Capitulo 7
- Eu tenho medo de falar demais... – confessou o rapaz num sussurro – de falar coisas que ele não deve saber...
- É... eu sei... eu também não conversei com eles ainda... – contou Harry – Não o tipo de conversa que eu gostaria de ter...
- Ele me olha de um jeito estranho... – comentou Teddy.
- Ele está tão curioso quanto você! – garantiu Harry.
- Será que vocês dois podem parar de cochichar como se não estivéssemos aqui? – perguntou Remus irritado – É irritante isso!
- Viu o que eu quis dizer? – comentou Harry rindo.
- É... – concordou Teddy também sorrindo.
- É o que? – perguntou Remus um pouco envergonhado, um pouco curioso.
- Você está tão curioso quanto eu, não é mesmo? – perguntou Ted, de repente ter seu pai ali, com quinze anos parecia uma oportunidade que ele não poderia perder.
- Não! – respondeu Remus rápido demais para ser verdade – Quer dizer... um pouco...
CAPITULO VII
- Vem! – disse Ted se levantando da mesa e se afastando dos outros – Vamos conversar, e você pode me perguntar o que quiser!
- Sério?! – mesmo estranhando, Remus se levantou e seguiu o rapaz de cabelos azuis.
- Pronto. Aqui está melhor. – falou Ted ao parar na sombra das árvores da floresta proibida. – Aqui você pode me perguntar o que quiser e eu posso perguntar o que quiser, combinado?
- Claro! – respondeu Remus – Mas eu acho que você já sabe tudo sobre mim, não é?
- Você sabe de tudo sobre os seus pais? – perguntou Teddy meio rindo.
- Certo... Você tem um bom ponto de vista...
Depois de dito isso, um silêncio quase constrangedor caiu sobre os dois, os olhos se encontrando, se encarando e logo depois desviando o olhar.
- Então... Você é o filho do Remie com a filha da minha prima? – perguntou uma voz às costas de Remus.
- E você deve ser Sirius Black, o padrinho do meu padrinho. Ted Lupin, prazer! – falou Teddy para o moreno que se posicionou ao lado do licantropo.
- O que você veio fazer aqui Padfoot? – perguntou Moony desconcertado com a presença do outro maroto.
- Vim conhecer seu futuro filho, oras. – respondeu Sirius – E afinal, porque você é afilhado do Harry? Porque não do Prongs ou meu?
- Por... porque... porque sim oras! – respondeu o metamorfomago ruborizando – O que tem demais o Harry ser meu padrinho?
- SIRIUA BLACK! – gritou uma voz vinda da mesa – VOLTE JÁ AQUI!
- Mas Lene, eu só queria conhecer o filho do Moony! – falou Sirius como se fosse uma coisa comum conhecer o filho do seu amigo antes mesmo desse filho nascer.
- Já conheceu! Agora volte aqui! – mandou Marlene possessa de raiva com a falta de tato do maroto.
- Só se você sair comigo. – argumentou Sirius triunfante.
- Grrr... Está bem. Eu saio com você. – respondeu a garota derrotada, mas com um sorriso querendo aparecer em seu rosto - Mas agora deixe os dois conversarem em paz!
- Como quiser, Lenezinha. – respondeu Sirius se afastando dos dois Lupin’s, um sorriso tenho-trinta-e-dois-dentes-brancos no rosto.
- Ele é sempre assim? – perguntou Ted meio chocado meio rindo.
- Impulsivo? – perguntou Remus, e quando Teddy concordou completou – Sempre.
- E você? É impulsivo também? – perguntou o metamorfomago cauteloso e curioso.
- Hum... não. Eu sou mais... o certinho do grupo... – respondeu o de olhos âmbar olhando pro chão – Só de vez em quando me apego ao... espírito maroto e faço alguma... coisa impulsiva. Por quê? – perguntou Remus agora olhando para Teddy – Como adulto eu sou impulsivo?
- Er... – fez Ted pensando em uma resposta – não... não muito... só... de vez em quando... minha mãe é muito mais impulsiva, e atrapalhada também...
- Atrapalhada? – estranhou Remus – Como assim?
