Capitulo 8



- Você não toma jeito mesmo, não é? – perguntou Ginny derrotada – Nós ainda vamos conversar sobre isso!


CAPITULO VIII

No campo de Quadribol, um rapaz de cabelos loiros platinados e olhos azul-acinzentados tentava manter um diálogo sério com uma garota ruiva de olhos azuis. O diálogo acontecia, mas estava longe de ser sério. O motivo disso é que a garota não se mostrava receptiva a isso, preferindo fazer piada de tudo o que ele dizia.

- Lil, - disse Scorpius Malfoy – eu tenho uma coisa importante pra te dizer!

- E desde quando eu passei a ser Lil? – comentou a ruiva – Até agora pouco você só me chamava de Potter, Malfoy.

- E eu já disse que você pode me chamar de Scorpius... – respondeu o loiro desanimado – Quando é que você vai deixar eu dizer o que tenho que dizer?

- É que é TÃO divertido ver você se batendo pra falar... seja lá o que você tem pra falar... – disse a garota com um imenso sorriso no rosto.

- Você fica linda sorrindo desse jeito... – comentou o garoto num sussurro.

- O que você disse? – perguntou Lil que tinha sim conseguido ouvir o que ele havia dito.

- Er... – fez o rapaz corando levemente – Eu disse que é irritante ver você rindo de mim desse jeito.

- Não. – falou a garota com as orelhas vermelhas – Você disse que eu fico bonita sorrindo. Porque disse isso?

- Eu disse que você fica LINDA, quando sorri desse jeito... – corrigiu Scorpius – Disse porque é verdade...

- Eu disse que você fica linda quando sorri desse jeito... – imitou uma voz que vinha da arquibancada mais próxima ao casal – Bleh! Cheguei a enjoar de tão meloso que foi isso.

- Realmente. – falou outra voz – Não sabia que você podia ser tão... idiota, Malfoy.

- James Sirius e Albus Severus! O que vocês estão fazendo aqui? – perguntou Lil indignada.

- Cuidando da nossa maninha querida. – responderam eles se fazendo de inocentes.

- Sei... e eu sou o coelhinho da páscoa brincando de ser papai Noel! – respondeu a ruiva ironicamente.

- O QUE ESTÁ ACONTECENDO POR AQUI? – perguntou uma voz em tom ameaçador.

- MÃE! – falaram os três garotos Potter.

- O Malfoy está tentando se aproveitar da Lil! – disseram Albus e James.

- Isso não é verdade, Sra. Potter. – falou Scorpius calmamente – Nós só estamos conversando!

- É mãe! Nós estávamos conversando quando esses dois chegaram e começaram a encher o saco! – concordou Lil.

- Eu sei, querida. – falou Ginny Potter – E pode deixar que eu e seu pai daremos um jeito nesses dois... marotos.

- O... Papai? – perguntou Albus – Mas... Mas ele nem está aqui!

- Ele só não está aqui porque teve que resolver um assunto com os marotos. – respondeu Ginny – Agora vamos, os dois!

- Mas... – tentou argumentar James.

- Nem mas nem meio mas. – interrompeu Ginny – Vocês vão voltar pro jardim agora mesmo!

Sem opções, James e Albus saem do campo de quadribol. Ambos emburrados e fazendo planos para impedir que Scorpius “machuque a maninha deles”.

- Não ligue para eles. – falou Ginny ao casal – Podem deixar que eu e Harry tomaremos conta daqueles dois. Eles não vão atrapalhar a conversa de vocês. E eu tenho pena deles, se tentarem novamente.

- Obrigada Mamãe!

- É! Obrigado Sra. Potter.

E com essas palavras, Ginny deixou o casal novamente a sós e foi ver onde estavam James e Albus.



Minutos antes, quando Harry e Ginny estavam indo em direção ao campo de quadribol...

- Se aqueles dois estiverem aprontando alguma... – ameaçava Ginny.

- Calma, Ginny, eles não vão fazer nada! – tentava acalmá-la Harry.

- Harry! Eu conheço os meus filhos! – comentou a ruiva – Eu sei que eles podem ser bem marotos quando querem!

