O Xuxu, o Amor-platónico, a Ma



2º cap - O Xuxu, o Amor-platónico, a Mal-amada e o Héroi


Victoire olhou uma última vez para Ted Lupin através da janela, a tempo de ver uma lágrima solitária escorrer-lhe pela face. Depois, ele desapareceu de vista e então a garota deixou-se afundar no banco. Ela própria tinha os olhos inchados e vermelhos pelo choro. - Teddy era seu primo de criação e mais recentemente tornara-se seu namorado; Fleur aceitara bem a situação, uma vez que não haviam laços alguns de sangue e ela já era crescidinha. Já Bill demorara mais tempo para aceitar que a sua ''pequenina'' (como ainda lhe chamava) se estava a tornar numa mulher. Apesar disso, após algumas conversas sérias com Fleur, concluiu que se tinha de entregar Victoire a um namorado ao menos que este fosse (nas suas palavras) ''um rapaz decente e que a fizesse feliz'' - * Três meses sem ver ou ouvir o meu xuxuzinho...como é que vou aguentar isso?? * pensava tristonha. Limpou o rosto com as costas da mão e forçou-se a acalmar-se. Não era tanto tempo assim se pensasse que poderia corresponder-se com ele por correio coruja...Claire adentrou a cabine interrompendo-lhe os pensamentos; Olhava distraidamente para uns papeis que ela calculou que fossem da monitoria grifinória que ambas partilhavam.

- Vi..temos reunião de monitoria agora e... - Claire levantara a cabeça para encarar Victoire e reparou no rosto inchado e nos vestígios de lágrimas presentes no mesmo. Largou os papeis que se espalharam pelo chão e aproximara-se da loira preocupada. - O que se passa? Porque você está chorando?

- Ah...não é nada... - respondeu com a voz embargada.

- Victoire Fleur Delacour Weasley! - a outra espantou-se ouvindo o seu nome completo. - Eu sempre suspeitei da sua sanidade mental...mas que você chorava por nada eu não sabia!... - disse tentando animá-la. Vicky sorriu levemente. - Você não me engana...me fala...o que se passa? - perguntou um pouco mais séria.

- É só que...vou estar tanto tempo sem o Teddy...é parvoíce minha, eu sei, posso conversar com ele por carta mas...não posso evitá-lo... - recomeçou a soluçar. Claire sentou a seu lado no banco e abraçou-a, compreensiva.

- Pronto...chora tudo o que quer... - Claire tentava acalmá-la e afagava-lhe o cabelo enquanto Victoire chorava retribuindo o abraço. Passado pouco tempo ela afastou-se ligeiramente e disse: - Não acho que seja parvoíce, se você o ama com eu sei que sim...

- Vou sentir tanta saudade dele... - Vicky fungava.

- Eu sei mas...oras você se esqueceu que é bruxa?? - sobressaltou-se de repente. - Pode sempre escrever para ele e se é assim tão importante para você ouvir a voz dele converse pela lareira da sala comunal! Não pode é ficar desse jeito ou vai acabar me fazendo chorar também...sabe que detesto ver minhas amigas chorando!Por isso carinha sorridente! - Claire exibiu um cómico sorriso de orelha a orelha, que fez com que Victoire não pudesse evitar uma risada.

- Só mesmo você pra me animar... - riu para a amiga que agora sorria normal e limpou as lágrimas com a manga da camisola. - Tem razão! - disse de súbito. - Eu não vou ficar abatida...afinal, eu não perdi o Teddy...apenas vou ficar uns meses sem o ver o que nem é tanto tempo assim. - levantou-se com os olhos brilhando. - Quando tudo isso terminar nosso amor vai estar mais forte e o nosso relacionamento mais sólido...vai ser difícil; Merlim que o diga; mas eu vou ser forte! - acabou decidida.

- É isso aí Vicky! Pensa positivo!...e agora vamos lá para a reunião senão a Mcgonagall vai nos matar... - Claire dirigia-se para a porta da cabine quando ouviu o barulho da outra caindo pesadamente no assento. Se voltou na hora. - Que foi? - perguntou com uma das sobrancelhas erguidas.

- Eu não quero ir nessa reunião... - respondeu Vicky baixinho.

- Porquê?! Você não me disse que queria ser a monitora-chefe esse ano?? - indagou Claire surpresa.

- E quero...mas o que vai ser da minha reputação se eu atravessar os corredores até ao vagão dos monitores, lá na frente, neste estado? - revidou a loira.

- Que reputação? - Claire estava mais confusa do que nunca e meio desconfiada de que essa era mais uma das brincadeirinhas de Victoire.

- Ué..a minha reputação de 'veela'! Ou você não sabe que dizem por aí que eu sou uma 'veela' e que por causa disso, acham – deu ênfase a esta última palavra - que eu tenho uma beleza imortal, que não vai acabar nem quando eu for uma velhinha de 70 anos? - Perguntou sarcástica e debochadamente; Claire viu suas suspeitas serem confirmadas e sorriu. - Bem, o que você acha que vão pensar quando virem a ''Miss-Beleza-Imortal'' – fez gesto de aspas com os dedos e abafou uma gargalhada quando disse isso. - com a cara inchada e vermelha que nem o fato do Papai Noel? - cruzou os braços e encarou Claire, tentando parecer séria.

- Não sei nem me interessa, mas eu preso muito minha vidinha para querer desperdiçá-la por causa da sua ''Beleza-Imortal'' - debochou Claire ainda rindo. - e não tou a fim de ouvir o a prof. Mcgonagall e os seus sermões de mais de meia hora – Virou-se para a porta para sair, mas antes de ter dado meia volta tinha-se voltado de novo para a loira e um pouco mais séria perguntou - Dizem mesmo que você é 'veela'?

