Capitulo 10 * Decisões.



Capitulo 10 * Decisões.

Hermione arrumava a mesa, com a prataria que tinha ganhado de Draco, ela sabia que ele lhe dera só porque gostara muito dela, mas Blaise não.
Arrumou, colocando velas e alguns outros adereços na mesa, era a primeira vez em anos que ela arrumava uma mesa para o jantar e queria que fosse perfeito imaginou que deveria convidar Harry, mas logo pensou que seria melhor convida-lo para um almoço, já que Draco e Blaise mais Gina e Harry, não eram definitivamente uma alquimia perfeita para uma boa digestão.
Lembrava-se com certa alegria das brigas que sempre saiam quando a senhora Weasley fazia a questão de toda a ordem presente em alguma refeição, e resolveu mandar uma coruja para os amigos pra que viessem no outro dia.
Ao terminar de fazer a lasanha e vendo que ainda tinha um bom tempo decidiu que em vez de escrever entraria em contato com a toca, pelo espelho, que guardava na biblioteca e fora encantado para ser uma ligação direta com outros espelhos que ela dera para os amigos.

Sentando com calma diante do espelho ela fez o feitiço e esperou alguns minutos para alguém ver ou ouvir seu chamado.
- Oi, alguém na residência mais super lotada da Inglaterra...
Em alguns segundos reconheceu duas figuras idênticas que não continham a felicidade de lhe verem.
- Merlim, realmente me ama, não creio que estou vendo minha Hermione amada. – Hermione corou ao reconhecer a voz de Jorge, que ainda mantinha o mesmo ar jovem de sempre e um sorriso de arrasar.
- oi Jorge, assim você me deixa encabulada, estava morrendo de saudades de você.
- hei de mim também né? E ainda não acredito que você fica corada, com o que a gente fala né Gatinha. – Se fosse possível ela ficar mais corada Hermione sabia que tinha ficado ao ouvir Fred.
- claro que estava com saudades de você Fred, se existe ruivos que sempre me deixaram vermelha são vocês dois.
Fred e Jorge sorriram com e o que eles consideravam extremo elogio.
- hei mãe, corra por que sua nora favorita está aqui no espelho... Se você demorar...
Mas o que ia acontecer se Molly demorasse ninguém nunca saberia, já que ela surgiu antes que Fred pudesse terminar a frase e já estava derramando lágrimas, em frente ao espelho.
- filha, eu já estava pensando em mandar os meninos atrás de você, que parece que gosta de me ver sofrer e não me da noticias, sabe muito bem que no mínimo, você tem que me escrever em todos os dias pares.
- ah, Molly, me desculpe, a vida anda meio corrida...

Hermione ficou falando com a Senhora Weasley e com os gêmeos por cerca de meia hora, mas não viu Gina nem Harry, sentindo o coração leve como a muito não sentia, foi tomada por um impulso que não poderia desfazer.
- sabe senhora Weasley fiquei sabendo que os dois turrões, fizeram as pazes.
- ai filha você não sabe como fiquei feliz ao ver as manchetes, porque aqueles dois desnaturados não me contaram tive que ler...
Hermione sorriu.
- eu tenho um pedido para fazer Molly. – Hermione estava tão feliz, que nem percebeu a figura de Harry se aproximar.
- estava pensando em passar uns dias na Inglaterra, será que você pode me receber ai, até eu arrumar meu apartamento em Londres...
Mas suas palavras foram cobertas pelas risadas e comemorações que Fred e Jorge estavam fazendo, eles só foram silenciados por Molly depois de algum tempo.
- fiquem quietos, - ela se virou para Mione que ainda estava rindo. – Como assim até arrumar apartamento, você vai ficar aqui conosco e ponto final, só vai arrumar outro lugar se voltar a morar em Londres, e mesmo assim sabe muito bem, que farei imensa gosto de tê-la conosco aqui, vou agora mesmo arrumar seu quarto querida e mandar a noticia a todos os outros; você vem pro almoço ou jantar?
Hermione foi levada pelo turbilhão Molly e só teve tempo de responder, pro jantar, antes de vê-la ir arrumar tudo, foi deixada com os gêmeos e viu então Harry que lhe dava um sorriso radiante.
- eu não acredito que Hermione Granger voltará à Inglaterra creio que devo ir imediatamente a sede dos jornais, pois isso é um acontecimento único.
Harry provocou a amiga feliz.
- oi Harry, hei avise o pessoal que chegarei oito horas, agora tenho que ir, pois Draco está chegando com Joseph, beijos Harry... Hei Fred, Jorge, não ganho um beijo de até logo.

