Igualdade...só na cama....



Convencida de que a ameaça não era vã, Gina se libertou de Draco e arrancou o maiô de suas mãos. Refugiou-se no banheiro, chorando de raiva e frustração.
Ela adoraria poder desafiá-lo, mas admitia, ainda que a contragosto, que ele tinha poder para fazê-la agir conforme sua vontade. Pelo menos durante os próximos dias, ela teria de agüentar.
— Assim está melhor! — ele aprovou, quando ela voltou do banheiro vestindo o maiô com estampa de leopardo.
— O poder deve viciar — ela comentou.
— Vicia mesmo — ele concordou. — Depois que se experimenta, tudo o mais fica monótono e sem graça. Venha me dar um beijo e provar que vai ser uma esposa dócil e amável.
Controlando-se para não gritar, ela se aproximou e ergue-se nas pontas dos pés para beijá-lo friamente no rosto.
— Totalmente sem entusiasmo — ele suspirou. —Mas já é um começo. Vamos.
Jogando as toalhas no ombro, puxou-a pela mão.
Embora fosse cedo, ainda, o dia estava quente e ensolarado. A brisa empurrava nuvens brancas pelo céu, e fazia as gaivotas voarem em círculos.
Sem falar, foram pelo atalho, ata a praia. Perto da areia, a água rasa era cor de safira. A medida que se aprofundava, tornava-se azul-marinho. Pero dos arrecifes, o mar era de um espantoso tom de jade.
Perto da costa, vela coloridas pontilhavam o mar, e vários barcos de pesca se afastavam das ilhotas. Bem mais perto, sobressaíam vela brancas de embarcações pequenas que balançavam no mar brilhante.
Draco deixou as tolhas na areia. Tirando as sandálias, eles andaram de mãos dadas até a água e mergulharam juntos.
Gina tremeu ao primeiro contato da água fria na pele quente. Nadar no mar era novidade para ela, mas a presença de Draco dava-lhe confiança.
Nadando lentamente, abriu os olhos debaixo da água, observando que ali havia um mondo novo e mágico. Coral vivo, anêmonas que se moviam suavemente, peixes fantasticamente coloridos nadando com extrema rapidez pelo tapete de plantas marinhas que forrava a areia do fundo, formavam uma cena maravilhosa.
Draco permanecia ao seu lado. Quando ela, cansada, parou para boiar de costas, seus longos cabelos se esparramavam ao redor de seu rosto, fazendo-a parecer uma sereia.
Virando ligeiramente a cabeça, ela viu que os olhos de Draco passeavam ao longo de seu corpo esguio. A Expressão dele não deixava dúvidas quanto à suas intenções. Subitamente alerta, Gina virou de bruços e começou a nadar de volta à praia. Draco estendeu a mão forte e segurou-a pelo pulso. Ela tentou resistir, tossindo ao engolir água salgada.
— Não faça isso — ele avisou, enquanto uma de suas mãos levantava o queixo dela.
Com a outra mão, baixou-lhe o sutiã do biquíni para a cintura e a puxou para si. O contato dos delicados mamilos contra o peito másculo tornou-os dolorosamente rijos.
Draco segurou-a pelos quadris, apertando o corpo conta o dela. Gina sentiu seu desejo viril de uma forma pungente.
— Ponha os braços em volta do meu pescoço — ele ordenou.
Ela obedeceu, como se não fosse senhora de seus atos. As mão dele ergueram-lhe as pernas, até posicioná-las ao redor de sua cintura...
Ele a abraçou com força, acabando de aprisioná-la.
Seus corpos entrelaçados acompanhavam o movimento de sobe-desce das ondas que iam em direção à praia. Gina olhou para ele, desamparada, ao sentir uma dor aguada e doce, que ao mesmo tempo a crucificava e lhe proporcionava enorme prazer.
Então seus lábios procuraram os dela, e, enquanto seus braços a amparavam com ternura, sua boca a percorria com a fúria de um conquistador.
Ela respirava com dificuldade, apertando-o com força, querendo prolongar aquele fantástico tormento.
— Você me quer — ele murmurou. — Diga que me quer.
Ela relutou em admitir.