- Falando em marotos... – disse Harry olhando para um ponto a sua frente – O que será que ELES estão aprontando ali?

A alguns metros à frente, James “Prongs” Potter, Sirius “Padfoot” Black, Remus “Moony” Lupin e Peter “Wormtail” Pettigrew cochichavam uns com os outros enquanto olhavam, sorrateiramente, para o local onde Ted Lupin, Victoire, Rose e Hugh Weasley estavam.

- Ginny... você pode mandar James e Albus pararem de atormentar a Lil e virem falar comigo? – perguntou Harry – Eu vou descobrir o que aqueles quatro estão tramando...

- Tudo bem... – falou Ginny, mesmo que descontente – Mas é bom que eles ESTEJAM aprontando alguma coisa e que você não esteja fugindo das suas responsabilidades como pai!

E sem dizer palavra, Ginny foi em direção ao campo de quadribol, sumindo dentro dele.

Harry, por sua vez, caminhou silenciosamente em direção aos marotos e, sem que eles percebessem, postou-se atrás deles, escutando o que diziam.

- Você acha mesmo que aconteceu alguma coisa com a gente? – perguntou Peter.

- Acho! – responderam James e Remus.

- O Ted falava comigo como se fosse a primeira vez que ele fazia isso! – argumentou Remus.

- É! E o Harry quase contou o que tinha acontecido, mas a tal de Ginny não deixou! Disse que poderia mudar o futuro... – contou o moreno de óculos.

- E como nós vamos fazer para descobrir o que aconteceu com a gente? – perguntou Sirius – Porque pra mim está obvio que aconteceu alguma coisa!

- A Lily deve saber alguma coisa... ela vive enfurnada naquela biblioteca! – falou James.

- Vocês não vão descobrir nada na biblioteca. – falou Harry assustando os garotos.

- Há quanto tempo o Sr. está ouvindo? – perguntou Sirius.

- Então realmente aconteceu alguma coisa com a gente! – falou Remus triunfante.

- Eu não disse isso! – tentou dizer Harry.

- Você disse que não descobriríamos nada na biblioteca, o que quer dizer que existe algo a ser descoberto. – explicou Remus.

- Não! O que eu quis dizer é que não tem nada para ser descoberto, por isso a biblioteca não vai ajudar você a encontrar nada, porque não tem nada pra encontrar! – tentou argumentar Harry.

- O que você disse não faz sentido... – comentou James.

- Claro que faz! – respondeu Harry meio desesperado.

- Não. Não faz! – disse Sirius.

Harry foi poupado do trabalho de tentar provar aos marotos que o que ele disse fazia sentido, mesmo ele sabendo que não tinha sentido nenhum, pois Jay e Al chegaram, os dois de cara emburrada.

- James e Albus! – chamou Harry feliz por poder mudar de assunto – Eu não disse a vocês para NÃO atrapalharem o encontro da Lil com o Malfoy?

- Mas pai! – tentou argumentar Albus – Ele é um Malfoy!

- E desde quando você liga para isso? – perguntou Harry decepcionado – Nenhum de vocês foi criado para julgar os outros pelo sobrenome que tem. E eu realmente espero que vocês não comecem a fazer isso agora.

- O senhor nunca foi amigo do pai dele... – comentou James – Porque temos que ser amigos do Scorpius?

- E vocês me ouviram dizendo pra serem amigos dele? Eu disse que não quero vocês JULGANDO ele. – respondeu Harry irritado – E os dois, pra dentro do castelo, agora mesmo! E só saiam do quarto na hora do jantar.

- Mas... – fez Albus – Isso é daqui a muito tempo!

- E eu quero o mapa e a capa de volta. – terminou de sentenciar Harry.

- Mapa? Capa? – perguntou Ginny que chegara naquele momento – Do que é que o você está falando, Sr. Harry Potter?

- Er... – fez Harry evitando encarar Ginny – Do... mapa do maroto e da... capa da invisibilidade?

- E como é que esses objetos vieram parar nas mãos deles?

- Eu... er... meio que... – tentou dizer Harry – deixeielesveremondeeuescondiaomapaeacapa...