- Ah... Nimphadora Tonks Lupin era uma pessoa completamente estabanada! – comentou Ted sem perceber que usara o verbo ser no passado.
- Era? – perguntou Remus, que bebia as palavras ditas por Teddy e não pode deixar de notar o era.
- Eu disse era? – Ted se assustou ao perceber o que disse e para quem disse – bem... com os anos ela... deixou de ser tão estabanada...
- Ah.. tá. – comentou Remus não acreditando totalmente nas palavras do rapaz de cabelos azuis. – Mas... o que eu faço? Qual a minha profissão? E a da Nimphadora também... o que ela faz?
- Er... eu... não sei se é uma boa idéia falar sobre isso... – respondeu o metamorfomago sem olhar para Remus.
- E porque não? – a voz que disse isso não foi de Remus, mas de outro dos marotos, James Potter, que estava acompanhado de Peter e, incrivelmente, de Lily Evans.
- Potter! Não se intrometa na conversa dos outros! – ralhou Lily.
- Deixa de ser chata Lily! – comentou o rapaz – Que mal tem saber em que nosso Remie vai trabalhar? Não é pra isso que servem os N.O.M’s que você vive nos lembrando de estudar?
Depois desse argumento, a ruiva fechou a cara, mas não disse nada.
- Bem... – começou Ted ainda sem saber o que responder – Minha mãe era auror...
- Era? De novo esse era?! – perguntou Remus – O que aconteceu com ela?
- Garotos! – chamou Harry, interferindo na conversa no momento exato – Sobre o que vocês estão conversando?
- O que aconteceu com Nimphadora Tonks? – perguntou Remus numa voz decidida que era raramente ouvida de sua boca.
- O que te faz pensar que aconteceu alguma coisa? – respondeu Harry com uma pergunta tentando desviar um pouco o assunto.
- É a segunda vez que ele - Remus disse apontando para Teddy – diz que ela ERA alguma coisa... isso quer dizer que ela não é mais. Por quê?
- Er... – Harry se viu na mesma saia justa em que Ted se encontrava a poucos minutos – Você tem idéia de quantos anos a Tonks tem hoje? E também, os participantes da última guerra ganharam certos... privilégios, em relação a salários e... aposentadoria... – completou Harry torcendo para que os adolescentes acreditassem no que ele disse.
- Você quer dizer que estamos TODOS aposentados? – perguntou assustado James – Eu não quero me aposentar tão cedo!
- Cedo? – perguntou Harry incrédulo – Quantos anos você acha que tem nesse tempo?
- Hum... 35? – chutou James.
- Os nossos eu’s desse tempo, Potter – falou Lily – Devem ter... 61 anos...
- 61?! – repetiu James que só nesse momento percebeu quão longe estava de casa – Wow! Nós viajamos tantos anos assim?
- Você só percebeu isso agora? – questionou Harry – E quantos anos você acha que eu tenho? Porque, sendo SEU filho e tendo um filho com a idade que você tem, isso quer dizer que se passaram MUITOS anos... não é mesmo?
- Hum... Senhor Potter? – perguntou Lily – Será que... eu posso... perguntar algumas... coisas?
- Claro que pode! – respondeu Harry com um sorriso triste nos lábios – Vamos nos sentar lá. – falou apontando para algumas pedras na beira do lago – Você pode me perguntar o que quiser e deixamos Remus e Teddy conversarem. Você também pode vir se quiser, Sr. Potter.
- E você vai responder a TODAS as nossas perguntas? – perguntou Prongs.
- Todas as que eu puder responder. – respondeu Harry se afastando com Lily e James em seu encalço, deixando Ted, Remus e Peter para trás.
- Er... Pete? – chamou Remus – Já serviram a sobremesa?
- Ainda não... – respondeu o garoto ao dar uma rápida espiada na mesa.
- E será que você não quer esperar pela sobremesa lá, junto de Rose e Victoire? – perguntou Ted como quem não quer nada – Winky deve servir os doces logo logo!
- Humm... está bem! – falou Peter se afastando dos dois e deixando-os novamente sozinhos.
- Acho que é minha vez de perguntar algumas coisas, não? – perguntou Ted depois da saída de Peter.
- É... – respondeu Remus incerto – Acho que sim...