— Diga! — ele insistiu. — Quero ouvi-la dizer.
— Sabe que sim — ela sussurrou. — Mas por Deus, como gostaria de não quere! Me desprezo por desejar um homem que odeio, que está apenas me usando!
Ela viu o rosto dele empalidecer, como se suas palavras fossem pedras atiradas com força.
Sem mais uma palavra, Draco soltou-a e começou a nadar para a praia. Depois de um momento de surpresa, ela o seguiu.
Estava mais cansada do que pensara, e a praia estava muito distante. O mar parecia querer engoli-la.
Com medo de ficar para trás, ela fez um esforço desesperado para acompanhá-lo. Seus pulmões começaram a perder a força. Lutando para respirar, ela engoliu um pouco de água e afundou.
Com o coração disparado e um zumbido nos ouvidos, subiu à tona, mas, antes que pudesse recuperar o fôlego, afundou novamente. Então, mãos fortes a seguraram, mantendo sua cabeça fora da água. Ela se agarrou desesperadamente a Draco, lutando para respirar.
— Calma, não se debata — ele mandou. — Eu seguro você. Vire-se de costas.
Confiando nele sem pestanejar, Gina fez um esforço para relaxar e boiar. Segurando-a por baixo do queixo, ele nadou para a praia. Ao alcançarem águas rasas, fez uma pausa, tomou pé e a levantou nos braços, carregando-a até a areia.
— Obrigada — ela balbuciou, ainda quase sem fôlego. — Acho que não sou boa nadadora.
— Eu nunca deveria tê-la deixado para trás — ele lamentou. Parecia zangado consigo mesmo. — Você está bem? Engoliu muita água?
— Estou bem — ela murmurou.
Então, começou a tremer, a despeito da areia quente.
Vendo a parte de cima do biquíni enrolado em volta de sua cintura, ela fez uma tentativa de levantá-lo, mas suas forças falharam.
— Deixe disso — ele falou. — Vou cuidar de você.
Ele a enrolou nas toalhas, ergueu-a nos braços e caminhou com passos firmes para casa.
— Se-se não tomar cui-da-dado, isso vai-vai se tornar um hábito — ela comentou, batendo os dentes, tentando brincar para aliviar a tensão.
Ele sorriu.
— Existem hábitos piores.
Chegando em casa, ele a levou diretamente para o banheiro. Sentando-a num banquinho, abriu as torneiras e despejou um pouco de loção para banho na banheira.
— Precisa de um banho quente — falou.
Quando a banheira se encheu, ele acabou de despir Gina e a fez entrar, como uma criança. Ela se recostou, sentindo o calor da água perfumada afastar o frio que a invadia.
— Posso deixá-la por alguns minutos? — ele perguntou, vendo que a cor voltava ao belo rosto.
— Claro.
— Nada de ‘claro’, o choque foi sério.
— Estou realmente bem, pode ir.
Ele a olhou outra vez e saiu.
Voltou quase que imediatamente.
— Beba isto.
Ela aceitou a xícara de chá doce e quente, tomando-o depressa, esquecendo que odiava chá doce.
Assim que a xícara se esvaziou, ele a tomou das mãos dela.
— Agora relaxe, e daqui a pouco poderá tomar o café da manhã. Na cama.
— Não vou voltar para a cama! — ela protestou. — Não estou doente.
— Vai, sim. E vai ficar lá a manhã toda. Sozinha, portanto não se preocupe. Se quiser companhia vai ter que pedir.
Depois que ele saiu, Gina voltou a se recostar na banheira, fechando os olhos. Draco era mesmo estranho, ela pensou. Carinhoso e preocupado às vezes, frio e impiedoso em outras.
Ms, sem duvida, um homem especial. A mulher que conseguisse ganhar seu respeito e afeição teria muita sorte. Ser amada por um homem como Draco seria o maior presente que a vida poderia oferecer.
Estava quase adormecida, quando ele voltou pela segunda vez.
— Já enxaguou o cabelo? — ele perguntou.
—Não.
Ele passou para ela um frasco de creme para cabelos. Depois que Gina tirou o sal e desembaraçou a massa de cabelos vermelhos flamejantes, ele os secou com uma toalha.
