Ameaças à parte!



Os dias tinham passado desde que Malfoy tinha dormido ao lado de Gina, naquela outra noite. Nesse dia, a menina acordara e não havia sinal dele, mas a o loiro deixara um bilhetinho escrito com pressa, a julgar pelo estado de sua letra.

“Não pense que se livrou de mim tão fácil. EU VOLTO. Guarde minhas palavras, Virgínia.

D.M.”


A primeira coisa que Gina pensou quando leu o bilhete foi em como Draco era chato. Mas depois ela logo o esqueceu. Seguiu o dia normalmente, mas com alguns cuidados ao trocar de roupa no quarto, com medo que Draco aparecesse. Foi para suas aulas, conversou com seus amigos, brigou com Simas porque ele estava claramente querendo impressionar Hermione. Mas o que ela não sabia é que mais tarde teria a surpresa mais desagradável possível, cujo o nome era Draco Malfoy.

Ele estava no dormitório quando ela chegou, no meio da tarde. Estava deitado em sua cama, lendo um livro de bruços. Ao entrar ela se sentiu como se tivesse levado um balde de água fria na cara.

-Parece que se acostumou a aparecer sem ser chamado.

Draco se assustou com a voz profunda da garota, e virou-se para olhá-la. Lá estava ela, exatamente da mesma forma que estava há dois dias atrás. Linda, ele se ousou pensar.

-Vai dizer que não sentiu minha falta.

-Ah, claro. Quase que me atiro da torre mais alta de tanta falta que eu senti de você. – respondeu Gina irônica.

-Eu sabia que seria assim. – ele falou fingindo não ter detectado o sarcasmo na voz de Gina.

-Por que voltou?

-Ora, Gina, não se faça de idiota.

-Não sei do que está falando. – Gina respondeu com sinceridade.

-Vim por causa da sua carta.

-Que carta?

Draco riu.

-Você é inacreditável.

-QUE CARTA?

-Essa carta! – disse o garoto mostrando à Gina um pequeno papel amassado, com os seguintes dizeres. “Malfoy, tenho uma proposta para te fazer, de seu interesse. Sabe onde me encontrar. Weasley”.

-Eu acho que você foi vítima de uma pegadinha, porque eu nunca escrevi nada.

Gina estava sendo sincera. Não havia proposta alguma. Assim como ela não tinha escrito carta alguma.

-Se você queria voltar a me ver era só pedir, não precisava fingir que tinha algo em troca.

-Já disse que não escrevi nada, até porque não queria voltar a te ver, oras!

Draco perdeu o sorrisinho na boca. Ele não costumava ser rejeitado.

-Você se acha muito esperta, não é? Acha que pode conquistar qualquer garoto, não é mesmo?

-Não sou muito pior do que você.

-A diferença é que eu sei que posso conquistar qualquer garota.

Gina abriu um sorriso desafiador.

-Não pode conquistar a mim.

Ela passou a língua em seu lábio superior, provocante.

-Qual é, Virgínia. Eu sei que você é louca por mim.

A garota riu.

-Não, Malfoy, não sou. Mas você pode sonhar.

-Sonhar com você? Parece mais um pesadelo. Não sei como o Potter te agüentava.

-Simplesmente pelo mesmo motivo que Miguel me agüentou, que o Dino me agüentou e que o Simas me agüentou! E você pensa que eu não sei que alguns colegas seus da Sonserina queriam muito estar no lugar deles...

-Mas parece que você está sozinha agora, não é? TODOS eles te deixaram. E eu dou razão a eles pelo menos nisso.

Gina começou a se cansar da discussão infantil. Ela até começou a se enraivecer.

-Eu sou um par completamente aceitável.

-Faça-me rir. Se você é aceitável, eu sou o Papai Noel.

-Jura? Eu me comportei o ano inteiro, onde está meu presente? – respondeu Gina sarcástica.

-Weasley, aceite o fato que ninguém te atura.

-O que você está fazendo agora?

-Tentando te convencer que você não pode conquistar ninguém.

Gina estava realmente com raiva agora.

-Eu posso.

-Por que não prova?

-Tá bom. Fique a vontade, pode escolher.

Draco deu risinho.

-Você está tendo a petulância de dizer que pode namorar qualquer um?

-ESTOU.

-Então está bem; vamos jogar.

Draco pensou um pouco nas pessoas que Gina não poderia conquistar de jeito nenhum, mas concluiu mostrando seus dentes de forma marota:

-Se você conseguir voltar a namorar o Potter, pode escolher tudo o que você quiser.