Hermione, não segurou o riso ao os ver correndo e beijando o espelho que depois ficou novamente refletindo sua face, ela estava feliz.

Desceu e ficou esperando os dois loiros de sua vida que não tardaram a chegar.

- Hei docinho, espero que tenha feito a minha lasanha.
Hermione foi e deu um abraço no amigo que havia lhe lembrado que era necessário ser esforçar para ser feliz.
- obrigada Draco.
Draco retribuiu o abraço beijando Hermione, no rosto, feliz, por ela ter decidido voltar a viver.
- agora cadê meu pequeno anjo loiro? – Hermione procurou Joseph.
- está ficando cega? Hermione eu estou aqui. – Draco respondeu com um sorriso sensual. – mas se quiser o outro apontou para o pequeno carrinho encantado que vinha flutuando silenciosamente em direção a eles.
- mas você nunca vai deixar de ser convencido hein... – ela pegou a criança que lhe sorriu imediatamente.
- você reclama mais me ama.
- somente por que não consigo evitar. Onde esta Blaise?
Hermione estranhou o fato da amiga não ter vindo.
- ah, ela infelizmente tinha um coquetel para organizar, você sabe que é muito difícil, a vida na comunidade bruxa, para um símbolo de nobreza... Ela foi convidada para presidir uma fundação bruxa em prol das antigas tradições.
Ele tinha um sorriso e um tom sarcástico ao falar antigas tradições.
Os amigos riram.

Os amigos jantaram e conversaram sobre a decisão de Hermione de passar uma temporada na casa do Weasley que foi apoiada pelo amigo exceto, o fato de ser na casa dos Weasley já que ele achava que ela ficaria melhor na linda casa deles, mas nem a discussão eterna tirou o humor desse casal de amigos.

Just a little time
Apenas um pouco de tempo
For me to see
Para que eu visse
Oh, the light that life can give you.
A luz que a vida pode te dar

E quando Draco aparatou em casa, foi em direção à biblioteca, pegando com uma felicidade, que jamais poderá ser descrita a tradução do feitiço que poderia ser a única chance de cessar a maldição.
Draco não dormiu esta noite pensando que seria a hora de enfrentar o inferno, e que talvez precisasse do Potter.
Quando amanheceu, Draco escreveu uma carta.

Caro, Potter, oh salvador do mundo bruxo, salve, salve.

Tenho com muito pesar que lhe comunicar que precisarei de sua presença, ainda esta tarde em minha casa. Vou lhe adiantar que o assunto é sigiloso, não fale pra weasley fêmea..

Sem mais delongas irritantes,
Draco Malfoy.

Draco sorriu sabendo que o irritaria logo de manhã e foi sorrindo que acordou a esposa com um beijo.
- bom dia, paixão...
Blaise sorriu para o marido, sabendo sem precisar de palavras que Draco, estava perto de descobrir um modo de ajudar Hermione.
- bom dia, Vida.
E o casal se amou, sorrindo felizes.

Or how it can set you free
Como você pode ser livre

Seis anos atrás.

Hermione acordou com uma dor de cabeça e um leve pressentimento que algo ia dar errado, pena que ela não se importava com pressentimentos, pois aquele dia não foi melhor do que a noite, passada, e quando ela adormeceu novamente desejou ter ficado dormindo.

