Sesmonas!



Capitulo 14 – Sesmonas


Hermione estava lívida. Os repórteres correram para ela como se fossem urubus em carniça, e tiravam fotos sem piedade. Ela não sabia o que dizer ou fazer, estava perturbada. A desistência de Harry parecia não ter acontecido. Por que, ela se perguntava, por que ele havia desistido? Poderia ser mais um truque? Era o que Drácula diria, provavelmente. Mas dessa forma? Dessa maneira... depois de ter revelado seus sentimentos? E se tudo aquilo fosse verdade? E se ele realmente havia se apaixonado por ela, se realmente a amasse? Poderia ela acreditar novamente nele, cegamente? Bom, também poderia ser uma trapaça, apenas mais um jogo sórdido cujas regras Hermione não entendia. E agora, o que aconteceria? Ela era a rainha do mundo. Nem sabia se estava preparada para isso, ou sequer se poderia exercer o cargo. Harry havia se preparado por mais de dez anos para se tornaro rei, quanto a ela... nem mesmo dois meses. E, mesmo assim, cabia a ela agora a honra e a responsabilidade. E, como uma rainha deveria agir, firmemente ela levantou as mãos para que todos se calassem. E isso funcionou. Era a rainha por uns quarenta segundos e seu poder já parecia ter se espalhado. Hermione controlou seu coração e, apesar de se sentir totalmente fraca, com o estômago fazendo reviravoltas, começou a falar:
– Gostaria de dizer que, como a nova rainha do mundo bruxo, quero, em primeiro lugar, fazer-se instalar a harmonia entre todas as criaturas de nosso mundo e com isso, incluo, trouxas, bruxos, vampiros – disse olhando para onde Drácula e Sophie estavam. – até mesmo centauros e outras criaturas que hoje não convivem em paz conosco. Esse vai ser o principal projeto em minha política. Há muitos anos, eu conheci um menino verdadeiramente corajoso, que foi obrigado a suportar viver num lar sem amor e sem carinho, um lugar em que não o aceitavam. Eu vou trabalhar até minha última gota de suor para que ninguém tenha que sofrer o que aquele menino sofreu. É o preconceito de raça, credo e status que causaram, e causam até hoje as guerras, os conflitos, a miséria e o sofrimento. NÃO QUERO QUE ISTO JAMAIS OCORRA! – Hermione fez uma pausa e respirou fundo. Os repórteres gravavam o que ela dizia e tiravam fotos, mas nenhum dizia uma palavra sequer. Ela percebeu que Drácula e Sophie haviam se aproximado. Achou que seria uma ótima oportunidade para escapar, então, recomeçou - Quanto a Harry Potter... sinto que ele não queira continuar com a campanha, mas creio que ele tenha seus próprios motivos. Agora, Drácula vai esclarecer os detalhes dos nossos principais projetos!
Quando Hermione terminou de falar, o foco dos repórteres se virou automaticamente para Drácula, que se viu apanhado em surpresa. Hermione aproveitou que ele estava entretido com os repórteres para se esgueirar para fora do salão. Tentou ir atrás de Harry, mas parecia um pouco perdida nos inúmeros corredores dos departamentos. Quando percebeu, estava num lugar totalmente mal-iluminado, sem ninguém por perto. Viu que mais à frente havia uma luz azul bruxuleante, então, mesmo com um pouco de medo, decidiu prosseguir. Escutou vozes conhecidas. Eram Harry e Gina.
- Você só pode estar louco! – dizia Gina, exasperada. – Como pôde desistir desse jeito?
- Agora já está feito! – disse Harry. Sentando-se em cima de uma caixa de madeira posta no meio da sala oval na qual muitos corredores desembocavam.
Hermione havia se aproximado o bastante, mas se escondeu bem na esquina do corredor atrás de uma estátua, de forma que podia observá-los sem ser vista.
- Você sonhou e lutou por isso durante dez anos! Como pode desistir de tudo dessa forma? – continuou Gina, parecendo desapontada.
- Você não entenderia, Gina.
- É claro que não. Eu estive do seu lado por todos esses anos. Vi todos os sacrifícios que tem feito por ela... e ela? Ahn? Diga-me o que ela fez por você. Ela só te ferrou, Harry. Ficou contra ti, começou a te difamar desde o início, desde quando você fez o que tinha que fazer com o idiota do Creevey, e agora? Rainha do mundo! É o fim. Ela vai ser um fantoche nas mãos de Drácula... e tudo pelo que você lutou vai por água abaixo...
- Eu tive que fazer isso, Gina. Foi a minha última cartada. – disse Harry, parecendo cansado.
