Capítulo 3



Cap. 3 – Não me impeça de te tocar!

As mulheres ainda estavam comentando sobre o Esquisitão Bonitão. O homem havia passado por elas e agora estava no andar superior da loja.
- Então aquele, que passou agora pouco, era o Sr. Snape? O Esquisitão Bonitão? – perguntou a Sra. Hudson.
- Ele mesmo. – respondeu Rose – Agora ele deve estar lá em cima folheando um dos livros usados e esperando a Hermione. Mas me diga o que a senhora achou dele?
- Um homem alto, sério, me parece um homem decente... – respondeu a senhora polidamente. Rose ouviu a senhora falar e não deu crédito a tamanha cortesia. Então, com o olhar, resolveu incentivar a senhora a falar o que realmente pensava e parece que surtiu efeito – Olha, que o meu marido não me ouça, mas ele é um tipão! E professor? Acho que na aula dele, ou eu seria a melhor da turma ou não aprenderia nada! – tais afirmações arrancaram um sorriso malicioso da face de Rose.
- Então a senhora deveria desejar ter sido a melhor da turma. – comentou Rose. As outras mulheres captaram a mensagem.
- Bom, eu vou avisar à Hermione que o Esquisitão, quer dizer, Sr. Snape chegou. – falou Beth.
A funcionária pegou a bandeja cheia de louça que tinha apoiado no balcão e se dirigiu à cozinha. A cozinha era grande e predominantemente de cor branca. Era dividida em duas áreas. A primeira continha dois fogões industriais, pias, geladeiras, batedeiras, liquidificadores..., um grande forno e duas mesas retangulares paralelas. Os variados utensílios, como espumadeiras e frigideiras, ficavam pendurados à disposição dos cozinheiros e tinha grandes depuradores de ar instalados no teto. A segunda era composta por mesas e bancos. Tinha pia, microondas e armários. Caixas de papelão, dos mais variados tamanhos, ficavam empilhadas numa mesa e nas outras tinham bolos e tortas espalhados em diversos estágios de preparação.
Quando Beth chegou à cozinha, viu Jerry untando uma assadeira para assar os brioches. Ed estava coando o café, cujos grãos foram recentemente triturados. Tina estava fritando bolinhos e controlando as outras panelas que estavam no fogo. Beth deixou a louça na pia e foi para a outra parte da cozinha, onde encontrou Gil separando caixas e fazendo anotações. Diana estava passando creme de avelã com castanha num bolo que se transformaria em rocambole e Hermione estava sentada num banco, tranquilamente, enchendo o bico de confeitar com chantily. Beth se aproximou desta última e comunicou:
- Hermione, o Sr. Snape chegou.
- Chegou? – respondeu Hermione um pouco afoita. Não tinha percebido seu tom de voz até mirar o sorriso contido na face dos funcionários que estavam próximos. Isso fez com que a moça ficasse vermelha. Tentou disfarçar o embaraço falando com uma voz mais neutra:
- Bom... Beth, mande o Ed atender o Sr. Snape. – e vendo que o bico estava com uma quantidade razoável, torceu a abertura e começou a desenhar linhas em cima do bolo. Beth continuou parada. Percebendo que a funcionária não havia feito o que ela havia pedido, Hermione parou o que estava fazendo e começou a encará-la. – Beth, o que está esperando? – perguntou.
- É que eu gostaria de saber se é para servi-lo no escritório... – uma expressão de dúvida se formou no rosto de Hermione – Ele a está aguardando lá em cima. – esclareceu Beth.
O comentário de Beth fez com que Diana desse um sorriso malicioso. Gil tentava, inutilmente, fingir que não estava prestando a atenção. Os outros funcionários também ouviam a conversa, mas Hermione não podia ver a reação deles e isso contribuiu para deixá-la mais envergonhada.
