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No chapéu seletor, já no quinto ano da irmã caçula, um choque: um Black na Grifinória era realmente a desonra da família. E um garoto retraído de nariz de gancho lhe chamara a atenção. Ele era quieto e tinha cara mal-humorada, sua aparência diferentemente da maioria dos sonserinos: era mal-cuidada, com os cabelos oleosos sem o mínimo de cuidado. O mais engraçado foi que ao invés de nojo, teve dó do rapaz. Durante o jantar, ele sentara no lado e esta tentou trocar algumas palavras e vendo que não era de conversa, deixou assim mesmo.

Sirius recebeu na manhã seguinte um berrador da sra. Walburga. Seu aparente amigo Potter rira da cara do jovem, satirizando a voz que saíra da carta. Algumas semanas passaram-se e Sirius e Ciça trocavam poucas palavras. Um dia, ele com seus amigos discutindo sobre o clube que estavam pensando em criar, o Black viu de longe a prima com quem já descobrira ser Malfoy.

-Narcisa... Você gosta daqui não é? Ver o lago congelar-se e depois descongelar.

-Sim, adoro a paisagem do local. É linda, perfeita.

-Creio que sei como deixar este local mais especial.

-Como, Lúcio?

-Narcisa Black... Eu gosto muito de você. Gostaria de namorar comigo?

Uma brisa passou, fazendo os cabelos e vestes voarem e tremular as águas. A menina ficou vermelha, e mesmo distante, o primo pode ver a mudança de cor. Gostaria de ter orelhas extensíveis ou chegar perto sutilmente, mas imóvel continuou a ver a cena. A jovem falara outra coisa e ambos se aproximaram e beijaram-se. Sirius virou-se rapidamente, assustando os três amigos.

-Qual o motivo para o interesse total agora em nossa conversa? - sorriu Remo.

-Algo haver com o casalzinho albino? – Tiago já havia percebido para onde o amigo olhava.

-Ah cara. Espero tantos anos pra entrar na escola pra ver minha prima beijar um cara que é cheio de frescuras?

-E... Por um acaso você gostaria de estar no lugar do cara? – Potter demonstrou-se espontâneo desde o primeiro dia.

Um silêncio tomou conta dos quatro. O tema de “clube de amigos” foi desviado totalmente. Alguns momentos alguns deles iam falar algo, mas logo fechavam a boca sem pronunciar uma palavra sequer. Mesmo sendo cinco anos mais novo que Narcisa, e ela nunca o tratando com tanta atenção quanto Andrômeda, tinha sentimentos pela prima. E vê-la beijando alguém que tinha nojo era terrível. Mal sabia ele que a situação ficaria pior. Primeiramente, o jovem ignorou a garota, pois não sabia onde enfiar a cara. Ela, por sua vez, ficou indignada pensando ser influência dos amigos esquisitos, além de ficar mais arrogante enquanto namorava o Malfoy.

Quando se aproximou o natal, Sirius tentou falar com Ciça a sós. Não seria bom para a reunião familiar e nem para eles próprios ficarem ignorando-se. Muitas vezes quando o garoto tentou se aproximar, aparecia Lúcio ou outro sonserino. Porém ele conseguiu pegá-la, sem querer, saindo do banheiro feminino abandonado.

-Narcisa, quero falar com você.

-O que é, aberração? Me ignora e depois queres falar comigo? Muita coragem sua!

-Esse é um dos motivos. Antes você não era tão cínica e nariz empinado. Aquele outrozinho lá tá te estragando.

-Pois saiba que o “outrozinho” é de muito bom agrado e que os Malfoy estão convidados para o natal deste ano. E se é pra reclamar de companhias, o que me diz das suas? Um reizinho, um esquisito e um resto. Ainda mais: nem são da Sonserina. Só que faltava era serem trouxas!

-Ah, Ciça! Poxa, antes você jamais me responderia assim! Quando estava junto da Belatriz, ao menos deixava ela criticar e tal. Agora, com o tal de Lúcio, está ficando pior que ela!

