A primeira aula significativa!

A primeira aula significativa!



Hermione sentira alguma coisa naquele beijo. Um sentimento despertado que ela nunca sentira antes. “Caramba, ele é só o Harry! Meu amigo tão estimado! Mas só isso, um amigo...”, ela pensava ferozmente. Tanto tempo ela havia pensado que gostava de Rony, mas agora isso mudara. Hermione sentia com o toque de Harry o que nunca sentira com o toque de Rony; ela sentia com o abraço de Harry o que nunca sentira com o abraço de Rony; ela sentiu com o beijo de Harry o que nunca sentira com os sorrisos, toques e abraços juntos de Rony. Ela sabia que era duro admitir, mas estava totalmente apaixonada por Harry Potter. O eleito. O menino que sobreviveu. O homem de Dumbledore. E, acima de qualquer coisa, seu melhor amigo.

Mas Hermione tinha certeza de que ele não correspondia o sentimento. “Um erro, desvio de conduta...” foram as palavras exatas dele. Ela tinha certeza que ele tinha agido como um impulso, não que gostasse dela também. Hermione ficou martelando e pensando sobre isso o resto do dia e o resto da noite, mas, as armadilhas do coração não eram como um problema de livros que Hermione tirava de letra. Elas eram muito mais complexas, e naquele momento, a garota iria preferir os livros sem pensar duas vezes.

***
Harry também estava no mesmo dilema de Hermione. Mas ele ainda tinha várias outras coisas para pensar. “Não posso gostar dela. Voldemort a destruiria, a tiraria de mim nem que seja a última coisa que ele fizesse. E não posso ousar perdê-la. Não ela...”. Ele sim teve uma certeza, iria desistir de Hermione. Uma paixaozinha infantil não valia o risco da morte dela.
Harry colocou a mão na cicatriz, sua companheira por tanto tempo. A prova do seu fracasso, exposta ali no meio de sua testa. Neste momento, Rony adentrou o dormitório e teve a infelicidade de vê-lo com a mão no corte em forma de raio.

-Doendo de novo?

-Não... Só constatando que tudo não passou de um pesadelo e que ainda
estou na casa dos meus pais sem cicatriz.

Rony o observou estranhamente.

-Você está bem?

Harry deu os ombros.

-Normal. Mas o que é isso na sua orel...? – Harry não conseguiu parar de rir ao realmente perceber o que era.

Rony estava com um pingente completamente escandaloso na orelha direita: era peludo e verde. Além de piscar, claro. Ele jogou um travesseiro em Harry.

-Pára de rir! Já te disse que é um amuleto contra os Huprefects!

Harry riu ainda mais.

-O que foi? A Luninha disse que eles tem medo de luz...

-E por que você está usando isso? Não tinha dito que era muito chamativo?

-Agora você entendeu o que eu disse? É totalmente chamativo! Mas ela ficou chateada quando viu que eu não estava usando...

-Ai, cara, você está ficando maluco! Acho que a convivência com a Luna não está dando certo...

E depois dessa frase, Harry desatou a rir novamente. A face de Rony ficou púrpura, e ele continuou defendendo Luna cegamente, até se cansar do assunto.

-Ei, viu a Hermione?

-Não, por que?

-Nada, vocês dois têm estado tão juntos esses últimos dias...

Harry corou.

-Eu não gosto dela, antes que comece a perguntar. – disse rigidamente.
Estava disposto a acreditar nisso.

-Eu não ia perguntar nada. – defendeu-se Rony.

Harry resolveu mudar de assunto, pois o silêncio o estava deixando constrangido.

-Não tínhamos que estar na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas?

Harry estava louco para conhecer o novo professor de sua matéria preferida, afinal ele ainda não tinha tido essa aula, devido às mudanças de Hogwarts e o atraso do professor novo. Um arrepio percorreu sua coluna, pois ele estava atrasado logo em sua primeira aula.

-Corre, Rony!

E assim os dois fizeram.

***
A sala de Defesa Contra as Artes das Trevas havia mudado muito, por causa do gosto do novo professor. Ou melhor, professora.

Harry e Rony chegaram apressados e abriram a porta esperando receber a maior bronca de suas vidas. Porém, isso não aconteceu. Nenhum aluno estava sentado em cadeiras, estavam todos em um círculo no chão.

-Vamos, vamos, você dois! Bem vindos! – disse uma mulher alta e gordinha de feições aristocráticas, mas simpáticas. Ela trajava roupas finas, de seda. – Sou a Professora Clarke. Sarah Clarke. E vocês são?

