Sofia Mack



Capítulo 2 – Sofia Mack

Foi uma das poucas vezes em que Sylvie desejou ter o poder de metamorfose de Ninfadora. Aquilo seria muito mais fácil para a mãe, pensou, enquanto se escondia entre as prateleiras de um pequeno supermercado, os olhos voando de um rosto para outro entre a multidão que cruzava os corredores. Ele devia estar ali, em algum lugar. Descreveu-o para o caixa, pelo que conhecia das fotos antigas, e ele confirmou que aquele homem aparecia lá todas as sextas feiras. Não fora muito difícil, já que era o único lugar exclusivamente bruxo em vários quarteirões, tudo o mais era muito longe do pequeno apartamento daquela cidadezinha vizinha a Londres.

Visitara o prédio uma semana depois de entrar em férias, quando o clima de comemoração na casa pareceu aliviar um pouco, e que ela já tinha sido exibida para os Weasley – e apresentada ao terceiro bebê de Ron e Hermione – e os Potter – Gina acabara de ser promovida a Chefe dos Aurores – além de muitos outros amigos da mãe. Fora cumprimentada à exaustão, além de ter repetido muitas vezes os terror dos N.I.E.Ms, o que suas amigas fariam agora que Hogwarts terminara, e o que, afinal, acontecera com seu namorado tão bonito, como era mesmo seu nome, Sean? Só então conseguiu inventar uma desculpa para visitar o vilarejo que ficava à uma hora e meia do centro de Londres, onde morava.

Não quis mentir para a mãe, mas sentia que não deveria contar a verdade. Como ela reagiria se soubesse que a menina estava indo à procura do pai? Nunca haviam falado sobre ele antes, e Sylvie não considerou aquele o momento adequado para maiores comunicações. Disse, então, que precisava de um tempo sozinha, para resolver algumas coisas que tinha na cabeça. Contou apenas à Ninfadora o que realmente acontecera no rompimento com Dean, e ela atribuiu a isso a “confusão emocional” da filha e deu-lhe dinheiro para passar algum tempo lá. Duas semanas mais ou menos, e isso era tudo de que ela precisava.

Ele não estava em casa na primeira vez que ela foi lá, embora ela não tivesse certeza do que teria dito se ele estivesse. Então começou a procurar lugares em que ele poderia passar o tempo. Foi um verdadeiro empecilho nunca ter conversado sobre ele. Não sabia do que ele gostava, quais seus passatempos, suas comidas preferidas, aonde gostava de ir. Foi difícil, mas partiu de sua única certeza: ele era bruxo, e devia querer contato com seus iguais. Teve que procurar por sinais discretos para diferenciar locais trouxas de mágicos, pois obviamente não podia simplesmente perguntar. E Merlin sabia como puxara a total falta de discrição da mãe. Por sorte, o fato de tropeçar em alguns objetos no caminho não a impediu de encontrar o estabelecimento bruxo mais próximo, um pequeno mercado protegido por um feitiço excepcionalmente simples.

Foi muito fácil entrar e fingir que procurava um amigo que não via há algum tempo. O caixa jovem e sorridente a informou que o conhecia, mas que, infelizmente, “seu amigo” só aparecia por lá na sexta, e costumava comprar pouca coisa. Ele tentou bater papo e lhe deu o que ela achou que fosse uma péssima cantada, mas ela saiu o mais rápido possível. O melhor a fazer era procurar um lugar para ficar e esperar alguns dias. Planejou uma estratégia, pensou em como se aproximaria. Dois dias depois, ao voltar andando para o mercado, já tinha um plano.

E por isso estava ali, desde as oito da manhã (horário em que o dono abria a loja), andando como quem não quer nada por milhares de produtos. Olhou no relógio de pulso. 10h12min. Nossa, como estava cansada. E se ele não viesse? Ficaria ali até as oito da noite, quando fechassem? Bem, suspirou, se fosse preciso... pelo menos não morreria de fome.
- Ei, garota?

