Capitulo Sete * O começo da il

Capitulo Sete * O começo da il



Capitulo Sete * O começo da ilusão.

Hermione andou em direção a biblioteca, com um estranho sentimento invadindo seu coração, ela não sabia ao certo denominar o que estava sentindo no momento, era um misto de desconfiança, com um calor primaveril.
Ela ainda não podia crer que no quarto que fora de Sirius estava deitado Bryan McGonagall Dumbledore, era impossível que fosse realmente ele...
Ela sentou-se na cadeira principal da biblioteca atrás da mesa e com um gesto de varinha convocou vários livros que surgiram do nada em sua frente, todos com símbolos e letras indecifráveis para os demais que se sentaram nas outras cadeiras.
O silêncio de Hermione começava a irritar Rony que olhava insistentemente para garota a sua frente que parecia não notá-lo virando as paginas sem nem sequer olhar o conteúdo das mesmas.
Porém o silêncio foi cortado com a chegada de mais três pessoas a sala.
Draco e Blaise Malfoy, mais Neville Longbottom.
Draco que estava com o mesmo olhar de Hermione largou a mão da esposa e se dirigiu a Hermione colocando a mão em seu ombro.
Hermione levou o olhar na direção de Draco, e com um gesto de afirmação, confirmou a suspeita do loiro sobre seus pensamentos, era claro que era compartilhado por ele.
Na hora Gina, não agüentou e perguntou.
- posso saber o que se passa na mente de vocês dois?
Draco Malfoy olhou a garota com o desprezo característico e nem se dignou a responder.
-nada Gina, apenas estamos surpresos com o fato de Bryan, estar vivo.
Ignorando o olhar dos demais “heróis-do-mundo-Mágico” como ele chamava o grupo formado por Potter, e os outros. Draco olhou para a esposa e fez um movimento sutil para Hermione saindo logo em seguida da biblioteca.
- ainda não creio que temos que agüentar este sujeito conosco – Sibilou Harry em direção ao lugar antes ocupado pelo novo casal Malfoy.
- deixe de bobagem Harry, Draco é um dos melhores aurores que temos. – Hermione reagiu indignada com a frase de Harry.
- ele não é um auror Hermione, ele não fez o curso, foi assim chamado apenas por motivos técnicos...
- eu também não, porém creio que não perco pra nenhum dos seus colegas de curso Harry. – Ela agora o olhava furiosa por duvidar da perícia de Malfoy pelo fato dele não ter feito o mesmo curso que ele.
- é diferente Hermione você não pode fazer ele nunca quis...
- mas mesmo assim está do nosso lado colocando a vida em risco pela mesma causa que eu, ainda não creio que você não entendeu o recado sobre o maior poder de Voldemort. – ela falava com uma nota de tristeza na voz.
- como assim?
- espalhar rancor e inimizade, separando as pessoas. É esse o maior trunfo dele, dividir para conquistar, enquanto houver essas lacunas em nosso exército seremos alvos fácies para ele.
- desculpe-me Mione, você tem razão.
Os dois amigos estavam agora em silencio, que foi agora quebrado por Luna.
-como você sabe o nome dele Mione?
Hermione não reparando de quem ela perguntava respondeu divertida.
- ora Luna, ele estudou com a gente durante sete anos, e devo acrescentar que ele foi bem popular, apesar dos pesares, pra que eu não saiba o nome dele.
Rony e Gina, percebendo que ela estava falando de Malfoy olharam para Luna e perguntaram com a maior inocência:
- você tinha esquecido o nome do Draco?
- claro que não! Eu estou falando... – virando-se para Hermione – como você sabe que o nome dele é Bryan?
Hermione então compreendeu do que ela se referia.
- da onde você tirou isso Luna? – Harry olhava a colega achando que ela tinha tido um devaneio.
- ela acabou de falar antes de Draco ir embora, que eles estavam “surpresos pelo fato de Bryan estar vivo”, foram essas as palavras dela.
- ah, você esta certa, Luna eu disse isso. – era nítido o embaraço de Hermione ao falar do fato.
- como você sabe disso? – Rony agora olhava para a amiga, que demorou uns instantes e respondeu de forma rápida.
-simples, Minerva, disse que era filho dela, e o nome do filho dela era Bryan, apenas liguei um fato ao outro.
- mas como você descobriu que o nome do filho dela era este. – Rony sorria.
- ela me disse. - Hermione levantou-se e disse - tive uma idéia enquanto vocês procuram sobre o feitiço de selamento aqui, vou até a o ministério com Villar.
Eles viram Hermione sumir e ficaram boquiabertos.
- ela realmente sabe sobre tudo - falou Rony boquiaberto.
- ela mentiu para nós Rony – Harry falou como um sussurro.
- como? – gina perguntou.
-ela mentiu sobre como sabia disso, pois não olhou nos nossos olhos e duvido muito que ela tivesse contado sobre algo tão importante de Minerva para Draco, e era obvio que ele também sabia o nome dele, pela cara que ele tinha ao entrar e sair daqui, e sinceramente acho menos provável ainda que a própria Minerva tenha falado para ele.
- é isso é verdade, mas porque ela não disse a verdade? – Neville falava enquanto abraçava a namorada.
Luna se solta dos braços dele, e se aproxima dos livros.
- bom é claro que ela não nos disse, pois, deve ser algo que pediram segredo a ela e ela não é fofoqueira, mas agora um problema, prático como vamos ler algo nestes livros? Alguém aqui sabe ler nas línguas antigas?
Os jovens se entreolharam dizendo que não e Luna suspirou cansada.
- acho que ela vai ficar uma fera, ao ver que não fizemos nada enquanto ela foi ao ministério.
- é verdade. – gina sentou-se ao lado da amiga e fizeram um muxoxo ao ver as letras indecifráveis dos livros.