- Como uma pessoa calma como você ficou amigo de pessoas malucas como James Potter e Sirius Black? – perguntou Teddy rindo discretamente.
- Bom... – fez Remus – Aparentemente é impossível não gostar das maluquices daqueles dois... – completou com um sorriso tímido.
- Lily Evans não parece ter problemas em não gostar deles... – comentou o metamorfomago.
- Aparentemente – falou Remus olhando para o trio, James, Lily e Harry na beira do lago – Nem mesmo Lily Evans é imune ao charme maroto.
- Bom... isso é verdade. – comentou Ted também olhando para a beira do lago.
- Eu... sou um bom... pai? – perguntou Remus mudando completamente de assunto.
- Bom pai? Você é uma pessoa maravilhosa! – respondeu Teddy tentando evitar falar sobre paternidade.
- Mas... e como... pai? Nós... nós fazemos coisas juntos? Ou me tornei um pai ausente, como... como o meu pai se tornou depois que eu... fui mordido... – insistiu Remus na questão.
- Você é um excelente pai! - respondeu Ted com os olhos marejados – Está sempre presente, apesar de eu passar mais tempo na casa da vovó e na de Harry do que na mi... nossa casa...
- Por quê? Por que você passa mais tempo com sua avó e com Harry do que em casa?
- Bem... é apenas uma questão de... tempo... – tentou responder Ted – Você e minha mãe sempre lutaram para me dar um futuro cercado de carinho, de paz, sempre trabalharam muito... mas estavam comigo sempre que podiam, sempre me apoiando e me dando forças pra conseguir ser o que eu sou hoje.
Os olhos de Remus também marejaram ao escutar essa resposta, e os dois rapazes de olhos âmbar se quedaram em silêncio por vários minutos, apenas pensando nas pessoas que gostariam de se tornar.
Na beira do lago, um senhor de cabelos negros e rebeldes e de estonteantes olhos verdes olhava para dois adolescentes, um com cabelos tão negros e rebeldes quanto os seus e o outro com olhos do mesmo tom de verde que os seus.
- Então, podemos perguntar qualquer coisa? – perguntou novamente James Potter com um sorriso maroto em seus lábios – Porque tem muitas coisas que eu gostaria de saber sobre o meu futuro!
- Ele já disse que só vai responder o que puder Potter... – falou com desdém Lily Evans.
- Vai dizer que não tem nada que você queira saber sobre o seu futuro? – argumentou James – Você é a pessoa mais curiosa que eu conheço! E olha que eu convivo com Sirius Black todo dia!
- Ok, ok... Eu quero saber algumas coisas... mas não vou obrigá-lo a responder se não quiser! OU se não puder. – respondeu Lily derrotada.
- Antes de deixar vocês me afogarem em perguntas, – começou o moreno de olhos verdes – eu quero fazer uma pergunta a vocês. – os dois jovens assentiram, olhando curiosos para Harry – Qual a relação de vocês com Severus Snape? Porque eu não consigo entender como você, Lily, é tão amiga dele, mesmo ele sendo tão... sonserino...
- Severus Snape? Você quer saber sobre o ranhoso? É sério isso? – perguntou James num tom de total descrença – O que acontece com vocês pessoas de olhos verdes?
- Potter, deixe de ser tão infantil! – exaltou-se Lily – Se ele quer saber sobre o Sevy, me deixe responder! – e passando a usar um tom de voz mais calmo, Lily continuou – O que exatamente você quer saber sobre Sevy? Nós nos conhecemos desde criança!
- É, eu sei disso – comentou Harry – O que eu não entendo é como você continuou amiga dele mesmo depois de tudo o que ele fez, as pessoas com quem ele andou...
- Eu não concordo com o que ele faz, nem sequer gosto das pessoas com quem ele anda! – respondeu Lily – Mas nunca quis perder um amigo de tantos anos apenas por não gostar das pessoas com quem ele anda! Seria como deixar de falar com Remus por causa do Potter e do Sirius!
- Entendo... – foi a única coisa que Harry disse. – Muito bem, o que vocês querem saber?