- hei Hermione?
Hermione virou o olhar em direção a Carlinhos, que estava com uma fisionomia péssima, ele soubera olhando nos olhos dela, que de alguma forma ela o vira com Narcissa.
- preciso falar com você. – Hermione ponderou se devia ir com ele e ouvir algo ou ignorar, mas como sempre o desejo de saber o que estava acontecendo acabou prevalecendo.
Quando chegaram à biblioteca que estava vazia; Carlinhos começou a falar com medo que ela desistisse de lhe ouvir.
- Mione, sabe... Eu te amo, e sei que vou te amar, sempre, sei que você sabe que estou envolvido com Narcissa Malfoy, e lamento fazê-la sofrer, eu te amo, e quero mais do que tudo, salvar nosso relacionamento, não sei o que me levou a ficar com Narcissa, talvez, o fato de achar que lhe perdi, talvez eu tenha me apaixonado por ela realmente, mas ontem tentei terminar tudo com Narcissa, mas não consegui feri-la, não tenho desculpas, para lhe machucar Mione, mas eu não sei o que fazer, agora.

Ele despejou tudo tão rápido que Hermione fez um esforço para acompanhar as palavras rápidas de Carlinhos.

- Carlinhos, eu não lhe direi que não chorei ao vê-los ontem, e que meu coração se sente partido, e também não lhe direi que queria e talvez ainda queira salvar nosso relacionamento, mas também estou confusa, e a única coisa que tenho pra lhe dizer, é que pense bem no que vai fazer, e se decidir que é comigo que quer ficar, somente depois de colocar um fim nesse seu relacionamento com ela, você me procure, eu ficarei esperando, mas Carlinhos não demore a decidir, pois eu não ficarei esperando para sempre, eu darei ao meu coração a chance de viver um amor, pois neste exato momento eu estou com a alma ferida e nem sei por que, já que nem posso dizer que você errou, eu vou esperar, mas não demore, em decidir.

Hermione saiu correndo da biblioteca para que ele não visse suas lágrimas, mas elas não passaram despercebidas pelos cinco amigos que estavam na sala.

- acho que ele contou a ela, tudo. – Neville agora observava Carlinhos sair triste da sala.
- ele não fez nada mais do que deveria Neville. – Gina olhou indignada para Harry, que tinha dito a frase com um toque de ironia.
- Harry, ele não fez nada de errado, com a Mione, e você não deve julgá-lo.
Harry sentiu uma pontada de remorso ao ver Gina sair com raiva.
- não é por nada não Harry, mas às vezes você devia ficar calado sabe. – Luna olhava pro caminho feito pela amiga e logo a seguiu deixando, Neville, Harry e Rony calados.


Gina saiu em busca da amiga, pois sabia que ela deveria estar tentando encontrar uma explicação lógica para o que estava sentindo e neste caso Gina sabia que nunca haveria nada lógico para esclarecer o que ocorria entre Carlinhos e Hermione.
Pelo ponto de vista da caçula dos Weasley nada poderia explicar o que estava acontecendo entre eles, ela mais do que ninguém vira o quanto eles lutaram para ficarem juntos, enfrentaram o medo de ferir Rony, a diferença de idade, e muitos outros problemas, mas eles conseguiram que “todos” os aceitassem, e numa virada repentina do destino eles surpreenderam todos quando anunciaram que estavam separados. Gina consolara Hermione na época dizendo que tudo voltaria ao normal, mas a amiga não contara nem a ela o motivo de Carlinhos ter rompido com ela.
Quando Hermione fora seqüestrada por Voldemort vira o irmão entrar em depressão, ele passara um ano inteiro atrás de informações de Hermione e de repente ela soubera por Harry que Carlinhos estava com a mãe de Draco, ela jamais entendera o que estava acontecendo, mas achara que com a volta de Hermione tudo se resolvesse; agora ela caminhava em direção da amiga, para em vez de felicitá-la como achara no inicio, lhe consolar, e se não bastasse isso estava sempre brigando com Harry e ainda havia o fato de terem achado o corpo do filho de Minerva.
Gina achava que tudo estava estranho demais.

Quando Gina entrou no quarto de Hermione, foi ouvido um grito em toda sede da ordem da Fênix.

