A Primeira Vez



Remus meteu a mão no bolço e pegou num pequeno frasco com um liquido transparente. Admirada olhei para o frasco e depois para ele; Remus tinha as faces vermelhas, estava com vergonha. Não estava a entender nada! Remus reparou no meu espanto, olhou para o frasco e comentou:

— Er... É uma poção — bem, nisso já eu tinha reparado. — Pedi ajuda à minha mãe... sabes... É para ti... para... — cada vez corava mais. — Isto é, se te sentires preparada?

Eu continuava a olhar para o frasco sem entender nada. De boca aberta olhei para ele. Seria o que eu estava a pensar? Seria o meio das feiticeiras tomarem precauções para...?

— Para que serve isso? — deixei escapar.

— Bem... é o que as mulheres tomam antes de... de... Tu sabes! — disse corado

— Sei o quê?! — queria ouvir da sua boca a serventia da poção.

— É o que as mulheres tomam para evitar a gravidez — disse num fôlego. — Pronto, já disse.

Agarrei-me ao seu pescoço e comecei a beijá-lo intensamente. Peguei no frasco e bebi-o de uma vez. A poção não tinha sabor mas era gelada, senti-a a descer até ao estômago. Deixei cair o frasco da mão e olhei para ele. Agora sim, estava definitivamente preparada para o que se seguia.

A sorrir pegou-me na mão e levou-me para a mesa. Tirou a garrafa do gelo e abriu-a, provocando um som parecido com o tiro de uma arma que ecoou na noite.

— Remus, podemos ser apanhados! — murmurei assustada.

— Não te preocupes. O Sirius e os outros trataram de tudo — tranquilizou-me enquanto enchia as taças de champanhe.

Senti-me envergonhada. Os amigos sabiam o que iria acontecer. Remus sorriu de taças na mão. Beijou-me a testa com carinho. Entregou-me uma das taças e voltou a tranquilizar-me:

— Não contei nada do que iria preparar. Apenas disse que queria ficar algum momento a sós contigo, sem ter o chato do Snape sempre a chatear-nos. A única pessoa que desconfia de alguma coisa e Lily porque a bombardeei com perguntas sobre os teus gostos. Como é que achas que soube que as tuas flores preferias eram as silvestres?

Olhei para a taça que tinha na mão. As bolhinhas da bebida subiam pela taça, executando uma espécie de dança exótica, e rebentavam à superfície deixando no ar um agradável aroma doce. Remus tocou com a taça dele na minha e bebeu um gole de champanhe, segui-lhe o exemplo. Levei a taça aos lábios e sorvi a bebida, as bolhinhas fizeram-me cócegas no nariz. Remus sorriu-me e eu retribui-lhe o sorriso. Voltei a beber mais um gole para tomar coragem e ir em frente. Não queria recuar. Não podia recuar. Era o que mais queria. O que mais desejava...

Remus, bebeu de uma vez a champanhe e poisou a taça sobre a mesa. Eu fiz o mesmo. Mas a rapidez de a beber toda pôs-me zonza. Caminhei na sua direcção e tropecei nos próprios pés. Agarrei-me ao seu pescoço para não cair e Remus colocou as mãos na minha cintura.

Olhei para ele e sorri. Inclinei a cabeça para trás, fechei os olhos. Senti-me protegida. Remus começou a beijar-me o pescoço e com uma mão abriu-me o fecho do manto deixando-o cair no chão. Depois, começou a deslizar as mãos pelas minhas costas, sempre a beijar-me o pescoço. Abri os olho e contemplei as estrelas. Remus baixou-me a cabeça e deu-me um terno beijos lábios. Olhei para ele e sorri. Retirei uma mão de seu pescoço e fez a mesma coisa ao seu manto, jazendo no chão junto ao meu.

Voltei a agarrar-lhe o pescoço, e, desta vez, era eu que o beijava com desejo. Remus não se fez de rogado e aceitou o meu beijo. As nossas línguas percorriam todos os recantos das bocas. A sua boca sabia a champanhe, estava doce. Eu queria mais e, por isso, aperta-o contra mim. Mesmo junto ao meu ventre, senti que algo crescia sem controlo. Algo que desejava sentir dentro de mim há muito tempo.

Remus ao sentir que o meu corpo começava a corresponder aos beijos que me dava, começou a desapertar os botões do meu vestido. A cada botão desapertado dava-me um beijo. E, conforme ia descendo os seus beijos desciam também. Colocou as mãos no meus seios e, mesmo por cima do soutien, beijou os mamilos mordiscando-os levemente. Pelo meu corpo percorreu um forte espasmo como se tivesse acabado de receber uma descarga eléctrica. Ignorando os sinais que o meu corpo começava a manifestar, continuou a sua tarefa e, um a um, todos os botões foram desapertados. Colocou as mãos nos meus ombros e fez deslizar lentamente o vestido, pelos braços. Enquanto o fazia, continuava a beijar-me o peito, os seios e, por ultimo, o ventre. Deixou cair o vestido aos meus pés e começou a percorrer o mesmo percurso em sentido contrario, vindo ao encontro dos meus sedentos lábios.

