, mas aos poucos iam tomando formas mais trabalhadas, até que Harry conseguiu ler o nome “viva” ao final do pergaminho. Ele abriu um enorme sorriso.

- Ela...

- Isso mesmo. Passamos boa parte da tarde tentando nos comunicar, e apesar de haver algo muito poderoso bloqueando as respostas dela, Hermione está dando tudo de si para driblar isso.

- Acha que pode curá-la assim? – ele perguntou.

- Talvez, mas demoraria anos. Pelos exames que fiz, eu pude ver que o cérebro de Hermione não tem lesões, o que me leva a crer que o atual estado dela é resultado de uma ação bloqueadora e cumulativa da tal droga que você viu na lembrança dela. Além disso, ela também pode estar sofrendo de transtorno de estresse pós-trauma devido ao modo como a droga foi apresentada a ela. Se conseguirmos identificar a droga, talvez haja a chance de eu conseguir fazer um antídoto. O antídoto poderia eliminar esse efeito inibitório que a droga provocou na Hermione, e algumas sessões de terapia poderia ajudá-la com o trauma.

- Tudo depende de encontrar a droga?

- Sim, é claro... Se a minha teoria for verdade. Eu posso ter pensado errado e as causas que a deixaram nesse quadro serem outras, mas no momento, é o melhor que consegui formular depois de tudo que pesquisei sobre a história dela. Temos que acreditar nisso e nos esforçarmos para testar essa possibilidade. Se estiver errada, eu vou pensar em outra coisa, até que encontremos o caminho correto!

- Obrigado. Agora eu percebo a felicidade que tive por ter encontrado um profissional como você! Eu a ajudarei em todas as possibilidades que surgirem, eu só não vou desistir!

- Ótimo. – ela sorriu, então, virou para Hermione – Ele merece um presente por isso, não acha Hermione?

- Um presente? – Harry perguntou, sem entender. Rose, entretanto, não respondeu, apenas olhou para Hermione.

Pela primeira vez, ele a viu suspender o rosto. Seus olhos ainda pareciam inexpressivos, porém, ela conseguiu fixar o olhar no de Harry. Então, seus lábios se moveram lentamente, e mesmo sua voz tendo sido quase um sussurro, ele a ouviu.

- Obrigada, Harry...

N/A: Olá, pessoal!! Eu sei que demorei um pouco, mas eu realmente estive bem ocupada esses dias... Além disso, fiquei adoentada também, e nem deu para escrever antes, desculpem. Porém, quando deu esse curto recesso de São João (não vou ter férias por agora = / ) eu pude escrever!! Espero que curtam!! \o/ Sei que o capítulo está meio curtinho, mas eu realmente queria parar nessa parte aí... eheuiheuiheuiehuih!! Para deixar vocês curiosos sobre o próximo!! *Pink má!! Ehieuhuiehuieheuiheuieh!*. Mas eu vou tentar ser mais rápida, oks!? Agradeço a todos que leram, comentam e votam!! \o/ Me deixa muito feliz saber o quanto estão gostando da fic!! Muito obrigada!! Um beijo enorme no coração de vocês!! Pink_Potter : )

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