— Posso fazer isso sozinha.
Ignorando seus protestos, ele abriu uma toalha grande.
— Vamos tirá-la daí.
Enrolou-a na toalha e a levantou como se ela não pesasse mais que uma pena. Enxugou-a carinhosamente.
Momentos depois, vestindo uma camiseta comprida e com os cabelos escovados, ela se encontrava novamente na cama.
A julgar pelo olhar irônico de Draco, que lhe servia panquecas de mel, ele sabia exatamente o que fizera com ela, e estava contente com sue sucesso.
Mas é claro!, Gina compreendeu de súbito.
Na noite anterior, ele dissera que sensações opostas se exacerbavam, e agora acabara de dizer que se ela quisesse companhia teria de pedir. Era óbvio que esperava que o susto daquela manhã derrubasse as barreiras e a atirasse em seus braços.
Bem, o plano falhou, ela disse a si mesma. “Embora parte de mim o deseje tão desesperadamente”.
Comeu sem sentir gosto de nada. Terminando o café, fingiu bocejar.
— Cansada? — ele perguntou com um sorriso.
Ela assentiu, movendo a cabeça, com medo que sua voz a traísse.
Draco a ajeitou as cobertas, fechou as cortinas e, se despediu.
— Durma bem.
A brisa suave balançava as cortinas floridas, o ruído de um avião ao longe e os gritos das gaivotas na praia a embalavam.
Ela não esperara adormecer, mas logo sua consciência se embotou, e as pálpebras começaram a pesar.


Gina teve um sonho. Alguém estava ao seu lado e a beijava no rosto e nos olhos, enquanto mãos hábeis se insinuavam sob a camiseta, acariciando e despertando seus seios.
Suspirando, ela se abandonou totalmente. Quando lábios ávidos pousaram nos dela, seus braços se enroscaram ao redor de seus pescoço quente.
Ela saboreou intensamente a sensação que as carícias despertavam. Murmurando de prazer quando dedos hábeis atingiram entre suas coxas o centro de sua feminilidade, ela esperou pelo clímax.
Mas, como para enlouquecê-la, tudo cessou de repente.
Frustrada, ela tentou puxar o homem de volta para si. Não se tratava de um sonho, mas de um amante de carne e osso, que se refreara.
— Tem que pedir, Gina — ele sussurrou ao seu ouvido.
Ela quis responder, mas não conseguia pronunciar uma palavra, incapaz de quebrar a magia.
— Por favor... por favor... — murmurou finalmente.
Depois de um momento infindável, ela reconheceu o peso dele sobre seu corpo, aninhando-se no abrigo entre suas coxas trêmulas de desejo.
Draco a beijou com ternura, mas os seus quadris investiam cada vez mais ávidos e rápidos.
A rendição veio com uma explosão de doce agonia. Gina gritou quando a onda vibrante a percorreu, deixando-a fraca e indefesa, mas com a sensação de que tinha acabado de alcançar as estrelas. Com uma última investida, Draco a acompanhou, gritando seu nome.
Depois do amor, ela permaneceu quieta, a cabeça apoiada no ombro dele, até que o mundo voltasse a girar normalmente, e seus corações recuperassem o ritmo certo.
Gina sabia que logo se odiaria pelo que deixara acontecer, mas no momento tudo o que podia sentir era a glória de saber que despertava nele tamanha força e virilidade. Sim, porque aquela era uma troca de prazer, um dar e receber. Disso ela não tinha dúvida.
Abriu os olhos e viu que Draco a olhava carinhoso com um sorriso que era ao mesmo tempo brincalhão e carinhoso.
Ia sorrir também, quando lembrou que não havia amor entre eles, apenas sexo. Não percebeu que pronunciara em voz alta as duas últimas palavras.
— E o que há de errado com sexo? — ele argumentou. — Desde que seja uma experiência agradável para os dois parceiros? Se parar de lutar contra mim e contra seus impulsos, verá que a situação não será tão difícil de suportar.
O modo despretensioso como falou fez com que Gina se enrijecesse. Ela imaginou que ele esperava docilidade e obediência de sua parte, até que, depois de vingado, a dispensasse.