Harry e Rony ouviram o grito e correram em direção a Gina que estava em frente à porta do quarto de Hermione, ela estava com o rosto pálido e chorava copiosamente, enquanto Rony consolava a irmã, Harry entrou no quarto sendo surpreendido por uma estranha cena, Hermione estava presa no teto do quarto por correntes e seu corpo apresentava varias escoriações, logo atrás do corpo da amiga inconsciente Harry pode ver claramente um símbolo estranho, era um pentagrama vermelho, que parecia ter sido feito de sangue e estava circulado por diversas runas que ele não compreendia, e nem queria no momento fez um movimento automático para tirar à amiga das correntes, mas foi segurado, por Lupin que também correrá para lá ao ouvir o grito de Gina.
- Me largue Remus não vê que é a Hermione ali? – Harry não compreendia porque o professor não o deixava ajudar a Hermione.
- não seja tolo, Harry está marca é de uma antiga maldição, não me recordo do efeito dela, mas não podemos simplesmente arrancar a Hermione daí, ela pode morrer se fizermos algo errado.
Harry olhava do ex-professor para a amiga sem compreender exatamente o que ele falava, ele apenas notava que a cada instante ela ficava mais pálida e mais próxima da morte.

Foram tirados do devaneio pela voz de Draco Malfoy, seus olhos o viram se aproximar de Hermione murmurando palavras em uma língua desconhecida, em instantes a marca vermelha se tornou branca e desapareceu. O corpo de Hermione caiu e foi amparado pelo próprio Malfoy que rapidamente fez um movimento para um elfo domestico que estava atrás dele.
O elfo aparatou e depois de minutos retornou com vários frascos, Draco pegou varias poções e começou a ministrar no corpo de Hermione, mas Harry foi tirado do quarto por Lupin, que deixou somente Draco e o elfo no quarto.
- venha Harry temos que achar Minerva e avisa-la que nossas defesas estão enfraquecendo. – Lupin trazia Harry praticamente arrastado, sendo seguido por Rony e Gina, eles cruzaram o corredor e esbarraram em Luna e Neville.
- o que aconteceu ouvimos o seu grito Gina. – Luna falava ainda ofegante pela corrida.
- venham conosco que explicaremos de uma vez só. – A voz de Lupin ressoou na mente de Harry.
Eles logo chegaram ao quarto que Minerva estava junto ao corpo do filho.
- o que aconteceu Remus eu ouvi um grito? – Minerva olhava para os jovens e demonstrava abatimento.
- Hermione foi atacada. – foi rony que respondeu a pergunta de Minerva.
- como assim atacada onde ela estava?
- ela se encontrava em seu próprio quarto. – Remus parecia com o pensamento longe enquanto respondia a pergunta da professora, e seus olhos estavam fixos no corpo petrificado de Bryan.
Minerva pareceu ponderar por alguns instantes, mas logo balançou a cabeça com pesar.
- isso significa que as proteções desta mansão estão cada vez mais fracas, ou que temos um traidor entre nós.
- mas como ele pode entrar, quer dizer estávamos todos aqui, se foi um ataque de comensais, por que eles não me atacaram ao invés de Hermione? – Harry ainda sentia um gosto amargo de desespero, ao se lembrar da cena que vira há pouco.
Minerva ignorou a pergunta de Harry e se virou em direção a Remus.
- me diga Remus qual foi método que ele utilizou e quem esta cuidando da Srta. Granger?
- aparentemente um selo amaldiçoado, foi usado e Draco está cuidando pessoalmente dela.
- você reconhece o selo? – Minerva agora se levantava e pegava alguns livros. Ao ver que Remus negava o conhecimento do selo se dirigiu em direção ao quarto de Hermione sendo seguida pelos demais.
Minerva entrou no quarto e viu que Hermione estava ainda adormecida e envolta em varias bandagens.
- foram tão graves assim os ferimentos Sr. Malfoy?
Draco que estava absorto em seus pensamentos se assustou com a voz da antiga professora.
- não se preocupe cheguei a tempo e eles foram superficiais, mas estava bem claro que levariam a morte dela, se não conseguíssemos desfazer o selo com rapidez.
- como você sabia exatamente o que fazer? – Rony olhava desconfiado para Malfoy.
- ao contrario de você asno, - se olhar matasse Rony certamente estaria fazendo sua reserva na barca dos mortos ao sentir o olhar de Malfoy - eu sei usar meu cérebro. – Draco se virou em direção a Lupin. – ouvir o grito da Weasley e cheguei logo depois do Senhor, logo reconheci o selo como sendo a maldição de Lavar, há muito tempo atrás minha tia me fez estudar as maldiçoes antiga, e me recordei como se deveria desfazer o selo, agora o que me intriga é como este selo veio até aqui.
- nós achamos que as proteções estão enfraquecendo, pois com o fiel do segredo morto, ela tende a sumir com o tempo. – Minerva falava olhando atentamente a sua aluna favorita.
- não pode ser isso. – Todos olharam na direção de Draco. – Ontem à noite minha mãe me informou que o próprio lord Negro havia dito que apesar das proteções deste lugar impedir ele de avançar, não tardaria para que ele pudesse voltar aos seus planos iniciais.
Todos ficaram em silencio, que foi quebrado por Draco.
- e apesar de não saber totalmente quais eram esses planos, eu sei que ele envolve a vingança contra o Potter usando uma antiga arma.
- e você poderia me dizer qual arma é essa? – Harry não falou sua pergunta ele rosnou, sentia cada fibra do seu ser se revoltar contra imparcialidade de Malfoy. – Você me parece bem informado, pro meu gosto.
- quantas vezes, eu terei que lhe dizer Potter, que eu tenho cérebro e sei usa-lo. – Draco se levantou fazendo um gesto para Lupin que passou despercebido para os demais. – Senhora Minerva deixarei meu elfo pessoal para cuidar de Hermione, tenho que ir resolver alguns problemas me avise quando ela acordar, por favor.

