A Grande Torre



“Eu mato Lupin!”

Esse era o único pensamento de Harry Potter, o garoto bruxo que acabara de passar pela maior e estupenda vergonha de toda a sua vida. Escondido pelas cortinas da sua cama de dossel, ele podia ouvir os risinhos e comentários dos outros alunos e, pela primeira vez, amaldiçoava o recém adquirido dom de falar e entender francês fluentemente.

“Eu realmente vou matar Lupin!”

Atirado de costas sobre a cama, o olhar fixo na estrutura de madeira de mogno, ele repassava mentalmente todo o fatídico decorrer do jantar de boas vindas, como se fosse um filme de horror lento demais. Mesmo forçando os olhos cansados para adormecer e esquecer de tudo, ele não conseguia... As cenas retornavam, reprisando uma vez mais o seu tormento...

Ele ainda podia se ver ali, parado na porta do Salão dos Banquetes, pasmo e absolutamente congelado, sem piscar um único olho. O rapaz sabia que estavam falando dele, na verdade, rindo dele, com espasmos e gargalhadas; sabia que sua vida em Beauxbatons, que mal começara, seria a pior possível depois daquele começo aterrador; sabia que a Madame Maxime parecia profundamente desapontada; sabia que Draco teria que ser internado no Hospital St. Mungs para tratar das risadas histéricas que o arrogante garoto teria se tivesse conhecimento do que se passara ali; e, principalmente, sabia que precisava sair correndo do Salão o mais rápido que pudesse. Assim que sua mente processou estes fatos e os músculos do corpo, finalmente, começaram a reagir frente à gritaria que seu cérebro buzinava, ele fez menção em se virar e fugir para dentro do seu malão, mas a Madame Maxime foi mais rápida.

Elegantemente, com os movimentos plácidos e calmos, para alguém daquele tamanho, a Diretora de Beauxbatons se levantou. Quase como se alguém houvesse lançado um feitiço quietus no Salão, a algazarra cessou. Os alunos largaram os talheres e se viraram para a professora, as expressões sérias, a zombaria desaparecendo por completo dos rostos pueris.

- Monsieur Harry Potter – disse ela, fazendo um aceno para que o rapaz se aproximasse.

O garoto precisou levar um encontrão da velha bruxa para se mexer, o que lhe causou um espasmo assustado, pois ele se esquecera completamente da senhora que o guiara até o Salão. Meio que tropeçando nas vestes, ele andou com os passos rápidos até a Madame Maxime, tentando se esconder atrás do corpanzil da enorme professora.

- Por favor, mein petit, se acomode na mesa do monsieur Artois – pediu, apontando com um gesto empolado para um rapaz de cabelos louros, boca fina e, obviamente, trajes azuis escuros. O garoto se levantou e apontou para uma cadeira vazia ao seu lado.

Harry agradeceu a diretora com um aceno e foi para seu lugar. Os poucos passos que separavam a mesa dos professores do seu assento nunca lhe pareceram tão grandes. Um silêncio opressor dominava o lugar e o garoto notou as centenas de pares de olhos observando cuidadosamente os seus movimentos. Com um arrastar arranhado da cadeira, que arrancou um suspiro mais forte da diretora, o rapaz finalmente se sentou, baixando os
olhos para o próprio prato.

Assim que a Madame Maxime retomou seu jantar, as conversas retornaram e o ambiente ganhou mais vida, diminuindo um pouco a aflição de Harry. Ele observou com o canto dos olhos os demais alunos da sua mesa, que também pareciam constrangidos com a sua presença. Todos comiam e ele achou melhor se servir também, para que não parecesse tão anormal. Além disso, seu estômago roncava como a Orquestra Fantasmagórica, pois não colocara nada na boca desde o insípido café da manhã.

Engolindo em seco, ele cortou um pedaço de um assado que lhe parecia suculento e se serviu de batatas, enchendo o fino cálice de cristal a sua frente com suco de uva. Artois, que estava ao seu lado, se voltou para o rapaz.