Alarmada, ela virou o rosto tão depressa que sentiu uma fisgada no pescoço. Mas era apenas o atendente do outro dia, um rapaz muito alto, loiro e cheio de sardas com no máximo vinte anos. Sorriu para ela, exibindo o aparelho nos dentes, e lhe estendeu um pacotinho que trazia nas mãos. Ela colocou a mão e pegou alguns Feijõezinhos de Todos os Sabores. Era um doce antigo, do tempo de seus pais, mas que nunca perdera a fama.

- Está aí há um tempão, hein?

- Pois é – comendo um feijãozinho, fez uma careta. Brócolis.

- Deve estar louca para ver seu amigo. É a namorada dele? Ele parece tão mais velho que voc...

- Não, não – aquilo a fez sentir desconfortável – É só um antigo... amigo da minha mãe. Muito, muito intimo. Quase irmãos. Ela, ahn... está muito, muito doente. E pediu para que eu o encontrasse para que pudesse... se despedir.

Ela mesma quase acreditou na própria mentira, devido a incrível interpretação. Pareceu muito magoada e sensível sobre o assunto, hesitou em vários momentos apropriados, e baixou os olhos, inocentemente.

- Oh, eu... – ele acreditara totalmente, dava para ver. E teve o respeito de se mostrar sentido, o que lhe trouxe um estranho sentimento de culpa – sinto muito. Pela sua mãe.

- Tudo bem – fungou – Ela já é bem velha... – devia ser aplaudida, pensou. O rapaz só faltava ter lágrimas nos olhos. Ofereceu a ela mais alguns doces, que ela, morta de fome por não ter tomado nenhum café da manhã, aceitou.

Ele tentou animá-la visivelmente, contando histórias dos amigos e do seu tempo de escola, além de alguns acontecimentos inéditos que ele presenciara ali mesmo, no supermercado. Ela tentou se livrar dele de forma sutil, não era boa em conversas, mas ele continuou falando e com o tempo ela foi ficando menos tensa e apreciou a conversa. Um pouquinho. A maior parte da atenção, porém, continuava voltada para a porta de entrada.

- Ei, olhe ali, não é ele? – o rapaz gritou de repente. Isso fez o senhor que entrava olhar para eles, mas Sylvie conseguiu disfarçar no último minuto. Antes que o loiro pedisse qualquer explicação, ela disse um apressado “Tenho que ir” e correu para o corredor em que o homem se enfiara. Fingiu estar muito interessada em uma espécie de macarrão instantâneo que, pelo que dizia a embalagem, absorvia gordura e prometia a perda de três quilos em uma semana. Jogou mais alguns produtos na cesta que carregava, pegando-os sem ao menos olhar as prateleiras, e foi andando, muito distraída enquanto lia a lista de ingredientes, até bater de frente com o senhor, com mais força do que pretendia. Ele cambaleou e deu vários passos para trás para se equilibrar, e ela caiu estatelada no chão, soterrada por todo o conteúdo de sua cesta. Notou que apanhara cinco pacotes de ração para corujas, e pensou em Selene, que ficara trancada no quarto do hotel. Então viu a mão que o homem lhe estendia.

- Desculpe senhorita – ele disse.

Ela o encarou. Tinha os cabelos castanhos lisos como os dela, embora de um castanho mais claro e coberto de fios grisalhos. Havia cicatrizes por todo o seu rosto e na mão que ele lhe oferecia. Exatamente como ela, pensou incomodada. E os olhos... seus olhos eram idênticos. Com medo de que ele percebesse isso, baixou o rosto, e começou a juntar o que caíra. Ele se apressou em fazer o mesmo, e Sylvie viu um sorriso quase imperceptível se formar em seu rosto quando viu um pacote de “Adubo para Plantas Carnívoras Gigantes” e algumas embalagens de macarrão emagrecedor. Que bela imagem devia estar tendo dela!

