Capitulo 2
- Não por isso. Agora vamos entrar. Temos muito o que conversar. – falou Harry abrindo a porta e se sentando na mesa, mais próximo aos adolescentes.
CAPITULO II
- Sentem-se. – disse Harry, o semblante indecifrável e a mente em polvorosa – Como é impossível mandá-los de volta pelo mesmo método que os trouxe para este tempo, será necessário pesquisar uma nova forma, uma forma segura de levá-los para o verdadeiro tempo de vocês. Enquanto isso... Vocês ficarão aqui, e serão apresentados ao castelo como alunos de intercâmbio. Alguma pergunta?
Harry tentava a todo custo se manter sério e imparcial, a vontade que ele tinha de contar tudo a eles, ou de talvez matar o pequeno Peter...
James Potter se encontrava embasbacado. Quem eram aquelas pessoas que tinham seu sobrenome? E por Merlin! Olhar um deles era como se olhar no espelho! Só podia ter uma explicação. ELE TINHA DESCENDENTES!
Já Lily Evans olhava o senhor a sua frente com grande curiosidade. Era óbvio que esse... Harry era parente do Potter... Onde será que ela se encaixava nesse futuro?
Peter olhava em volta, morrendo de fome. Ele pensava: será que os elfos do futuro cozinham tão bem quanto os do meu tempo?
Alice Cohen tinha uma grande dúvida, e travava uma grande batalha interna, querendo perguntar se ela havia casado com seu atual namorado, Frank Longbotton, mas morrendo de medo de que a resposta fosse negativa.
Remus olhava admirado para o adulto à sua frente. Ele é a versão mais velha do meu amigo Prongs! E um olhar que demonstrava uma angústia... principalmente quando os olhos verdes dele se dirigiam para Lily... o que será que aconteceu?
Marlene também olhava a sala. Ela era fascinada por Defesa, mas o fato de estar no futuro só deixava uma pergunta em sua mente: será que eu também tenho descendentes?
Foi Sirius Black, porém, que verbalizou uma das perguntas que rondavam a mente de todos eles:
- Senhor... – começou ele sem saber como chamar o homem.
- Harry. Chamem-me de Harry, pelo menos enquanto não estivermos em aula.
- Certo... Harry...
- Pois não, Sr. Black. O que o senhor gostaria de saber?
- Ah... Me chame de Sirius então... E... Quem eram aquelas pessoas? Os três garotos que encontraram a gente?
- Bom... eles são meus filhos. Por isso se chamam Potter, já que o meu nome é Harry Potter. E eles são... bom... são netos do James Potter aqui presente.
- NETOS!? ISSO É SÉRIO?! – perguntou James.
- Sim. É sério. Eu sou seu filho, ou vou ser em algum dia do seu futuro... Então eles são seus netos.
- UAU! E... – falou Sirius novamente – também tem algum Black por aqui?
- Sinto muito Senhor... Sirius, mas não tem nenhum Black em Hogwarts nesse momento. O mais próximo disso é um Malfoy.
- Mas POR QUE não? PRONGS! COMO você tem netos e eu não? – brigou Sirius – Meus futuros filhos são incompetentes por acaso?
Harry estava em maus lençóis. O que ele iria dizer? Que Sirius Black não tinha netos por que nem sequer tinha filhos, já que passou 12 anos em Azkaban por um crime que não cometeu e morreu dois anos depois de fugir da mesma prisão? Não. A verdade estava fora de cogitação. Pelo menos enquanto ele pudesse adiar esse momento.
- Tudo o que eu disse, Sirius, é que não existe nenhum Black com idade entre 11 e 18 anos.
- Er... Harry? – perguntou Marlene.
- Sim, Srta. McKinnon?
- Você por acaso não sabe... se... eu não tenho algum... descendente... nesse tempo, sabe?
- Dã! É claro que você não tem! – respondeu Sirius antes que Harry pudesse fazê-lo.
- E PORQUE VOCÊ tem tanta certeza, Black? – perguntou ela secamente.
- Você por acaso é surda?
- Não!
- Então você ouviu ele dizer que não tem nenhum Black nessa escola!
- E o que EU tenho a ver com isso? Ficou maluco garoto?