-Ahá, está com ciúmes é? Pois saiba que eu nunca daria mole pra você, garoto. E ainda não escutei o pedido de desculpas.

-Argh, deixa pra lá.

Amargurado, o jovem Black desceu as escadas e foi encontrar com os amigos. Não acreditara na mudança da prima. Lupin e Potter tentaram animá-lo, custando muito tempo. A idéia de agüentar a cara daquele Malfoy durante o feriado não era muito atraente. Então resolveram passar o tempo em Hogwarts, assim escrevendo corujas para as famílias. E Tiago, sorrindo após tudo, deu a brilhante idéia de azarar Ranhoso. Lílian, uma garota ruiva, passou por perto depois do incidente e fez cara de reprovação.

O castelo foi esvaziando-se e o casal sonserino estava a conversar em direção ao trem. Na mansão dos Black, a requintada decoração os aguardava. Andrômeda, pelo jeito ficara em Hogwarts, para “cuidar do primo Sirius”. Logo após os pais de Malfoy surgiram na sala e tiveram uma conversa agradável. Belatriz mostrou a aliança de noivado com Lestrange para a irmã, que achou o máximo.

Monstro, o elfo doméstico da família, chateava Dobby que veio junto com o sr. e a sra. Malfoy. A conversa fora interrompida quando Rodolfo aparecera. Bela esquecera-se do mundo e ficou boa parte do tempo com o noivo. Às vezes, Ciça escutava as palavras “lorde das trevas”, “comensais da morte” e coisas do gênero, mas nem se preocupou. Admirava a neve a cair e as fadas mordentes congeladas.

Duas horas após o jantar foi servido. Tudo era tão luxuoso! Desde a decoração até os próprios pratos, tendo alguns exóticos. Na escola, tudo era bem organizado, mas dentro dos padrões normais, nada de ouro e prata na mesa e conversas sobre sangue-puro. Os calouros grifinórios riam em voz alta na companhia de Andrômeda. Piadas em relação ao Snape e outros que tinham o uniforme verde e prata foram soltas aos quatro ventos.

Na manhã seguinte, os tão esperados presentes. Narcisa ganhara jóias do namorado, um vestido novo dos pais, um livro de arte das trevas de Bela, sapos de chocolate de Andrômeda e outros pequenos presentes dos familiares. Pouco tempo depois a irmã entrou no quarto lhe mostrando o que ganhara de Lestrange.

Voltando às aulas, Ciça e Lúcio estavam mais juntos que nunca. Snape fora azarado e azarou Potter várias vezes no mesmo dia. Dumbledore esperava alegremente a chegada de mais uma primavera e ficava feliz ao ver Severo falando normalmente com Narcisa. O que lhe preocupava era a situação que o mundo estava ficando.

O sol ganhara forças derretendo o lago. O anúncio da partida da Corvinal contra a Lufa-Lufa no quadribol espalhou-se rapidamente. A escola toda reunira-se para gritar por seus favoritos. Teve muitos “quase-acidentes” como narrara o locutor da partida. Os balaços estavam tão rápidos quando os jogadores. O apanhador da Corvinal quase caíra da vassoura, quando olhou para baixo soltou-se. Na verdade, foi um golpe desesperado para pegar o pomo-de-ouro, que estava logo abaixo de seus pés. Antes que caísse no chão, um rebatedor conseguiu pegar o jogador. O jantar foi tumultuado com as vivas e festejos azuis e bronze.

Narcisa no final do ano fez os N.O.M.s e suspirou aliviada o fim das aulas e sentindo como sua vida era maravilhosa.

N/A:
Introdução dos Marotos! Yay! *fan-girl mode* Só pra adiantar e fazer vocês terem curiosidade: próximo capítulo tem briga ! ò_o~ Vai ser o sexto ano da Cissy! Por favor, comentem nem que seja só pra falar o que não gostou. Quero tentar melhorar ^_^~

Capítulo Inserido dia 24 de agosto de 2007

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