O Beijo *_*



Essa memória ainda era fresca em Riddle. Lembrou de ver uma luz surgir para ele e a pequena caligrafia de Gina lhe chegar, mostrando assim a
esperança de ter seu plano concluído. Gina foi o elo dele ao mundo exterior
após uma prisão de cinqüenta anos.


Ele ficou indeciso no principio, não se fazia idéia de como o diário havia
ido parar nas mãos daquela garota. Será que ele corria algum risco?
Evidentemente isso ficou mais do que claro, que risco nenhum ele corria nas
mãos daquela garota. Gina não representava nenhum perigo sequer. Ela era
uma garota doce, pura e ingênua! E isso apenas colaborava aos planos de
Riddle; seria como tirar doce de uma criança, persuadir a menina seria
fácil.

Primeiramente ele teria que ganhar a confiança da menina, teria que se
tornar amigo dela, que isso lhe custasse alguns dias cansáveis, mas no final
das contas tudo valeria a pena. No inicio foram apenas algumas palavras
trocadas, a garota tinha medo e era desconfiada demais, mas Riddle era
sempre gentil e encantador até parecia um galã sedutor; isso aos poucos
amansou a pequena fera. Após dias de palavras trocadas até que Gina cede ao pedido do "amigo" e Riddle tem livre acesso à mente da garota.
Seria através de sonhos que Riddle, aos poucos, dominaria a menina.

No começo ele apenas visitava ela em seus sonos noturnos, eles brincavam,
conversavam e tomavam cerveja amanteigada, coisas que na vida real Riddle nunca se permitiu fazer:se divertir. Mas aquilo era absurdo ele não estava se divertindo.
Dizia para si mesmo que aquilo era necessário; a garota tinha que estar acreditando completamente nele para, assim, permitir ele "invadir" sua mente. No começo era tudo muito insuportável: a criança era doce demais,
ela era boa demais. Riddle nunca havia conhecido alguém provindo de tanta
bondade. E ele que era tão mal tinha que suportar tanto "bem".

Já eram meses daquela "frescura" que ele considerava, tinha que materializar isso, pois quando a menina não visitava o diário, sentia falta. Não, isso nunca...ele não podia sentir falta dela. Apenas ficava frustrado porque era mais tempo perdido, sim isso era o correto.

Riddle já estava bem amigo da pequena Gina, a menina o visitava agora com uma freqüência absurda, contando para ele tudo que ocorria ao redor dela, contando para ele até da paixão que a mesma sentia por ninguém menos que Harry Potter. Riddle se alegrou, mas não o considerável que seria por saber que a menina convivia perto de Harry. Ele se sentiu enciumado pela paixonite da garota por Aquele-que-sobreviveu. Tomado de ódio ele finalmente achou que era hora de agir, não podia mais se dar ao luxo e aos caprichos de sentimentos bobos, como compaixão pela pequena ruiva. Começou a invadir a alma da menina sem deliberação, controlava todos seus atos e ela apenas caia em um sono profundo. Lembrava dela escrevendo desesperadamente para ele.


- Você esta ai? - a caligrafia da menina saia tremida, escrevia com
pressa.

- Sempre estou aqui para você, minha querida Virginia. - ele
realmente era bom nisso, se gabou.

- Estou com medo.

- Medo do que minha doce criança?

- Teve outro ataque aqui na escola, todos estão apavorados... -
Riddle sorria por dentro, o pânico estava outra vez espalhado em Hogwarts -
desta vez foi um menino do meu ano...

- Algum colega? - disse Riddle num tom de voz arrastado e meio que
enciumado.

- Sim! Collin é é..meu amigo...mas ..isso não é tudo...Tom! Tenho
medo...estou tendo perda de memória,não...não me recordo do que fiz em
horas...

- Não tenhas medo minha querida, você está comigo, não há o que
temer. - como ele era incrivelmente irônico.




Tudo que ocorreu na câmara lhe caia como adagas afiadas perfurando o
corpo e fazendo seu sangue espalhar-se por todos os cantos, transformando
lugar tão escuro, vivo com o vermelho sangue. Ele tinha que ter feito
aquilo, não havia escolha, era realmente a única opção.



- Vamos minha doce Virginia, será á ultima vez!

E assim a menina fez exatamente como ele mandava, como ele coordenava seu corpo. No banheiro da Murta_que_geme_ lá estava ele usando-a e fazendo-a ir para a câmara, para assim ele ter posse de vez sobre sua alma e ele conseguir ressurgir.

A menina saiu de seus devaneios quando já estava na câmara. Em sua frente estava Riddle, tão mais presente e forte do que uma mera lembrança; ele já estava sugando a alma dela. Explicar para ela quem ele realmente era e o que pretendia fazer foi muito mais difícil e dolorido do que esperava...


- Não...não.. - balbuciava a menina com a respiração bastante
ofegante e comprometida com a morte - ...mas..mas você disse que gostava de
mim...