- É isso? Você escuta ela dizer esse monte de baboseiras e vai simplesmente deixar por isso mesmo? – espantou-se James – Não vai sequer dizer que não é a mesma coisa? Que Sirius e eu não chegamos nem perto de sermos tão ruins quanto Muciber e os outros?
- É. Vou deixar isso do jeito que está. – falou Harry calmamente – Não há nada que eu possa fazer, e não pretendo mudar o rumo das coisas, poderia ser desastroso!
- Pelo menos você não estragou nosso filho... – murmurou Lily – Finalmente um Potter sensato!
- Se acostumando com a idéia de que vamos ter um filho, ruivinha? – provocou James que, por estar ao lado dela escutou perfeitamente o que Lily havia dito.
- Sensato? – perguntou uma voz as costas dos garotos – Quem está difamando o nome dos Potter?
- Ginny! Eu sei ser uma pessoa sensata! – falou Harry sorrindo para a esposa.
- Claro que sabe, meu amor. – continuou Ginny, agora rindo – Mas seja sincero, não é essa a sua natureza!
- Assim você acaba com a minha reputação! – riu-se Harry – E parece que estamos assustando os garotos, porque o silêncio?
- É só que... a relação de vocês é tão... incrível! – falou Lily – É o tipo de relação que eu gostaria de ter com meu futuro marido...
- Minha querida – disse Ginny – somos duas ruivas de temperamento forte, e ambas fomos destinadas a se apaixonar por um Potter de cabelos arrepiados, porque sua relação com James seria diferente da que eu tenho com Harry?
- Isso é verdade? – perguntou James a Harry – Eu e Lily seremos assim, como vocês?
- Como disse Ginny, porque seria diferente? – respondeu Harry com um sorriso triste – E depois, onde você acha que eu aprendi a ser assim?
- Quer dizer que eu não me tornei uma maluca que vocês escondem dentro de casa por vergonha? Eu não vou me tornar uma... uma anormal? – pela primeira vez desde que descobriu que Harry era seu filho com James Potter, Lily conseguiu exprimir seu maior medo do futuro ao qual estava destinada.
- Anormal? - perguntou Harry num tom um pouco mais raivoso do que ele gostaria – Você não devia dar ouvidos ao que Petúnia Dursley diz. O único com algum bom senso naquela família é Dudley.
- Dursley? Dudley? Quem são esses? – perguntou Lily.
- Ops... acho que falei demais, não? – Harry fez cara de maroto pego no flagra – Sua irmã Petúnia vai se casar com Valter Dursley, e eles terão um filho, Dudley, meu primo.
- Então mesmo depois de tanto tempo ainda temos contato com a minha família? – perguntou Lily radiante – Que bom!
Tudo o que Harry conseguiu fazer foi dar um sorriso amarelo em resposta.
- Muito bem, o que vocês querem me perguntar? – continuou Harry mudando de assunto.
- Hum... – fez James – Sabe que agora que eu posso perguntar o que quiser não me vem pergunta nenhuma na cabeça?
- Só podia ser o Potter mesmo... – murmurou Lily – Por que o seu interesse em Severus Snape?
- Snape foi meu professor. – respondeu Harry – E eu soube por ele que vocês foram amigos de infância. Só isso.
- Mas você deve ter alguma relação mais profunda do que professor/aluno... – disse Lily – Afinal, você deu o nome dele pro seu filho!
- Nós vamos realmente falar do ranhoso? – perguntou James entediado.
- Deixe de ser chato Potter! Eu quero saber! – respondeu Lily.
- Não estou sendo chato, apenas não me interesso em saber sobre a vida do seboso. – argumentou James.
- PAI! – gritou a voz de um garoto que vinha correndo na direção do grupo.
- O que foi Albus? – perguntou Harry – O que aconteceu?
- O... Malfoy... Lil... Campo... – falou o garoto ofegando.
- O que é que o Malfoy fez? – perguntou Harry calmamente.
- Ele levou a Lil pro campo de quadribol! – respondeu Albus.
- E o que tem demais nisso? – perguntou Harry – A Lil não dá aulas de quadribol pra ele?
- Sim! Mas ele convidou ela pra um encontro! – respondeu o rapaz.
- Um encontro? – estranhou Harry – que história é essa de encontro?