Era a minha vez. Puxei-lhe a camisa para fora das calças. Deslizei as mãos pelas suas costas e senti a sua pele macia. Comecei a desapertar-lhe os botões da camisa e a cada botão, desapertado, dava-lhe um beijo. Coloquei as mãos nos seus ombros e deslizei a camisa pelos braços até ela cair no chão. Sobre o seu peito brilhava uma pedra igual à minha. Comecei novamente a beijar-lhe o peito arrastando, de vez enquanto, a língua. Passei-a pelos mamilos, mordisquei-os levemente e ele estremeceu. Colocou as mãos nos meus ombros e fez uma ligeira pressão para que continuasse. Pôs-me de joelhos e comecei a desapertar-lhe o cinto das calças. Coloquei a palma da mão sobre o seu membro e senti-o duro e erecto. Desapertei o botão e o fecho das calças. Deslizei as mãos desde o ventre até às nádegas e apertei-as, enquanto lhe dava beijos à volta do umbigo. Remus colocou as mãos na minha cabeça e pressionou-a com os dedos. Por fim puxei-lhe as calças deixando-o apenas com a roupa interior. Levantei-me e procurei-lhe a boca.

Vestidos só com a roupa interior, continuamos a beijar-nos. As nossas mãos subiam e desciam pelos nossos corpos que começavam a querer explodir de desejo. Coloquei as mãos na face de Remus e dei-lhe um beijo mais intenso. De repente, pegou-me nos braços e levou-me para a cama. Com uma mão abri a cortina do dossel e ele colocou-me sobre a colcha.

Deitou-se ao meu lado e começou a beijar-me no lóbulo da orelha, descendo de seguida para o pescoço, acabando no meu ombro. Com a mão retirava-me a alça do soutien, enquanto continuava a beijar-me o ombro. Depois, agarrou-me na copa e colocou-me o seio à mostra. Com a ponta do indicador começou a circundar o mamilo, apertando de seguida com o polegar e o indicador. Deixei escapar um suspiro repleto de êxtase e comecei a contorcer-me. Continuou de volta do meu seio mas com a língua. Sentia o mamilo erecto e rijo. Retirou-me a outra alça e repetiu a mesma operação. Desprendendo-me, de uma vez por todas, do soutien atirando-o para o chão.

Colocou-se sobre mim, agarrou-me os seios e começou a acariciá-los. Voltou a dar-me beijos sobre a barriga, à volta do umbigo e sobre o ventre. Deslizou as mãos dos meus seios e colocou-as sobre as minhas ancas. Continuava a dar-me beijos no ventre. Com as mãos puxava-me as cuecas — sentia-as húmidas —, enquanto me beijava cada vez mais a baixo. A minha respiração começava a ficar ofegante, o corpo contorcia-se sem controlo e, involuntariamente, comecei a abrir as pernas. Remus retirou-me, de uma vez, as cuecas.

Colocou-me as perna sobre os seus ombros. Com as mãos acariciava-me o interior das mesmas. Por fim começou a beijar-me a vulva, passando de vez enquanto a língua. Encontrava-me em pleno delírio, com uma grande dificuldade em respirar direito.



Oiço outro uivo, cada vez mais perto de mim. Quase conseguia sentir o seu cheiro no ar que me rodeava. Tinha uma das mãos sobre o seio e com a outra comecei a explorar o interior das perna. Tanto era o desejo, que comecei a sentir as cuecas húmidas. Desci a mão do seio, coloquei-a sobre o ventre e, mesmo sobre as cuecas, pressionei-a em direcção à vulva. O robe tinha escorregado pelos ombros. O vento batia de leve no meu corpo e eu senti um pequeno tremor. Continuei com os olhos fechados. As mãos começaram a explorar o meu intimo à procura de novas sensações de prazer. Outro uivo ecoou pela noite. Aaahhh…!! Gemo. Como queria que ele estivesse ali perto de mim e me amasse de novo. Na memória continua a passar, como um filme, aquela noite.



Remus continuava entre as minhas pernas. As suas mãos deslizavam pelo meu corpo ao encontro dos meus seios, acariciando-os. A sua língua entrava e saía freneticamente, e com mestria, do meu intimo. Com movimentos circulares, ora demorados ora mais rápidos. Mantinha os olhos fechados. O meu corpo contorcia-se e tremia a cada toque que a sua língua efectuava sobre o meu clitóris. Estava quase a atingir o êxtase. As minhas mãos, sobre as suas, acompanhavam o ritmo. Estava a ficar sem fôlego. Não conseguia aguentar mais. Aaahhh…!!!! Deixei escapar. Um violento espasmo percorreu-me o corpo e atingi o auge. Senti, naquele momento, o meu primeiro orgasmo. Remus subiu, deitou-se ao meu lado e deu-me um demorado beijo. Olhou-me nos olhos e eu percebi o que queria.