- Você não quer um pouco da entrada? Acho que sobrou um pouco do fromage – ofereceu.

Harry olhou com desconfiança o prato de queijo mofado e pães ressequidos e decidiu não aceitar, agradecendo o oferecimento. O garoto aparentou um grande desapontamento.

“Pelo menos ele estava lhe tratando como uma pessoa qualquer” – pensou, desanimado, ao notar os olhares que misturavam curiosidade e despeito. Os demais se voltavam para cochichar, ou discutiam coisas em voz muito baixa e rápida. Nas outras mesas, o comportamento não era muito diferente. Por várias vezes, o garoto notara que eles o observavam, seguido rapidamente por explosões de gargalhadas e risos indomáveis.

Harry suspirou. Ele já passara por situações semelhantes antes. No segundo ano, vários alunos achavam que ele era o herdeiro de Salazar Sonserina e, seguindo a tradição do maligno bruxo, teria aberto a Câmara Secreta e libertado o terror que lá vivia. No terceiro ano, o ataque dos Dementadores lhe trouxera nova má fama, pois seus constantes desmaios sugeriam algo mais que o simples temor pelas criaturas de má índole. Finalmente, no último ano, a sua escolha no Cálice de Fogo e a obrigação de competir pela escola no Torneio TriBruxo, mesmo contra a vontade, lhe rendera mais uma saraivada de xingamentos e imprecações, que pioraram depois da morte de Cedrico. No entanto, em todas estas ocasiões, ele podia, ao menos, contar com a força e o companheirismo dos seus amigos. Agora, em Beauxbatons, ele estava sozinho e teria que arcar com as conseqüências de sua vida atribulada por si mesmo.

Além de Artois, que recebera a incumbência implícita de ciceronear Harry, somente outro rapaz prestava atenção no garoto inglês. Ele deveria estar no segundo ano da escola, os cabelos castanhos muito pálidos e espetados, quatro pintas sardentas e protuberantes saltando em cada face, praticamente não comera mais desde que Potter se sentara. Harry já o notara, mas como já chamara a atenção demais, decidira ignorar o olhar bisbilhoteiro do rapaz.

- Porque você está se vestido como uma menina? – perguntou ele, em um rompante.

Harry se engasgou com uma colherada de batatas e precisou tomar um grande gole de suco para parar de tossir. Imediatamente, a mesa silenciou e dez pares de olhos estavam voltados para ele. Como não havia outra possibilidade, ele resolveu contar a verdade de uma vez.

- Meu... hmmm... – começou Harry, hesitante. Não sabia como definir seu relacionamento com Remo Lupin. Não se sentiria à vontade em comentar que ele fora professor de Hogwarts, afinal, o engano dele respingaria na fama da escola. De qualquer forma, ele era muito velho para ser chamado de amigo, apesar de nutrir, até o início da noite, uma grande simpatia por ele.

- Meu tutor... – disse, por fim, inventando uma mentira que achava ser convincente - ...comprou as vestes em Londres. Ele não sabia que havia dois tipos de vestes e acho que o vendedor também não – tentou se justificar.

O garoto sardento ergueu as sobrancelhas e fez um ar expressivo, como se compreendesse a situação do rapaz. Os demais o observaram com uma fina incredulidade.

- Não conhecem nossas vestes em L'Angleterre? – perguntou uma menina de olhos amendoados, com ar superior e uma expressão de desdém que fez o sangue de Harry ferver.

- Não, a maioria de nós nunca ouvira falar de Beauxbatons antes do torneio TriBruxo – respondeu bruscamente, irritado. Rapidamente, ele notou que atingira o alvo. A menina adquiriu um leve tom púrpuro e o rapaz podia jurar que uma fumacinha escapava pelas suas orelhas alvas.