- Beth, pode dizer ao Ed para servi-lo lá e mande um recado dizendo que eu o verei logo.
Hermione voltou ao que estava fazendo assim que Beth saiu de suas vistas. Tentava se concentrar em seu trabalho; mas a expectativa de rever Severo, deixava-a nervosa e ansiosa. Em pensamento, ficava se recriminando por se comportar como uma adolescente. Diana, percebendo o conflito da patroa, sugeriu sutilmente:
- Hermione, acho que você precisa dar uma pausa. Deixe-me terminar isso pra você. Não se preocupe! Estamos adiantados em relação ao prazo das encomendas, não é Gil? – Diana terminou de falar dando uma cutucada no colega.
- Sim! – respondeu Gil – Nós damos conta.
- Tudo bem. - respondeu Hermione convencida – Diana, esse bolo precisa ser decorado de forma simples. Não precisa de muitos enfeites. Quando terminar com o chantily, salpique chocolate em raspas no centro e ponha cerejas ao redor. Gil, onde está Pablo?
- Ele foi fazer algumas entregas de café da manhã aqui no bairro e depois iria passar no mercado.
- Certo. – Hermione tirou as luvas e o avental. Foi para a outra parte da cozinha, e avisou a Jerry e Tina que mais tarde eles testariam novas receitas. Saindo da cozinha, tirou a touca e viu Rose colocando o dinheiro na caixa registradora. A Sra. Hudson estava de saída. Assim que se deu conta de que Hermione estava perto, Rose abriu um sorriso.
- O homem tá lá em cima à sua espera. – falou Rose depois de se despedir da senhora e esperar que esta se afastasse. – Solta esse cabelo! Precisa estar mais apresentável. – e puxou o prendedor que mantinha um coque no cabelo da outra.
- Rose, você está abusando! – falou Hermione em tom de alerta.
- Não! Eu estou te ajudando. – contestou Rose – O homem veio te ver! Um pouco de vaidade não custa nada. Quem me dera... Se fosse eu, já tinha agarrado ele. Bonitão desse jeito... Mesmo sendo esquisito.
- Rose, você sabe que ele é “diferente”. – salientou Hermione.
- Sei. Mas eu acredito que nem todos os “diferentes” sejam parecidos com ele. Aliás, você não tem nenhum amigo “diferente” pra mim, não? Os “normais” estão tão sem graça... – e suspirou.
- Vou ver o que poderei fazer por você. – respondeu Hermione. Em seguida, Ed apareceu.
- O senhor Snape já fez o pedido? – perguntou Hermione ao rapaz.
- Não. Ele disse que você poderia escolher por ele. – Hermione pareceu surpresa com a decisão de Snape – E então, o que você irá escolher pra ele? – perguntou o rapaz.
- Bom, Ed... – Hermione pensou um pouco – Traga café, suco de laranja, torradas feitas com pão de ervas e manteiga suave, uma fatia do rocambole de avelã que a Diana fez agora pouco, uma porção de biscoitinhos de aveia e nozes... e pão de mel. – Enquanto Hermione falava, Ed anotava tudo. – Acho que está bom. Pode deixar que eu mesma leve até ele, Ed. – o rapaz concordou com a cabeça e foi buscar o que precisava.
Rose já tinha separados os biscoitinhos e o pão de mel e Hermione estava montando a bandeja com o que Ed havia trazido, só estavam faltando o suco e as torradas. Rose, observando o empenho com que a moça ajeitava a bandeja comentou:
- Mesmo com tudo isso, eu acho que ele ainda não vai comer o que tanto deseja. – Hermione entendeu o recado e corou violentamente. Evitou responder ao comentário e se limitou a lançar olhares reprovadores.