Hermione aparatou na nova mansão dos Malfoy, e andou calmamente em direção ao quarto do casal, e não se surpreendeu ao vê-los, sentados entre vários livros absortos na leitura.
Antes de se aproximar ouviu a voz dele.
- pensei que ia demorar mais. - era uma voz que a deixava estranhamente segura, que aprenderá a confiar cegamente.
Blaise ao vê-la chegar sorrir e cede seu lugar na mesa.
- ainda bem que chegou eu não estou conseguindo me concentrar muito nestes livros.
Draco levanta os olhos em sinal de desagrado e diz sarcástico.
- ainda não sei como pude me envolver com uma garota tão sem atrativos culturais.
Hermione não pode deixar de sorrir ao ver a reação não menos sarcástica de Blaise.
- convenhamos meu caro, que eu tenho muitos outros atrativos, muito, mais interessantes! E você nunca reclamou destes. – A Garota viu o loiro a sua frente ficar vermelho – e não perdoou – a meu caro marido ficou assim por se recordar deles ou porque está sem palavras?
Hermione fingiu não estar presente ao vê-lo se levantar e se aproximar perigosamente e com olhar malicioso da mulher.
- você tem muita sorte Senhora Malfoy de termos Hermione presente senão lhe diria a minha opinião sobre o fato, agora se retire você só atrapalha aqui.
Blaise saiu rindo ainda do marido e piscou marotamente para a amiga que estava ainda mais vermelha.
Draco olhou para Hermione e não segurou o riso.
- francamente Hermione, não precisa ficar sem graça, e você deveria estar acostumada com isso.
- por quê? – Hermione pergunta corada.
- ué duvido que o Weasley nunca tenha lhe dito nenhum elogio ou brincadeira um pouco... Hum como direi quente! Ou o Carlinhos é tão bundão como o irmão que lhe deixou ser roubada por alguém do próprio sangue?
- vamos parar senhor Malfoy... - Hermione agora segurava como muito esforço a risada. - é claro que Carlinhos nunca foi bundão... Mas eu sou tímida...
A frase da garota foi interrompida por acesso de riso de Draco... Que pediu desculpa com o olhar e sentou-se novamente.
- ok vamos mudar de assunto senhorita timidez! – ainda rindo. - vejo que não defendeu o outro.
Ela olhou para ele com a cara de é-melhor-mudar-de-assunto-ou-eu-vou-te-dar-um-crucio. Que foi rapidamente entendido e acatado por Draco.