- Dizem...mas estão enganados...eu sou só metade 'veela'! - disse sorrindo irónica.

- Ah Vicky larga de ser engraçadinha!...Estamos quase atrasadas para a reunião, quer andar logo?! - começou a bater o pé olhando para o relógio de pulso.

- Não é preciso estressar...quase não é atrasadas. - Victoire sacou um pequeno espelho e pôde comprovar que o seu rosto já não estava tão inchado nem vermelho quanto antes. Colocou o cabelo de forma a disfarçar o que ainda se notava e voltou-se para a amiga que ainda olhava o relógio nervosamente. - Tem certeza que não existe ninguém na sua família com apelido Granger? - a outra olhou pra ela com cara de ''E isso lá importa agora?!?'' - É que tá parecendo a minha tia Hermione, estressada desse jeito! - brincou enquanto saíam para o corredor. Claire sorriu e disse:

- Seria bom que eu fosse assim tão inteligente...tenho certeza de que não teria chumbado no N.O.M. de Aritmancia e que pelo final do ano já estaria estagiando como auror...

- Não desanime...você nem precisa dessa disciplina para o curso...E além do mais... - sorriu maliciosa para Claire. - Tenho certeza que o Tom vai ''adorar'' te dar ''explicações''. - Claire corou tanto que os cabelos de James ao pé da face dela iriam parecer descoloridos ( N/a: e olhem que ele é bem ruivo!)

- Vamos embora antes que cheguemos atrasadas na reunião... - Claire desconversava ainda corada, preferindo ignorar o comentário de Victoire que estava cheio de segundas intenções.

- Isso...Disfarça...Mais tarde ou mais cedo eu sei que você vai admitir que gosta dele... - Viu Claire corar ainda mais e voltar a não responder, então soltou uma risadinha e seguiu a outra garota até à cabine dos monitores, podendo reparar como Claire sorria abobadamente sempre que Thomas, o monitor-chefe corvinal falava ou sorria para ela. * Não gosta dele...tá...sei... me engana que eu gosto! * pensou divertida.

********************

Depois de o trem onde viajavam os seus filhos e sobrinhos ter desaparecido, Harry e Gin voltaram-se para se despedirem de Ron e Hermione.

- Vocês poderiam levar o Hugo convosco para casa da mamãe? - perguntou Ron meio aflito. - Eu já não tenho tempo, já devia ter entrado há uns bons quinze minutos e a Mione tem uma reunião daqui a cinco... - depois soltou uma risadinha e disse em tom jovial – e vocês sabem como é a Molly; gosta sempre de dizer o quanto nós andamos mal encarados por causa do trabalho ou que estamos mais magros... - Harry, Ginny e Hermione sorriram; sabiam que era verdade - não consegue evitá-lo; mãe galinha nunca deixa de ser uma mãe galinha...nem quando os filhotes já deixaram o ninho! - brincou Ron.

- Claro maninho! - respondeu Ginevra passados uns segundos. - O Harry me deixa no trabalho e segue para casa da mamãe pra deixar o Hugo e a Lily. - olhou para Harry esperando a confirmação - Está bom assim amor? - perguntou carinhosamente.

- Sim... - ele olhou-a de volta ternamente. Depois, um pouquinho mais sério, desviou o olhar para encarar os ''cunhamigos'' ( N/a: cunhados + amigos = cunhamigos ) e disse - Hoje vai haver um julgamento e o Ministro Kingsley quer a minha presença. Mas como o julgamento é só às onze e meia, eu ainda tenho tempo de deixar os nossos caçulinhas na vóvó e depois seguir para o Ministério. - disse sorrindo e bagunçando os cabelos de Hugo que resmungou alguma coisa imperceptível fazendo todos rir.

- Bem então nós vamos andando... - disse Hermione, meio apressada enquanto se baixava pra beijar o filho e a sobrinha, imitando o gesto do marido. - Me dão um beijo meus amores? - perguntou sorrindo e sendo retribuída com dois sorrisos juvenis e dois beijos estalados em cada uma das bochechas. - Se portem com juízo e não sejam chatinhos com a vóvó... ela já não é tão nova quanto parece e as correrias pela casa cansam-na. - Alertou, seriamente, embora soubesse que era provável de que nada lhe valesse aquele aviso.

- Claro! - responderam, entreolhando-se e sorrindo de volta para Hermione com sorrisos angelicais. Esta pensou que, se não os conhecesse tão bem, seria indubitavelmente enganada pela aurela que parecia pairar sobre os dois “ Quem não vos conheça que vos compre ” e sorriu traquinas lembrando dos seus tempos de criança. Ron cutucou-a, como que a chamando pra fora das suas recordações. Por fim lembrou-se de que estava com pressa. Despediu-se de Harry e Gina com um beijo apressado e saiu no encalço de Ron que já corria para o carro.

Harry chamou Lily e Hugo dizendo que Ginny também já estava atrasada. Ginny podia aparatar, mas viajar de carro era mais confortável e menos complicado para transportar as crianças; a aparatação conjunta era dolorosa e podia provocar-lhes algum dano, uma vez que ainda não tinham idade suficiente para a aprenderem. As crianças entraram para o banco traseiro do carro enquanto manifestavam a sua indignação quanto a não poderem ir ainda para Hogwarts e terem de esperar mais tempo.

- Não é justo! Nós também devíamos ter ido! - protestava Lily, tal como fizera no ano anterior.

- Concordo plenamente! Já não somos nenhumas criancinhas pequenas! - dizia Hugo, senhor do seu próprio nariz.

- Estamos tendo esta conversa há dois anos... vocês só podem ir quando receberem uma carta de Hogwarts... - dizia Harry tentando evitar uma revolução dentro do carro, provocada por dois garotos de nove anos, extremamente irritados. - Eu até compreendo a vossa ansiedade mas têm de esperar...