- GAROTOS! – chamou Harry – Quietos! E não Srta. McKinnon. Até onde eu sei, você não tem nenhum descendente em Hogwarts.
- E... Você sabe tudo o que aconteceu com a gente? – perguntou Alice timidamente.
- Sim, eu sei – respondeu Harry sorrindo para a garota – mas eu tenho a impressão de que você quer saber sobre algo específico, o que é?
Antes que a garota tivesse tempo de responder, o som de batidas na porta chamou a atenção de todos. E depois de Harry permitir, eles vêem entrar um senhor, aparentemente com a mesma idade de Harry, cabelos castanho-escuro, um sorriso gentil e um rosto redondo, acompanhado de uma senhora ruiva, muito bonita.
- Olá Harry! Como está? – perguntou o Senhor.
- Neville, Ginny! – saúda Harry – Entrem, entrem. Só estou explicando algumas coisas para os nossos... Visitantes.
Com essas palavras, a atenção dos recém-chegados se volta para os jovens. Ginny olha de Harry para James, o olhar demonstrando incredulidade, espanto e preocupação. Os olhos de Neville, por outro lado, se fixaram em Alice Cohen e ele não viu ninguém, a não ser ela.
- HARRY! – exclamou Ginny – Esses não são... São?
- Sim, meu amor. – responde Harry – Estes são James Potter, Sirius Black, Remus Lupin, Peter Pettigrew, Lily Evans, Marlene McKinnon e Alice Cohen.
- Pelo jeito a ruivinha conhece a gente! – falou Sirius.
Ginny ri antes de responder:
- E tem como não conhecer as histórias dos marotos, Sr. Black? Ainda mais sendo casada com o filho de um?
- Você é, então, minha futura nora? – perguntou James – Você tem bom gosto Harry!
- O seu amigo está bem? – perguntou Remus, referindo-se a Neville, que continuava a olhar fixamente para Alice.
- Neville? – chamou Harry – Neville? NEVILLE!
- Hã? Que? O que foi que você disse Harry?
Todos na sala começaram a rir, e até Neville deu um sorriso sem graça quando percebeu que estivera encarando uma menina por tanto tempo.
- Garotos – começou Harry – deixem-me apresentar o Professor Neville Longbotton. Professor de Herbologia há... 20 anos?
- Exatamente! – concordou ele.
- Espera um minuto! – falou Alice – Você por acaso disse Longbotton? Tipo... de Frank Longbotton?
- Frank Longbotton é meu pai. Por quê?
- É que... – começou Alice.
- Sabe o que é, – interrompeu Harry – estes são alunos... Especiais.
- Como assim, especiais? – perguntou Neville – Aliás... Eu acho que não conheço vocês!
- Sabe o que é, Neville... Eles são de... 46 anos... no passado. – respondeu Harry.
- 46 anos... No passado? Mas como?
- Looooonga história! E eu prefiro que a nossa diretora te conte! Falta pouco para o almoço... Eu vou levar os nossos... Convidados... Até o dormitório. – Falou Harry – Ginny, será que você pode me esperar aqui? Eu não demoro!
- Claro Harry! Eu fico aqui, com o Neville! Não é Neville?
- Que? Ahh claro Ginny! – respondeu Neville que havia voltado a encarar Alice.
Os sete adolescentes se levantaram e saíram pela porta que Harry mantinha aberta. Já no corredor, Harry liderou o grupo pelos corredores, levando-os até o quadro da mulher gorda, a entrada da sala comunal da grifinória.
Harry disse a senha, “Nobre de Coração” e entrando na sala comunal, seguiu por uma terceira escada, que não existia no tempo dos marotos.
- Esses – disse Harry apontando para duas portas no patamar da escada – são os quartos dos meus filhos e sobrinhos. Os rapazes ficarão aqui – a porta da esquerda – e as meninas ali – a porta da direita.
- Os Potter têm quartos separados dos outros? – perguntou Lily ironicamente – Por quê?
- Creio que vocês irão descobrir cedo o suficiente. – respondeu Harry – Provavelmente na primeira aula de vocês, amanhã. A primeira aula que eu vou ministrar... Pelo menos será a primeira dentro das regras...