- E você acha que vai fazer alguma diferença? – Gina parecia fora de si. – Ela sempre vai ficar contra você, Harry, sempre... Até que você lhe diga a verdade!
- Isso, não! – disse Harry, levantando a cabeça para, Gina que andava em pé de um lado para o outro – Eu te proíbo de falar qualquer coisa para Hermione!
- Harry... Você é tolo em achar que faz o bem a ela, escondendo-lhe a verdade. Em vez de protegê-la, você só está fazendo ela se afastar ainda mais de você. Ela não vai acreditar em você desta vez, Drácula vai fazer a cabeça dela contra ti. Você perdeu. E o mundo perdeu com você.
Harry abaixou a cabeça novamente. Parecia totalmente arrasado. Hermione tentava ouvir a conversao, mas não conseguia compreender totalmente. De que verdade eles falavam?
- O que é mais importante, Harry: O mundo inteiro ou Hermione? Você é um político, oras! Um homem do povo, alguém em quem todos confiam para proteger o mundo. Agindo como você está agindo, está colocando o mundo inteiro em perigo. Por que? Por causa de uma mulher que nem se importa com você?
- Ela sofreria demais. – disse Harry.
- Sofreria? Eu só te digo uma coisa: Hermione pode ser muito boazinha, mas é bom não pisar no calo dela. Veja o que ela fez com você, derrotou o poderoso Harry Potter, a quem todos julgavam inatingível. Bem, se Hermione soubesse da verdade, Firenze pediria para morrer antes mesmo que ela o encontrasse.
“Firenze?”, o que tem Firenze com toda essa história?” - pensou Hermione.
- Não me lembre dele. Agora que Hermione é a rainha, ela vai exigir que eu o solte. Precisaremos achar um novo esconderijo para ele. Drácula não poderá encontrá-lo jamais, ou as coisas piorarão drasticamente.
Quando Harry se levantou e fez um movimento em direção à esquina onde a estátua estava, Hermione correu o mais rápido que pode e sumiu no próximo corredor.


- Mais um? – perguntava Drácula, enchendo novamente o cálice de Hermione com mais uma rodada de champagne. Hermione sabia que toda aquela bebida só lhe faria mal, com o estômago como estava, mas achou que os últimos eventos mereciam mesmo uma boa dose de álcool. – Ainda nem acredito! Ganhamos! Ganhamos! Isso é que é virada. Ainda não me disse o que fezpara que Harry Potter desistisse assim, sem mais nem menos, Srta. Granger.
- Nada. – respondeu Hermione, sentindo o champagne fazer efeito. Estava tonta e o estômago revirava – Não me sinto muito bem.
- Tome mais um pouco pra melhorar! – dizia Drácula, contentíssimo, enchendo cada vez mais o copo de Hermione.
- Não acho que ela deva beberr mais, cherry! – disse Sophie, olhando para Hermione. É melhor a senhorita ir para seu quarto.
Mas Hermione não queria ir, ela preferia beber. Quem sabe a bebida a faria esquecer de Harry e todas suas tramóias. As últimas informações que recebera involuntariamente de Gina e Harry ainda martelavam em sua cabeça. Firenze? O que Firenze tinha a ver com tudo aquilo? E que verdade era aquela que a faria sofrer? Por mais que Hermione tentasse, não conseguia chegar a uma opinião.
- O que Firenze tem a ver com você, Drácula? – perguntou Hermione, esvaziando rapidamente o copo.
Drácula ficou tenso na mesma hora.
- Firenze é meu aliado. Agora que teremos o poder, você poderá exigir que Harry o liberte.
- É? Foi isso que Harry pensou que eu iria fazer, agora que sou a rainha.
Hermione estava completamente bêbada, mal conseguia ver Drácula à sua frente e seus pensamentos já não pareciam tão lúcidos. O álcool subiu rapidamente a seu cérebro, impedindo o raciocínio rápido e coerente.
- Venha, Srta. Granger, vou levá-la você para seu quarto. – disse Sophie, parecendo mesmo muito preocupada.
- Espere, Sophie! – retrucou Hermione, com dificuldade para manter o equilíbrio. Só vou quando Drácula me disser o que diabos ele tem com Firenze. E o que diabos é Sésmonas?
Drácula parecia um pouco perdido.
- Do que esta falando, Hermione? – perguntou Drácula.
- Foi isso o que Firenze me disse: procure Drácula, Sésmonas, diga a ele, Sésmonas.
Alguma coisa aconteceu no interior de Drácula. Seu rosto se iluminou e seus olhos ficaram vermelhos imediatamente.