- Como é que é? – perguntou Ginny – Você fez o quê?

- Deixei eles verem onde eu escondia o mapa e a capa...

- Você deixou?! – perguntaram James e Albus espantados.

- Ginny, meu amor, eu não poderia deixar os netos de um maroto passarem por Hogwarts sem conhecer os segredos do castelo, não é? – disse Harry tentando fazer com que Ginny se acalmasse.

- E a capa foi apenas um bônus para que eles pudessem usufruir dos segredos? – perguntou Ginny ironicamente e com as orelhas vermelhas.

- Bem... é. – respondeu simplesmente Harry.

- Desde quando? Desde quando eles estão com o mapa e com a capa?

- Que diferença isso faz? – perguntou Harry com cuidado.

- Há quanto tempo você vem mentindo para mim? Há quanto tempo você mente dizendo que a capa está emprestada e o mapa num lugar seguro?

- Er... Desde o terceiro ano do James... – respondeu Harry derrotado.

- CINCO ANOS? Você mente pra mim há CINCO ANOS? – perguntou Ginny incrédula – A sua sorte, Sr. Potter, é que você está aqui em Hogwarts, assim eu não preciso me dar ao trabalho de te colocar pra fora da minha casa.

E dito isso, Ginny saiu de perto deles e saiu portão afora, aparatando em seguida e deixando para trás um Harry cabisbaixo, um Jay e um Albus abobalhados e quatro marotos de boca aberta e sem nenhuma reação.

Foi Ted Lupin quem tirou todos eles de seus estados catatônicos. O rapaz, que havia percebido a gravidade do problema e escutara parte da discussão, veio junto de Victoire Weasley e disse.

- Jay, Al? Acho que vocês estão de castigo, não? – os dois se entreolharam e começaram a caminhar para o castelo – Marotos, vocês podem... bom... nos deixar a sós? – e assim eles fizeram – Padrinho? O senhor está bem?

- Ela... ela... ela vai pedir o divórcio! – balbuciou Harry.

- Claro que não, tio Harry. – falou Victoire – A tia Ginny é esquentada, todo mundo sabe, mas ela ama o senhor de um jeito que é difícil encontrar hoje em dia.

- É Padrinho. – concordou Ted – A Madrinha só precisa de um tempo, daqui a pouco ela te perdoa!

- Não, Ted. Dessa vez ela não vai me perdoar... – falou Harry ainda cabisbaixo – Dessa vez é pra valer...

E depois disso, Harry foi em direção ao castelo e quando entrou foi direto para sua sala, onde se jogou na cama e fitou o teto sem conseguir pensar em mais nada além de sua ruivinha.

Logo depois da saída de Harry, Hermione, Ronald e George chegaram ao lado da sobrinha, lembrando-os de que já estava na hora de ir embora e perguntando onde estavam todos. Ted explicou os últimos acontecimentos, e Ron tentou, de todas as maneiras, ir atrás do amigo, mas foi impedido por sua esposa.

- Eles já são grandes o suficiente para resolverem seus próprios problemas! Nós temos que ir!

- Está bem, está bem... – disse Ron dando-se por vencido.

E assim, Ted, Victoire, Hermione, Ron e George saíram de Hogwarts, cada um com uma preocupação em mente.

Quanto aos garotos, Jay e Albus mandaram o mapa e a capa via coruja para o pai, já que tinham medo de ficarem de castigo por ainda mais tempo se não o fizessem e permaneceram no quarto até a hora do jantar.

Os marotos continuaram a pensar em um plano para descobrir o que aconteceria com eles no futuro, e Lily, Alice e Marlene se juntaram a eles, mesmo a contragosto da ruiva.

E assim se passou o resto do fim de semana.



Na segunda feira pela manhã...

Jay e Al já estavam entediados de não poderem sair, e cansados de ouvirem os marotos e Hugh dizendo que o dia estava lindo do lado de fora do castelo, por isso, os dois comemoraram, pela primeira vez em suas vidas, o fato de que chegara a segunda-feira.