Draco saiu deixando Harry com uma leve pontada de desejo assassino.
- deixe este ódio para os verdadeiros inimigos Sr. Potter, pois este sinal mostra claramente que não demora muito para que Voldemort, ataque diretamente. – ela se levantou obrigando todos a deixarem Hermione descansar.
Quando todos já tinham saído Minerva, voltou sua atenção para Lupin que estava pensativo, ela o viu sair dando uma desculpa, que ela sabia muito bom ser falsa.

Gina que ainda estava abraçada com o irmão e observava Harry com atenção, mas o silencio entre eles foi quebrado por Neville.
- vocês não acham que devíamos voltar para a biblioteca e terminar a pesquisa que Hermione nos passou ontem? Afinal nós ainda não chegamos a lugar nenhum e agora com ela machucada...
Ele não terminou a frase, pois foi assustado por Harry que esmurrou com toda força a parede.
- o que houve Harry? – Rony o olhava assustado.
- não percebe Rony, isso esta acontecendo com ela por minha causa, é claro que Voldemort sabe como Hermione é importante para mim, só isso para explicar a fixação dele nela, tudo que ele faz ele visa me atingir, e descobriu que o sofrimento dela me atingiu, por isso ele vive atrás dela. Nós não o vemos correndo atrás vezes seguidas de outros membros da ordem...
Harry saiu cabisbaixo em direção a seu próprio quarto deixando os amigos mais preocupados ainda.

O remorso e o sentimento de impotência corroíam a vontade e a felicidade de Harry o tornando um alvo fácil para os desejos do Lord das trevas que se encontrava atento a todos os movimentos de seus alvos.


Minerva ficou se perguntando se o ataque a Hermione tivesse alguma ligação à volta de Bryan, mas depois de algum tempo alimentando estes pensamentos ela percebeu que era impossível Bryan ter algo a ver com os fatos recentes, ele não tinha mais uma vida circulando em seu corpo que era um prisioneiro de uma prisão sem muros.
Ela foi a seu escritório tomar as providencias necessárias para preparar a ordem para os próximos eventos que ela sabia que não tardariam a ocorrer, e ficou esperando que Lupin retornasse, para pedir a ele que intercedesse junto a Bellatrix para que ela fizesse o ritual.
Mau ela sabia que muitas decisões deste dia se tornariam amargas lembranças.