Severo Snape estava sentado num sofazinho de dois lugares dentro do escritório. Ed o conduzira para lá. Era um local pequeno, porém confortável. Havia uma mesinha com telefone, um arranjo de flores, um relógio, porta-lápis, algumas folhas e um porta-retrato; quadros enfeitavam a parede, um tapete ao chão e uma janela dava para a rua. Estava folheando um livreto que pegara na estante do salão, enquanto esperava Hermione. Ouviu a porta se abrir e somente levantou os olhos para ver que Ed entrava carregando uma caprichada bandeja e Hermione entrando logo após ele.
- Muito obrigada, mesmo eu tendo dito que não precisava. – agradeceu ao rapaz.
- Eu só estou fazendo o meu trabalho. Bom apetite. – deixou a bandeja na mesa e saiu fechando a porta.
Snape fechou o livro e o deixou apoiado no braço do sofá. Sacou a varinha e fez com que a bandeja levitasse até a uma mesinha de café que ele havia conjurado na frente dele. Hermione apenas observava seus movimentos.
- Venha se sentar comigo. – e ofereceu um lado do sofá que a moça prontamente aceitou – Tenho algumas novidades. – Pegou uma xícara, serviu a moça e logo se serviu.
- Faz apenas alguns dias que não nos vemos e você está cheio de novidades. – comentou Hermione.
- Foram muitos dias sem que eu pudesse te ver. – Hermione ficou com uma interrogação no meio da testa. “Como muitos dias? Contando com o fim de semana e o feriado, foram somente quatro...” pensou.
- Pra mim foi uma eternidade. – falou Snape.
- Severo, pare de ficar lendo os meus pensamentos. – a moça falou tentando repreendê-lo e corando, pois os comentários dele estavam tomando certo sentido. – E, por favor, pare. Está me constrangendo. – o bruxo fez que não ouviu.
- Você está ciente de que estou saindo de Hogwarts. – a moça concordou com a cabeça e tentou perguntar algo, mas ele não deixou – Não estou me desligando definitivamente. Ainda serei o preparador de poções da enfermaria. Mas, pelo menos, me livrarei dos cabeças-ocas mirins. – disse mordendo uma torrada.
- Mas o que você irá fazer de agora em diante? Irá se dedicar às pesquisas? – perguntou a moça.
- Bom, eu irei retomar alguns projetos que estavam parados. E tenho propostas para dar cursos na Academia dos Aurores.
- Que maravilha, Severo! Isso sim é uma novidade. – falou a moça com um largo sorriso.
Snape adorava ver aquele sorriso. Estava encantado e não conseguiu conter o impulso de pegar na mão da moça. Esta tentou tirar sua mão, mas ele a impediu.
- Por favor, Hermione... – falou o bruxo olhando nos olhos da moça.
- Severo, você sabe que eu não posso. – argumentou a moça, mas sua voz saiu como estivesse se lamentando.
- Não me prive disso. – e com seus dedos ficou acariciando os dedos da moça.
A moça se deixou acariciar, mas não estava disposta a perder o controle:
- Sexta-feira eu estive em Londres para a reunião dos acionistas do banco. – e começou a falar numa tentativa de não se render. – Ficamos horas discutindo sobre os juros, mercado financeiro, investimentos, o novo programa econômico do governo... – os dedos do bruxo já estavam querendo subir pelo braço da moça. “Eu tenho que resistir” pensou com convicção. – Severo, você não disse que tinha mais novidades? – arriscou.
- Hum... Eu disse? – a moça confirmou desesperadamente com a cabeça – Ah! É que eu vou me mudar.
- Sim, sairá de Hogwarts. – falou como se fosse óbvio.
- Não... Eu vendi minha casa.
- Sua casa em Manchester? – o bruxo confirmou com a cabeça – Mas... como? E... Por quê? – perguntava Hermione muito surpresa. Snape parecia estar se divertindo com a cara que a moça fazia. Pegou uns biscoitos e comia com a cabeça apoiada confortavelmente no sofá, sem deixar de acariciar a moça.
- Eu cansei de lá. – respondeu – A cidade está crescendo muito e você sabe que eu gosto de lugares mais tranqüilos... Então, eu vendi a casa e comprei outra numa cidade mais tranqüila.
- E eu posso saber em qual? – perguntou a moça muito curiosa.
- Sim. Chama-se Winchester. – respondeu Snape tranquilamente. Hermione arregalou os olhos. Sinceramente, não estava esperando pela resposta. – A cidade é pacata, tem um clima agradável e fica perto de Londres. Você tem me falado tão bem daqui que eu fiquei curioso e resolvi ver se era verídico. – completou.
Hermione parecia não acreditar no que estava acontecendo. Ter o Snape morando na mesma cidade que ela... Não queria que esta situação se tornasse um problema.
- Eu nem sei o que dizer a respeito...
Enquanto isso, Snape havia pegado uma mecha do cabelo de Hermione e levado junto ao nariz para sentir o aroma. Havia previsto que a moça não pularia de felicidade com a última revelação. O aroma de seus cabelos o incentivou a não desistir. Puxou a moça mais pra perto e falou olhando-a nos olhos:
- Hermione, eu só estou promovendo essas mudanças em minha vida por sua causa. Você tem me rejeitado por respeito àquele imbecil que você casou.
- Eu não queria te rejeitar... – disse que os olhos cheios de água.
- Eu sei. Você tem esse senso de ética que eu admiro, mesmo não concordando. Hermione, eu te amo. Você é a minha mulher. Só venho morar nesta cidade porque já que você não me convida para morar contigo, eu tenho de arrumar um meio de ficar perto de você. – disse a última frase em tom de brincadeira e os dois riram – Agora é sério: eu preciso de você!
O telefone tocou e Hermione fez menção de atender, mas Snape a impediu:
- Deixa!
- Mas pode ser importante...
- Nada é mais importante agora. – e com um gesto de varinha suspendeu o barulho do telefone – Nada é mais importante do que você e eu – disse com as mãos segurando o rosto da moça – Quando nós tivemos que terminar e depois quando você casou com aquele ser, eu achei que era o melhor caminho pra você e que eu iria seguir o meu. Mas eu estava enganado. Sofri muito. Alguns meses depois, ouvi boatos de que seu casamento não estava indo bem e logo você, quando nos reencontramos, me confirmou que tudo tinha acabado. Eu acredito que aquele tenha sido um dos dias mais felizes da minha vida. Decidi que não iria deixar você escapar de novo.
- Severo, isso é tudo muito bonito. Mas não é tão simples assim. Não tem só o Patrick, tem também a...
- Esqueça essa infeliz. Eu amo você. – e se aproximou mais no intuito de beijá-la. Hermione ainda tentou se afastar, mas não conseguiu – Por favor, não me impeça de te tocar! – pediu desesperadamente olhando a no fundo dos olhos.
Vendo que Hermione não mostrava resistência, Snape colou seus lábios no de Hermione. Apesar da necessidade que sentia dela, ele optou pela sutileza. Queria transmitir o amor e o carinho que sentia pela moça. Hermione se deixou levar. Viu que não adiantava resistir. Aquele era o homem que ela amava e resolveu aproveitar o momento.