- Mas eu não quero esperar! Eu quero ir agora! Meus dois irmãos e a Rose já foram, porque é que eu não posso ir? - perguntou amuada. Hugo parecia partilhar da sua indignação e acenou afirmativamente com a cabeça, concordando com a prima.

- Eu compreendo até bem demais o que vocês sentem... - disse Ginny suspirando cansada. Olhou para a frente. Com todo aquele trânsito não iam chegar nunca... depois voltou-se para os pequenos pestinhas que a olhavam inquisitivamente e disse - Como acham que eu me senti, quando era até mais nova do que vocês e tive que ver os meus seis irmãos mais velhos embarcarem pra Hogwarts, enquanto eu ficava ano após ano na plataforma vendo-os partir? - Hugo e Lily baixaram a cabeça, nada do que dissessem podia argumentar contra aquilo que Ginevra dissera pois era verdade e eles sabiam-no bem. Ela disse em tom compreensivo. - Pensem pela positiva... já faltam menos de dois anos pra vocês embarcarem naquele trem... podem até começar a pensar no que gostariam de levar para a escola; no que esperam encontrar... perguntar-nos ou aos vossos irmãos acerca de como são as coisas por lá e até ler '' Hogwarts: Uma História '' para conhecerem mais coisas acerca das origens, passagens existentes, etc... tudo o que se passou na escola antes de vocês lá terem estudado.

Os olhos de Lily e Hugo brilhavam em expectativa e podia ver-se o entusiasmo com que ouviam falar de Hogwarts. A sua ansiedade era muita e isso fez Gin lembrar-se de como ficara radiante quando a sua própria carta chegara e de como tinha começado a pular pelo quarto gritando um: '' EU FINALMENTE VOU PRA HOGWARTS!!!!!!!!!! OBA!!!!!!!!!! '' Esboçou um pequeno sorriso com a lembrança. Harry virou o carro para uma rua que ela conhecia muito bem e parou em frente a uma cabine telefónica vermelha, que era tipicamente inglesa. Aquela era a sua deixa para sair correndo para o trabalho. Despediu-se de Harry com uma selinho e beijou cada uma das pestes na bochecha enquanto dizia o costumeiro '' Portem-se bem ''. Depois, saiu correndo em direcção à cabine telefónica e acenou um ''tchauzinho'' quando viu o carro voltar a entrar em movimento.
Lily e Hugo (incitados anteriormente por Ginny) faziam perguntas atrás de perguntas acerca de Hogwarts e pediam a Harry que lhes contasse, pela milionésima vez nas suas vidas, as peripécias vividas na sua juventude. O pobre homem já tinha a sua cabeça quase estoirando de tanta pergunta, mas mesmo assim continuou relatando a suas experiências e aventuras dentro e fora de Hogwarts na companhia dos amigos.
Depois de terem massacrado Harry com a sua curiosidade por longos minutos chegaram por fim À Toca. Harry desligou calmamente o carro. Enquanto isso, Lily e Hugo corriam em direcção à senhora Weasley que já se encontrava na porta, a fim de receberem um beijo e um abraço da avó.

- Meninos tenham cuidado...ainda deitam a vossa avó ao chão... - Harry tentava, em vão, controlar o sobrinho e a filha que se tinham atirado para o colo da avó. Molly Weasley ria divertida com a traquinice dos netos. Uns segundos mais tarde Charlie, que estava de visita apareceu na porta, tornando-se o novo alvo da atenção das crianças.

- TIO CHARLIEEEE!!!!! - berraram em uníssono, jogando-se para cima do tio e desta vez levando-o ao chão, sem que Harry tivesse tempo de abrir a boca para os repreender. Charlie sorriu enquanto era ''atacado'' pelos sobrinhos.

- Hey calminha aí meninos... - dizia meio divertido. E acrescentou em tom brincalhão - Os meus dragões haviam de gostar de vos conhecer.. me derrubam tão facilmente quanto eles... - Charlie soltou uma gargalhada enquanto se levantava.

- Você nos levava para vê-los? - perguntou Hugo esperançoso, com os olhos brilhando. Não era segredo para ninguém que o rapaz partilhava da fascinação do tio por dragões.

- Talvez um dia quando forem mais velhos eu vos leve para conhecerem a Roménia e as várias espécies de dragões. Podem até conhecer a Norberta! Uma fêmea dragão de que certamente já ouviram falar, uma vez que ela fez parte de uma das aventuras dos vossos pais. - disse Charlie feliz com o interesse de Hugo.

- Você promete? - perguntou Lily que também nutria uma grande curiosidade pelos grandes animais místicos, estendendo para o tio o dedo mindinho em sinal de compromisso.

- Prometo. - respondeu serenamente, aceitando o juramento. - Olá Harry! Como vão as coisas com o resto da família? - perguntou desviando a sua atenção para o cunhado, indo cumprimentá-lo.

- Bem e você? - respondeu sorrindo. - Imagino que os dragões lhe estejam dando algum trabalho, pelo que conheço deles... - Harry ainda se recordava bastante bem do dragão que enfrentara no seu quarto ano, no torneio tri-bruxo.

- Também vou bem... E realmente os dragões têm me dado trabalho ultimamente... Temos uma fêmea focinho-curto sueco que está chocando ovos e por volta do Natal teremos novos dragõezinhos voando pelo parque. Existem outras, mas os ovos estão menos perto de eclodir - informou feliz. - As dragões-fêmea ficam muito sensíveis e rabugentas durante o choco e requerem uma alimentação especial... No outro dia um colega meu deixou escapar que a Daisy (uma rabo-córneo húngaro) estava gorda e ela ouviu...quando foi tratar dela no dia seguinte voltou com o cabelo chamuscado... - e soltou uma gargalhada que contagiou todos os presentes. Um tempo depois perguntou. - Você vai agora para o ministério, Harry?