Harry Potter, por sua vez, continuava trancado em seu quarto, deitado em sua cama e olhando o teto, assim como estivera durante todo o dia anterior. A diretora, Minerva McGonagall já estava ficando preocupada com ele, afinal, o professor não tinha dado nenhum sinal de vida desde que Ginny e os outros visitantes tinham ido embora no sábado à tarde.

Por isso, naquela manhã de segunda-feira, Minerva pediu a Neville Longbotton que fosse até o quarto do moreno de olhos verdes e descobrisse o que havia acontecido.

Neville bem que tentou, mas Harry não deixou que ele entrasse e também não respondeu a nenhuma das perguntas feitas pelo colega.

Quando estava perto do horário da sua primeira aula, porém, Harry viu entrar por sua janela uma coruja conhecida, Wendelin, a coruja parda de sua filha. Saindo de seu estado catatônico e deixando a cama pela primeira vez desde a briga com Ginny, Harry levantou e retirou a carta da pata da ave, que foi embora logo em seguida.

O conteúdo da carta era o seguinte:

“Papai,

Al e Jay me contaram o que aconteceu, e parece que a mamãe está realmente uma fera... mas isso não quer dizer nada! Ela já esteve com raiva antes, e nada mudou entre vocês.
É incrível o que um castigo pode fazer... Jay e Al já estão tão entediados que chegaram a festejar a chegada da segunda-feira!
E o tio Neville está tentando falar com o senhor desde ontem... porque o senhor não falou com ele? A professora McGonagall já está arrancando os cabelos de preocupação!
Eu não sei o que é, mas os marotos estão aprontando alguma! E o pior é que Alice, Lene e Lily estão ajudando! O senhor precisa dar um jeito nisso! Eu acho que eles desconfiam de alguma coisa...
Já está quase no horário da aula...
O senhor não vai deixar os alunos esperando, vai?

Sua muito preocupada filha,

Lil Potter.”


Harry levantou os olhos da carta e se olhou no espelho. Sua aparência estava desastrosa. Os cabelos mais despenteados do que o normal, grandes olheiras em baixo de seus orbes verdes e uma palidez anormal. Ainda assim, um sorriso tímido podia ser visto em seus olhos, e ele finalmente se animou, correndo pelo quarto para se vestir adequadamente para ministrar a primeira aula do dia, para a qual ele já estava atrasado.

Depois das aulas da manhã, no intervalo para o almoço, uma estranha reunião acontecia em uma sala vazia do primeiro andar.

Lily Evans, Alice Cohen e Marlene McKinnon estavam sentadas diante de Peter Pettigrew, Remus Lupin, Sirius Black e James Potter, conversando civilizadamente, ou o mais civilizadamente possível, tendo em vista que Lily não suportava a presença de James e que Marlene não conseguia olhar Sirius nos olhos.

- E então? – perguntou Sirius apressado – Descobriram alguma coisa? Porque eu não consegui achar NEM UM livro que fale QUALQUER coisa sobre qualquer um de nós...

- Eu disse a vocês que os livros foram enfeitiçados... – falou Lily com um tom de desdém na voz.

- Tá... você disse... – reclamou Remus prevendo uma briga – Mas será que vocês podem deixar de lado os desentendimentos e dizerem se ALGUÉM achou alguma coisa?

- Se você me deixasse falar, senhor apressado... – continuou Lily num tom de voz brincalhão – Como os livros estão enfeitiçados, eu tentei achar os jornais, que normalmente ficavam na biblioteca, mas aparentemente, alguém mudou eles de lugar... e se mudaram eles de lugar...

- É porque eles devem falar sobre a gente! – exclamou James animado – Essa é a minha Lily!

- Eu não sou sua, Potter, e o nome, é EVANS! – ralhou a ruiva.

- Certo, certo... – interrompeu Alice – James, tente lembrar de chamar a Lily pelo sobrenome, Lily, nós estamos trabalhando juntos, lembra? Você pode tentar não retrucar tudo o que o James fala?

Depois que os dois concordaram, muito a contragosto, os marotos e as garotas começaram a pensar em que lugar do castelo estaria escondida a hemeroteca de Hogwarts.

