Independência



Narcisa sentara ao lado da irmã, Belatriz. O trem locomovia-se rapidamente e a emoção do primeiro dia de aula não deixava apreciar a paisagem. Ela precisava entrar para a Sonserina de qualquer jeito. Imaginou uma Black na Lufa-Lufa? Seria a vergonha da família! Conviver com trouxas era um dos piores castigos imagináveis para a garota. Andrômeda agora abrira a porta da cabine, trazendo sapos de chocolates. Ofereceu para as irmãs. Bela recusou e Ciça aceitou com um tom de voz baixo.

-Ah, fique tranqüila! É só se sentar num banquinho e colocar aquele chapéu velho!

As tentativas foram em vão. A caçula estava ansiosa. As horas custaram a passar até chegarem a Hogwarts. Já era noite quando iam em direção ao gigantesco castelo, indo isolada das irmãs veteranas. Ninguém naquele local parecia ser interessante. Pelo menos, não os calouros. Gostaria que tivesse algum conhecido naquela fila formada por novatos, nem que fosse seu primo Sirius, apesar de ser cinco anos mais novo. Os portões eram abertos, nomes chamados até escutar sonoramente “Narcisa Black”.

De cabeça erguida, fazendo-se de confiante, colocara o Chapéu Seletor na cabeça. Um grito alto dizendo “Sonserina” ecoou pelo salão. Levantou e retirou o chapéu, com um sorriso triunfante. Com passos firmes e decididos foi para o lado da irmã Belatriz, podendo ver um garoto com ares requintados e cabelos loiros não tão longe dela. Silenciosa, viu o término da seleção. Quando o banquete iniciara, foi apresentada para os outros ao redor e chamou a atenção de alguns olhares masculinos.

Todos os sonserinos foram para a masmorra, ir para seu salão principal fazer uma festinha de boas-vindas. Tudo estava ornamentado, as cores que prevaleciam era o verde, prata, cinza e preto. Os monitores explicaram rapidamente sobre os quartos e normas e logo após anunciaram o início da bagunça. Alguns garotos do terceiro ano vieram falar com Ciça, depois de terem bebido vários copos de ponche. Apesar de ser contra as regras da escola ter bebida alcoólica, parecia que ninguém ligava.

Bela, vendo o alvoroço ao redor da irmã menor, soltou azarações e levou a outra pelo braço para longe. Chegaram perto das poltronas, onde o mesmo garoto loiro requintado de antes estava de pé a conversar com os amigos.

-Ok, vamos dar a atenção para a moça que iremos dar trote hoje. Minha irmãzinha Narcisa Black.

-É uma honra conhecer a irmã da adorável Belatriz. – falou um garoto que parecia ser do sexto ano.

-Encantado. – disse o loiro.

-Seja bem-vinda. – disse uma outra garota.

-Em nome de Narcisa – o terceiro garoto oferecia um brinde, que foi comemorado por todos.

No final da festa, depois de ter virado uns dois litros de bebida alcoólica, Ciça nem pensara em nada. Obedecia tudo o que a mais velha ordenava. Se lembra vagamente que beijou o garoto pálido, parecendo duas almas brancas amando-se. Acordou no dia seguinte com uma enorme dor de cabeça. Mesmo assim tinha que ir para a primeira aula de poções. Arrumou os cabelos e vestiu o uniforme, indo para a sala. Não escutou nada que o professor falara, despertando realmente apenas na hora do almoço.

-Aiai, que beijo foi aquele ontem Ciça? Mal entrando e já beijando o William Andersen do terceiro ano?

-Uhn? Eu fiz... ah sim, claro que fiz. Mas também, você me obrigou a beber tudo aquilo!

-Ah, vai colocar a culpa em mim? Você o beijou porque quis, não te obriguei a nada. Quem diria, minha maninha me acusando! Só não é pior do que ter que beijar um sangue-ruim!