- Vou. Vim só deixar os meninos e vou em seguida para lá. Quer boleia? - perguntou gentil.

- Se não for incómodo, eu agradecia imenso. Ainda não renovei minha licença de aparatação, por isso é que preciso ir lá. - replicou Charlie.

- Não! De todo! Para falar verdade até me faz companhia... Esteja à vontade. - disse Harry.

- Obrigado. Então vou só pegar minha pasta. - virou-se e entrou. Passados poucos minutos voltou. Charlie e Harry despediram-se de Molly, Lily e Hugo e depois entraram no carro dirigindo-se para o ministério.


********************


Vicky e Claire tinham saído da reunião de monitoria há já algum tempo quando o trem chegou por fim a Hogwarts.

- Temos de verificar se ficou alguém dentro da parte central do trem, não é mesmo? - perguntou Claire.

- Certo... Vamos ver se terminamos logo essa droga de vistoria... Isso é sempre tão entediante! - resmungou Vicky chateada. A directora não quisera anunciar ainda quem eram os novos monitores-chefes e isso estava fazendo com que a sua ansiedade crescesse e quase arrancava os cabelos um a um de tanto estresse. Quando terminaram se apressaram para pegar as últimas carruagens para Hogwarts. Mas não foram as únicas...Tom (N/a: O Thomas da Claire...ihihi) também lá estava. Quando as viu (ou melhor, quando viu Claire) sorriu bobamente e acenou com a mão. Claire corou furiosamente. Victoire mordera o lábio inferior para não deixar escapar uma gargalhada ante o embaraço dos outros dois. Depois, decidiu que esta seria uma experiência por um lado divertida (pois ia observar as expressões cómicas feitas por Claire e Tom) e por outro totalmente entediante. * Vou ter que fazer de velinha pra esses dois... Quem manda você escolher um namorado que já saiu de Hogwarts?! Se ele estivesse aqui, então provavelmente você não teria que segurar vela e podia deixar esses dois sozinhos com a sua timidez irritante!! * pensou meio irritada porque os amigos já andavam desse jeito à pelo menos uns dois anos e nada de assumirem que gostavam um do outro.

- Oi Tom... - disse Claire tímida.

- Oi Anj.... - fingiu tossir e corrigiu atrapalhado. - quero dizer Claire... - Tom corou tanto que parecia um pimento maduro de mais. Vicky pigarreou e Tom disse atrapalhado. - Ah oi Vicky...desculpa não te tinha visto...

- Deu pra reparar – disse Vicky revirando os olhos e indo sentar-se na carruagem. Isso funcionou como um despertador da realidade para Claire e Thomas que a seguiram e foram sentar-se, respectivamente, a seu lado e à sua frente. Seguiram o restante caminho em silêncio e com excepção de um ou dois olhares trocados entre Claire e o seu ''amor-platónico'' também não se mexeram. Quando a carruagem parou Vicky saltou para fora dela e passados uns poucos segundos Claire também já estava a seu lado. Seguiram para o salão principal e sentaram-se na mesa da Grifinória. Vicky estava cansada e sonolenta, queria comer e depois descansar.

Foi com orgulho que viu os seus primos Rose e Albus serem seleccionados para a Grifinória. Reparou que Rose parecia chateada com os rapazes e quando lhe perguntou confirmou as suas suposições. Contudo, o que a mais surpreendeu nessa noite, foi a garota Malfoy, que também veio parar na Grifinória ao invés de ir para a Sonserina como era costume na sua família. Rose já a conhecia e tratou de apresentá-las.

- Erin e Zoey esta é Victoire Weasley, minha prima. Vicky, Erin Malfoy e Zelda...

- Zoey! - reclamou Zoey, que tinha verdadeira aversão pelo seu próprio nome.

- Tá bem!.. - disse Rose, fazendo um gesto de 'isso-não-interessa', ligeiramente irritada por ter sido interrompida. - e Zoey Thomas, minhas mais recentes amigas.

- Oi. - disse Erin um pouquinho com falta de assunto. - Muito prazer.

- Igualmente. - respondeu Vicky sorrindo. Erin sorriu de volta e Zoey começou a tagarelar sobre tudo e mais alguma coisa possível e imaginária. A conversa fluiu e a risota instalou-se rapidamente. No final do jantar Vicky conduziu os novos grifinórios para a torre da respectiva casa e deu as instruções básicas. Despediu-se da prima e dos primos e seguiu satisfeita para o seu dormitório. Cumprimentou as colegas, tomou banho e em seguida deitou-se, correndo as cortinas e adormecendo. Não voltou a acordar até ao dia seguinte.


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Após o episódio do corujal; que deixou Rose bastante satisfeita consigo própria, uma vez que levou a melhor contra o ''loiro-aguado-que-por-um-acaso-infeliz-do-destino-é-irmão-da-Erin''; e de ter tomado o café da manhã Rose foi junto com Erin e Zoey buscar os seus livros. Seguiram até à sala de poções onde teriam aulas com alunos sonserinos.

- Erin! - uma voz masculina berrou de algum lugar nas proximidades. Erin virou-se com a cara mais entediada que conseguiu arranjar e encarou o irmão, Scorpius Malfoy que já vinha na sua direcção.

- Sim? - perguntou calmamente.