- Seu tutor deve ser um mat, um imbécile – vociferou ela, largando os talheres dourados na mesa.

- Ele é um lobisomem – respondeu, simplesmente.

A garota levou as mãos na boca e se calou, olhando pasma para Potter. Os demais também observaram o garoto com mais atenção, quase admirados.

- Meu nome é Jacques Danton – disse o rapaz sardento, estendendo o braço enorme entre os talheres e derrubando copos pelo caminho. Harry cumprimentou rapidamente o rapaz, enquanto os demais reclamavam do gesto impetuoso do colega. Logo, outros se apresentaram. Ele cumprimentou Luis Artois, o seu cicerone; ao seu lado, estavam La Fayette e Drugall, dois rapazes do quarto ano. Em frente, Lambert e Saint-Antoine seriam seus colegas, pois já estavam no quinto ano. Danton, como Harry suspeitava, estava no segundo ano, assim como Lévy. A menina que chamara Lupin de imbecil não se apresentou, bem como suas duas amigas, que trocavam olhares nervosos e lançavam expressões taciturnas e malevolentes para o garoto. Harry deu de ombros. Conseguira conversar com sete pessoas entre dez. Para seu atual leque de amizades, incluindo Hogwarts, ele estava se saindo muito bem.

O resto do jantar transcorreu um pouco melhor. A questão das vestes fora esquecida, pelo menos naquela mesa; os alunos de Beauxbatons estavam mais interessados no Torneio TriBruxo e na performance da sua representante, Fleur Delacour.

- Ela não devia ter sido escolhida – resmungou a menina de orelhas brancas, se intrometendo na conversa.

- Porque não? – perguntou Saint-Antoine, o rapaz do quinto ano, os olhos azuis enrugados e as sobrancelhas grossas levemente soerguidas.

- Ora, ela não devia ser muito boa, não é óbvio, mon enfant? – respondeu a garota, encarando de leve os olhos de Harry, que trincou os dentes.

- Ela ficou em último e nem conseguiu terminar aquele labirinto ridicule – chilreou uma das amiga, a voz fanhosa arranhando os ouvidos de Harry.

- Ela foi atacada por Krum – disse o rapaz, bufando e encarando as três companheiras – E eu acho que ela foi muito bem... para uma garota – completou, sentindo uma mistura insana de raiva com desapontamento. Era óbvio que, em outras circunstâncias, ele nunca repetiria estas palavras. Ele conhecia muito bem a grande bruxa que Hermione era para ter estes arroubos de superioridade masculina. No entanto, aquela garota tinha o dom de tirá-lo do sério e sua paciência estava reduzida à bem pouco depois dos últimos acontecimentos.

Como era de se esperar, a menina babou de raiva, as unhas compridas praticamente arrancando um pedaço da madeira da mesa.

- Para alguém que se veste como uma garota, você está muito saliente, menininho!

As duas amigas deram gostosas gargalhadas enquanto o sangue de Harry fervia até o ponto de ebulição. Os demais observavam, atônitos, o embate verbal se desenrolar.

- Isso foi um engano! – vociferou Harry, puxando a manga azul com força.

- É o que você diz, queridinho...

Felizmente, Harry não conseguiu cobrar explicações da garota. A Madame Maxime acabara de se levantar, dando o banquete como encerrado. Logo, o barulho dos talheres foi substituído pelo levantar das cadeiras e o passar dos alunos. O garoto se virou para onde estavam as três meninas, mas mal vislumbrou as suas capas esvoaçantes desaparecerem atrás da turba. Ele bufava de raiva, emburrado e muito mal humorado. Os seus companheiros de mesa também se despediam e o garoto notou que, pouco a pouco, o Salão dos Banquetes estava ficando vazio. Decidido a não dar mais nenhum fora, pelo menos hoje, ele resolveu acompanhar os garotos, quando foi puxado por uma possante e forte mão.

- Monsieur Potter? – disse a voz, que parecia muito mais fazer uma afirmação do que uma pergunta.