- Firenze disse isso? – perguntou.
- O que diabos é isso? – disse, já irritada.
- Então não sabe! – exclamou Drácula, parecendo incrédulo. – Achei mesmo que Firenze poderia usá-la você como intermédia. Mas como não falou nada quando me encontrou pela primeira vez, achei que ele não havia conseguido. Ah, Hermione, se você tivesse me falado isso antes... teria poupado todo esse tempo.
Ela não entendeu.
- Então não sabe mesmo? – perguntou Drácula novamente. - Firenze foi expulso da ordem dos centauros há muitos anos, quando concordou em ajudar Dumbledore em Hogwarts. Depois, quando o velho morreu, ele sofreu mais fora da floresta proibida do que dentro. Sem a proteção de ninguém do mundo bruxo, AQUELE-A-QUEM-NÃO-NOMEAMOS conseguiu rapidamente seqüestrá-lo. Firenze achou que o Lord das Trevas iria se vingar dele, maltratá-lo, mas não. VOCÊ-SABE-QUEM tratou bem a Firenze e mostrou que são os bruxos do bem, como Harry Potter, que disseminam o preconceito. Quando o Lord morreu e Firenze viu o que Potter fez com você, Firenze resolveu mudar de lado e voltou para os centauros. Firenze se infiltrou aos centauros por um só motivo, Srta. Granger: não para fazer alianças, mas para conseguir uma informação que me é muito valiosa. Uma informação que quase custou a vida de Firenze e a minha.
Hermione se sentia mal. Agora parecia que não havia jeito: teria que vomitar mais uma vez. Sentia uma coisa ruim por dentro, mas sabia que não era só físico, alguma coisa a alertava para o perigo. Não pode precisar se era o sorriso irônico de Drácula, ou a preocupação e o medo estampados na face de Sophie, tentando puxá-la para o quarto.
- SÉSMONAS, Srta. Granger, é o feitiço que vai libertar o grande mestre, O LORD DAS TREVAS.... LORD VOLDEMORT!
Hermione caiu para trás, literalmente. Arrastou-se para longe de Drácula, mas viu que era tarde demais. Drácula se aproximava dela com os caninos crescidos e os olhos avermelhados.
- NÃO PRECISO MAIS DE VOCÊ, SRTA. GRANGER. MAS SERIA UM TOLO SE NÃO A TRANSFORMASSE EM VAMPIRO. NÃO É DE HOJE QUE MINHA ATRAÇÃO PELA SENHORITA VEM CRESCENDO...
Hermione se arrastou ainda mais. Gostaria de ter um pouco de água benta ou mesmo uma cruz. Quisera não ter sido tão tola a ponto de beber tanto e ter deixado sua varinha no quarto. Agora estava bêbada e completamente indefesa. E pensava em Harry, em tudo o que ele falara. Se ela o tivesse escutado por um só segundo. Agora era tarde, Drácula já a segurava e afastou seus cabelos para o lado, deixando seu pescoço à mostra.
- NÃO! – gritou Sophie, de repente. – Puxando Hermione bruscamente.
- O que está fazendo, Sophie? – disse Drácula, irritado.
- Eu que te pergunto? O que você está fazendo? – falou a vampira – Hermione ganhou a eleição, ela será a rainha. E se for uma mulher honrada, vai fazer aquilo que prometeu, manter o equilíbrio entre as raças. Os vampiros não serão mais uma raça de escravos,não era isso o que queríamos?
- Não, EU queria ser o rei do mundo, porque então poderia libertar o nosso Lord. Nós prometemos lealdade a ele, Sophie! – disse Drácula.
- Eu prefiro confiar em Hermione! – disse Sophie. – Querrido, por favorr! – suplicou ela. – Nós nos aliamos a Voldemort porque ele nos prometeu libertar a todos. Fazer com que todos os vampiros sejam livres. Mas era só mais uma estratégia dele, como as muitas que ele fez. Ele não estava destruindo aqueles que os bruxos chamam de “sangues-ruins”? Se ele foi tão preconceituoso a ponto de destruir sua própria espécie, por considerá-los inferiores, acha mesmo que ele libertaria aos vampiros que são como escravos para os bruxos? Nunca, meu amorr... nunca! Você é nosso líderr... o líderr de todos os vampiros. Se decidir ficar ao lado de Herrmione... poderremos realmente fazerr a diferença para o nosso povo... mas se decidirr libertar Voldemorrt, mesmo depois de conseguirrmos a vitória... então será um TOLO!!!
Drácula levantou a mão e bateu na face de Sophie com tanta violência que a vampira caiu no chão.