Mas os planos tiveram que ficar pra depois, já que eles estavam em horário de almoço e precisavam se alimentar antes da próxima aula, que começaria em 20 minutos, por isso, todos eles deixaram a sala no primeiro andar e foram para o salão principal, onde foram constantemente observados por Harry e McGonagall.

Os dias seguintes passaram tranquilamente. Tranquilamente demais, na opinião de Harry. James, Al, Lily, Rose e Hugh estranharam o comportamento dos companheiros de quarto, que passavam horas sem dar notícias e chegavam todos juntos e frustrados nos horários das refeições.

Foi na quinta-feira que Harry finalmente descobriu o que os Marotos, Lily, Alice e Marlene estavam aprontando, ou pelo menos parte do que eles pretendiam.

Depois de receber a carta de sua filha, Harry passou a observar os viajantes do tempo com atenção redobrada, e quando não podia fazer isso pessoalmente, fazia através do Mapa do Maroto. Foi quando examinava o mapa, na quinta-feira à noite, que ele viu os pontinhos intitulados de “Padfoot”, “Moony” e Lily Evans entrarem em uma sala que normalmente estaria vazia, mas que naquele momento, estava servindo de hemeroteca.

Então é isso que eles estão procurando! Pensou Harry. Minerva disse que não adianta enfeitiçar jornais, e Lily com certeza sabe disso.

Com esses pensamentos, Harry saiu de seu quarto e começou a caminhar pelos corredores. Tendo o cuidado de esconder o mapa do maroto nas vestes, o moreno se dirigiu diretamente para onde os três estavam.

- O que estão fazendo aqui? – perguntou Harry quando chegou perto o suficiente, assustando os três garotos.

- Er... – fez Lily.

- Nada. – respondeu Sirius – Apenas passeando, por acaso isso é proibido?

- Não, passear não é proibido. – respondeu Harry – Mas eu aconselho vocês a voltarem rapidamente para o dormitório. Faltam 5 minutos para o toque de recolher.

Sem terem o que responder, Lily, Remus e Sirius saíram de lá, voltando para a torre da Grifinória.

- E então? – perguntaram James e Marlene assim que eles entraram na sala comunal.

- O Professor Potter nos pegou lá... – respondeu Remus desanimado.

- É... mas se ele foi até lá, é porque estávamos no lugar certo. – falou Lily.

- Como você pode ter certeza disso? – perguntou Sirius – Ele disse que não estávamos fazendo nada proibido...

- É, Sirius, mas... – começou a dizer Lily.

- Sirius? Desde quando você chama ele de Sirius? – perguntou James visivelmente irritado – O que aconteceu com o Black?

- Se você não sabe, o seu amigo não gosta de ser chamado pelo sobrenome, ele não faz parte daquela família de víboras preconceituosas. – respondeu Lily começando a ficar vermelha – E se você me deixar terminar de explicar, Potter, eu vou poder dizer que finalmente terminaram as nossas buscas.

- Eu sei que ele não é como a família, EVANS, mas você não gosta de ter intimidade com pessoas que você não gosta, e até hoje de manhã, você apenas SUPORTAVA a companhia dele. – respondeu James com um tom irônico e ciumento na voz.

- Parem de brigar! – falou Alice – Porque nossas buscas acabaram?

- Porque o Professor Potter está com o tal mapa, foi assim que ele nos achou lá, e se ele fez questão de nos tirar de lá, é porque estávamos perto de descobrir alguma coisa! – explicou a ruiva.

- Se você estiver certa – falou Remus – então estamos longe de descobrir a verdade...

- Como assim? – perguntou Peter – A Evans não disse que estávamos perto?

- É, Peter. – disse Remus – Mas se o Professor Potter foi lá de propósito, ele já sabe do que nós estamos atrás...

- E vai fazer de tudo pra nos impedir de descobrir... – completou James.

- Exatamente. – concordou Remus.

- Droga. – disse Sirius – Tem que ter um jeito de descobrir o que eles vão fazer...

- Tem um jeito. – falou James olhando para Peter.

- Como não pensamos nisso antes?! – exclamou o moreno de olhos azuis – Wormtail, é a sua vez de investigar!

- E-eu? Mas... – tentou dizer o garoto.

