Sentimentos Reprimidos



Tom pegou sua varinha, Ginny habilmente empunhou a dela,Tom apenas olhou-a com reprovação.


- Se eu quisesse havia atacado faz tempo. – e assim conjurou um enorme e confortável sofá negro feito com couro de dragão, espalhado por ele travesseiros preenchidos com pena de ganso, costurados em um tecido vermelho sangue.



Tom sentou-se no sofá, olhou para Ginny e via que a menina ainda estava com a varinha empunhada, olhou-a diretamente em seus olhos e com um gesto fez um convite que ela se sentasse.Ginny aceitou tal convite. Sentou-se e permaneceu ressabiada por isso resolveu não guardar sua varinha, apenas abaixou a mesma.


- Pode fazer qualquer pergunta, só não lhe garanto que responderei todas. – disse Riddle.


- Nossa desta maneira você realmente me deixa mais confortável. – zombou Gina.


“Eita menina se deve estar louca olhe lá como você fala com Voldemort,
ah grande merda....”




Ginny olhou rapidamente para ver se Tom havia lido o pensamento dela, mas a indiferença do rapaz fez ela crer que não.


- Como vim parar aqui?Isso é um sonho ou o que?


- De fato você ainda esta deitada em sua confortável cama no dormitório da Grifinória – e Gina notou o tom arrastado que o menino usou para referir-se a Grifinória, mais do que sempre claro a rivalidade de Sonserinos e Grifinórios. – é sua alma que está aqui, mas isso não impede de que qualquer coisa que acontecer com vossa alma não acontecerá com o vosso corpo.



Gina olhou assustada, ele havia deixado mais do que claro que caso ela morresse ali, seu corpo também viria a falecer.


- Como você sobreviveu? Harry destruiu o diário com a presa do basilisco!


- Potter... – novamente o tom arrastado de voz, até parecia Snape pronunciando o sobrenome de Harry. – ...de fato destruiu o diário, ele não serve mais para a finalidade que tinha. Não consigo me comunicar mais com ninguém do mundo exterior ao meu, com ninguém em exceção VOCÊ.



Gina encarou Riddle profundamente, o rapaz achou que a menina ia dizer algo, mas em nada ela se pronunciou e então ele continuou sua explicação.


- Mas o fato é que aquele, ou melhor dizendo este fragmento de alma não morreu. Poderia ter vindo a morrer com a destruição do diário. Mas EU não vivia mais no diário, agora eu vivo em VOCÊ. Este meu pedaço de alma esta junto com você, com você o alimentando todos os dias. Eu não fui esquecido, você lembra de mim sempre e faz que assim eu viva.O amor, o ódio, e as lembranças tudo se é eterno enquanto é alimentado, enquanto não é esquecido.


- Como se fosse realmente fácil esquecer você Tom... – disse Gina mais para si mesma - ...o que você fez comigo não tem como esquecer.


- Mas o fato é minha querida Virgínia que você me alimenta todos os dias com sentimentos que só me fazem crescer.


- Ódio... – arriscou Gina, tão inserta se era realmente isso que sentia.


- Também. – respondeu Tom.



Agora a ruiva observava o garoto atentamente, ele que era de belas feições, parecia um anjo mal.Tão belo e tão maligno.Gina sabia que não era somente pela beleza de Tom que sempre pensava nele, e sabia também que não era meramente por ódio que guardava ele em sua mente.Tom foi para Gina a melhor e a pior coisa que lhe aconteceu.O único detalhe que fazia ele ter sido o pior foi o fato dele ter usado-a.