- Você fica sentada comigo durante a aula? - perguntou com uma voz traquila. Ao reparar em Rose deu um sorrisinho sarcástico que foi retribuído com um revirar de olhos por parte da moça. Erin sabia que ele estava ansioso e nervoso; o olhar denunciava-o, pois Erin conhecia Scorpius melhor do que ninguém. Após olhar um pouco por cima do seu ombro percebeu a razão do nervosismo do irmão. Bárbara vinha correndo de um outro corredor, seguida de perto por duas garotas. Olhou em volta e depois ao avistá-los começou a sorrir e andar em direcção a eles. * Mas será que essa garota não sabe quando desistir?! * pensava Scorpius com os olhos esbugalhados. ** Que coisa...porque o Scorpius tem de ter essa megera no pé todo o dia?? ** (Erin) *** Quem é essa que tá vindo aí sorrindo como se tivesse levado uma injecção de botox??? *** (Rose). Voltou-se para Rose e perguntou:

- Você se importa? - Enquanto isso Scorpius estava entrando em pânico; Bárbara estava as uns escassos metros dali.

- Não... - respondeu Rose.

Virou-se para o irmão e disse - Então eu aceito. - A tensão nos ombros do rapaz cedeu de imediato e ele suspirou discretamente de alivio. Ao mesmo tempo, uma garota de cabelos pretos abraçava-o pelos ombros e tapava-lhe os olhos, impedindo-o de se mover.

- Adivinha quem é, Scorpyzinho. - pediu ela na sua irritante voz de abutre estrangulado.

- O meu pior pesadelo! - respondeu dando um safanão para livrar-se das garras da garota com sucesso. Olhou para ela com uma expressão ' Eu-te-mato-aqui-e-agora'. Depois ajeitou as vestes, olhou Bárbara com puro desprezo e perguntou rispidamente. - O que é que você quer?

- Quer ficar comigo na sala? - perguntou sorrindo melosamente.

- Não... já combinei com a minha irmã que iria ficar com ela. - Bárbara olhou para Erin com um sorriso amarelo, notando também a presença de Rose disse:

- Erin...querida! - disse Bárbara falsamente. - vejo que encontrou o seu verdadeiro lugar e que frequenta a companhia da melhor escória do mundo bruxo! - desdenhou.

- Sua buldogue mal-amada! Escória é você! - disse Rose com os punhos cerrados, quase saltando pra cima da sonserina, tal era a sua raiva. Erin olhava a outra com ódio e tentava segurar a amiga antes que ela fizesse besteira, apesar de que a sua vontade fosse soltá-la e até ajudá-la a dar uma lição em Bárbara.

- Cala a boca Goyle! - disse Erin.

- Eu me calo se eu quiser. - respondeu Bárbara desafiando-a

- Cala a boca inútil!! Quem você pensa que é pra tratar a minha irmã desse jeito? - indagou Scorpius irritado.

- Oras... é assim que você me trata amorzinho?...Depois de tudo o que me disse... - dizia ela como se repreendesse uma criancinha de 5 anos. - Pensei que já tinha ultrapassado essa sua fase de negação! - apontou um dedo para a cara dele com indignação. Rose e Erin eram o espelho uma da outra; ambas tinham as sobrancelhas erguidas e sorrisos trocistas no rosto. * Meu Merlin...Mais um delírio dessa louca não! * pensou Scorpius - E ainda ontem se declarou pra mim! - Scorpius olhou para a rapariga na sua frente como se ela se tratasse de um ovni, tal a descrença que exibia no seu semblante. As outras que a acompanhavam estavam a cochichar alguma coisa.

- VOCÊ ESQUECEU DE TOMAR A SUA MEDICAÇÃO?!?!? - um berro de Scorpius silenciou todas as conversas existentes no corredor e desviou as atenções para a sua pessoa. - QUANDO É QUE EU DISSE UMA COISA DESSAS PARA VOCÊ??!! - A confiança de Bárbara parecia ter ido pelo cano abaixo. E ela olhava com receio na direcção do garoto.

- On-Ontem.... - Bárbara olhou para as outras duas buscando auxilio com o olhar. Murmurou baixinho para uma delas; uma morena alta; mas dado o silêncio que se tinha instalado deu pra entender tudo o que ela disse – Hilary, você tem certeza de que colocou a poção certa?

- Barbie eu fiz tudo como você pediu; peguei o frasco com a poção castanha e... - ela não teve tempo de terminar e já a outra guinchava histericamente.

- Não era a castanha e sim a cor-de-rosa sua idiota!!!!! Não admira que não esteja caidinho por mim e não se dobre à minha vontade!! Você lhe deu a poção para a diarreia!!!!! E agora já não posso encomendar mais a tempo!... - Bárbara berrava descontroladamente e não se apercebeu nem do volume em que falava nem de que Scorpius ainda estava a seu lado, escutando a conversa. Nessa hora Erin, Rose e Zoey, que entretanto tinha chegado, já não se seguravam de tanto rir e até tinham lágrimas nos olhos. Mas não eram apenas elas; o corredor inteiro tinha caído na gargalhada. Scorpius corou com a menção do ''pequeno'' probleminha intestinal que tivera na noite anterior, depois a sua expressão se alterou para uma muito furiosa. Tocou levemente no ombro de Bárbara que ainda continuava discutindo com as outras duas sonserinas. - E você Elsa?! Como pode ser tão burra?! E...O que é?! - nesse momento ela viu quem lhe tinha tocado e engoliu em seco.

- Com que então foi você que me provocou aquela diarreia, hein? - perguntou Scorpius. Todo o mundo no corredor olhava em espectativa para ver o que acontecia a seguir, mal contendo a risada.

- Eu- eu...eu não tive intenção eu... - Bárbara tentava justificar-se.

- CALA A BOCA!!!!!!!!!!!!! - gritou ele. - DESAPAREÇA DA MINHA VISTA E SE POSSÍVEL NUNCA MAIS VOLTE!!!!!!!!!!!!! - Bárbara saiu de cena como tinha entrado: correndo, quase que voando tamanha a sua velocidade. Passados uns momentos o professor chegou e mandou a classe entrar na sala.