X – X – X

O telefone tocou na parte de baixo da Candy’s e Rose atendeu:
- Alô?
- Rose, chame a Hermione. É o marido dela falando.
“Que cruz!” pensou Rose.
- Que marido? A Hermione só tem um EX-marido!
- Rose, deixa de palhaçada e chame a Hermione.
- É que eu não a vi hoje...
- Então me passe o telefone da casa dela.
“Nem pensar! Folgado!”
- Sabe o que é... eu perdi! Ontem foi feriado e teve muita confusão na minha casa e o papel que eu tinha anotado o telefone sumiu. Evaporou. Mas pode deixar que quando eu encontrar com ela, eu aviso que o senhor ligou. Agora eu tenho que desligar porque parece que um cliente engasgou e eu terei que socorrer. Tchauzinho! – e desligou o telefone na cara do homem. – Idiota! – falou pra si mesma.

X – X – X

O clima de paixão tomou conta do escritório. O casal estava namorando no sofá. Ora ele ficava inclinado sobre ela com uma mão segurando-a na nuca e a outra na cintura, ora ela ficava inclinada sobre ele. Várias vezes, a mão que estava na cintura ficava um pouco mais abusada e queria passear por outros lugares, mas era impedida. Ficaram um longo período se curtindo: se beijavam, se olhavam nos olhos, se beijavam, cochichavam palavras carinhosas no ouvido um do outro, se beijavam... Dedicaram aquele tempo somente para eles que nem perceberam o passar das horas:
- Severo, que horas são?
- Deve ser quase meio-dia. – respondeu despreocupado acariciando os cabelos da amada.
- Meio-dia? – a moça levantou de supetão e foi conferir as horas no relógio que havia em cima da mesa. – Onze e meia! Meu Deus, nem vi a hora. Eu tenho que trabalhar.
- Calma. – disse se levantando e foi abraçar a moça – Você é a chefe. Pode tirar o dia de folga. Eu acho que é uma boa oportunidade pra que eu finalmente conheça a sua casa. – disse beijando o pescoço da moça.
- Desculpe, mas não posso. – e se afastou dele para olhá-lo nos olhos – E também não vou te prometer nada. – Snape bufou.
- Tudo bem. Não vou ficar te pressionando. Mas lembre-se de que agora eu estarei sempre por perto. – e a beijou com carinho.
- Certo. Agora vá. Sei que você também tem coisas a fazer. – e o empurrou em direção à porta.
- Você também não vai descer? – parou para perguntar se virando para a moça.
- Vou depois. Antes preciso de um tempo pra me recompor. Não posso descer desse jeito. – apontando para a roupa amarrotada e o cabelo despenteado.
- Então, eu vou indo. Mas antes só mais um beijo.
- Está bem. Mas só um. – e se aproximou para beijá-lo. Só que Snape a agarrou de surpresa e lhe deu um beijo de tirar o fôlego. Hermione tentou sem sucesso se desvencilhar dos braços do bruxo assim que recuperou a lucidez – Sev... Severo – e teve seus lábios capturados pelos lábios do homem – Você tem que ir. – disse finalmente conseguindo se livrar dele.
- Mas ainda não terminou o beijo...
- Sem mais beijo. Tchau. – e empurrou o bruxo para fora do escritório e fechou a porta em seguida.
Assim que o bruxo saiu, Hermione se jogou no sofá e ficou pensando no que tinha acontecido com um sorriso bobo nos lábios.