Então, Harry abriu a porta da esquerda e entrou no dormitório masculino, seguido por todos. O quarto era espaçoso, decorado em vermelho e azul, com três camas dispostas ao longo da parede que continha duas janelas. Harry tirou a varinha do bolso e fez aparecer outras quatro camas no quarto, colocadas na parede oposta às janelas. Do outro lado do quarto, uma porta que levava ao banheiro e aos lados dela, quadros com fotos bruxas, onde a maior parte das pessoas que ali apareciam tinham cabelos ruivos. Os jovens se aproximaram da parede, mas Harry foi mais rápido e cobriu as fotos com uma cortina azul, para em seguida sair do quarto e entrar na porta em frente.
O dormitório feminino era praticamente igual ao masculino, mas ali só havia duas camas. Harry conjurou outras três camas, cobriu com cortinas os quadros de foto e se voltou para os garotos, que o tinham seguido até ali.
- Em cerca de meia hora, o almoço será servido. – começou ele – Como os alunos ainda não sabem sobre vocês, vocês almoçarão comigo na cozinha. Por favor! Não se atrasem! E não façam muito estardalhaço pelo caminho, não queremos chamar a atenção dos alunos para vocês, pelo menos por enquanto! Agora, se me derem licença, minha esposa e o professor Longbotton me esperam.
Mal Harry saiu do quarto, todos se entreolharam por alguns longos segundos silenciosos, para em seguida terem os ouvidos perfurados pelo grito de Lily Evans:
- A CULPA É SUA POTTER!
- Do que é que você está falando Lily? – perguntou ele inocentemente – Eu não fiz nada! – e completou mentalmente ainda...
- É SUA CULPA NÓS ESTARMOS PRESOS NESSE TEMPO! – respondeu ela com o rosto da cor dos cabelos de tanta raiva.
- Evans, pare de gritar! – intrometeu-se Sirius – Ninguém aqui é surdo!
- E nem pretendemos ficar! – concordou Alice – Por isso trate de se acalmar Lily!
- Grrr... – fez a ruiva – Mas como nós vamos voltar? Eu não quero ficar presa nesse tempo!
- Nós não vamos ficar presos aqui! – exclamou Remus – Você ouviu o... Harry, eles vão achar um jeito de nos levar de volta!
- Moony tem razão! – falou James – Eles também não querem que a gente fique aqui!
- Claro que não querem! – concordou Marlene – Afinal, se nós ficarmos, como é que esse Harry e o tal do Longbotton vão nascer? Por que se vocês não perceberam... Um é filho do James e o outro é filho da Alice!
- Lene! Você é um gênio! – disse Sirius.
- Eu sei disso! – comentou ela, fingindo-se de arrogante – Agora me conte, qual foi mesmo a brilhante idéia que eu tive?
Após esse comentário, o grupo caiu na risada, e só quando todos conseguiram se acalmar é que Sirius respondeu:
- A brilhante idéia que você ME deu, é que nós podemos mandar uma carta pra nós mesmos! Os nossos eu’s desse tempo. A gente tem que perguntar pra eles como é que a gente voltou!
- Sabe que não é uma má idéia, Black. – disse Lily – Mas eu acho que a carta vai ter que ficar pra depois... Estamos atrasados pro almoço!
E assim, os sete saíram da torre da grifinória em direção a cozinha, o que demorou mais do que o necessário, já que Lily os obrigou a serem discretos e andarem devagar.
Salão comunal da Grifinória – algum tempo antes...
Harry fechou a porta do dormitório feminino e quando chegou ao fim da escada ouviu um grito vindo do quarto:
- A CULPA É SUA POTTER!
O homem de olhos extremamente verdes deixou um sorriso se esboçar em seus lábios. Os próximos dias seriam muito longos, e ele tinha noção disso. Quais seriam as reações, quando os viajantes descobrissem que ele, Harry Potter era filho de James com Lily? Sim, porque eles iriam descobrir, de alguma maneira... E pior! Qual seria a reação da sua ruivinha quando ele contasse que iria trabalhar em Hogwarts?
Com a mente carregada por estes pensamentos, Harry chegou em sua sala. Sua sala. Era uma sensação muito estranha perceber que ele agora lecionava na escola que um dia foi sua casa.