O ano se passou, as Black recebendo algumas cartas de amor (que foram lidas, ridicularizadas e rasgadas), Bela fez os N.O.M.s e Andrômeda falava sem receio nenhum com grifinórios e lufanos. Na volta para casa, a Sra. Druella não gostara nada sobre os comentários feitos à filha do meio. Nas férias, a nobre família comprara tudo do bom e do melhor para o início do novo ano letivo. Numa reunião familiar, os primos queriam saber da boca de Narcisa o que aconteceu em Hogwarts.

-Ora, Sirius e Régulo, esperem e verão a magia diante seus olhos. O triunfo do verde e prata sobre as demais casas, poder soltar azarações! E ir confiante ao chapéu, já sabendo que irá ir para a melhor casa: Sonserina.

-É, disse mais que a Bela e menos e a Ann. – Sirius suspirou não estava satisfeito – não é justo eu ter nascido tanto tempo depois de vocês! Fico sem diversão alguma em casa.

-A diversão será fazer você ficar pendurado de cabeça pra baixo e mostrar sua cueca encardida na frente de todos. – Belatriz gargalhou enquanto a vítima ficara vermelha de raiva.

No segundo ano, nenhum calouro interessante. As Black cortaram laços com Andersen por descobrirem que ele colecionava alguns artigos trouxas. Durante uma ida à biblioteca, um jovem cortês ajudou Narcisa com um dever de casa. Fora isso, mal falara com o mesmo. A mais velha das irmãs cada vez era mais irônica e falava bastante com o garoto Lestrange. Durante o natal, Sirius tentara arrancar algumas informações a mais sobre a escola, mas não teve muitas pistas. Andrômeda era a mais paciente com o garoto, enquanto Régulo aprontava na cozinha.

A caçula começou a gostar de admirar o lago congelado e depois ganhar movimento na primavera. Durante o verão, comprou tudo de bom e melhor para a escola, perfumes e jóias novas e tudo o que mais seu dinheiro pudesse comprar. O terceiro ano foi das novidades. Bela namorava Rodolfo Lestrange, Ciça tinha colegas que não foram de suas irmãs anteriormente e, de vez enquando, conversava com o garoto da biblioteca. Descobrira que seu sobrenome era Malfoy, todos o chamavam assim, porém ainda não descobrira seu nome.

No quarto ano, Ciça não tinha mais a companhia de Belatriz, pois esta já se formara. A garota descobriu finalmente o nome do cavalheiro com quem passava muitas horas a conversar: Lúcio. Ah, como sua mãe iria gostar de conhecê-lo! Um sangue-puro, rico, elegante, pensamento típicamente sonserino. Percebeu-se um dia com ciúmes ao vê-lo conversar com outras garotas. Sim, estava apaixonada. Controlou-se para não expor este sentimento na frente de todos.

Durante o natal falou algumas coisas para Bela que sorriu e tirou com a cara da caçula. Contou logo para os pais, que já vieram pedir um longo relatório sobre ele e sua família. Andrômeda ficara quieta com olhar fixo na sopa que era servida. Logo também seria cobrada para arranjar um “bom partido”, no qual ela provavelmente não gostaria. Régulo divertiu-se com toda a história. Sirius ficou emburrado. Mas tudo bem, não é? Sua prima, que na verdade não era tão nojenta quanto se fazia publicamente, só comentara sobre um garoto interessante, não que estava namorando ou coisa do tipo. Era só ter paciência que ele entraria em Hogwarts e acabaria com aquilo tudo. O resto do ano tardou a passar para o jovem Black, porém para Narcisa foi tão rápido que nem percebeu que as lagartas já tinham asas.

N/A:
Oi povo! Espero que tenham gostado. Como o tempo passa rápido para a Narcissa, né? Hehe. Enfim, neste capítulo mostrei como a Ciça como influenciável pela Bella, mas tentando se livrar um pouco disso, tentar ser indepente, não mais uma.
Foi horrível fazer meu querido Sirius sofrer nas palavras da (cruel, insensível, sem ética nenhuma – piada interna) Bellatrix, ainda mais que eu sou CONTRA S/B ò_O~ *não vai com a cara da Bella*
Comentários, críticas, sugestões, correções, sintam-se a vontade!
Proximo Capítulo: dia 24 ou 25 de agosto de 2007.

Edit: Capítulo Inserido dia 20 de agosto de 2007.

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