Draco deu um livro para Hermione, que continha o feitiço de selamento e que solucionava todas as dúvidas da garota, e ainda mostrando uma forma eficaz de achar o objeto que continha a alma, do filho de Minerva, só faltava acharem alguém que pudesse fazê-lo.
- como iremos encontrar alguém que tenha tido com ele este tipo de relacionamento, depois dele ter estado todo este tempo aparentemente morto?
Draco lia as especificações do feitiço que ela havia traduzido.
- bom não vai ser tão difícil, achar a mulher, eu quero ver é convencê-la.
- por que diz isso, sabe algo mais do que eu?
Hermione estava sentada ao lado dele e esperava a resposta. Enquanto Draco lê em voz alta a tradução.
“A mulher ou homem cuja alma for selada, e o objeto tenha sido perdido ou usurpado de seu legitimo dono, deverá contar com a ajuda de um bruxo cujo relacionamento tenha sido consumado pelas antigas tradições.”
- exato você sabe de alguém que se encaixe nesta condição? - Hermione sorria agora maliciosamente.
Draco ignorou e continuou a ler.
- “Ela deverá fazer o feitiço de encontro de almas.”.
Logo depois confirmou as suspeitas de Hermione.
- pra falar a verdade sei sim, mas antes você deve me contar o que sabe sobre ele?
- Minerva contou-me sobre ele logo depois que consegui, escapar de voldemort, ela me falou que tinha tido um filho, que lutara na primeira guerra, e que sumira misteriosamente, em uma missão.
- sei.
- ela disse-me que varias vezes o próprio voldemort se gabará de ter destruído o filho de... – Hermione parou insegura.
- filho de?
- filho de Dumbledore.
- então tudo o que sei é verdade e faz sentido.
- o que você sabe?
- minha mãe me falou a alguns anos, que Voldemort, havia matado o único adversário real dele na primeira guerra.
- isso é tão estranho – Hermione pensava no fato dele ter sido mantido vivo, mesmo sendo considerado um inimigo tão poderoso.
- tem mais minha cara. – Draco continuou agora abaixando a voz. – ele foi durante os anos de adolescência, namorado de minha madrinha.
- é claro, por isso Bellatrix ficou tão pálida e consternada ao vê-lo ali.
-é, mas pelo que minha mãe disse, Eles não estavam mais juntos, pois, ele trairá minha tia, com a mãe do Potter.
- o que?
- ao que tudo indica, ela era uma garota popular na época da escola, e Bryan foi o professor de artes das trevas mais novo a lecionar em Hogwarts, e eles tiveram um relacionamento, que foi terminado quando Evans se apaixonou pelo Potter pai.
- mas o que foi sua tia fez em relação a isso?
Hermione perguntou logo imaginando todas as torturas que Bellatrix poderia ter causado aos “traidores”.
- nada, ela foi mandada, ao exterior e só voltou para o casamento com Rodophous Lestrange. O que me intriga é que ninguém saiba que ele seja filho de Dumbledore e Minerva.
- ah, ela me disse que ele nunca quis ser reconhecido pelos feitos do pai e da mãe, então na época da escola e só assinava Bryan Monroe o sobrenome do meio dela. E quando a guerra estorou achou mais prudente manter a ligação entre eles em segredo, como também era mantido o casamento de Minerva e Alvo.
- impressionante. – Draco levantou-se e começou a andar em círculos pelo quarto. – acho que você deve falar com minha tia.
- eu! Mais você é afilhado dela, ela te considera bem mais. – falou rapidamente.
- mas não sei ao certo se devo pedir que ela se arrisque por um cara que já a fez sofrer.
Eles ficaram em silencio, enquanto a noite cai.