- Você é perfeito para o cargo! – concordou Moony – O que está esperando? É só você ir até a sala que nós fomos hoje e ficar lá, ver se aparece alguém por lá!

- E você acha que ele não vai ser visto? – perguntou Lily.

- E depois, eles têm o tal do mapa, não é? – lembrou Marlene.

- Droga... eu esqueci do mapa! – falou James – Então primeiro precisamos recuperar o mapa!

- Até conseguirmos fazer isso, já terão feito alguma coisa na sala... Provavelmente vão mudar a hemeroteca de lugar. – lembrou Alice.

- Droga... – disse Remus – Tem que ter um jeito...

- Tem. – disse Lily – Mas...

- Você não vai ter uma crise de monitora certinha agora, vai Lily? – perguntou Marlene como quem proíbe alguém de fazer alguma coisa – Porque esse não é o momento!

- Tá bom, tá bom! Escutem... – e ao Lily dizer isso, os marotos, Alice e Marlene se aproximaram dela para ouvir o plano.

- Uau. – fez Sirius – Esse é um plano digno dos marotos!

- Eu sabia que você era a garota perfeita pra mim! – comentou James.

- Potter, fique quieto. – respondeu a ruiva – Sirius, Remus, vamos por o plano em ação.



Enquanto isso, na sala que estava servindo de hemeroteca, Harry e Minerva pensavam em uma forma de esconder aqueles jornais, e principalmente, em como manter os viajantes o mais longe possível deles.

- E como vamos fazer para impedi-los de encontrarem os jornais? – perguntou Harry.

- Vamos mudá-los de lugar novamente. E usar alguns feitiços para protegê-los. – respondeu a diretora de maneira simples. – O importante é que eles não sabem perto do que, exatamente, eles estavam...

- Não concordo com isso. – falou Harry – Eu acho que eles sabem exatamente o que iam encontrar aqui. E agora eles sabem que nós sabemos.

- E que diferença faz isso? – perguntou McGonagall – Nenhum deles chegou a ver ou encostar em nenhum dos jornais.

- É... – concordou Harry – Mas eles vão armar alguma coisa... Tenho certeza disso.

- E nós estaremos aqui para impedir que qualquer coisa aconteça. – garantiu a diretora.

Dito isso, a sala caiu em um silencio desconfortável. Ao menos era desconfortável para Harry. Os minutos se passaram lentamente, e os olhos de Harry vagavam pela sala. Foi então que um imenso barulho colocou os dois professores em estado de alerta.

Harry buscou o mapa do maroto em seu bolso, e no mesmo segundo que ele conseguiu achá-lo, a porta da sala se abriu e por ela passou o zelador da escola.

- Diretora, o banheiro do segundo andar está jorrando água! – falou o zelador – Pirraça está lá, irritando a Murta-que-Geme...

- Faça com que ele pare, então! – respondeu a diretora colérica – É seu trabalho, manter a ordem nesta escola!

- Diretora, - chamou Harry – nenhum dos viajantes está na torre...

- O QUÊ?! – fez Minerva – Eles se atrevem a continuar desobedecendo às regras! Vou cuidar pessoalmente para que eles se arrependam por isso.

E dizendo isso, a diretora saiu da sala com o zelador em seu encalço.

Harry, por sua vez, voltou a olhar o mapa e, sorrindo, disse:

- Podem aparecer. Lily, Remus e Sirius. Eu sei que vocês estão aqui.

De um canto, os três saem de debaixo da capa da invisibilidade e olham para Harry sorrindo amarelo.

- Foi impressionante a forma como vocês INVADIRAM o meu quarto e ROUBARAM a capa. – falou Harry calmamente – Realmente impressionante.

- Er... Isso quer dizer que não estamos em apuros? – perguntou Sirius torcendo para que Harry concordassem.

- Não. – respondeu Harry fazendo com que os garotos murchassem de tristeza – Estava apenas elogiando mais um dos feitos dos marotos.

- Então realmente estão aqui... – murmurou Lily olhando para as pilhas de jornais que estavam na sala – E falam sobre mim!