Embora isso seja de tamanha importância, a ruiva gostava dele, gostou de todos os momentos que passaram juntos em seu primeiro ano, de todas as conversas, de todas as brincadeiras, de todos os conselhos, de todos toques e olhares.E ter descoberto que ela era somente um objeto a magoou demais, mas por incrível que pareça ela nunca conseguiu guardar rancor em seu coração. Tom sabia disso, sabia que Gina não guardava rancor e isso fazia dela somente uma criatura mais incrível do que já era. Gina na verdade nunca quis assumir para si mesma o que sentia por Riddle pois tinha medo de qual reação seria de seus familiares e demais. E por isso ela preferiu continuar alimentando um amor que seria aceito para todos, preferiu continuar na esperança de que um dia Harry Potter a notasse. Ela gostava de Harry mas tal sentimento havia sido suprimido pelo amor que sentia por Riddle, mas ela negou com veemência que isto era real.Dizia para si mesma que devia estar sob efeito de Voldemort e que ele continuava quem sabe controlando sua alma e assim seus sentimentos.Nunca dividira isso com ninguém, nunca contaria tudo que passou na câmara, todos realmente pareciam não se preocupar com isso. Na euforia dos fatos só sabiam dizer que ela devia ser eternamente grata a Harry por ter salvado-a das garras de Voldemort.

E assim ela continuou sua vida, para fugir das lembranças permanente de Tom ela iludia-se com o “falso” amor que sentia por Harry. Sua vida prosseguiu e aos poucos ela transformou o amor que tinha por Tom em ódio, mas não era ódio dele ser quem era e sim dele ter enganado-a. E deste modo o sentimento “amor” por Riddle ficou esquecido em algum canto em seu coração. E agora ela estava ali com ele, escutando ele dizer que era apaixonado por ela e todos os sentimentos que ela havia reprimido, todos vieram à tona e ela teve que ser forte para não demonstrar isso para ele.



Tom olhava os olhos de Gina faiscarem, teve vontade de ler a mente da menina para ver o que ela pensava, mas resolveu ser um pouco mais digno e nada disso fez. Riddle nada sabia sobre aquela garotinha que escreveu em seu diário após os cinqüenta anos que ali ele estava preso.


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Acabavam de chegar do Beco Diagonal, todos tinham ido fazer suas compras escolares, era o primeiro ano de Gina e ela realmente estava ansiosa para ingressar em Hogwarts, seu nervosismo somente aumentou quando uma bela manhã ela desceu para tomar café e encontrou ninguém menos que Harry Potter na sua cozinha. Saiu correndo feito uma louca para seu quarto, Harry não podia ver ela naquele estado: de camisola e com os cabelos sem pentear, tirando isso que havia acontecido seus dias estavam normais, isso é até a ida ao beco diagonal. Lá encontraram os Malfoy´s e pode-se dizer que teve um breve confronto. Como detestava aquela família arrogante, o senhor Malfoy era presunçoso demais e seu filho era o clone dele em miniatura.Gina subiu para seu quarto com seu material, era tudo de segunda mão, mas ela não ligava para isso, o importante era que ela tinha material e que logo iria para Hogwarts. Colocou tudo delicadamente em cima de sua cama e começou a mexer em suas coisas. Cansada de folhear seus livros resolveu mexer em seu caldeirão e havia algo ali dentro. Pegou um livro, não aquilo não era um livro, parecia mais com um diário. Devia ser custar caro, sua capa era feita de couro negro e era muito bem trabalhado, com certeza não iria mostrar para ninguém se não iam querer devolver ao dono ou tomar dela.
Ela animadamente pegou seu tinteiro e uma pena, abriu o diário e um vento gélido entrou pela janela arrepiando os pêlos de sua nuca e fazendo as folhas do diário folhearem.
Ela ficou minutos olhando aquele diário, sem saber realmente o que escrever, molhou a pena no tinteiro e uma gota pingou-se no diário.Para qual foi à surpresa da garota que a tinta sumiu, deixando novamente só a folha em branco.Rapidamente ela escreveu como se por instinto:



- Olá,meu nome é Virginia Weasley.



As palavras foram sugadas pelo diário e tão breve como elas sumiram outras palavras emergiam:




Olá Virginia, meu nome é Tom Riddle!


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N/A:Agradecimentos as pessoas que lê a fic e principalmente aos que comentam..só a Samara então...Hehe^^
Agradecimento super especial para a Graziela por ter betado a fic^^'
=D

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