Largo Grimmauld nº 12



Largo Grimmauld nº 12

Quando Remus acordou no dia seguinte, Tonks já havia saído. Ao seu lado encontrou uma rosa vermelha e um bilhete “para o meu verdadeiro e único amor, da sempre sua, Nym”.

Ele saiu do quarto levando a flor, tinha um sorriso sonhador nos lábios e havia acabado de cheirar a rosa quando entrou na cozinha.

-- É vejo que a noite foi boa Moony! – disse Sírius que preparava o café-da-manhã – já ia lá te chamar, não podemos perder a hora do encontro com Dumbledore – continuou casual.

Remus ficou constrangido, não que tivesse vergonha só não gostava de comentar sua vida sexual, principalmente quando Tonks estava obviamente envolvida. Eles não viviam mais na idade média, mas muitas pessoas ainda achavam que os homens deveriam ter como meta levar suas namoradas para cama e as mulheres tinham que resistir, quando cediam eram mal vistas. De uma forma geral todos fingiam não ver que os casais tinham relacionamentos íntimos antes do casamento e instintivamente ele tentava proteger Nimphadora de comentários. A reação ao comentário de Sírius era um simples reflexo.

-- Não sei do que está falando – disfarçou escondendo a rosa vermelha no bolso.

Sírius sorriu, ele não ia deixar passar mais uma chance de implicar com o amigo.

-- Se fosse só pela sua cara de bobo, a rosa vermelha, as olheiras ou o sorriso de Tonks você até podia tentar me enrolar – riu de novo ao ver que Remus parecia querer encontrar justificativas “dignas” para cada uma das observações dele – mas vocês se esqueceram de lançar o feitiço silencioso no quarto ontem, então...

-- Padfoot!! – Remus estava paralisado – você quer dizer que ouviu tudo?!

-- Não! Tudo não, Moony.

Remus soltou a respiração.

-- Só a melhor parte – completou colocando tudo que havia preparado sobre a mesa como se estivessem discutindo a última temporada de quadribol.

Sírius não havia gostado muito de ouvir a transa de seu amigo e sua prima. Os sons lhe trouxeram lembranças da única noite que passou com Tonks e ele não achava muito correto ficar excitado com essas lembranças, até porque agora ela estava com Remus. Mas ele era do tipo que perdia o amigo – no sentido figurado é claro – mas não perdia a piada. Não ia deixar barato!

-- Por Merlin, Sírius! Você está brincando não está? – escondeu o rosto nas mãos.

-- Moony! Deixe de besteiras! Até parece que vocês fizeram algo errado – falou confirmando com um aceno – Se alguém estiver demais aqui sou eu – fez aquela cara de cachorrinho abandonado – mas pode deixar...

-- Não Padfoot! – interrompeu rapidamente – você é bem vindo, pode ficar o tempo que quiser!

Sírius sorriu e agradeceu com a cabeça.

-- De qualquer forma provavelmente iremos para a Mansão Black logo – completou agradecendo que tivesse conseguido mudar de assunto.

-- É verdade – falou pensativo – só me lembre de lançar um feitiço silencioso permanente no seu quarto.

-- Sírius!!

Ele riu alto. Remus respirou fundo.

-- Você ouviu mesmo?

Sírius balançou a cabeça confirmando e ensaiou uma cara de constrangido que não enganava ninguém.

-- Acho até que ouvi você uivar.

-- Não! Isso você não ouviu não!

Sírius gargalhou, Remus apenas sorriu. Ele tinha certeza de que não tinha uivado, apesar de em alguns momentos ter tido essa vontade. O amigo tinha razão ele não deveria se envergonhar de fazer amor com a sua namorada. Apenas fez uma anotação mental de ser mais cuidadoso nas próximas vezes.

-- Não precisa se preocupar Padfoot, quando eu desocupar esse apartamento Nym irá alugá-lo.

-- Moony, você não era assim – tentou manter a cara de chocado, mas terminou rindo. – Vou ter uma conversinha com a minha prima, ela está levando você para um mau caminho – balançou a cabeça teatralmente, desolado – acho que vou exigir dela no mínimo um noivado – falou decidido.

Remus o olhou surpreso. O amigo só podia ter enlouquecido, Ted Tonks era capaz de surtar se ele pedisse a moça em casamento. Apesar de saber que a situação deles era um tanto óbvia, noivado e casamento eram coisas muito sérias e ele não sabia o quanto a licantropia dele poderia atrapalhar a vida dela.

-- Você pode ficar mal falado, Moony! Eu me preocupo com você. – ele respirou um pouco aliviado, era mais uma brincadeira de Sírius – Não! Nada menos que um noivado – falou categórico.

Remus o olhou balançando a cabeça, tentando manter a seriedade levantou-se e saiu para se arrumar. Tentou ignorar mais uma gargalhada de seu amigo.

**********************************************************************

Por medida de segurança Remus aparatou Sírius em sua forma anímaga para o Largo Grimmauld. Dumbledore e Snape já os aguardavam lá.