-Weasley. Ronald Weasley, senhora.

-Estou tão velha assim? Por favor, me chamem de Professora e não de senhora.

-Sim, professora – respondeu Rony.

-E você, querido? – A nova professora perguntou, se dirigindo à Harry. Ele se surpreendeu que ela não o tivesse reconhecido.

-Harry Potter.

-Senhor Potter! Remo Lupin me disse que o senhor é um ótimo aluno em minha matéria!

Harry concordou.

-Pois bem, vocês dois. Acomodem-se na roda. Vamos trabalhar em duplas.
O ruivo sentou-se do lado de Dino Thomas. Já Harry procurou Hermione, mas a garota estava muito ocupada conversando animadamente com Simas Finnigan. Harry não pôde deixar de sentir um certo ciúme. Ele se virou e sentou com um garoto da Lufa – Lufa, casa que tinha DCAT junto com a Grifinória.

-Hum, hoje vamos finalmente aprender a conjurar patronos. – Houve de imediato um burburinho geral. – Sei que pode parecer realmente difícil na primeira tentativa, mas basta acreditar em nós mesmos. Bem, a técnica é simples. Você pensa em uma memória feliz e diz o feitiço ‘Expecto Patronum!’. Vamos lá, todos de pé, por favor. Lembrem-se que a lembrança deve ser realmente feliz. A mais feliz que vocês conseguirem pensar.
Logo a sala se encheu de alunos murmurando feitiços por todos os lados. Eles passaram a se confundir com tanta gente falando ao mesmo tempo. Sarah percebeu.

-Pessoal! Atenção. Façam uma fila aqui. Vou fazer demonstrações individuais para não nos confundirmos.

-Senhor Weasley, por que não começa?

-E... eu?

-É... Vamos!

Rony se aproximou do centro da sala e murmurou um tímido ‘Expecto Patronum’. Uma faísca de luz prateada vazou de sua varinha, mas nada mais aconteceu.

-Eu não espera que conseguisse logo de cara! mas foi bom...

Quando Rony se aproximou de Harry, este perguntou:

-Por que não conseguiu? Você fazia bem quando estávamos na AD.

-É, mas eu fiquei nervoso...

-Neville Logbottom! – chamou a professora.

Neville foi a frente e fez a mesma coisa que Rony.

-Você não precisa ficar nervoso, eu acho... – continuou Harry.

-Ai, droga!

-Senhor Finnigan! – disse Sarah.

Simas apertou a varinha tentando se exibir para Hermione, mas acabou tropeçando em seus próprios pés e caiu. A sala inteira riu. Isso deve ter desconcentrado o menino, pois seu feitiço não produziu efeito nenhum. Pior que ele Dino, que ao invés de falar o feitiço certo, gritou: ‘Espectro Palonus!’. A cada aluno, a feição da professora ficava mais desanimada. Ao chamar Harry, ela já estava totalmente cansada.

Harry caminhou lentamente até a frente dos outros, e procurou a lembrança mais feliz que tinha. Logo aquela velha memória com seus pais lhe veio á cabeça, e ele concentrou-se absolutamente nela. Porém, no último segundo, uma nova imagem apareceu em sua mente: o beijo com Hermione. Uma súbita alegria o invadiu e ele deu um sorriso enorme antes de pronunciar o encantamento.

Levemente, um cervo prateado saiu da ponta da varinha de Harry, até se formar completamente. O menino riu satisfeito, e seu patrono corpóreo continuou ali, até a professora explodir em gritinhos de satisfação.

-Muito bem, Potter! Bom trabalho! Vou conceder 25 pontos a Grifinória por isso! Foi fantástico. Você devia ajudar o resto da turma.

Harry acenou positivamente.

-Desculpem as pessoas que faltaram conjurar! Na próxima aula vocês fazem! Pratiquem! E como dever eu quero um rolo de pergaminho falando tudo sobre os Patronos. Muito bem, estão dispensados.

Ao sair, Harry foi inundado de perguntas sobre onde tinha aprendido a realizar um patrono corpóreo e tudo o mais. Ele só sentiu falta de uma pessoa na multidão – a mais importante – Hermione.

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N/A: o nome Sarah Clarke não fui eu que inventei. É baseado na atriz Sarah Clarke, a Nina de 24 horas :PpP Mas a professora não tem nada a ver com a verdadeira Sarah, é só o nome mesmo. HASUHASUHUASH

bom, obrigada pelos 120 leitores =D
estou muito feliiz :x~

beijos,
G.

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