-Tudo? Até mesmo saber o que tinha de tão importante com a Cho?

Draco empalideceu, mas foi obrigado a concordar.

-Tudo.

-E se eu não conseguir?

Ele voltou a pensar sobre a coisa que mais desagradaria Gina no mundo, e mais uma vez a idéia veio em sua cabeça como um jato, e ele falou antes que pudesse se controlar:

-Se você não conseguir, terá que sair comigo.

-O QUE?

-É, como um castigo. E agradeça por eu não ser ganancioso. {N/A: eu também quero um castigo desses!}

-Isso é só uma desculpa para sair comigo?

-Pensei que tivesse dito que podia fazer.

-Eu posso!

-Espero que ‘o castigo’ não te desestimule.

-NÃO, PELO CONTRÁRIO, VAI ESTIMULAR MUITO.

Gina e Draco estavam com cada vez mais raiva um do outro e se eles não tivessem seguido rumos distintos (Gina atrás de Harry e Draco só Voldemort sabe), era capaz de acontecer uma morte naquele momento.

***
Harry, Rony e Hermione estavam discutindo sobre o assunto mais discutido da última semana, no Salão Principal. Harry tinha conversado com Hermione, porque ele achava que ela estava evitando-o. Mas agora já estava tudo bem.

> flash back on

Harry e Rony tinham chegado da aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Eles não tinham encontrado com Hermione, e Harry estava muito convencido do porque. Ela não estava conversando com ele direito, nem olhando em seus olhos desde o beijo. O menino entendera que ela não gostava dele, porém não queria perder uma amizade como a dela.
Harry concluiu que ela teria que voltar para o dormitório mais cedo ou mais tarde, então decidiu esperá-la. Deu boa noite a Rony e foi adiantar os deveres no Salão Comunal da Grifinória. Eram mais ou menos duas horas da manhã quando Hermione finalmente chegou. Harry já estava cochilando, mas acordou com a sua presença.

Ela estava bem diferente do normal: suas roupas estavam com a barra rasgada e seus olhos estavam inchados de tanto chorar.

-O que está fazendo acordado uma hora dessas? – perguntou.

-Estava esperando você. Precisamos conversar. – disse Harry, sem notar o estado de Hermione, já que ela estava se esforçando para ficar do lado mais escuro da Sala.

Atitude que não surgiu efeito, pois Harry se aproximou de seu corpo gelado, e acabou percebendo seus olhos inchados. Ele imediatamente passou a mão por seu rosto marcado, e afagou seus cabelos de uma forma doce.

-Mione... O que foi?

Ela desabou a chorar. Partia o coração de Harry vê-la daquela maneira. Ele a abraçou, e ao sentir-se tão perto uma vontade de beijá-la invadiu-o. Ela estava tão mole, tão frágil, tão susceptível às dores.

-Eu... eu recebi uma carta dos pais do Vitor essa tarde... Eles... eles.

E a intensidade de seu choro aumentou.

-Eles o que?

-Eles... ele me culpam pela morte dele.

Harry de imediato sentiu ódio da família Krum. Hermione se dedicou durante muito tempo ao filho deles, e agora o os pais de Vitor passam a culpá-la!

-Mi, olhe para mim. – disse Harry subindo o queixo da garota. – Não foi sua culpa, entendeu? Você foi uma das melhores coisas que aconteceu na vida dele, se não foi realmente a melhor. A afirmação é totalmente sem fundamento! Você não deve se preocupar.

Hermione encostou a cabeça no peito de Harry e continuou a chorar.

-O que... o que você queria falar comigo?

Naquele momento, o garoto de olhos verdes sentiu vergonha de achar que ele era o motivo do afastamento de Hermione.

-Eu pensei que você estivesse brava comigo. Por causa daquilo ainda.

-Não estou brava, Harry. Só estou abalada ainda por causa da morte do Vitor. Eu só não consigo acreditar. As vezes eu penso que não vou conseguir superar.

-Ei, ei, ei. Uma menina que faz a melhor poção polissuco que Hogwarts já viu, descobre que um basilisco vive na escola, consegue salvar um hipogrifo e um homem inocente e ajuda o melhor amigo em tudo o possível é capaz de superar tudo.

Hermione deu um sorriso fraco, mas sincero.

-Obrigada, Harry.

-Pelo o que, Mi?