Drácula olhou para Hermione de novo, mas Sophie se levantou e se jogou sobre, ele e os dois começaram a lutar como dois cães bravos.
- FUJA, SRTA. GRANGER... FUJA AGORA!!!! – gritou Sophie.
Hermione não perdeu tempo: correu para seu quarto, pegou a varinha e saiu novamente. Na sala, Drácula mordia Sophie violentamente no pescoço. Hermione olhou para a porta. Poderia fugir dali. Mas Sophie morreria.
- NOSFERATU!!! – gritou Hermione, apontando para Drácula. Um raio negro atingiu-o no peito e ele caiu inconsciente no chão.
Hermione se aproximou Sophie, ela estava muito machucada, mas mesmo assim, Hermione forçou-a a se levantar.
- Eu não vou conseguir. Vá você, antes que descubram. Quando os vampiros do hotel chegarem, será o seu fim.
- Você me salvou! – respondeu Hermione, saindo apressadamente do aposento e ajudando a vampira a descer as escadas. – Não vou deixá-la.
Hermione alcançou a rua e começou a andar. Tinha uma idéia de onde poderia ficar a salvo, pelo menos, por enquanto.
Quando pensou que poderiam conseguir, escutou uma agitação atrás de si. Os vampiros corriam atrás dela.
- Anda... corre! – Hermione puxava Sophie que fazia esforço para correr. – Estamos chegando!
- AH, NÃO! – Sophie parou de repente, quando cruzavam uma praça. – Você não está querendo me levar para lá, não é?
- Estaremos seguras! – disse Hermione, puxando Sophie.
- Eu não posso entrar numa igreja! Eu morreria! – disse Sophie, mesmo quando Hermione fazia a vampira subir as escadas que davam para a porta principal de uma capela romanesca.
- Morreremos aqui fora! – disse Hermione e bateu com força três vezes na porta.
- Mantenha os lábios fechados e não levante os olhos. Não quero que o padre Carter descubra que você é...

- UMA VAMPIRA!

Hermione se virou, assustada. Não tinha percebido que a porta havia se aberto. A face amiga de Padre Carter olhava sério e preocupado para Sophie.
- Padre, precisa nos deixar entrar. Não há tempo para explicar mas...
- VOCÊS ESTÃO SENDO PERSEGUIDAS POR VAMPIROS... EU JÁ SEI! – disse o Padre demonstrando naturalidade. – Vou deixar você entrar, filha de satã, mas abra a boca e eu lhe enfiarei uma estaca no coração, eu juro por Deus.
Hermione estava confusa. O padre agia com naturalidade diante de um ser que Hermione, julgava, ele nunca tinha visto ou mesmo acreditado que existisse.
- Entrem!
Elas entraram. Quando o padre fechou a porta, Sophie caiu no chão, desmaiada. Parecia mais fraca agora.
- O que está acontecendo? – perguntou Hermione, desolada.
- Vampiros ficam fracos quando estão em solo sagrado. Mas não se preocupe, Sophie Rousseau é uma das vampiras mais fortes do mundo, ela vai sobreviver.
- Ahn? Como... como sabia que ela era uma vampira... como sabia quem ela era?
- Venha comigo e eu lhe explicarei! – disse o padre, convidando-a para o acompanhar.
- Não vou deixar Sophie aqui. Ela parece um monstro mas... mas ela me salvou de Drácula... eu não vou deixá-la morrer.
- Não se preocupe, querida. As irmãs vão cuidar bem dela... agora venha!
Hermione hesitou por um segundo, mas concordou em segui-lo.
- Hermione, querida. Há muitos e muitos anos, quando os homens cristãos e os bruxos eram uma só raça, o mundo vivia em paz. Mas o poder de alguns bruxos amedrontou alguns homens da Igreja, que achavam aquilo uma abominação contra Deus. A Igreja já pecou muito contra mulheres como você, que só queriam o bem da humanidade e o equilíbrio entre as crenças. Infelizmente, havia homens fracos dos dois lados. Houve algumas batalhas, e a Igreja passou a desmoralizar os bruxos, que vivem escondidos desde então. Hoje, nós sabemos que foi um erro, querida, mas foi uma aprendizagem que levou muitos séculos. Nem todos da Igreja têm conhecimento disso, apenas algumas ordens. Essas ordens sabem da verdade e lutam para manter as coisas equilibradas nos dois mundos. Quando seu marido se lançou na candidatura para rei do mundo bruxo, nós ficamos muito preocupados. Claro, ninguém sabia quem era voc,ê e nem da sua importância para Potter, mas não gostávamos dele, das posições violentas que ele havia tomado na trilha política. Quando você aceitou se casar com ele, querida, eu fiquei muito preocupado, muito mesmo, mas eu não podia lhe dizer, ainda, que já sabíamos de tudo, só agora obtive permissão do Vaticano para lhe revelar essas coisas que agora eu lhe conto.