- E o que você tem a ver com isso Albus Severus Potter? – perguntou Ginny – Se sua irmã quer ter um encontro com Scorpius Malfoy, nem você nem seu irmão precisam se meter nisso!
- Mas mãe! Ele é um sonserino! – tentou argumentar Albus.
- E DAÍ? – perguntou Ginny começando a ficar vermelha de raiva – Sua irmã já tem idade suficiente pra saber se quer ou não sair com o Malfoy e você não se atreva a incomodá-los! E nem o Sr, senhor Harry Potter.
- Ginny, meu amor, – começou Harry carinhoso – eu confio em nossa filha! Se ela quer sair com o menino Malfoy, ela pode sair com ele!
- É bom mesmo que pense assim Harry! – sorriu Ginny para o marido.
- Só terei dó do rapaz, caso ele faça minha menininha sofrer. – completou Harry fazendo Ginny lançar um olhar congelante ao moreno.
- HARRY! – exclamou a ruiva em reprovação.
- O que? – perguntou Harry fingindo-se de desentendido – Você acha que eu vou assistir à doninha albina júnior fazer minha princesinha sofrer sem fazer nada? Eu não tenho sangue de barata, Ginny.
- Doninha albina? – perguntou James – Quem é a doninha albina?
- Só pode ser o Malfoy, não é? – respondeu Lily debochada.
- QUE Malfoy, Evans? Deve existir pelo menos uns 3, não é? – comentou James.
- Doninha albina é Draco Malfoy. – respondeu Albus – O pai do Scorpius... mas se vocês querem saber porque chamam ele assim, é melhor perguntar para o tio Jorge... ele adora contar essa história!
- Sr... Harry? – chamou Lily – Posso fazer uma última pergunta?
- Claro Lily... – concordou Harry despreocupadamente – O que é?
- Onde estávamos eu e o Potter quando todas essas tragédias aconteceram com você?
- Er... – fez Harry numa tentativa de ganhar tempo e pensar numa resposta convincente – vocês... estavam...
- Trabalhando no ministério. – respondeu Ginny percebendo a situação em que se encontrava o marido.
- Por que eu não acredito em você? – perguntou James – Se é só isso, porque ele não disse?
- Ok... – falou Harry, uma batalha interna acontecendo em sua mente – Vocês querem saber a verdade? A verdade do porque não estavam comigo quando tudo aconteceu?
- Queremos! – concordaram James e Lily.
- Harry! – exclamou Ginny – Você não pode mudar o passado!
- Porque não Ginny? – perguntou o moreno de olhos verdes, em sua mente surgiam várias idéias de como seria sua vida se seus pais não tivessem morrido – Porque não posso mudar isso?
- Desculpem crianças. – falou Ginny – Mas eu e o senhor Potter aqui precisamos conversar.
Dito isso, Ginny pegou Harry pela mão e arrastou-o para longe dos garotos, para dentro do castelo.
- PORQUE NÃO PODEMOS SABER? – ainda tentou perguntar James – O QUE ACONTECEU COM A GENTE?
Apesar de ouvirem o grito de James, Ginny não parou de puxar Harry até que eles se encontrassem em frente à gárgula que dá passagem a diretoria.
Depois de permitida a entrada dos dois, Ginny largou Harry e se dirigiu ao quadro que estava logo atrás da mesa da diretora.
O retrato de Albus Dumbledore olhava atentamente para seus dois ex-alunos. A curiosidade fazia com que seus olhos azuis brilhassem por detrás da armação dos óculos em forma de meia lua que ele usava.
- Professor, – chamou Ginny – coloque um pouco de bom senso na cabeça desse maluco! Ele quer contar tudo a James e Lily!
- Meu rapaz! – espantou-se Dumbledore – Você não pode contar a eles o que o futuro lhes reserva! Seria desastroso!
- O que de tão ruim aconteceria? – perguntou Harry – Que desastres podem acontecer pelo simples fato de que eu cresceria com meus pais?
- Eu achei que você já tinha superado isso, meu amor. - falou Ginny tristemente – Mas parece que não. Parece que você ainda vive na esperança de que tudo fosse diferente... Parece que você nunca vai conseguir ser completamente feliz, apesar de tudo o que já passamos juntos...