O rapaz se virou para encarar um jovem senhor, vestido elegantemente com um longo casaco azul escuro de botões dourados, colete e calças beges justas, botas pretas de cano alto e uma camisa branca de gola emplumada. Ele usava os longos cabelos de um castanho escuro presos por um nó de tecido preto e encarava o rapaz com os olhos seguros e tranqüilos.

- Madame Maxime deseja lhe falar – disse o homem, se virando quase que imediatamente. Harry entendeu a deixa e saiu do Salão atrás do seu acompanhante. Eles desceram novamente as escadas e seguiram por um amplo corredor de colunas prateadas e arcos róseos. Atravessaram várias alas mal iluminadas e vazias, saindo para o pátio interno do Castelo. O garoto respirou o ar fresco da noite com satisfação, desanuviando a sua mente, enquanto o seu guia o levava por entre as cisternas e depósitos, se aproximando da Grande Torre.

Com um movimento rápido da varinha e murmurando algum feitiço que Harry não entendeu, ele abriu a pesada porta de ferro engastada na pedra, entrando em um hall de tochas flamejantes e tapetes persas fofos e convidativos. À esquerda, uma escada de pedra subia serpenteando para cima.

- Vamos subir – informou o homem, apontando para a escada. Harry o acompanhou, sentindo, lentamente, o cansaço dominá-lo novamente. A escadaria não chegava a lugar algum! Não havia janelas, nem portas, somente um número infinito de degraus. Pisando um por um, eles subiram e subiram, iluminados por tochas intermitentes que lançavam sombras perturbadoras para trás. Harry seguiu sempre para cima, sem descanso.

“Não há a mínima dúvida de que vamos galgar até o alto da Grande Torre” – pensou, desanimado, marchando cada vez mais para cima. Quando ele imaginou que suas pernas já não conseguiriam forçar mais um único passo, a escadaria acabou, formando um pequeno terraço coberto, onde duas cadeiras de veludo vermelho guarneciam a entrada de uma colossal porta. O homem que o acompanhava bateu três vezes na madeira, que se abriu sem nenhum rangido.

Harry foi conduzido para o escritório mais jactante e galhardo que jamais vira. Ele era ovalado e resplendia a incenso e afetamento. Duas colunas romanas douradas sustentavam a cúpula em abóbada, onde uma pintura enfeitiçada imitava o percorrer esguio das estrelas em uma via-láctea miniaturizada. As paredes de mármore esbranquiçado eram cobertas por cortinas de seda de várias cores, presas em balaústres dourados e ilhoses de prata polida. Baús orientais, com arabescos que dançavam em feixes de cobre, estavam espalhados pelo ambiente, no meio de enormes almofadas de cetim brilhante e tapeçarias felpudas. Atrás de uma mesa de carvalho do tamanho de um carro médio, a opulente Madame Maxime despachava com duas assistentes, que corriam de um lado para o outro, consultando pergaminhos em uma biblioteca anexa ou redigindo documentos com a caligrafia harmoniosa.

A diretora da escola Beauxbatons demorou alguns minutos conversando em voz baixa com a primeira assistente, antes de se virar para os convidados.

- Professor Aubrey, muito obrigado por conduzir nosso jovem étudiant até minha presença – disse, com a voz pastosa e educada.

O mestre respondeu ao agradecimento com um leve aceno e se retirou, deixando o garoto para trás. Harry encolheu os braços, tentando se esconder, apesar de saber que essa era uma tarefa impossível. Por alguns momentos, a diretora o encarou com os olhos pensativos.

- Dumbly-dorr me pediu para que sua chegada fosse a mais discreta possível – disse, afinal, depois de pigarrear alto.

Harry suspirou. Era óbvio que, depois das trapalhadas de Lupin, até mesmo os alunos de Durmstrang estariam sabendo da entrada apoteótica do rapaz em Beauxbatons. A diretora não tinha como frear as fofocas entre os alunos e, muito menos, interceptar todas as corujas que tivessem notícias nada animadoras sobre o garoto.