Porém em outro lugar uma mulher de tez pálida estava deitada, mortalmente ferida, e essa ferida era na alma.
Ela se remexeu entre as cobertas ao ouvir um barulho típico de aparatação.
Sem se dar ao trabalho de virar, disse com sua voz, gélida e magoada.
- o que faz aqui depois de tantos anos Lupin?
O bruxo se aproxima lentamente e senta-se na beirada da cama, olhando por um longo tempo a face adorada.
- achei que depois de tudo, você tivesse me perdoado e quisesse companhia.
- hum... Sei. Acha mesmo que vou acreditar nas palavras doces que você me diz. – a face estupidamente branca da bruxa se tingiu de vermelha, demonstrando a agitação interior. - tudo o que você fez foi mentir para mim, como ele.
- mas mesmo, ele tendo lhe magoado, você esta assim por causa dele.
Havia um toque de magoa na voz de Lupin que Bellatrix não deixou de notar, e por um minuto sorriu, um sorriso que Lupin não via há mais de vinte anos.
- creio que você entendeu errado, o motivo de minha dor Remus. Não estou triste por ele ter estado petrificado por todo esse tempo, nem por ainda sentir algo por ele, você mais do que ninguém sabe que esse sentimento já foi superado há muito tempo - um sorriso – estou assim, por que fui enganada mais uma vez, me deixei ser usada de forma torpe durante todos estes anos, pois carregava na alma o peso da morte, e estava em minha mente ainda suas duras palavras Remus. Então agora não venha a minha casa me consolar, pois você destruiu mais em mim, do que Bryan ao me trair com aquela garota, ou Tom ao me usar como sua comensal mais fiel, a base de mentiras e ameaças.

As palavras foram ditas como um sussurro, e isso doeu mais em Remus do que se ela tivesse gritado ou até mesmo o atacado. Por que elas lhe traziam a mente o ultimo encontro entre eles onde, ele a ofendera e culpa-la pela morte de Bryan, chamando de traidora.
O silêncio entre ambos durou minutos que pareceram à eternidade.

- Bella, sei que nunca terei desculpas suficientes por ter duvidado de você, mas devo lhe dizer que durante todos os anos em que pensei que você me usara para se vingar de Bryan, e entrega-lo a voldemort, não houve um único dia que eu não lamentasse não estar ao seu lado, não houve uma noite nos treze anos em que esteve presa em azkabam em que eu não tive um pesadelo e uma dor me consumindo. Não houve um único instante que eu deixei de te amar, e era isso que me matava, não conseguir te odiar nem por um segundo.
Bellatrix escondeu seu rosto, nos braços de Lupin e chorou um choro guardado há vinte e cinco anos, chorou por ter guardado em sua alma o peso da morte de seu primeiro amor e o desprezo que sentira emanar do grande amor da sua vida, cujos braços lhe amparavam e lhe confortavam como sempre fora entre eles.
Ela afastou-se dele e olhando nos olhos castanhos tão conhecidos disse:
- passei esses anos tentando achar um modo de explicar que não lhe usara e cheguei até mesmo crer no que Tom me dissera que eu havia me envolvido com você apenas por vingança sem nem ao menos, me dar contar disso, ainda me recordo da noite em que Bryan veio até aqui, me pedir para ir para o lado certo da luta, o seu lugar ao meu lado ainda estava quente quando ele chegou, eu temi, que ele houvesse lhe visto Remus, temi, que ele lhe entregasse para os outros membros da ordem, e logo depois senti Tom, me chamar e mandei-o ir embora, mas ele tocou em mim, quando aparatei ao encontro de Tom, depois nada mais era claro para mim, só sei o que houve pelos outros, que até hoje, pensam que eu trouxesse Bryan de brinde para voldemort.
- não precisa dizer mais nada meu amor, eu juro nunca mais deixar o teu lado, eu juro que minha confiança em ti nunca mais fraquejará.
E depois de longos anos dois corações que sempre foram um, voltaram a bater no ritmo certo.

É uma pena que nada que era bom durou muito tempo naquela época.

Vanished all the tears
Dissipou todas, às lágrimas.

Fim do capitulo Sete.
Vivian Drecco® - A Antítese do Amor. – 2006

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