Hermione acordou lentamente, sentindo um leve desconforto em seu corpo, fora despertada por uma sensação agradável de calor, quando abriu os olhos viu os olhos de Harry lhe fitando e sentiu o toque quente das mãos deles envolvendo as delas.
- oi, Mione! – Harry a abraçou.
- o que aconteceu Harry, não me lembro de nada após abrir uma carta. – Mione olhava o rosto de Harry e via marcas ainda recente de lágrimas.
- você foi atacada aqui dentro, e não sabemos ainda o que aconteceu, mas me parece que esta suposta carta que recebeu continha uma maldição.
Hermione se esforçou para levantar.
- eu nem consigo me recordar de quem era a carta, droga como pude cair em uma armadilha estúpida...
- hei Mione, não se culpe, eu já sinto culpa o bastante por nós dois e te garanto que ela vai durar por muitas encarnações, o que importa agora é que você está melhor, - Harry fez um esforço descomunal – graças ao Malfoy.
- o Draco conseguiu quebrar a maldição a tempo não é? Diga-me Harry qual era a maldição?
- uma tal maldição de Lavar ou algo do tipo.
- é claro, por isso não pude fazer nada, nem percebi algo na carta já que a maldição só é acionada ao serem lidos o selo, eu supostamente li o selo, e antes que eu pudesse me dar conta, eu fui atingida pela maldição. Mas me diga Harry como supostamente uma carta contendo algo tão terrível passou pelas proteções desta casa?
- bom isso, acho que você terá que perguntar a outra pessoa, pois eu posso até ter algumas idéias, mas creio que você não gostara de ouvi-las.
- já até imagino suas suspeitas, Harry, você tem que entender que ele esta do nosso lado agora, e arriscou muito por essa decisão.
- eu sei Mione... – Harry abraçou a amiga e sem se dar conta chorou sendo consolado por ela. – Mas Mione, eu acho que não suportarei lhe perder... Eu já perdi tanto que não sei o que farei sem você, que é minha alma irmã...
E juntos os dois dividiram as dores e tentaram encontrar um jeito de deixar seus corações mais leves.

Gina via a cena entre Harry e Hermione, mas resolveu deixa-los sozinhos após ouvir uma frase que durante muito tempo ficaria presa a sua mente.
“-Eu já perdi tanto que não sei o que farei sem você, que é minha alma...”.