- Eu me chamo Felismino Grandbooty e serei vosso professor de poções durante os próximos anos. Sou também o director da Sonserina e se algum sonserino necessitar de algo é só se dirigir à minha presença. - disse o homem magro arrogantemente. Tinha o cabelo castanho escuro e olhos também castanhos. Vestia-se de azul escuro, quase preto. - Passarei agora a explicar sumariamente como serão as aulas e de seguida procederei à verificação dos vossos materiais para que comecemos logo com a matéria. Não quero conversas na minha aula e não hesitarei em vos separar dos vossos parceiros do lado e substituí-los por uns que ache mais convenientes. Retiro pontos quando vocês executam mal uma poção ou qualquer outro exercício. Não tolero faltas de educação. - enquanto falava andava em volta da sala e examinava cada rosto como se soubesse exactamente o que pensavam. - Acho que já referi todas as normas... Vou verificar o vosso material. - E começou a andar pela sala desprezando e reclamando com os grifinórios e cumprimentando os sonserinos. Isto irritou profundamente Rose, que achou que o homem tinha uma grande falta de carácter. Ele chegou à mesa onde ela e Zoey se sentavam, olhando (como sempre veio fazendo com os grifinórios) com desprezo e perguntou friamente:

- Nomes?

- Zelda Thomas – respondeu Zoey torcendo o nariz por se ter de apresentar com o verdadeiro nome, em vez da alcunha.

- Rose Weasley – disse Rose simplesmente, sustentando o olhar frio que o homem lhe lançava sem receio.

- Uma Weasley... - troçou ele – tão arrogante como os familiares...Mas vamos ao que interessa...Onde estão os vossos materiais?

- Aqui mesmo. - disse Rose com o nariz empinado. * Se calhar se você não fosse tão narigudo e não tivesse o cabelo colado na cara de tão sujo conseguiria vê-los! * pensou com antipatia. O homem começou a examinar primeiro os materiais de Rose e fez uma cara de desgosto ao verificar que tudo estava em ordem. Depois examinou os materiais de Zoey e disse:

- Esse caldeirão tem de ser o número acima, ou então a senhorita terá de reduzir proporcionalmente as doses que eu indicar para que a poção fique bem feita. De qualquer jeito: menos 5 pontos para a Grifinória por não ter visto bem a lista de materiais exigidos. - Zoey ia abrir a boca mas ele disse. - E não aceito contestações!...Ou ainda quer perder mais pontos para a sua casa? - Zoey fechou a boca, mas exibiu uma expressão de raiva dirigida ao professor. Este afastou-se, sorrindo por ter conseguido retirar pontos a mais um par de grifinórios. Aproximou-se da mesa onde Albus estava sentado com um rapaz que conhecera no dormitório. O nome dele era Josh Elwin.

- Nomes? - perguntou o narigudo com desprezo.

- Josh Elwin.

- Albus Potter.

- Ora ora ora o que temos nós aqui? Outro Potter? Presumo que seja irmão de James Potter, estou certo? - perguntou Grandbooty.

- Está sim, professor. - respondeu Albus como se fosse óbvio.

- Então presumo que seja tão indisciplinado quanto ele o é. Vou fazer-lhe um pequeno aviso Potter...Ande fora da linha um passo que seja e eu saberei. Você não vai gostar do castigo.

- Com certeza. - respondeu Albus sarcasticamente. O professor o olhou com superioridade e de seguida examinou os materiais de Albus e Josh. Saiu da mesa desgostoso por não ter conseguido retirar-lhes um único ponto. Dirigiu-se à mesa onde Erin e Scorpius discutiam sobre quem iria integrar primeiro a equipa de sua casa. O professor Grandbooty não conseguiu evitar um erguer de sobrancelhas momentâneo ao constatar que um era sonserino e o outro grifinório.

- Nomes? - perguntou ainda surpreso.

- Scorpius Malfoy. - disse o loiro sonserino indiferente.

- Erin Malfoy. - disse a grifinória parecendo irritada e olhando para Scorpius emburrada. O professor engasgou-se.

- Desculpe... você disse Malfoy??? - perguntou com o queixo quase batendo no chão de tanto espanto.

- Sim, disse. - respondeu mal-humorada.

- Como uma Malfoy foi parar na Grifinória ao invés da Sonserina?? - perguntou Grandbooty ainda surpreso.

- Uh..simples... me colocaram aquele chapéu idiota na cabeça e ele me colocou na Grifinória. Se quiser mais pormenores pergunte pra ele! - respondeu perdendo a paciência; o tradicional temperamento Malfoy ganhando vantagem. O professor se recompôs e perguntou.

- Seus materiais?

- Estão aqui. - disse Erin apontando para o material organizado em cima da mesa. * Tesoura não morde sabia? É que se cortasse esse cabelo mal-lavado conseguia ver aquilo que está na frente do seu nariz!! * Grandbooty examinou o material de ambos os gémeos.

- Tudo em ordem. Sr. Malfoy se precisar de algo é só dizer. - e dito isto virou costas e se dirigiu às próximas ''vítimas'' grifinórias, deixando uma Erin indignada e um Scorpius divertido com a expressão da irmã para trás.

- Humpf! Impréstavel! - disse Erin cruzando os braços em irritação.

Terminada a verificação do material, o prof. Grandbooty começou a falar novamente.

- Bem agora quero que abram o vosso livro na página 11 e que leiam esse texto sobre as propriedades das raízes de mandrágora....blá blá blá blá blá - Rose estava entediada com aquela aula. Não fizera nada desde que ali chegara e começara a sentir-se com sono. De repente adormecera em cima do livro, deixando de ouvir o que o prof. Grandbooty dizia. Acordou com um safanão de Zoey.

- Acorda! - murmurou a outra aflita. - o prof tá vindo aí!