- Eu sinto muito – ele repetiu, quando ambos se levantaram. E a culpa nem fora dele.

- Tudo bem. Ai – passou a mão atrás da cabeça, como havia planejado – Acho que bati a cabeça. O senhor é Curandeiro? Sabe algo de primeiros-socorros?

- Não e sim – ele lhe deu um sorriso gentil – Moro aqui perto, pode ir a minha casa se quiser e eu lhe faço um curativo. Ou, tem um hospital a alguns quarteirões...

- Tudo bem! Na sua casa está ótimo. Não é nada grave.

Ele pediu que ela aguardasse apenas alguns momentos enquanto ele pagava. Ela lançou um olhar ameaçador ao caixa loiro por trás do homem, mandando-o ficar quieto. Então deixou o lugar seguindo o homem que sabia que era seu pai.

Era uma sensação estranha. Uma parte dela o odiava, tinha raiva dele, mas não pôde deixar de notar que ele era incrivelmente gentil, e estava curiosa para saber mais. Além disso, ele era seu pai. Conhecia Ninfadora o bastante e acreditava que ela tinha se apaixonado por ele por alguma razão, embora nunca o tivesse perdoado. E pensou que talvez fosse pelo olhar preocupado e doce que ele tinha, o mesmo que lançara a ela quando a derrubara.

Chegaram em poucos minutos. Ele abriu a porta de um prédio pintado de azul, muito velho, com a tinta gasta em vários pontos, mostrando os tijolos, e seus olhos se encontraram outra vez. Ela sentiu algo atravessa-la de cima abaixo, vendo seus olhos no rosto daquele senhor. Como pequenos flashes do passado, a imagem do lobo surgiu em sua mente. Ouviu gritos.

Os gritos dela, os gritos da mãe.

E o uivo do lobo.

Estremeceu. Não sabia se ele notara ou não, mas não deixou que nada transparecesse em seu semblante calmo e amigável. Levou-a pelas escadas até o segundo andar, e abriu a porta do apartamento 201. Pequeno e aconchegante, foi como ela classificou o lugar à primeira vista.

- Sente-se, vou preparar um chá e buscar o estojo de primeiros-socorros. Vamos resolver isso, não se preocupe.

Deixada sozinha, ela começou a observar os detalhes. Havia duas grandes estantes em um canto, cheias de livros de todos os tipos, ao lado de uma poltrona grande que parecia muito confortável e um abajur comprido. Aquilo indicava que era um homem culto que apreciava sua privacidade. Provavelmente gostava de ficar sozinho em noites em que não conseguia dormir, lendo e pensando. Do outro lado, havia uma escrivaninha cheia de pergaminhos com o que ela supôs que fossem suas próprias anotações, e, ela ficou admirada, um aquário com um Grindlow pequeno. Ele tinha suas surpresas, pensou. Era inteligente, interessava-se por criaturas mágicas e gostava de observar seu comportamento. Havia uma lareira na parede, e aquela foi sua última parada. Havia pó de Flu sobre ela, pronto para emergências. E, ao lado, alguns porta-retratos.

Reconheceu-o junto de outros dois rapazes, ainda adolescentes, um moreno muito bonito, e outro magrelo de olhos castanho-esverdeados. A seguir, ele, mais velho, abraçado a uma mulher de cabelos roxos, ambos acenando, sorridentes. Seu estômago deu pulo. Na outra fotografia, ele segurava um bebê pequeno e rosado, e no terceiro, ele e Ninfadora Tonks estavam sentados em um sofá de couro de dragão (livraram-se dele quando ela tinha cerca de sete anos) com uma menina de quatro ou cinco anos no colo. A criança mostrava, empolgada, um desenho que fizera, do que parecia um sereiano muito deformado, e os pais acariciavam-na no topo da cabeça, satisfeitos. Sylvie, antes de ser mordida.

Seu coração pareceu doer.