Harry abriu a porta da sala e encontrou Neville ainda um tanto catatônico, olhando para a porta. Ginny estava sentada à mesa e só percebeu a presença do moreno quando este já estava no seu lado, falando com ela.
- Gin? Meu amor? Tudo bem com você?
- Eu estou bem! – respondeu ela abraçando-se a ele – É com você que eu estou preocupada! Como você está?
Harry deixou-se ficar abraçado a ela por alguns instantes antes de responder.
- Sinceramente, eu ainda não sei.
- Pelo jeito... – falou Ginny sorrindo tristemente – Você vai me deixar sozinha em casa, não é?
- Ruivinha... – falou Harry também sorrindo triste – Eu não tenho escolha, tenho? Não se eu quiser ver Hogwarts em pé depois que eles voltarem para o tempo deles! Você já notou que temos DOIS James Potter no castelo?
- Tem razão! – falou Ginny rindo – Acho que você vai precisar de sorte! Afinal, você vai ter que lidar com 12 adolescentes marotos!
Harry faz uma careta ao ouvir tal comentário, e então se lembrou de Neville, que continuava olhando bobamente para a porta.
- Tudo bem com você, Neville?
O professor de herbologia olhou para Harry com os olhos arregalados e disse:
- Aquela... Aquela era... Minha mãe?
- É... Aquela era Alice Cohen, futuramente Longbotton, com quinze anos.
- Ma-mas como?
- Ahn... Acho melhor você conversar com a diretora... Ela te explica! Agora eu tenho que ir! Combinei de almoçar com os nossos... Convidados, na cozinha.
- Certo... Já está na hora do almoço! Tinha me esquecido! Acho que falo com Minerva durante o almoço!
- Boa idéia, Neville! Ginny? Você poderia me fazer um favor?
- Claro! O que você precisa?
- Você poderia buscar Albus, James, Lily, Rose e Hugh para irem almoçar conosco na cozinha?
- Claro!
E assim, os três adultos deixaram a sala de defesa contra as artes das trevas e foram em direção ao Hall de entrada. Ali, eles se dividiram, Ginny e Nevile entraram no salão principal, e Harry continuou o seu caminho até a cozinha.
Lá chegando, Harry foi recebido por um velho elfo doméstico vestido espalhafatosamente.
- Olá Winky! – cumprimentou Harry – como vai?
- Mestre Harry Potter, senhor! Winky vai muito bem! O que Winky pode fazer pelo senhor? – falou o elfo fazendo reverências.
- Winky, eu quero saber se é possível preparar um almoço para... quatorze pessoas, aqui na cozinha mesmo. Isso é possível?
- Senhor Harry Potter, o senhor quer almoçar com convidados na cozinha? – perguntou Winky, os olhos azuis arregalados – Winky arranja tudo! Senhor, o senhor não precisa se preocupar! Winky arranja tudo!
E então o elfo começou a andar de um lado para o outro carregando pilhas de pratos e travessas, arrumando tudo e falando sem parar.
Quando a mesa estava praticamente pronta, os sete garotos que vieram do passado entraram na cozinha e pararam na porta, vendo Harry olhando e rindo das performances de Winky para arrumar a mesa.
Momentos antes, alguns andares à cima...
Assim que a aula de feitiços acabou, Albus e Rose seguiram para o salão principal conversando calmamente.
- E então? O que a McGonagall queria com vocês? – perguntou Rose Weasley.
- Ah... isso? É só que o meu pai queria falar com a gente... Ele vai ser o nosso novo professor de DCAT... – respondeu ele sem emoção.
- SÉRIO?! Que legal!
- É... – concordou ele apaticamente – O mais estranho foi o que aconteceu antes...
- O que foi que aconteceu? – perguntou a garota curiosíssima.
A essa altura, os dois já estavam no hall de entrada, prestes a entrar no salão principal.
- Quando eu, o Jay e a Lily estávamos chegando na diretoria – começou Albus já dentro do salão principal, olhando para a mesa da grifinória procurando com os olhos um lugar – nós encontramos com... MÃE?!
- Vocês viram a tia Ginny? – perguntou Rose confusa.