Um grande engano, comentou consigo mesma.
— Eu não devo me importar de você ter me atraído enganosamente para este casamento? Por estar me usando para se vingar de meu irmão? Não devo ligar para seu aviso de que, quando atingir sua meta, se livrará de mim em piedade?
Ele se sentou e passou um braço ao redor dos ombros dela.
— Se fizer sua parte, talvez eu nem queira me livrar de você. Se daqui a cinco meses...
— Cinco meses? — ela o interrompeu, furiosa.
— Foi esse o tempo que o casamento de Pansy durou — ele falou duramente. — Foi o tempo que levou para que o maldito a viciasse em drogas.
Tremendo, Gina tentou imaginar que espécie de homem seu irmão poderia ser. Admitia que sabia muito pouco sobre ele, mas não conseguia aceitar que Ronald fosse do tipo que maltrata a esposa grávida.
— Como eu a dizendo — Draco continuou —, se ao cabo desses meses eu descobrir que ainda a quero, pretendo deixar que nosso casamento vá adiante.
Ela apertou as mãos até que as unhas se enterrassem dolorosamente nas palmas.
— É mesmo muita consideração — escarneceu. — Só esqueceu de um detalhe.
— É? Qual?
— Eu. O que ‘eu’ quero. O que pretendo fazer.
Ele sorriu.
— Talvez seja hora de entender, de uma vez por todas que fará exatamente o que eu quiser, da maneira que eu determinar. Ainda que me proponha a ser um marido tolerante, não tenho a intenção de...
— Acho melhor você entender. Não pretendo ficar com você nem cinco dias, muito menos cinco meses. Se Ronald vier....
— Ele virá.
— Irei embora com ele!
— Receio que isso não lhe será permitido v Draco observou, pegando-a pelo queixo.
— Não poderá me deter.
— Se dá alguma importância a seu irmão, esse tipo de desafio não será necessário — Draco comentou. Com um pouco de colaboração de sua parte, podemos chegar a um resultado mais satisfatório.
Gina esperou, os olhos fixos no rosto dele. Depois de uma pausa, Draco continuou:
— No momento, seu irmão ainda tem recursos e uma vida aparentemente normal. Eu posso segurar as coisas e deixar que ele continue dirigindo a frma que soi sua e agora pertence a mim.
— Pode fazer isso, ou...
— Tenho poder suficiente pra levá-lo à falência — declarou Draco, os olhos cinzas frio como gelo. — Posso colocá-lo na rua sem um centavo, amanhã mesmo. Depende de você.
— Se ele é o bruto que você afirma, por que eu me importaria com sua sorte? V perguntou Gina.
— Mas não acredita realmente que ele seja, não é? — Draco desafiou-a.
Não, ela não acreditava. A resposta estava em seu subconsciente. Com o mesmo instinto que a prevenira de que havia algo errado na proposta d e casamento de Draco, ela sentia que as coisas não eram como ele acreditava que fossem.
Mas parecia que Draco realmente acreditava que fossem. Onde estaria o engano?
— Algum tempo atrás, você me disse que Ronald planejava me dar algum dinehiro — lembrou-o. Isso é verdade?
— Ele planejava, quando pensava que tinha méis para isso. Mas você não liga para dinheiro, não é?
— Não ligo mesmo. Ms saber que Ronald planejava me ajudar não prova que ele não é o canalha que você acredita que seja?
— se você acreditar em Ronald, será melhor para meus propósitos. Muitos homens que maltratam as esposas são generosos em outros departamentos.
Como ela não replicasse, ele continuou:
— Então, Gina, o que vai ser? Eu acabo com ele, se for preciso, mas seria uma punição mais justa deixa-lo sofrer por você, como eu sofri por Pansy.
Ela só tinha uma certeza. Não podia deixar que Draco arruinasse Ronald, que, afinal era seu irmão. Se esperasse aqueles meses, daria a Ronald algum tempo para se preparar.
Lendo seus pensamentos, como sempre, Draco adiantou-se:
— Que bom que tenha decidido cooperar.
— Está indo depressa demais — ela objetou. — Se eu ficar com você, vou quere meu próprio quarto e sua promessa de não...