Aquilo mostrava, julgou, que ele ainda era preso ao passado. Irritou-se ao reconhecer a maioria daquelas características em si mesma.

- Aqui está. – ele saiu da cozinha com uma bandeja onde trazia duas xícaras de chá, algumas bandagens e um pequeno frasco contendo uma poção cor de rosa – Vamos ver quantos danos eu causei. Aliás, qual é o seu nome?

- Sofia – mentiu – Sofia Mack.

- Nunca a vi por aqui – observou – Onde está doendo?

- Bem, eu estou a passeio – disse, e apontou o lugar, entre os cabelos, que supostamente estava machucado. Ele pareceu receoso de encostar nela. Não gostava de muito contato, ela anotou mentalmente. Exatamente como ela, acrescentou frustrada. Perguntou-se se ele também fora discriminado, chamado de monstro por amigos ou namoradas inflexíveis. De algum modo, era difícil acreditar que qualquer um reclamaria da companhia de alguém tão bondoso; mas ele era um lobisomem afinal.

Depois de examiná-la por um momento ele lhe avisou que devia ter sido apenas uma batida leve, e que não havia qualquer ferimento. Sylvie pensou rápido, vendo sua chance escorrer por entre os dedos. Precisava de uma desculpa para vê-lo outra vez.

- Você mora aqui há muito tempo? – disse em voz alta a primeira pergunta que lhe ocorreu, embora soubesse a resposta. Ele morava lá desde que deixara Londres, com o peso de seu maior erro o atormentando, com a imagem da filha pequena para quem milhares de portas tinham se fechado por culpa dele.

- Doze anos.

- Gosta daqui? – insistiu. Qualquer coisa para manter um diálogo com o pai.

- Gosto bastante – ele disse – conheço bem o lugar e as pessoas...

- Mas mora sozinho – havia uma interrogação proposital naquela frase; ela não queria que ele suspeitasse por saber demais da vida dele. Ele a fitou por algum tempo, antes de responder, pesando o que diria.

- Sim, há um bom tempo estou morando sozinho, nessa casa. Já estou acostumado – o sorriso dele, tão fraco e triste, como se estivesse ali apenas para acalmá-la, causou-lhe um só na garganta. Reconheceu a sensação de pena, e fazia muito tempo que não a tinha! Zangou-se; não queria nutrir nenhum sentimento bom por aquele homem.

Levantou-se e andou mais um pouco pela sala. Ele parecia um pouco desconfortável com sua presença ali, mas era educado demais para mandá-la embora. Sylvie então apontou para os retratos.

- É sua namorada? – perguntou ingenuamente.

- Não.

Ela esperou por mais, mas pela primeira vez, ele desviou seu olhar e não se dispôs a dizer mais nada. Percebeu que tocara no ponto certo, mas compreendeu também que precisaria de mais tempo para fazê-lo falar. Conheceria um por um seus pontos fracos ao final das duas semanas que passaria ali. Mas ainda precisava de uma razão para continuar encontrando-o nesse tempo.

Sentou na poltrona, sabendo que, como ela, ele se sentiria melhor em permanecer distante. Tomou alguns goles longos de chá, aparentemente calma, enquanto a mente trabalhava freneticamente tentando inventar uma mentira que a ajudasse. Não conseguia, porém, deixar de olhar para a lareira, onde o rosto feliz da mãe sorria em sua direção, e sua versão mais nova segurava aquele desenho esquisito. Não podia deixar de notar o quanto pareciam bem ao lado de Remus Lupin, e também o quanto ele parecia gostar de estar com elas.

E também não conseguia controlar o medo de que ele a reconhecesse de repente.

- Na verdade – exclamou quando uma idéia lhe ocorreu – Eu pretendo ficar algum tempo na cidade, sabe. Mas preciso de dinheiro para pagar o hotel onde estou hospedada, não tenho muita coisa – ele prestou atenção enquanto ela andava e gesticulava – Eu podia trabalhar para você!