- Não, Rose! Ali! Minha mãe está ali!
A garota Weasley seguiu com o olhar a direção que Albus apontava e ali estava ela, Ginny Potter, sorrindo junto a Lily e Hugh.
- Oi tia Ginny! – cumprimentou a garota.
- Olá Rose!
- O que você está fazendo aqui, mãe?
- Oi pra você também, filho. – repreendeu ela – Foi essa a educação que eu te dei?
- Desculpe... Oi mãe! – falou Albus, agora a cumprimentando formalmente – O que a senhora está fazendo aqui?
- Oh... Nada demais... Estamos apenas esperando seu irmão, nós vamos almoçar com seu pai e...
- MÃE?! – exclamou um grifinório de cabelos castanhos ao se aproximar do grupo – Aconteceu alguma coisa?
- Olá James! Que bom que chegou! Agora já podemos ir! Vamos almoçar com Harry na cozinha. Não é ótimo?
E assim, o grupo saiu do salão principal, os jovens com uma cara ainda confusa.
Ao entrarem na cozinha, viram Harry sentado na ponta de uma mesa e outros 7 adolescentes em volta da mesa.
Um pouco antes... Às portas da cozinha...
Mal os garotos chegaram ao fim do corredor que levava à cozinha, Sirius Black se destacou do grupo, olhou o quadro de frutas que decorava o local e fez cócegas na pêra, que prontamente se transformou em uma maçaneta, que ele abriu, dando passagem à cozinha.
Lá dentro, os jovens pararam na porta, vendo o homem, que era a figura mais velha e de olhos verdes de James, olhando e rindo das performances de um elfo doméstico espalhafatoso para arrumar a mesa.
- Que bom que chegaram! Sentem-se! – disse Harry abrindo os braços e mostrando a mesa.
Os garotos se aproximaram, mas antes de sentarem, Alice perguntou:
- Senhor... Harry. Nós somos sete. Não tem lugar sobrando nessa mesa não?
- Você teria razão, Srta. Cohen, mas eu tomei a liberdade de convidar seus companheiros de quarto para almoçarem conosco.
Como se tivesse sido combinado, nesse momento a porta se abriu novamente, e por ela entraram cinco adolescentes e a mesma senhora ruiva, a esposa do Harry.
Os dois grupos se olhavam silenciosa e criticamente, encarando mais detalhadamente Albus, James e as duas Lilys, todos tão parecidos e diferentes ao mesmo tempo.
- Agora que estamos todos aqui, – falou Harry quebrando o silêncio e chamando a atenção de todos para si mesmo – que tal todos se sentarem, para que eu possa explicar o que está acontecendo aqui.
Na expectativa de receber explicações, os adolescentes se sentaram à mesa. Mas Ginny continuou parada próxima à porta, olhando de Harry para Albus, deste para o James do passado e dele novamente para Harry. Três homens tão parecidos... O mesmo tipo de cabelo, o mesmo tipo de rosto, dois deles com o mesmo tom verde nos olhos... Três pessoas tão parecidas e ao mesmo tempo tão diferentes.
- Ginny? – chamou Harry – Você não vem?
A ruiva apenas sorriu e sentou-se na última cadeira vazia, na ponta oposta a de Harry, com visão privilegiada do brilho nos olhos verdes dele.
A visão daquela mesa, cheia de pessoas tão queridas para Harry fez os olhos do menino-que-não-era-mais-menino-mas-mesmo-assim-sobreviveu encherem-se de lágrimas. Os dois filhos que estavam sentados à direita e à esquerda, respectivamente, Lily e Albus olharam para ele preocupadamente.
James Sirius Potter, o filho mais velho dO Eleito, por outro lado, encarava os dois garotos à sua frente, Albus e esse outro James eram realmente parecidos! Mas também se poderia dizer que eram completamente diferentes.
O silêncio se abateu novamente sobre a mesa. Todos estavam imersos em algum tipo de pensamento, a maior parte deles sobre quem seriam aquelas pessoas que eles não conheciam. Desta vez, quem quebrou o silêncio foi Rose, ao perguntar:
- Tio Harry, Tia Ginny? Por que estamos almoçando aqui?