X – X – X

Depois de ser “expulso” do escritório, Snape ajeitou suas roupas e seu cabelo. Recolocou sua máscara de frieza e desceu as escadas. Foi em direção ao caixa, pagou pela refeição e saiu como se nada tivesse acontecido.

Rose e Beth observaram o homem sair e logo foram fuxicar:
- Beth, você viu o que eu vi?
- Sim... Ele saiu de lá sério. Ficaram um tempão lá em cima... Será que eles se desentenderam?
- Deixa de lerda. Você não reparou como os lábios dele estavam inchados? – Beth logo captou a mensagem e deu um sorrisinho – Vou lá ver o que sobrou da Hermione... – e rumou em direção ao andar de cima.

X – X – X

Hermione ainda estava jogada no sofá relembrando os momentos que passara com Snape. Quando ouviu uma batida na porta, despertou de seus devaneios, se ajeitou e mandou a pessoa entrar:
- Entre.
- Com licença. – entrou Rose com um sorrisinho malicioso – Vim ver se tinha sobrado algo de você.
- Rose! – e corou ao perceber a indireta – Não aconteceu nada.
- U-hum – fingindo ter acreditado – Então é melhor limpar a cara. Está borrada de batom. – Hermione instintivamente tentou se limpar, até perceber que não usara batom. Rose riu. Então, a moça se deu por vencida.
- Você me pegou – atestando a derrota.
- E você, tentando inutilmente me enganar. Eu vi o seu bonitão saindo com a cara séria, dando a entender que não havia acontecido nada. Mas eu percebi que os lábios deles estavam inchados... E então, agora é pra valer? – perguntou Rose esperançosa, se sentando ao lado da outra.
- O que é pra valer? – questionou Hermione.
- Ora! O relacionamento de vocês! Tá na cara que vocês se amam.
- Não é tão simples assim! Legalmente, eu ainda sou uma mulher casada. Mas, sabe Rose, eu... estou disposta a resolver logo essa situação. Vou procurar o Patrick e irei conversar com ele.
- Falando no dito cujo, este ligou.
- Então deve ter sido naquela hora que o Severo não me deixou atender... Não importa. Mais tarde, eu entrarei em contato com ele. Eu decidi que quero ficar com o homem que eu amo. – falou com firmeza.
- Que bom, Hermione. Se precisar de ajuda é só contar comigo. – a moça abriu um largo sorriso – Agora, me conta como foi tudo aqui. Essa carinha de felicidade deve ser resultado de coisas muito boas.
- Certo, vou te contar. Mas tudo que for dito aqui será mantido no mais puro segredo. – avisou.
- Você sabe muito bem que quando você me pede segredo, eu guardo.
- Então, o que você estava falando de mim para a Sra. Hudson?
- Eu só falei que você e o seu bonitão ficam de paquera. Mas fique tranqüila, a velha sabe guardar segredo. Ela sabe tanta coisa de tanta gente...
- Outra hora, você me conta esses segredos... Bom, a gente ficou conversando. Ele me contou algumas coisas que estavam acontecendo na vida dele... Ele pegou na minha mão, chegou mais perto e me disse coisas tão lindas... Aí, ele me beijou! Meu coração bateu tão forte que eu poderia ter tido um ataque... Sabia que ele está vindo morar na cidade? – e a conversa entre as amigas rendeu até que o trabalho chamou.


Continua....
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N/A: Esse capítulo foi em homenagem ao Dia dos Namorados. Para aqueles que sentiram falta da Mel, ela volta no próximo capítulo. Valeu pelos comentários... São bastante estimulantes. Até a próxima!


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