- Senhorita Mack, eu não preciso de nada e tampouco teria dinheiro para lhe dar um salário decente.

- Eu podia fazer uma faxina na casa, ir ao mercado para o senhor, lavar as roupas sujas... esse tipo de coisa. E, em troca, você paga as minhas refeições. Assim posso guardar o que tenho para a hospedagem! – explicou logicamente – Só por quinze dias.

- Isso não seria justo. É trabalho demais para uma jovem como você.

- Sou perfeitamente capaz de fazer uma limpeza, muito obrigada – retrucou, seca – E esse lugar está meio bagunçado. Apartamento de solteiro, eu sei como é... Não seria mal eu dar uma ajeitada, não é?

- Sim, claro, mas senhorita...

- Então está decidido! Virei aqui amanhã e começarei o trabalho! Às oito horas está bom para você? – ele suspirou e assentiu e ela lhe exibiu um sorriso vitorioso antes de bater a porta.

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Ninfadora Tonks olhou-se fixamente no espelho. Puxou uma mecha dos cabelos coloridos e observou-a pensativa, achando que talvez sua época já estivesse passando. Não era meio ridículo uma mulher começando os quarenta – mesmo que não aparentasse – e com uma filha já de dezessete anos, usando cabelos cor de rosa, azuis, vermelhos? Provavelmente era melhor começar a usar seu cabelo normal, castanho escuro, e talvez um loiro ou ruivo de vez em quando, mas aposentar os tons muito... chamativos.

Concentrando-se por um momento, viu os fios voltarem à cor natural, da raiz às pontas. Um pouquinho sem-graça, para quem estava acostumada a cores tão vibrantes. Mas ela se acostumaria.

Sylvie adorava vê-la se metamorfosear quando era pequena. Pedia para que ela mudasse o nariz, deixando-os engraçados, e às vezes apontava rostos em livros e quadros para que ela imitasse. Mas, principalmente, amava seus cabelos. Dizia que queria ser assim, igual à mãe, para poder estar diferente a cada dia. Já Remus, ela suspirou, Remus costumava dizer que ela coloria sua vida, sempre que ele achava que tudo estava escuro e sombrio. Um arrepio a percorreu ao lembrar das palavras.

Você é a única alegria que eu tenho na vida Dora, ele murmurara em seu ouvido em uma noite qualquer do passado, antes ainda que ela engravidasse e a guerra fosse vencida, um pontinho cor-de-rosa no meio das trevas. Quase podia ouvir sua risada, rouca, calorosa, quando ele lhe disse isso. Fazia tanto tempo, mas ela ainda o sentia ao seu lado, abraçando-a, beijando-a, falando com ela durante incontáveis noites em claro, quando não se sabia quem ainda estaria vivo no dia seguinte. Sentia tanta falta disso.

Queria saber onde ele estava, o que tinha acontecido com ele. Mas nunca o procurara, temendo o momento de encontrá-lo, ou pior, descobrir que nunca mais o veria; assim, preferia não saber e viver na dúvida.

Talvez isso tivesse a ver com aquela sensação de angustia que sentira desde o momento em que Sylvie partira. Talvez, por ela ser a única lembrança que restara de Remus e do amor que tiveram, ela não gostasse da idéia da filha passar qualquer segundo que fosse longe dela, se não pudesse ter certeza absoluta de onde ela estava, o que estava fazendo e se era seguro. Não queria ser uma mãe chata, paranóica, mas não podia arriscar-se a perdê-la também. Já perdera antes o amor de sua vida e a única coisa que a fez seguir em frente apesar da dor foi saber que tinha uma filha, uma pequena criança que precisava dela mais do que tudo. Agora, porém, ela crescera e não precisava mais dela.

Tonks dera-se conta disso, mas ainda não sabia o que fazer com a informação. O que seria dela agora Sylvie estava seguindo seu próprio caminho?

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