-Por ser tão bom comigo. Por ter tanta paciência... Por tudo.

-Vem cá...

Disse Harry, e deu um beijinho carinhoso em sua testa.

-Eu prometo que tudo vai ficar bem. Eu estou aqui com você.

-Eu sei, e é isso que me deixa tranqüila. – disse Hermione antes de enxugar todas as lágrimas e subir para seu dormitório.

flash back off <


Hermione acordara saudável e não apresentou sinais nenhum de que estivesse estado mal na noite anterior. Pelo contrário, ela já até estava discutindo com veemência outras questões.

-O que a Cho queria com ele? – perguntou, se referindo ao diamante de
Ravenclaw.

-Para onde ela levou? – disse Rony, interrompendo Hermione.

-Por que ela levou? – rebateu a menina.

-Para quem ela levou? – continuou o ruivo.

-GENTE! EU-NÃO-SEI! Acham que se eu soubesse estaria conversando com vocês nesse exato momento? Não! Estaria pensando em uma maneira de destruir! – disse Harry.

-Está muito fora do plano! POR QUE A CHO IRIA QUERER UMA COISA DESSAS?

-Vocês já pensaram que ela pode ser uma comensal da morte.

-Já pensei nisso, Harry. Mas acho improvável. Você não tinha dito que ela disse algo sobre os pais dela estarem sendo ameaçados? – pensou Hermione.

-É, ela falou. Acham que Voldemort está com os pais dela e a ameaçando a machucá-los se ela não fizer o que ele manda?

-É exatamente o que eu acho. – disse Rony.

Harry colocou a mão na testa.

-Então uma hora dessas Voldemort já deve ter o horcrux. Ele vai esconder em outro lugar e será impossível encontrar!

-Mas isso significa que será impossível...

-DESTRUI-LO! – terminou Harry, concluindo a frase de Hermione.

O efeito daquelas palavras em Harry foi imediato. Todos os momentos perdidos procurando e pensando sobre a destruição de Voldemort, todas as pessoas que morreram tentando ajudar Harry nessa destruição. Se o horcrux desaparecesse significava que fora tudo em vão. As mortes de Dumbledore, Sirius, Cedrico, seus pais. Tudo em vão.

O trio ficou calado por alguns minutos, até a menina se manifestar.

-Espere um pouco. Você iria perceber se Voldemort pegasse o horcrux, não é? Digo, você não estava tendo sonhos esquisitos?

O coração de Harry deu um sobressalto.

-É! Eles pararam!

-Isso não quer dizer que Voldemort não tem sentido nenhuma emoção forte ultimamente? E localizar um horcrux é uma emoção muito forte, em minha opinião.

Toda a esperança perdida foi recuperada em um instante. Harry se sentiu feliz. Se ele fosse rápido e tomasse a pedra antes que Cho pudesse entregá-la a Voldemort, talvez houvesse uma chance de sobrevivência.

***
Gina tinha encontrado Harry finalmente. Ele estava no Salão Principal, junto com Hermione e seu irmão. Ela ajeitou o cabelo e sussurrou um ‘relaxa’ para si mesma. Depois foi em direção à ele.

-Harry? Preciso falar com você.

-Está bem. Pode falar.

-Não... Eu queria que você viesse ver uma coisa comigo.

Hermione olhou Gina intrigada.

-Tá, eu acho.

Ele se levantou e seguiu Gina. Ela o levou até um canto escuro de um dos
corredores do castelo.

-Eu não acho que devemos nos afastar tanto, Gina... O que é que tem para me mostrar?

Ela abriu um botão de sua blusa, o que assustou Harry.

-Eu não te dei nada de aniversário, não foi, Harry?

-Tudo bem, eu não me importo.

Gina sorriu.

-Sempre admirei isso em você.

-Errr, isso o que?

-Esse seu jeito independente.

Gina foi se aproximando de Harry, até encostá-lo na parede.

-Gina, eu não acho uma boa idéia.

-Eu sinto sua falta, Harry. De verdade.

E dizendo isso, ela o beijou com mais voracidade e vontade que qualquer outra jamais fizera. No começo, Harry resistiu e tentou empurrá-la, mas seu desejo físico foi maior, e ele permitiu que Gina aprofundasse cada vez mais sua língua dentro da boca dele.

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N/A: Gina, eu te odeio. Larga o Harry e vai ficar com o Malfoy, vai.
AHSHAUSHUAHSUAH

comentem para mim, por favooor?

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