No dia seguinte...



------ E a batalha continua.... -----


Gina acordou numa cama, devagar, indolente, e se espreguiçou. Sua mente ainda estava entorpecida, mas vagamente consciente de uma sensação de bem-estar e satisfação.
Continuou deitada, de olhos fechados, enquanto pensamentos confusos começavam a fluir em sua mente.
Aquele era o dia de seu casamento... Não, seu casamento fora no dia anterior... Ronald não chegara a tempo... Ela se lembrava de Draco colocando a aliança em seu dedo, do bolo da sra. Kirk e do vôo de helicóptero até Jacob’s Key.
A torrente de pensamentos desconexos transformou-se subitamente num dilúvio, e a represa rompeu-se. Magoada, com muita amargura e raiva, ela recordou a perfídia de Draco. Depois reviveu sua entrega, cheia de desprezo por si mesma.
Como que para torturá-la, sua mente reviveu com detalhes a cena na praia. Entretanto, não tinha lembrança de como voltara para casa. Encontrava-se numa cama confortável, e sua cabeça descansava num travesseiro macio.
Abriu os olhos, percebendo que a luz do dia invadia o quarto. Virando ligeiramente a cabeça, viu que Draco a observava. Apoiado num cotovelo, ele estudava sua feições como se quisesse memorizar cada detalhe. A boca um tanto ainda um tanto grande para o rosto delicado em forma de coração, os malares salientes, a covinha no queixo, o nariz reto, pouco mais curto do que o padrão clássico, os olhos verdes, ligeiramente puxados, e a pele perfeita.
Ele sorriu para ela.
— bom dia.
Mesmo se odiando pelo que deixara acontecer, ela pensou em como ele era atraente, sexy e másculo. Os olhos de um azul quase cinza, os cabelos louros em desalinho, a sombra da barba para fazer, no queixo e nas faces, tudo tão sedutor!
Ele se curvou para beijá-la, mas, reunindo todas as suas forças, ela virou o rosto.
— Nada de beijo pela manhã? — ele perguntou, intrigado.
— Deve pensar que sou incoerente.
— Você é encantadora.
Sim, ele realmente a achava atraente. Gina era corajosa, doce, e possuía uma aura de sexualidade que ela mesma não percebia.
— Acho que está mentindo, bandido — ela falou por entre os dentes.
— Pensei que depois da noite passada, você fosse estar um pouco mais... digamos... resignada com o fato de ser minha esposa, um pouco mais alegre.
— Me sinto péssima.
— Uma xícara de chá ajudaria a melhorar as coisas?
Como ela não respondesse, ele saiu da cama. Vestiu um robe curto de seda, azul-marinho, e saiu do quarto.
Gina desejou com fervor que ele não voltasse mais. Sentia ganas de correr sem parar até que a lembrança dele se apagasse para sempre de sua mente. Sabia, porém, que aquilo era impossível. Enquanto vivesse, se lembraria dele e de seu jeito de fazer amor.
Draco fora sensível e carinhoso com seu corpo, mas parecia não se importar com o tanto que a molestara mentalmente. Ainda que ele tivesse motivo para odiar Ronald, ela era uma vitima inocente.
Mas sentia-se degradada, desprezava-se. Como pudera se entregar a ele, sabendo de tudo? Não tinha intenção de repetir o erro. Se Draco pensava que, por ter se rendido uma vez, ela continuaria a fazê-lo, estava muito enganado. Descobriria que seu magnetismo sexual não era tão irresistível.
A porta se abriu, e ele entrou. Carregava uma bandeja com chá e biscoitos. Gina sentou-se na cama. Percebendo que estava nua, puxou o lençol para cobrir os seios, segurando-o apertado com os braços.
Pousando a bandeja na mesa de cabeceira, ele a olhou, divertido. Servindo chá para ambos, sentou-se na cama.
— Não diga que, além de despertar esse recato virginal, seu primeiro encontro com o amor também a deixou muda.
— Aquilo na foi amor — ela retrucou. — Foi apenas atração física.
— E que atração, hein? — Draco provocou, dando de ombros.
— Como vim parar aqui? — ela perguntou, mudando de assunto. — Não me lembro.
— Você estava dormindo profundamente, portanto eu a carreguei.
— Desde lá?!
— Há um atalho, e você não é tão pesada.
— Não sei como não acordei — ela murmurou.
— Estava completamente exausta, mas não é de admirar. Quando fizemos amor, você foi tão apaixonada, tão ardente!
Ela curvou a cabeça, envergonhada.
— Não fique assim — ele pediu.
— Assim, como?
— Como se odiasse ter sido calorosa e receptiva.
— Me desprezo... ainda mais do que desprezo você — ela explodiu.
Um lampejo de raiva passou pelos olhos de Draco, logo disfarçado. Um instante depois, ele pousou a xícara vazia na bandeja.
— Gostaria de nadar comigo, antes do café da manhã? — perguntou.