- No entanto, creio ser evidente que tudo isso não passa de um equívoco – disse ela, apontando com um dedo, tão grande quanto a empunhadura de uma raquete, para as roupas do garoto.

O rapaz acenou afirmativamente com convicção, explicando o engano do ex-professor Lupin.

- Bem, o que está feito, está feito – disse ela, com a expressão carrancuda e levemente aborrecida – Juliette! – chamou, batendo com uma piteira prateada na grande mesa.

A segunda assistente, uma bruxa novinha, provavelmente recém formada, se apresentou rapidamente, os longos cabelos cobreados descendo suavemente pelas costas do vestido laranja.

- Mande uma coruja para Mademoiselle Dijeon, minha menina. Peça três conjuntos completos de vestes masculinas para Monsieur Potter – ditou, enquanto encarava o garoto – Tire as medidas dele – acrescentou.

Juliette se aproximou rapidamente de Harry, quase tropeçando nas almofadas e tirando um suspiro mais forte da Madame Maxime. Ela sorriu e mediu completamente o garoto, usando uma trena auto-adesiva e escrevendo os resultados ditados em um pergaminho oficial, o selo de Beauxbatons brilhando no canto.

- Enquanto suas novas vestes não chegam, Monsieur Potter, é melhor usar suas roupas normais – sugeriu, erguendo uma sobrancelha para o rapaz.

Harry assentiu, agradecendo a generosidade da diretora, que dispensou o rapaz com um gesto, retornando imediatamente para suas outras ocupações. O garoto estava se virando para a porta, quando se lembrou da carta de Dumbledore.

- Madame Maxime – chamou, enquanto puxava o pergaminho das vestes.

A diretora o encarou, mordendo os lábios.

- O professor Dumbledore lhe mandou uma carta – disse ele, segurando a correspondência na mão direita.

- Iréne – ordenou ela, fazendo saltar a primeira assistente, uma bruxa bem mais velha e empertigada, o vestido chumbo combinando com os cabelos grisalhos e a expressão carrancuda. Ela praticamente arrancou a carta das mãos de Harry e a levou, diligentemente, até os dedos ossudos da Diretora, que puxou um pequeno monóculo para ler. Depois de passar os olhos pelo pergaminho, dobrou a carta cuidadosamente e guardou numa espécie de porta rapé de chifre e metal dourado.

- Mais alguma coisa? – insistiu ela, ao notar que o garoto continuava ali.

- Não... Nada, boa noite, Madame – respondeu, rapidamente, fazendo uma leve mesura e praticamente correndo para fora, onde o professor Aubrey o esperava, recostado em uma das cadeiras rubras.

O garoto mal lembrava da descida extenuante até o pátio, bem como o complicado caminho até o Campanário que o levaria até o dormitório masculino. Cansado e respirando com dificuldade, ele seguiu a indicação do professor pelos corredores escuros dos quartos, tropeçando em malões e camas, chegando, finalmente, ao seu leito, onde largou o corpo cansado. Retirando com sofreguidão as malfadadas vestes, recolheu os outros pares e as enfiou bem no fundo do baú, tencionando jogar na face de Lupin na primeira oportunidade.

Assim como em Hogwarts, apesar da hora de dormir já ter sido anunciada há um bom tempo, os alunos continuavam conversando. Afinal, esta era a primeira noite na escola e havia muito papo para ser colocado em dia, principalmente depois da chegada inesperada do novo aluno inglês.

Chateado e fazendo planos para esganar Lupin, o garoto se enfiou debaixo dos cobertores, cobrindo a cabeça com o travesseiro, tentando chamar, desesperadamente, um sono que não vinha. No meio da madrugada, quando só o silêncio imperava no dormitório, o rapaz finalmente adormeceu.

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