Ele a fez calar, pondo um dedo sobre seus lábios.
— Gina, ‘eu’ dou as cartas. Se ficar comigo, será à minha maneira.
— Total submissão, é isso que quer dizer!
— Talvez você aprecie! — ele falou, passando o dedo pelo contorno da boca sensual.
— Nunca!
— Bem, se é igualdade que quer, pode tentar.
— Como assim? — ela perguntou. — Não entendi.
—Vou lhe mostrar.
Rolando, colocou-a sobre ele e beijou seus lábios levemente.
— Agora, beije-me você — desafiou. — Sabe que quer, apesar de tudo.
Como que enfeitiçada, ela roçou sua boca na dele. Como os lábios firmes permanecessem cerrados, ela os provocou com a ponta da língua, até ouvir o suspiro de Draco, quando os entreabriu, retribuindo o beijo.
Satisfeita com sua pequena vitória, levou algum tempo para notar que as mãos dele se insinuavam por baixo da camiseta e afagavam a cintura.
Em seguida, o corpo dele escorregou sob o dela. Uma das mãos fortes segurou a dela.
— Vamos, toque-me... — ele sussurrou.
De olhos fechados, ela obedeceu, deixando os dedos se moverem sobre o peito másculo numa exploração erótica e gratificante.
Ela sempre quisera tocá-lo sem reservas, e naquele momento se deliciava, descobrindo a solidez dos músculos, a elasticidade da pele lisa, o formato poderoso dos ombros, beijou um mamilo e mordeu-o levemente, sentindo-o estremecer.
Encorajada pelo ritmo do coração dele, continuou a exploração, descendo a mão até a barriga chata e rija, e beijou a tatuagem de uma serpente que tomava boa parte da pele no canto inferior-esquerdo do abdômen.
Continuou a descida, notou que a respiração dele acelerava furiosamente. Sorrindo com aquele conhecimento feminino, antigo como o mundo, ela acariciou seu membro, encantada com seu poder sobre ele.
Então, lembrou que qualquer mulher seria capaz de fazer o mesmo. Foi como se uma ducha de água fria caísse sobre ela. Parou instantaneamente com as carícias. Tentou se livrar do abraço dele, sem conseguir.
— Oh, não. Você não vai me deixar assim, querida esposa.
— Solte-me! — ela gritou. — não quero!
Mas as palavras se perderam, quando ele rolou sobre ela, aprisionando-a, cobrindo-lhe a boca com a sua.
Ela resistiu por algum tempo. Sabia que na tinha força para superá-lo, mas ao menos salvaria um pouco do amor-próprio. Pensou que ele estivesse zangado para tomá-la à força e satisfazer-se.
Mas ele não estava, nem a deixaria sair daquela situação achando que vencera o duelo da provocação. Com fome
Quando, exausta, ela tentou a resistência pacífica, ele arrancou-lhe a camiseta com selvageria. Acariciando seu corpo, lentamente levou-a gemer e arfar, num estado de total excitação e então, penetrou-a fundo e começou a se mover dentro dela com a mesma intensidade que a beijava, com fome, quase desespero, ela o acompanhava, totalmente entregue a ele.
Ele só diminuiu seu ritmo quando sentiu que ela chegava ao auge de sensações que tinham quase um sabor de tortura. Com as últimas e poderosas investidas, ele a fez mergulhar nas profundezas do êxtase.
Quase imediatamente depois, ela adormeceu, abraçada a um Draco que a aconchegou em seu peito, como se temesse que ela sumisse.


Ao despertar, gina teve imediata consciência de tudo o que acontecera. Um misto de alegria e humilhação invadiu-a. Olhando a sua volta, constatou aliviada que Draco não estava no quarto.
Suspirando, livrou-se das cobertas emaranhadas e levantou-se, sentindo todos os membros doerem. Caminhou com dificuldade até a janela e abriu as cortinas.
Observando a posição do sol, percebeu que era quase o fim da tarde. Divertida, pensou que os dois não passariam mais tempo na cama, se aquela não fosse uma lua-de-mel de verdade!