Hermione parou enquanto eles caminhavam para o altar. O cristo pendurado na cruz parecia olhar para ele com pesar nos olhos, enquanto as chamas das velas iluminavam aquele lugar de paz.
- É mesmo, padre? – disse Hermione, sentindo triste e cansada. – Não seria porque agora EU SOU A RAINHA DO MUNDO MÁGICO?
- Como assim, minha filha? – disse o padre, aproximando-se dela.
- MENTIROSOS! – disse ela, afastando-se dele. – Todos até agora têm me contado mentiras. Harry, Drácula, o senhor! Todos só estão querendo me manipular, para que eu faça somente o que vocês querem, não é? Gina está certa! Todos pensam que eu sou apenas um fantoche, mas estão errados... estão redondamente enganados!
Hermione começou a se aproximar da porta. Não poderia levar Sophie, infelizmente teria que entregar a vampira à sua própria sorte. De qualquer maneira, Sophie não era uma santa, mas uma vampira.
Hermione abriu a porta e saiu, batendo-a atrás de si. Desceu rapidamente as escadas.
Uma grande quantidade de vampiros começava a invadir a praça diante da Igreja.
Tomada por uma força que Hermione nunca julgou que tivesse, brandiu a varinha.
- Morram todos, desgraçados! N O S F E R A T U U U U!!!!!!


- NÃO!
Era o Padre. Ela havia chegado um segundo antes e erguido o braço de Hermione, de forma que o raio, mil vezes mais poderoso agora do que o que atingira Drácula, se perdeu em algum ponto do céu.
- Achei que não gostasse de vampiros! – disse Hermione, pasma.
- E não gosto! Mas esses vampiros são inocentes! São leais a Drácula e só querem vingá-lo. Sua luta é contra Drácula, não contra eles.
- Mas... Drácula está morto. Eu o matei! – disse Hermione. – Esse feitiço mata qualquer vampiro.
- Bem, Hermione. Talvez, se ESSE raio o tivesse atingido, eu acreditaria em você, mas minha fonte me disse que o raio que atingiu Drácula não foi forte o suficiente. Além do mais, Drácula é mais forte do que todos os vampiros que você já conheceu.
- Sua fonte? – replicou Hermione, sentindo a raiva crescer dentro de si.
- Hermione, por favor! – disse o Padre, com aquela cara de santo que só ele sabia fazer. – Entre, antes que eles nos alcancem. Eu vou lhe explicar tudo. E você compreenderá que há muitos lados nesta batalha, mas só há dois inimigos a enfrentar: Drácula... e agora... VOLDEMORT.
- E Harry? – perguntou Hermione, sentindo que a tontura e a dor no estômago voltavam.
- Harry pode ser muito poderoso, mas não cremos que ele seja insensato. Você tem que admitir que, apesar de usar os meios errados, Harry foi o único que conseguiu derrotar Voldemort.
- Mas, padre. Na noite... na noite... na minha noite de núpcias eu vi Harry torturando uma criatura que sempre considerei honrada.
- Firenze? – disse o padre.
- Sabe dele também? – perguntou Hermione, enojada.
- Oh, sim, querida. Soubemos dele. Estamos tentando libertá-lo. Não tenha dúvidas disso. Mas Harry o mantém sob a melhor de suas guardas. Achamos que Firenze tem alguma ligação com o paradeiro de Voldemort.
- Como assim? – Hermione perguntou.
- Então, não sabe?
Hermione deu um alto muxoxo enquanto se encaminhava para dentro da Igreja.
- Não.
- Bem, pelo que eu sei, Harry aprisionou Voldemort num feitiço muito poderoso e escondeu o orbe que aprisiona o mestre das trevas em algum ponto da floresta proibida. Ninguém, a não ser Harry, e talvez os centauros, sabem como encontrá-lo.
Hermione gelou. Sabia que já havia escutado aquela palavra “Sésmonas” antes. No quarto ano, enquanto lia um livro de Aritmancia, Hermione ouviu falar nos poderosos orbes indianos que podiam esconder um segredo, um objeto valioso, até mesmo uma pessoa que se congelaria no tempo até que fosse quebrado. Para se quebrar aquele poderoso objeto era preciso duas coisas. Achá-lo e proferir o encanto: SÉSMONAS!


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