- Ginny! Não é nada disso! – disse Harry – Eu amo você! Amo nossos filhos! Amo todos os momentos que passamos juntos, os bons e os ruins, eu não sou nada sem você, sem os nossos filhos!
- Então por quê? Por quê Harry? Porque você quer desistir disso tudo? – perguntou a ruiva com os olhos cheios de água.
- Eu não estou desistindo de você, não estou desistindo de nada! De onde você tirou essa idéia? – perguntou Harry abraçando a esposa e tentando confortá-la.
- É o que pode acontecer se você mudar o passado, meu rapaz. – respondeu Dumbledore em seu tom de voz habitualmente calmo – Se você mudar o que já aconteceu, todo o futuro será modificado, e sua vitória sobre Voldemort provavelmente não terá acontecido e você e Ginny podem não se apaixonar um pelo outro. Mudar o que já aconteceu mudará completamente o mundo como o conhecemos hoje.
- Eu... não tinha pensado por esse lado... – confessou Harry – Não tinha pensado que tentando mudar minha infância eu poderia perder o que me é tão caro hoje... Me desculpe, Ginny! Me desculpe por ser tão cego e não perceber que poderia te perder.
- Está tudo bem... – falou Ginny com a voz fraca e os olhos molhados – só... não esqueça as conseqüências que mudar o passado podem trazer.
- Não vou! Não se preocupe com isso. Não tem como esquecer o amor que eu sinto por você. – completou Harry ainda abraçado a esposa.
- Fico feliz que tenham se acertado. – disse Dumbledore – Agora me respondam. Já pensaram em alguma forma de levar nossos visitantes de volta ao tempo deles?
- Eu estive pesquisando isso. – contou Harry – E acho que encontrei uma fórmula mágica que pode funcionar.
- Que fórmula? – perguntou Ginny – Você não tinha me dito isso!
- É uma combinação de poções, pós mágicos e fórmulas mágicas, bastante complexo... - contou Harry – Mas ainda não sei se realmente funcionará...
- Eu tenho certeza que você vai achar uma forma de fazer isso funcionar! – comentou o quadro.
- Acredito que essa forma é a mais segura. – disse Harry – Mas ainda não achei o melhor meio de testá-la...
- Porque você não usa a sala precisa? – sugeriu Ginny.
- É! Acho que a sala precisa é perfeita para testar! – disse Harry com um sorriso nos lábios – Ótima idéia meu amor!
- Acho que agora nós temos que voltar! James e Albus devem estar tentando atrapalhar o encontro de Lil e Scorpius. – comentou Ginny – E se realmente estiverem vão se ver comigo!
- Ginny, não tem nada demais em eles quererem proteger a irmã. – comentou Harry enquanto seguia a esposa para fora da sala.
- O que foi que disse senhor Potter? – perguntou Ginny olhando possessa para o marido – Proteger nossa filha? Você acha que eles querem APENAS proteger a Lil? Você é mais inocente do que eu pensava!
- Gin, - falou Harry – eu sei que o que eles querem é uma desculpa para poderem azarar o Malfoy Júnior, mas se na tentativa de enfeitiçar o sonserino, eles cuidarem da irmã...
- Você está ouvindo o que está falando? – cortou Ginny – Eles não vão cuidar da Lil! Eles só querem azarar o garoto! E depois, a Lil não precisa da proteção deles!
- OK! Você venceu! – falou Harry – Nossa filha sabe se virar sozinha, e nem Albus nem James tem que se meter na vida amorosa dela.
- Bom garoto! – disse Ginny sorrindo para o esposo.
- Mas mantenho o que disse sobre interferir se alguém magoar a nossa menininha. – completou Harry.
- Você não toma jeito mesmo, não é? – perguntou Ginny derrotada – Nós ainda vamos conversar sobre isso!
N/A: em primeiro lugar, MILHÕES DE DESCULPAS pela demora!
mas eu prometo que o proximo capitulo vai estar maior e melhor do que esse!
o Cap está betado, agora... mas não houveram mudanças significativas...
era isso... COMENTEM BASTANTE!!!
bjinhos
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