Ela pensou em recusar, mas mudou de idéia. Se Ronald viesse, deveria demorar um ou dois dias para chegar, e até lá ela estaria presa naquela ilha com Draco. O bom senso mandava que ela facilitasse a convivência forçada, voltando à atitude normal.
Se conseguisse isso, só teria que permanecer calma e controlada, mantendo suas relações civilizadas.
— Parece ótimo, mas ainda tenho areia nos cabelos — ela falou, esforçando-se para ser agradável. — Gostaria de tomar uma ducha.
— É exatamente o que também quero — ele declarou. Não fez menção de sair, e Gina não tinha roupão à mão.
— Está esperando um convite para compartilhar de meu chuveiro, ou é só timidez?
— Nenhum dos dois — ela mentiu.
— Nesse caso... — ele murmurou e, com um movimento rápido, arrancou as cobertas da cama, deixando Gina nua e vulnerável.
Lembrando que ele a vira despida antes, e não querendo parecer um coelhinho assustado, ela saiu da cama com toda a dignidade que pôde reunir e andou até o guarda-roupa.
Já decidira que não usaria nada que Draco comprara para ela, e isso incluía o anel e o medalhão. Principalmente o medalhão, com as duas figuras se beijando, como se zombassem de sua relação.
Agradecendo silenciosamente a sra. Kirk por ter incluído suas roupas velhas na bagagem, começou a procurar o que vestir.
Para seu alívio, Draco entrara no outro banheiro.
Ela tirou o medalhão e o colocou sobre a cômoda de Draco, junto com o anel de noivado. Quando ia tirar a aliança, hesitou e acabou deixando-a.
Por quê? Porque fora colocada em seu dedo na igreja, ou porque acreditar que Draco a amava e que seu casamento serial real?
Depois de escovar os dentes, tomou uma demorada ducha, deixando que a água removesse os traços da paixão daquele corpo diferente, satisfeito e pleno, embora seus pensamentos fossem agitados e dolorosos.
Como era estranho que corpo e mente, ainda que formando um todo harmonioso, pudessem estar tão separados!
Saindo do chuveiro, enrolou uma toalha nos cabelos e vestiu seu velho maiô amarelo, que usava desde a quinta - serie. Apertado no busto e nada atraente, servia a seu propósito. A ultima coisa que desejava era parecer sensual.
Estava à procura de uma fivela para os cabelos, quando Draco voltou ao quarto.
Carregava duas toalhas de praia, usava short preto e sandálias de praia. Parecia tremendamente másculo e atraente.
Ele a olhou de cima a baixo.
— Que droga é essa que você está usando?
Ela o olhou com altivez e desdém, até que o turbante de toalha, despencando sobre uma orelha, acabasse com sua pose.
— Não sei a que se refere — falou, tirando a toalha da cabeça.
— Sabe perfeitamente — ele resmungou.
Dirigindo-se ao guarda-roupa, ele procurou encontrar o maiô que comprara para ela.
— Pare de brincar e vista isso!
— Não estou brincando e não vou vestir isso. Não tenho intenção de usar nada do que me deu. Você nunca quis que esse casamento fosse verdadeiro, eu me recuso a ser tratada como uma...
De repente, ele estava junto dela. Segurou seu queixo com força, obrigando-a a olhá-lo e encarando-a sem piedade.
— Será tratada exatamente como eu quiser que seja! Se for compreensiva, serei também. Mas se for rebelde, terá de agüentar as conseqüências.
Sua voz estava perigosamente clama, e o brilho de seus olhos a fez tremer.
— Pela ultima vez, Gina, vai tirar essa coisa voluntariamente, ou terei de arrancá-la?
Ela hesitou, tentando reunir coragem para desafiá-lo.
— Estou avisando — ele falou em tom enganosamente suave. — Em ultimo caso, posso decidir me exercitar de outra maneira, em vez de nadar.




Comentário: Eu sei que esse capítulo está pequeninho, mas prometo compensar no próximo e, não se preocupem, o próximo capítulo vem quarta-feira.
Beijos a todos os que deixaram comentário ( e para os que não deixaram também), eu vibro de entusiasmo e satisfação com cada comentário postado.
Postem comentários e façam-me uma garota mais feliz (Edilma sorrindo radiante).
Beijos....... até breve!

Um pedacinho do próximo capitulo...

Com a outra mão, baixou-lhe o sutiã do biquíni para a cintura e a puxou para si. O contato dos delicados mamilos contra o peito másculo tornou-os dolorosamente rijos.
Draco segurou-a pelos quadris, apertando o corpo conta o dela. Gina sentiu seu desejo viril de uma forma pungente.
— Ponha os braços em volta do meu pescoço — ele ordenou.
Ela obedeceu, como se não fosse senhora de seus atos. As mão dele ergueram-lhe as pernas, até posicioná-las ao redor de sua cintura...
Ele a abraçou com força....

E continua....

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