- Não sejas tola! Minha querida Virginia, quem em sã consciência
iria gostar de você? Ninguém. - berrou a ultima palavra. Ele tinha que fazer
assim, tinha que ser cruel, tinha que ser terrível, tinha que fazer a
pequena que ele tanto gostava odiá-lo.

A menina tremia debilmente, suava e sua pele antes tão alva de calor humano, agora estava pálida, quase sem vida. Ela estava morrendo aos poucos e Riddle se sentia mais cheio de vida, mas ao mesmo tempo mais cheio de tristeza.

- Tom...por que...o que te fiz...? Eu gosto..de de você...

- Mas eu não gosto de você sua criança estúpida! Apenas te usei!

- Mas...mas..eu te perdôo Tom...porque te gosto.

Como aquela garota podia dar o perdão para ele, sendo quem era e fazendo o que estava fazendo? Quem sabe se possível, ele voltaria atrás em seus
atos... Não ele não faria isso, ele era Vodelmort o ser desprevenido de amor,
feito de ódio e mágoas.

- Não quero seu perdão, não necessito dele... - Riddle sentia Gina
fraca e quase morta - ...vá em paz minha doce menina!






E assim a ruiva fechou seus olhos e o negro coração de Riddle sentiu um aperto mais forte. Não sabia se era pela vida aos poucos que recebia, mas tinha quase a certeza que era pela dor da morte de quem lhe roubava a vida.

Gina havia acabado de fechar suas pálpebras, quando o famoso Harry Potter chegou. Tudo que se sucedeu depois da chegada do menino foi a derrota de Riddle. O Menino_que_Sobreviu mais uma vez se safou da morte, fez todos os planos de Riddle irem para o fracasso. E pela terceira vez, aquele menino idiota o venceu. Ele estava quase ressurgindo, sentira o ar enchendo seus pulmões e o sangue quase lhe percorrer nas veias, quando aquele garoto cravou a presa do basilisco no diário. Amaldiçoou Harry em todas as formas.

Tom sentiu uma dor. Um rasgo lhe foi feito bem no peito, estava se abrindo,
estava se destruindo, estava morrendo antes mesmo de ter ganhado a vida
completamente. Ele lançou um último olhar e viu Gina ainda caída no chão
como um anjo infantil. Harry ao seu lado segurava sua mão. Riddle sentiu
ódio e antes que partisse para sempre, como assim pensava, ele gritou de
dor.



Tom saiu de seu devaneio de pensamentos quando ouviu um pigarro de Gina.
Voltou a realidade e encarou demoradamente a menina. Como ela havia tornado uma bela mulher, exatamente como ele tinha pensado.
Seus cabelos ruivos lhe caiam até embaixo da cintura, lisos e apenas encaracolados nas pontas, seu corpo tinha se formado ela realmente deveria agradecer a Merlin; ele havia sido generoso com ela. Seu corpo era formado de belas curvas, sua pele continuava clara e suas pequenas sardas salpicavam lhe a face.


- Que história é esta de apaixonado Tom? - ela havia dito o primeiro
nome dele. Tudo bem que ele detestava porque era o nome trouxa do pai, mas ouvir da boca dela, aquele se tornava o nome mais lindo.


- Difícil de acreditar? -perguntou.


- Impossível. - respondeu ela. Finalmente havia abaixado a guarda,
ele pode sentir. Ela estava novamente conversando com ele assim como fazia
quando pequena.


- Credo! - disse ele fazendo uma cara de insultado.


Gina riu, estava tão mais calma agora, Riddle passava-lhe segurança, sempre se sentiu confortável na presença dele.


- Que seja impossível de crer minha querida Virginia, nem eu mesmo
acreditei de principio, afinal, nunca havia sentido. Mas tenho quase á
certeza de que é isso...

- Quase certeza?


- Sim, tenho duvidas...


- Duvidas? - Gina não estava gostando do tom que aquela conversa
estava tomando.


- É, duvidas oras... - Riddle conversava distraidamente agora. -
...dizem que as pernas ficam bambas quando se beija por quem é apaixonado.


- Conversa fajuta! - tentou se livrar Gina...


- Será?

Riddle se aproximou mais da menina. Antes ela estava no meio do sofá e ele em uma ponta, agora os dois estavam sentados juntos no meio do sofá. Riddle colocou suas mãos na cintura da menina e sentiu o corpo dela tremer.
Delicadamente ele foi aproximando a face perto da face da garota. Mantinha
os olhos abertos e encarava a ruiva. Gina então fechou os olhos e esta era
a resposta que faltava para a pergunta que Riddle se fazia.
"Será que posso beijá-la?" Ele encostou os lábios docemente nos lábios da ruiva e beijou com ternura. Se permitindo, roçou a língua nos lábios da garota. Gina entreabriu a boca, interpretando isso como uma permissão, Tom lhe invadiu com a língua explorando cada canto da boca dela com cuidado. Antes aquele beijo terno e calmo, se tornou quente e cheio de paixão.





N/A:^^
Eterno Agradecimento a Grazi por betar a fic...e a Samara por comentar...
kem kiser NC no proximo cap....cmts pedindo
^^'
\o/

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