- Srta. Evans, porque você não mata a sua curiosidade? – disse Harry com um sorriso no rosto – Vá em frente! Dê uma olhada nos jornais.

- E-eu posso? Sério? – estranhou a garota – Mas o senhor não está aqui para nos impedir de ler esses jornais?

- Sim e não. – respondeu Harry.

- Como assim? – perguntou Remus.

- Vocês estão perdendo tempo... Achei que queriam ver o que esses jornais falam sobre vocês. – comentou o moreno de olhos verdes.

E dito isso, Sirius se apressou a pegar o jornal que estava mais próximo dele.

Remus e Lily, por outro lado, continuaram a encarar Harry como se ele fosse um alienígena.

- Paddy, o que diz nesse jornal? – perguntou Remus ainda encarando o adulto a sua frente.

- Diz “Fuga em massa de Azkaban, Ministério teme que Black seja o ‘ponto de reunião’ para antigos comensais da morte” Peraí! Black? Como assim Black? De que Black eles estão falando?

- De quando é o jornal, Sirius? – perguntou Lily assustada.

- É de... 25 de janeiro de... 1996... NOVENTA E SEIS?! – indagou Sirius – E o que isso tem haver com a gente?

- Nada. – respondeu Harry tirando o jornal das mãos de Sirius.

- Quem é o Black da noticia? – perguntou o moreno de olhos azuis temeroso.

- Você. – Harry respondeu simplesmente.

- EU? Ma-mas... eu não tenho nada a ver com os comensais! – disse o garoto – Eu... eu achei que era sobre...

- Seu irmão Régulus? – perguntou Harry.

- É... – confirmou Padfoot – Eu... sempre achei que ele é que se tornaria comensal...

- Você não vai se tornar um comensal, Sirius. – falou Harry olhando nos olhos dele – O ministério estava completamente bagunçado em 96... E cometeu erros terríveis.

- Então... eu não fui um ponto de reunião de comensais? – perguntou ele esperançoso.

- Não. Você nunca se aliou aos comensais. – respondeu Harry – Mas vocês entendem agora porque é melhor não saber de nada?

- Você está tentando nos dizer que todas as informações desses jornais, todas as notícias que falam sobre a gente estão erradas? – perguntou Lily descrente – Isso é impossível!

- Eu não disse isso. O que eu disse é que O Profeta exagera em muitas noticias, erra em muitos detalhes... E que não vale a pena sofrer por cada ponto a mais ou a menos dessas noticias. É melhor não saberem de nada. – disse Harry olhando para os três adolescentes a sua frente. De repente, ver o medo nos olhos de Sirius fez Harry perceber que não poderia dizer a verdade a eles. Não quando a verdade era tão... triste.

Passos e vozes alteradas vindas do corredor fizeram com que Harry, Lily, Remus e Sirius se pusessem em alerta.

- É a diretora. Voltem pra debaixo da capa. E saiam o mais silenciosa e rapidamente possível. – disse Harry, e os três se esconderam com a capa da invisibilidade.

- O QUE VOCÊS ESTAVAM PENSANDO? CONVENCER O PIRRAÇA A ATORMENTAR A MURTA E DEPOIS EXPLODIR O BANHEIRO? É UMA DECEPÇÃO! PRINCIPALMENTE AS SENHORITAS! – gritava a voz de Minerva McGonagall, se aproximando da sala na qual Harry estava.

Rapidamente, Harry vai até a porta deixando-a aberta tempo o suficiente para que Lily, Sirius e Remus pudessem sair.

- O que aconteceu, Diretora? – perguntou Harry se fazendo de desentendido.




N/A: E então? gostaram desse capitulo??? devo dizer que foi um dos mais divertidos de escrever! eu sei que o final ficou meio... sem final... mas foi necessário... pra não cortar as melhores partes do proximo cap...

gente.. a fic está chegando ao fim... este é um dos ultimos caps dela...
e ainda tem váaaarias surpresas antes do fim... =] Teddy Lupin ainda fará uma nova aparição...

é isso... espero que COMENTEM BASTANTE!!! me deixem feliz e eu provavelmente posto o proximo cap semana que vem... mas eu quero MTOOOOS comentários...

bjinho

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.