Depois de uma prolongada ducha, que a livrou quase totalmente das dores nos músculos, ela foi em busca de um conjunto de saia e blusa pra vestir. Considerou exclusivamente as coisas que trouxera da Inglaterra.
Olhando primeiro entre as lingeries, viu que as únicas disponíveis eram as peças de renda e seda que Draco comprara para ela.
Uma suspeita invadiu-a. Abrindo completamente as portas do armário, constatou que suas velhas roupas tinham desaparecido.
Ainda estava estupefata e furiosa, quando Draco entrou com um ar arrogante, uma mistura de triunfo e determinação. Usava calça de algodão e uma camisa esporte preta. Parecia refeito e esplendido como sempre.
— O que fez com minhas roupas? — ela indagou.
— Joguei fora — ele respondeu calmamente.
— Se pensa que vou usar alguma coisa que tenha me dado, engana-se.
— Está bem quente, e acho que não vai apanhar um resfriado. Portanto, vestir-se, ou não, é decisão sua. Eu até prefiro você sem nada.
Ele a olhou de cima a baixo.
— Mas acho que devo insistir para que use isto — disse.
Antes que ela pudesse pensar, ele arrancou a toalha em que ela se envolvera e colocou em seu dedo o anel de noivado, logo acima da aliança.
Quando, porém, ele tentou passar a corrente com o medalhão ao redor de seu pescoço, ela, num súbito acesso de fúria, arrancou-a e atirou-a longe.
Imóvel, frio como gelo, o rosto vazio de emoção, ele a olhou.
— Vá pegar, Gina.
— Não vou.
— Vai pegar e vai usar, só para me agradar.
— Se eu obedecer a todas as suas ordens, minha vida não mais me pertencerá! — ela ousou retrucar.
Os implacáveis olhos azul-cinzentos ainda sustentavam o dela. Gina pôde ver a ira que se escondia naquelas profundezas.
— Obedeça!
Ainda que a voz dele permanecesse calma, havia algo em sua expressão que fez Gina tremer de medo.
Com um soluço, ela atravessou o quarto, ajoelhou-se e apanhou a jóia.
Suas mãos tremiam tanto, que não conseguiram prender o fecho.
— Deixe-me fazer isso — ele ofereceu-se, satisfeito.
— Obrigada — Gina murmurou.
— Foi um doce prazer — ele zombou.
Num ímpeto de coragem e inspiração, ela recitou um velho poema:
— ‘Quando, com um toque, o doce prazer derrete-se, como uma bolha atingida pela chuva, enfim meus pensamentos são só meus’.
— ‘Óh, uma vida de sensações, no lugar de uma de pensamentos!’ — ele completou, sorrindo. — Parece que Keats sempre tem algo apropriado.
— Ponto para você — ela concedeu ironicamente.
Aquela moça possuía muita personalidade, Draco pensou. “Seria interessante domá-la!”
— São seis e quinze — anunciou. — Tem intenção de se vestir para jantar?
— Não — ela desafiou. — A não ser que possa usar minhas próprias roupas.
— Sinto, mas isso não será possível — ele informou, como se realmente sentisse. — Entretanto, se quiser encontrar seu irmão usando apenas uma toalha...
O coração dela disparou.
— Não me diga que ele vem hoje? Esta noite?
— Deve chegar em vinte minutos — Draco respondeu com calma satisfação.



N/A: Demorei com o capítulo, mas tentei caprichar. Essa fic tem poucos comentários, mas em consideração aos pouco que comentam eu postarei até o último capítulo. Gostei de escrever esse capítulo e tentei não vulgarizar a partes nc, mas a relação Draco e Gina aqui é complicada, vai demorar para que eles se acertem, a muita mágoa envolvida e Draco não tem ainda consciência do que é amor, pois está cego pelo desejo de vingança.
Ronald aparece no próximo capítulo.
Vocês acreditam que ele realmente tenha feito tudo isso que Draco diz, ou será que aquela vozinha dentro de Gina pode ter alguma razão ao dar um voto de confiança a Ronald?
Obrigado pelos comentários e pedidos de atualização, o capítulo teria saído ontem, domingo, mais minha net me deixou na mão de novo. Beijos!

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