- Senhorita Weasley, presumo que tenha lido o texto e que nos queira dizer pra que servem as raízes de mandrágora? - perguntou maliciosamente ao notar-lhe a cara de sono. Felizmente, Rose já tinha lido aquele texto e sabia perfeitamente do que ele estava falando.

- Claro professor! - disse ela. - A partir das raízes de mandrágora se faz o pó que é usado na poção do Sono Profundo. Com a seiva destas raízes também se faz um unguento para anestesiar mais eficazmente certas zonas do corpo e a seiva também serve para a produção de um chá que é usado na Adivinhação... ( N/a: Eu inventei tudo isso) - Rose até continuaria a enumerar as outras propriedades das raízes não fosse ter sido interrompida pelo professor.

- Chega! Já vi que leu... - respondeu irritado e a contra-gosto, enquanto Rose sorria triunfante. A sineta tocou. - Quero um pergaminho com 70cm de comprimento, sobre propriedades e poções que é possível fazer com essas raízes para a próxima aula. Classe dispensada! - Ainda ele não tinha tido tempo para se virar e ir até à sua mesa e já se encontrava sozinho na sala. Rose saltitou alegremente para fora da sala. A seguir iriam ter aula com a directora; Transfiguração.

Rose, Erin e Zoey iam a subir as escadas para saírem das sombrias masmorras quando Albus veio a correr até elas. Zoey ainda não o conhecia.

- Rose! Espera! - gritou ele, arfando por ter corrido para as alcançar. Ao ouvir o seu nome, a garota parou e virou-se para encarar o primo. - Eu precisava falar com você....Queria pedir desculpa por não ter te dado atenção ontem durante a viagem. Não queria que você se chateasse comigo.- disse com uma expressão arrependida. Rose pareceu meditar.

- Claro que não Albus! Mas se eu não tivesse saído daquela cabine nunca teria conhecido nem a Erin nem as gémeas...portanto até foi um favor que vocês me fizeram, assim eu já tenho amigas garotas que NÃO falam de quadribol ou discutem idiotices a toda a hora! - respondeu ela amuada.

- Você sabe que eu estava nervoso e que o James não parava de me chatear... - o garoto moreno tentava justificar-se. - não deu para evitar...Me perdoa? - indagou esperançoso. Rose cedeu ao sorriso do primo. Abraçou-o e perguntou:

- Como é que eu podia ficar chateada contigo? Você sabe que eu não consigo deixar de ceder cada vez que você me dá esse sorriso...seu manipulador! - disse brincalhona, dando um tapinha no braço dele. Ele suspirou aliviado, depois, deu um beijo na bochecha dela e notou as amigas da prima.

- Oh me desculpem! Fui mal-educado...nem sequer vos cumprimentei... - disse corando atrapalhado. - Albus Potter, primo da Rose – Disse apresentando-se a Zoey que tinha os olhos brilhando e e olhava pra ele maravilhada com a cortesia do rapaz. * Meu Merlim! Se eu 'tiver sonhando não me acorda não, tá? * pensou totalmente aérea. - Você é a irmã do Scorpius, a Erin não é? - perguntou Albus à grifinória ao lado da hipnotizada Zoey.

- Sou sim. - Erin sorriu. Depois notou o estado beta da prima e deu-lhe um ligeiro empurrão para a trazer para a Terra. Esta pestanejou e corou, mas não pareceu conseguir articular as palavras. Erin vendo que a prima não ia mesmo falar, apressou-se a apresentá-la. - Esta é Zelda Thomas, a minha prima.

- Zelda... - repetiu Albus. - bonito nome! Sabia que foi o nome de uma grande bruxa? - perguntou a Zoey.

- S-sim... - respondeu, odiando-se por gaguejar. - Minha mãe me disse uma vez isso, mas diz que me deu esse nome em memória da minha avó. - O toque soou anunciando que dali a nada outra aula ia começar.

- Oh... está a tocar...vamos logo antes que nos atrasemos. - disse Rose começando a subir as escadas até ao segundo andar. Os outros seguiram-na em silêncio. Entraram na sala e sentaram-se. Dessa vez Erin quis sentar-se com Rose e Zoey e por isso Scorpius pediu a Albus que se sentasse com ele e um outro garoto para não ter de aturar Bárbara, pois apesar de ter gritado com ela nessa manhã, a garota não parecia enxergar que não era bem-vinda e continuava a importuná-lo quando tinha oportunidade. A professora entrava na sala arrastando o seu manto verde escuro de veludo. (N/a: Gente eu não vou descrever a Mcgonagall, toda a gente sabe como ela é! )

- Bom-dia meus alunos. Eu sou Minerva Mcgonagall, a directora do colégio e serei também vossa professora de Transfiguração esse ano. Antes de continuar a aula gostaria de vos informar que todas as vossas aulas serão conjuntas, ou seja, a Grifinória e a Sonserina terão sempre aulas juntas, uma vez que assim foi estipulado pelo conselho de professores. - ouviu-se um murmúrio de desagrado que logo foi silenciado pela prof. Mcgonagall. - Eu não gosto de conversas na minha aula por isso silêncio!! Agora vamos abrir o livro na página 7 e ler o primeiro texto que fala da transfiguração de pequenos objectos.... - O restante tempo de aula transcorreu normalmente; Erin adormecera uma vez e Rose disputara as respostas com Scorpius. No final Rose conseguiu 35 pontos para a Grifinória e Scorpius 30 para a Sonserina. A campainha tocou e saíram para o intervalo. A próxima aula seria TCM (Trato com Criaturas Mágicas) e portanto era ao ar livre.

- Quem será o professor de TCM? - perguntou Erin.

- É o Hagrid. - disse Rose.

- O meio-gigante que nos levou até aos barcos? - perguntou novamente Erin, interessada.

- Sim. - respondeu Rose.