- E você está vendo alguém comendo por aqui, fogueirinha? – perguntou Sirius ironicamente, quebrando de vez o clima pesado que havia se instaurado.
- Vocês dois têm razão! Eu prometi que iria explicar o que está acontecendo aqui. Bom... Vou começar apresentando todos, certo?
Como ninguém se mostrou contra, Harry continuou:
- Como todos já sabem, eu me chamo Harry James Potter. À minha direita está Lily Potter, minha filha mais nova. Ao lado dela, meu filho mais velho, James Sirius Potter. E completando, a minha esquerda está Albus Severus Potter, meu filho do meio. Do lado de Albus está James “Prongs” Potter, maroto e... no futuro dele, meu pai. A seguir, Sirius “Padfoot” Black, também maroto, meu padrinho. Seguindo temos Remus John “Moony” Lupin, Maroto, Monitor e... – Harry hesita antes de continuar – ao lado dele temos Peter “Wormtail” Pettigrew, o último dos marotos. Aqui ao lado do meu James está minha sobrinha, Rose Weasley e ao lado, o irmão dela, Hugh. Na seqüência temos Alice Cohen e por último...
- EI! – interrompeu Marlene – Você se esqueceu de mim!
- Me desculpe! Temos lá no outro canto Marlene McKinnon e à frente dela Lily Evans. Na outra ponta, creio que todos já conhecem minha bela esposa, Ginny Weasley Potter.
- Ótimo! Agora que o Pronglet já apresentou esse monte de gente que eu não vou lembrar o nome daqui a pouco – falou Sirius – será que a gente já pode comer?
- Pronglet? – perguntou Ginny
- Filhote de Prongs... – explicou o maroto de olhos azuis como se fosse a coisa mais obvia do mundo.
- Nós já podemos começar a almoçar sim, Sr. Black. – respondeu Harry tentando se manter sério, mas falhando terrivelmente ao imaginar seu padrinho adulto lhe chamando dessa forma. Outra coisa que ele não veria acontecer...
Enquanto todos começavam a atacar os pratos, Rose ainda encarava o rapaz que estava à frente de seu irmão. Os cabelos castanhos claros e os olhos âmbar lhe eram familiares, assim como o nome.
- Tio Harry? – chamou a ruiva.
- Sim, Rose.
- Você por acaso disse que ele – e apontou para Remus – se chama Lupin?
- Sim, eu disse – respondeu Harry para logo em seguida acrescentar – e a sua lógica funciona muito bem! A ligação que você fez está certa.
- Ligação? Que ligação? – perguntou o rapaz de quem eles falavam.
- Com outro Lupin que conhecemos. – respondeu ele – Ted Lupin.
- Mas tio Harry! Como isso é possível? Ele... ele...
- Eu sei, Rose – interrompeu Harry – Acho que me esqueci de dizer a vocês que os nossos convidados vieram do passado, não é?
- UAU! – foi à única coisa que saiu da boca dos que ainda não sabiam desse fato.
- QUEM DIABOS É TED LUPIN? – perguntou Remus irritado.
- Remie, Remie... – ironizou Sirius – O que aconteceu com o monitor certinho?
- Perdeu espaço pra minha curiosidade marota, Padfoot. – respondeu ele envergonhado e irritado ao mesmo tempo.
- Dá-lhe Remie! – riu Prongs.
- Não me chamem de Remie! – continuou o licantropo irritado – E quem é esse Ted?
- Não é meio óbvio? – falou Lily Evans pela primeira vez – Se estamos no futuro, ele deve ser seu filho.
- Fi-filho? Mas... Eu... Como?
- Acho que você sabe como é que os bebês são formados... – falou Sirius marotamente.
- Mas se não você souber, – completou James Sirius – nós podemos desenhar pra você!
A mesa caiu na risada e Remus ficou mais vermelho do que os cabelos dos ruivos presentes.
- Ma-mas... Quem... Quem...
- Quem foi a louca que se casou com um lobisomem? – arriscou a Lily mais nova.
Se antes desse comentário Remus estava vermelho, depois dele a cor fugiu totalmente do seu rosto e seus olhos procuraram instintivamente a expressão de terror que deveria estar nos rostos de Alice e Marlene. Deveriam, mas não estavam.