Sentei-me sobre o seu ventre. Comecei por lhe beijar os lábios lentamente, depois desci para o pescoço, para o peito e concentrei-me nos mamilos. Escutei um pequeno suspiro e ele contorceu-se. Colocou as mãos nos meus ombros e fez pressão para que eu descesse. Deslizei o meu corpo pelo dele, sempre a beija-lo, e quando o meu intimo roçou no seu membro estremeci. Continuei a descer até estar sentada sobre as suas pernas. Coloquei as mãos sobre as cuecas e puxei-as para baixo. Olhei para ele e reparei que tinha os olhos fechados. Agarrei o seu membro com a mão e comecei a beijar-lhe a ponta. Senti o seu corpo estremecer. Abri a boca e comecei a fazer movimentos de vai e vem. O seu corpo estremecia a cada movimento meu. A minha língua subia e descia. De vez enquanto chupava-o com avidez. Sentia que, Remus, deveria estar a atingir o auge. Ouvia-o gemer, o seu corpo movia-se sem controlo e as suas mãos continuavam na minha cabeça, apertando-a de vez enquanto. De um momento para o outro, Remus soltou um gemido mais forte e ele, num violento orgasmo, liberta toda a tensão do corpo.

Comecei a subir pelo seu corpo, coloquei-lhe as mãos nas faces e dei-lhe um intenso beijo. Enquanto o beijava, senti o seu membro, novamente duro, contra a minha perna. Remus agarrou-me as nádegas e rolou de modo a ficar sobre mim. Começou a beijar-me outra vez os seios, passava a língua sobre os mamilos e mordiscava-os. Com ele entre as minhas pernas, comecei a sentir uma ligeira pressão sobre a entrada do meu intimo. Remus continuava a dar-me beijos e a fazer pressão para que o seu membro entrasse. Senti-o deslizar devagar dentro de mim. Uma dor começava a tomar posse do meu corpo. Acabei por contorcer o rosto, mordi o lábio inferior e Remus reparou.

— Estou a magoar-te? Se quiseres paro. Não te quero forçar a nada.

— Não, continua... — respondi com voz fraca.

— Tens a certeza?

— Tenho... — e entrelacei as minhas pernas sobre as suas ancas e coloquei as mãos nas suas costas.

Remus avançava devagarinho. Quanto mais entrava dentro de mim mais dor sentia. Comecei a morder, outra vez, o lábio inferior para abafar os meus gemidos, que estavam prestes a tornarem-se gritos de dor, e enfiava as unhas nas suas costas. Se o estava a magoar não se manifestou. De repente senti uma dor forte e latejante, misturada com prazer. Soube que, a partir daquele momento, tinha perdido toda a minha inocência. Remus continuou a deslizar dentro de mim, até atingir o fundo. Depois, começou a movimentar-se, entrando e saindo de dentro de mim. A dor que sentia começou a desaparecer e o meu corpo começou a corresponder aos movimentos de Remus e às novas sensações que por ele começavam a correr. Já não enterrava as unhas nas suas costas, mas comecei a percorrê-las e a acaricia-las com as mãos.

Comecei a mover as minhas ancas para sentir mais prazer. Os movimentos de Remus começaram a ser mais rápidos e mais profundos. A sua respiração estava ofegante, assim como a minha. Estávamos prestes a atingir o auge juntos, como fossemos um só . Tanto o rosto dele, como o meu, exprimia o maior prazer. Cada vez mais, apertava as minhas pernas, ainda entrelaçadas sobre as suas ancas, queria senti-lo mais dentro de mim, não o queria deixar fugir. Fortes espasmos começaram a percorrer o meu corpo, começava a ficar sôfrega de prazer. Um espasmo maior percorreu o meu corpo, da cabeça aos pés, e eu gritei para a noite. Não foi só o meu grito que eu ouvi, mas também o de Remus. Tínhamos atingido o orgasmo ao mesmo tempo. Sorri ofegante e de olhos fixos nas estrelas, que agora pareciam estar mais perto da terra.

Remus ainda continuava sobre mim com a cabeça poisada sobre o meu peito e com as pernas entrelaçadas nas minhas. Coloquei uma mão sobre a sua cabeça e comecei a acariciar-lhe o cabelo. Permanecemos assim um tempo em silêncio como se estivéssemos a meditar sobre o sucedido. Remus levantou a cabeça e sorriu.

— Estás bem? — perguntou-me.

— Sim — respondi com um sorriso.

Deu-me um beijo e abraçou-me. Senti um arrepio e comecei a dar conta que a noite estava fria. Encolhi-me contra Remus à procura da quentura do seu corpo. Puxou o lençol e a colcha e cobriu os nosso corpos nus. Deitados sobre as almofadas e encostadinhos um ao outro, acabamos por adormecer.



Não queria acreditar que, uma simples recordação, iria provocar um tamanho desejo ao ponto de sentir prazer. Mas o meu corpo começou a manifestar-se mal pisei o solo de Hogwarts. Decidi permanecer na torre de astronomia não me apetecia voltar para o quarto. Estava prestes a amanhecer e, já que ali estava, decidi assistir ao nascer do sol, que naquele final de Primavera deveria ser bonito.

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