Algumas horas depois já refeita do ataque Hermione foi até a casa de Draco, assim que chegou notou que havia algo estranho no ar.
Havia uma correria de elfos, que pareciam estarem perdidos e atarefados.
Hermione correu em direção ao quarto de Draco, mas este estava vazio, logo em seguida ouviu um barulho de choro da direção do quarto que pertencia a Narcissa.
Hermione abriu a porta com cuidado, e viu o corpo já sem vida da mãe de Draco, que segurava a mão dela.
Blaise notou a chegada de Hermione, e foi até a amiga abraçando em busca de conforto, que lhe foi dado.
Por um momento Hermione foi tomada pelo desespero que Draco sentia e ficou paralisada, abraçando Blaise, assim que sentiu o torpor inicial se esvair foi em direção de Draco e sem precisar de nenhuma palavra compreendeu toda dor e tristeza que transparecia nos olhos azuis acinzentados de Draco. Sentou-se ao lado dele o trazendo para um abraço dolorido e forte. Sentiu a mascara que ele usava ruir e sentiu seu corpo se sacudido pelos soluços dele, cada lágrima que ele derramava parecia uma adaga fina e extremamente afiada.
Entres os soluços dele, ela pode ouvir claramente palavras de dor e raiva que ele proferia, viu a mente e coração do amigo ser tomado pela raiva e pelo ódio.
Ergueu os olhos e encontrou os olhos negros de Blaise, que ainda fitava em silencio o corpo da sogra, que lhe era muito mais do que uma mãe, era uma amiga cara, ela sabia que Blaise ainda não fora atingida pela verdade da situação.
Foi desperta do devaneio ao ouvir a voz magoada de Draco.
- Voldemort descobriu sobre minha mãe, e a matou sem nem ao menos dar uma chance a ela, minha mãe foi morta como uma reles. Quando minha tia Bella trouxe o corpo de minha mãe, agora a pouco eu vi nos olhos dela uma dor, uma revolta, e agora mais do que nunca Mione nós temos que nos vingar dele, pois eu aposto que não demorara até ele dizimar totalmente a minha família, somente me resta Bella e Blaise, sem contar que nada me tira da mente que ele desenvolveu uma obsessão por você.
- Draco, eu entendo que nada que eu diga pode aliviar sua dor, eu só posso ficar ao seu lado e o farei, mas não deixe seu coração ser tomado pelo ódio, pois é isso que aquele demônio deseja nos ver levados pelo mal, que habita os corações negros e tomados pelos sentimentos de vingança, isso nos deixa fracos diante dele.
- mas Mione, eu não entendo como mesmo depois de tudo o que ele lhe fez, você não o odeie – Draco estava desesperado tomado pela dor.
- Pois a meu ver existe uma linha tênue entre ódio e o amor, e o ódio não existe sem o amor. Não tem como odiar alguém que não seja de alguma forma importante para nós. Ele não significa nada para mim, eu desejo vê-lo morto, devastado, mas não me deixo ser tomada pelo ódio, pois no final somente restara o meu coração morto e danificado pelo ódio.
Ela o abraçou e o consolou. Mas nada tirava do pensamento de Hermione, que ainda faltava peças naquele quebra-cabeça, nas ultimas quarenta e oito horas muitas coisas aconteceram, que não se encaixavam no que ela achava de normal.
Após um tempo conseguiu convencer Draco a tomar uma poção para que ele pudesse dormir e descansar.
Se voltando para Blaise, que ainda permanecia silenciosa.
- querida amiga... Sabe que você pode chorar não é? – Hermione podia ver o esforço que ela fazia para não se deixar levar pelos sentimentos naquele momento. – A força não esta em não chorar, mas sim em ser capaz de sentir e demonstrar seus sentimentos.
- Não Mione, eu não posso cair agora, veja, Draco já esta sofrendo demais, eu não colocarei meu sofrimento como mais um fardo para ele, cabe a mim agora tomar as providencias, e ser forte, ele sempre foi à fortaleza para mim, é a minha hora de ser forte. – enquanto falava Blaise ouviu sua própria voz trair sua resolução. – Mas me dói tanto vê-lo sofrer e saber que nunca mais ela estará aqui pode achar estranho, mas ela sempre foi uma amiga para mim, ela me aceitou...
Blaise foi vencida pelo turbilhão de sentimentos que sentia e Hermione ficou a seu lado, até ela adormecer.
Deixando o casal de amigos em um sono doloroso, Hermione se encaminhou tomando para si, os deveres deles, havia um funeral para providenciar, ela entrou na biblioteca tentada a entrar em contato com a sede, mas foi interrompida pela chegada dos elfos da família Malfoy, era evidente a dor de alguns e uma falsa alegria de outros.
- senhora, você cuidara das despedidas de minha Senhora? – um dos elfos a indagou. Era evidente que ele deveria ser o elfo mais antigo a serviço da família Malfoy e se recordava de vê-lo sempre com Narcissa.
- sim.
- então se a senhorita desejar eu poderei providenciar todos os ritos que devem ser feitos e comunicar a sociedade bruxa a hora das honrarias.
- eu ficaria muito grata, mas deve apenas avisar os familiares e amigos íntimos da senhora Malfoy, não podemos deixar que inimigos saibam o que faremos, pois pode colocar em risco a vida do Senhor Draco.
- como desejar.
Os elfos se retiram indo providenciar os detalhes.

Hermione pode levar sua mente ao detalhe que evitava desde que soubera da morte de Narcissa, ela levou sua mente a Carlinhos, escreveu uma carta a Lupin pedindo que ele informasse a todos do ocorrido e colocou uma nota avisando o amigo para que deixasse Gina avisar pessoalmente a Carlinhos.

Hermione estava sentada com as mãos amparando a cabeça que fervilhava diante de todos os acontecimentos do ultimo dia, Voldemort havia feito dois ataques seguidos e nada a impedia de pensar que tudo estava relacionado há algo que passara despercebido por ela, um motivo misterioso e completamente diferente dos planos habituais de Voldemort.

Ela foi à direção ao quarto onde os amigos descansavam e deu ordem expressa aos elfos que tomavam conta do casal de não os deixar despertar antes de ela voltar. Logo após ver que eles já estavam velando o corpo de Narcissa, Hermione aparatou.