- Não se preocupe Remus. – falou Marlene – Ninguém aqui parece se importar com o seu... probleminha peludo.
- Vocês sabem! – exclamou ele meio temeroso meio aliviado – Desde quando?
- Desde o nosso terceiro ano. – respondeu Alice – Embora eu ache que a Lily já soubesse antes disso.
Remus entrou em estado de choque e por isso não percebeu que sua vida futura continuava a ser o centro da conversa que se desenrolava.
- E então? – perguntou Sirius falsamente indiferente – Quem foi a louca?
Todas as cabeças se viraram para Harry, menos a de Moony que continuava no mundo da lua. Harry parecia indeciso se poderia ou não contar isso.
- Bom... Não vejo muitos problemas em dizer isso... – respondeu ele ao se decidir – Foi Nymphadora Tonks.
- Quem? – perguntaram Prongs, Peter, Lily, Alice e Marlene.
- Nympha Tonks? – perguntou Sirius – A filha da Andy?
- Exatamente. – respondeu Harry
- Remus John Lupin! COMO ASSIM você vai se CASAR com a minha prima?! – indignou-se Sirius.
Remus não fez nenhum movimento, na verdade ele nem sequer ouvia o que se dizia na mesa, e seu estado apático fez surgir um brilho maroto nos olhos azuis de Black. Sirius pegou uma jarra de suco de abóbora que estava na mesa e despejou-a sobre a cabeça do amigo lupino.
- Mas que... SIRIUS BLACK! POR QUE você fez isso? – praguejou o garoto.
Remus continuou esperando uma resposta do moreno, mas ela não veio, já que Sirius estava ocupado demais, rindo da cara do licantropo.
- Você me paga! – falou Remus de forma vingativa.
Ao dizer isso, Remus encheu uma colhe de purê de batatas e catapultou o conteúdo dela na direção do amigo. Sirius parou de rir quando viu a colherada de comida voando em sua direção e se abaixou a tempo, fazendo o purê acertar a orelha de Prongs Potter.
- EI! Eu não tenho nada a ver com isso! – reclamou o outro maroto.
Para se vingar, Prongs tentou acertar os amigos com uma colher de arroz, que acabou caindo em Marlene. A castanha também se revoltou e jogou um pedaço de ensopado em Hugh Weasley, começando uma verdadeira guerra de comida, da qual até mesmo Harry e Ginny fizeram parte.
James Sirius Potter se preparava para atirar parte do pastelão em seu pai, quando percebeu que seu irmão e seu xará faziam mira nele. O garoto se abaixou no momento exato e os pedaços de empadão passaram por cima de sua cabeça, atingindo uma pessoa que não estava ali momentos antes.
Minerva McGonagall passou as mãos pelos óculos, limpando-os dos resíduos de empadão.
Um silêncio sepulcral se abateu sobre todos.
- Potters. – resmungou a diretora.
- Er... Podemos fazer algo pela senhora? – arriscou Harry.
- Vim apenas avisar que quero os nossos visitantes e o nosso novo professor na minha sala duas horas antes do jantar. – falou ela de forma clara e severa, pronunciando a palavra “professor” de forma especialmente séria.
- Estaremos lá, Diretora. – garantiu Harry.
McGonagall deu as costas para o grupo e saiu porta a fora, resmungando coisas incompreensíveis.
- Uh... – Gemeu Harry – Estou ferrado!
N/A:Espero não ter demorado muito pra postar...
e que voces tenham entendido quando era o James do passado e quando era o James do futuro... porque em alguns momentos... nem eu sabia quem era quem...
mas deixando de lado esses problemas tecnicos... eu quero agradecer mto, mas mtoo mesmooo a voces, todas voces que comentaram! Espero realmente que tenham gostado desse capitulo! e qualquer duvida que voces tenham, e que não foram resolvidas nesse capitulo.. é soh deixa um comentário perguntando que eu respondo, ok?
ahhh! um Agradecimento especial pra minha Beta, Paulinha Potter!
E COMENTEM!!!
Comentários (1)
A primeira aula que eu vou ministrar... Pelo menos será a primeira dentro das regras... Adorei essa frase! perfeito o capítulo!
2013-12-04