- Ele já cá ensinava no tempo dos nossos pais, não já? Meu pai me falou que uma vez um hipogrifo o atacou durante uma das aulas. - disse Erin. - ele disse que o Hagrid era um idiota, mas eu o achei simpático...

- Pelo que a minha mãe me contou o seu pai desrespeitou o hipogrifo. Os hipogrifos são criaturas muito orgulhosas e antes de os tentarmos montar devemos fazer-lhes uma vénia. O seu pai ignorou esse procedimento o que irritou o hipogrifo. - Chegaram à pedra alta onde Hermione tinha dado um murro em Draco.

- O meu pai também não gosta lá muito dos seus pais... - disse Erin.

- É natural...a minha mãe diz que sempre se deram mal desde o inicio...Zoey? - Rose reparou que Zoey não estava a seu lado e procurou por ela. Zelda tinha acabado de se estatelar ao comprido na relva e afagava o tornozelo com uma expressão de dor.

- Ai... - murmurou ela. - Eu acho que torci o tornozelo...

- Consegue andar? - perguntou Erin preocupada. Em resposta, Zoey tentou levantar-se e voltou a cair na grama.

- Parece que não... - Nesse momento Albus e Scorpius apareceram.

- Que é que se passou? - perguntou Albus agachando-se ao lado da rapariga com a perna magoada.

- A Zow caiu e torceu o tornozelo, agora não consegue andar. - respondeu Rose. - Ela precisa ir para a enfermaria.

- Eu posso levá-la. - prontificou-se Albus. - Avisem o Hagrid. - Um segundo mais tarde já ele levava Zelda ao colo até à entrada da escola. * Meu Herói! * pensou Zoey sonhadora.

- Obrigado. - disse envergonhada.

- Ah.. não tem nada que agradecer Zelda. - Pela primeira vez na vida Zelda gostou de ouvir o seu nome verdadeiro; sorriu. Um tempo depois chegaram à enfermaria, Madame Pomfrey começou logo a preparar uma poção para curar o tornozelo magoado.

- Se quiser pode ir...Eu fico bem. - disse Zelda.

- Não... Eu espero. - respondeu Albus.


********************

À tardinha Zoey foi liberada da enfermaria. Albus esteve todo o tempo com ela, fazendo-lhe companhia e conversando sobre tudo e mais alguma coisa. Toda a timidez que sentiam ao inicio desaparecera e já conversavam como bons amigos de longa data. Luna passara lá para a visitar mas depois tivera de se ir embora porque precisava de ir para a aula.

- Finalmente! - disse Zoey esticando as pernas. Após os tratamentos da enfermeira estava como nova. - Já estava farta de estar sentada!... Obrigado por ter ficado comigo.

- É... meu rabo já estava ficando quadrado de tanto tempo sentado na cadeira... - ambos riram da piada. Desceram para o salão principal para o jantar. Erin, Rose e até Scorpius vieram ver como ela estava.

- ZOW! - gritou Erin. - Como você está? Não lhe dói nada?? Já consegue andar??? - de seguida bombardeou-a com perguntas.

- Calma...sim, estou bem, não, não me dói nada e sim já consigo andar. - respondeu Zoey. - Agora vamos comer? 'Tou cheia de fome! - disse jovialmente.

Ao jantar encontraram Vicky e Claire e conversaram um pouco com elas. Depois despediram-se dos rapazes e seguiram para o dormitório. Estavam estafadas. O primeiro dia de aulas era sempre o mais cansativo. Deitaram-se e adormeceram imediatamente, e quase todas tiveram uma noite sem sonhos...excepto uma...que sonhou com o seu príncipe encantado....



N/a: Genteeee daqui é a autora desparecida em combate XD!! Após exactamente um mês desde que postei o primeiro cap. cá estou eu de novo pra postar o segundo. E aí, o que acharam dele?? Comentem por favor e façam essa autora feliz!!!!! Agora queria agradecer a quem leu, votou e comentou:

Kate Black Malfoy Potter : Obrigada pelo elogio!! Volta aqui pra comentar de novo! Bjs

Teresa: Oi...obrigada por comentar aqui de novo!!! Esclarecendo sua dúvida: A grifinória não tem três monitores, mas quando um monitor passa a monitor-chefe arranjam outro para o substituir como monitor da casa, porque o monitor-chefe já tem bastante trabalho para além de supervisionar os outros monitores e só um monitor por casa não dá conta do trabalho. Mas ainda bem que perguntou!! Bjs e comenta de novo!

Maíra_Granfoy: Desculpa pela demora...tive uns probleminhas com o tempo para escrever a fic...Ainda bem que gostou da ficha! Bjs e pff comente novamente.

ThiTi Potter: Ainda bem que gostou da ficha! E agora eu F-i-n-a-l-m-e-n-t-e postei o segundo cap. Comenta o que você achou dele. Bjs


Fics que recomendo:

- http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=23154 - *~~~*Trocando de corpos?*~~~* - é D/Hr e é da Maíra_Granfoy

- http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=21859 - "Quase Amor...será??'' da Anna-Chan Otaku ( Também D/Hr)
- http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=20728 - ''Não me lembro...'' é D/Hr da Debhy Wood
- http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=22107 – x Mudança de Planos x da - Laah Malfoy
- http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=23550 - # Diário de uma Grifinória # de Maristela_12
- http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=21826 - **Dona Gina e os tres malucos apaixonados!!** - da Hay Malfoy
- http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=19943 – Minha Melhor Amiga – de vivian drecco
- http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=19950 – O Meio dia e o Pôr do sol... - também da vivian drecco

Bem... por hoje é tudo, peço desculpa se me esqueci de alguém e por qualquer erro na ortografia ou gramática da fic...se acharem algum me avisem... Bjs e comentem!!!!!
Sofia AKA * snowqueen*

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