Hermione aparatou em uma floresta de arvores densas, que tornavam o local levemente escuro, olhou em volta tentado se encontrar, temia que não tivesse no local certo, só estivera uma única vez na vida neste local, e fora quando fugira do cativeiro com a ajuda de Bellatrix que lhe deixara escapar “por acaso”, naquela época ela havia tomado da comensal uma chave de portal, que ela “acidentalmente” esquecera, Hermione achava que este local era próximo ao verdadeiro refugio de Bellatrix Lestrange, mas não tinha certeza, só podia contar com sua fraca memória do dia da fuga, e de suas recordações de conversar, entrecortadas de Draco sobre onde ele encontrava a madrinha.
Ela andou por cerca de quase uma hora e quando começava a achar que tinha se enganado e que deveria ir embora antes que a noite caísse totalmente, encontrou uma paisagem conhecida, estava diante do local que à chave lhe deixara.
Olhou com mais atenção à procura de mitrais mágicos que deveriam proteger o local, e pode sentir depois de um tempo de concentração uma forte aura mágica que tomava o lugar.
Hermione suspirou fundo e sentindo o sangue nas veias correrem em um ritmo mais rápido, acompanhando os batimentos do coração. Por mais que Bellatrix já lhe tivesse a ajudado e de agora ela conhecer melhor ela, ainda havia nela um resquício de medo, já que nada mudaria o fato de durante muitos anos ela ter sido fiel a Voldemort.
Ela alteou a voz.
- Bellatrix.
E ouviu sua voz se repetida pelo eco do lugar vazio, a única coisa que poderia fazer era isso, e esperar que ela se estivesse ali lhe receber.
Esperou por algum tempo e resolveu usar a ultima cartada que possuía.
Pegou a varinha e fez um chamado ampliado pela magia do local
- Bellatrix.
Sua voz não foi ouvida no local, mas havia encontrado o único ouvido que deveria escutar.
Depois de alguns segundos sentiu a aproximação de Bellatrix.
- eu estou começando a duvidar de sua inteligência, ou será que ela foi substituída pela coragem grifinória? – Bellatrix tinha um tom de voz vazio e frio. – Para vir até aqui e me chamar. Esqueceu-se de quem eu sou?
- creio que o chamado foi somente ouvido por você!
- da ultima vez sim e das outras?
- não estou vendo ninguém aqui Bellatrix. – Hermione olhava a figura pálida e com ar doentio de Bellatrix.
- não se engane Hermione você nunca esta sozinha. - e antes que Hermione pudesse entender o que Bellatrix queria lhe dizer foi atingida.
- Estupefaça.

Tempos Presente.

Hermione acordou com o rosto banhado pelo suor, sentindo um frio lhe percorrer, havia tido um sonho, para ser mais preciso uma recordação, nada agradável. Ela pensou que se veria novamente presa na teia maldita do inferno que se acostumara a viver, mas não foi o que ocorreu... Ela foi levada por uma onda de recordações...
E quando acordou pela manhã sua fé estava abalada. Não fora levada pelas trevas, mas se lembrara de fatos dolorosos.
Ela sabia que não deveria ter se entregado a esperança e a felicidade, se arrependeu de ter dito que voltaria para Londres ao perceber que a cada mergulho nas trevas, ela ficava mais fraca, e os intervalos diminuíam, e estava receosa de envolver os amigos nisso, já bastava Draco e Harry, carregarem este fardo.
Estava preste a voltar atrás em sua resolução, quando foi envolvida por um antigo perfume e uma melodia se instaurou no ar...
Uma dor se fez presente, e uma lagrima rolou...

Hermione gritou em vão antes de cair, nas trevas...


Fim do capitulo Dez.
Vivian Drecco® - A Antítese do Amor. – 2006 ©

Nota da Autora: oie... essa fic também esta adiantada, e esta no mesmo esquema das outras, quantomais voces me comentarem ela mais rapido postarei... a musica da fic é do filme antes que termine o dia, e se chama take my heart back é cantada pela jennifer love hewwit.
kisses

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