Aproximaram-se da porta do nº 12, Sírius encostou a varinha nela, murmurou um feitiço e esta se abriu. Os quatro entraram e assim que a porta se fechou disseram juntos:

-- “Lumus” – quatro pontos brilhantes surgiram.

A casa tinha uma incrível quantidade se poeira e aquele cheiro de que estava fechada há décadas.

-- Alvo você sabe há quanto tempo minha mãe morreu? – perguntou Sírius sem emoção.

-- Há cerca de dez anos – respondeu Snape. Sírius e Remus o olharam interrogativos – Foi Narcisa que organizou o velório e o enterro. Fiquei sabendo – deu de ombros

-- E o que mais soube? – Perguntou Remus.

Snape sabia ser irritante quando queria e Sírius andava muito impaciente. Lupin queria impedir que os dois brigassem.

-- Depois que retiraram a Srª Black a casa se trancou magicamente e ninguém mais conseguiu entrar. Lucius chegou a procurar informações, já que era sabido que a sua mãe – olhou para Sírius – o havia retirado da tapeçaria da família – Sírius o olhou indiferente – Ele imaginou que isso significava que você havia sido deserdado.

-- Não acredito que o Malfoy tivesse interesse nessa casa – disse com uma gargalhada-latido.

-- O interesse dele não era na casa, Black! – continuou Snape – Mas se você e Andrômeda tivessem sido deserdados, Bellatrix e Rodolpho estando em Azkaban, tudo seria de Narcisa.

-- Ah sim! Ele estava de olho no Gringottes – então olhando para Dumbledore – Eu sabia que minha mãe não me deserdaria oficialmente, não depois da morte de Regulus. Sei que ela me odiava, mas eu sou o último que tem esse maldito nome. Minha mãe o prezava demais, até mais que meu pai. Eu soube que meu pai era noivo de uma moça e quando o noivado foi rompido – olhou para Snape – minha mãe procurou meu avô e meu bisavô e prometeu a eles que colocaria seus nomes em seus filhos se eles apoiassem seu casamento com meu pai. Adoro pensar que ela teve muito que explicar quando se encontrou com eles – riu novamente – por eu ter ido parar na Grifinória.

Dumbledore também sorriu e concordou com um aceno.

-- Você conseguiu entrar na casa, mas seria bom termos mais uma prova de que a casa é realmente sua.

Eles ainda estavam parados no hall quando ouviram um barulho de passos arrastados e murmúrios. Os quatro se puseram em posição de combate virando para o lado de onde vinha o som, então viram um velho elfo doméstico vestindo apenas uma toga amarrada a cintura.

-- Quem serão esses que invadem a casa de minha senhora? – falava como se pensasse alto – Há dez anos ninguém vem aqui! Serão ladrões?! Monstro não vai deixar eles mexer nos tesouros de sua senhora!

-- Venha cá monstro – Sírius falou imperativo, porém com um sorriso.

O elfo parou onde estava, ensaiou um pulo como se tivesse levado um susto.

-- O que o senhor deseja meu senhor? – fez uma reverência, baixou a voz – quem é esse que acha que pode dar ordens a Monstro?

-- Não me reconhece Monstro?! – O sorriso cada vez mais largo – Sírius Black – reforçou o ‘Black’.

Monstro deu um guincho, tapou as orelhas grandes e pontudas com as mãos.

-- Não! O traidor da nobre família dos Black! O assassino que foi levado para Azkaban! Não! O que ele faz aqui?! A senhora de monstro não vai gostar de saber que ele está aqui!! – começou a andar na direção contrária a que estavam os homens – Tenho que avisar a minha senhora!! Rápido!

-- Pare monstro! – Sírius falou alto.

O elfo parou no meio do passo como se tivesse sido atingido por um feitiço. Sírius olhou para Dumbledore que apenas concordou o elfo não poderia ir contra uma ordem direta de seu legítimo dono.

O elfo deu um novo guincho e começou a pular no mesmo lugar puxando suas orelhas com raiva.

-- Monstro não quer! Não quer obedecer ao filho desnaturado! O que a senhora de monstro vai pensar dele quando souber! Não! Monstro não quer!! Não quer!!

Ao mesmo tempo em que o elfo começou a gritar, eles ouviram um segundo grito, esse agudo. Viram numa parede do outro lado da sala um quadro em tamanho natural com uma mulher que se movia alucinadamente como se quisesse agarrar alguém e levar para junto dela. Ela fixou o olhar nos homens do outro lado da sala.

-- VOCÊ! TRAIDOR! Como se atreve a voltar aqui! Você desonrou o nome da família! Traidor!

-- Cale a boca Monstro! – gritou Sírius e ao mesmo tempo apontava a varinha para o quadro e dizia “estupefaça”. A Srª Black foi atingida por um raio vermelho e desmaiou contra a moldura do quadro.

O elfo continuava a puxar as orelhas e a bater o pé no chão, mas não fazia qualquer outro som.

-- Sua mãe sempre foi uma mulher simpática, Black – falou friamente Snape.

-- Acho que não há mais dúvidas Dumbledore – falou ignorando o professor de poções. O diretor concordou.


Os quatro seguiram para a cozinha que era subterrânea, Dumbledore e Snape sentaram-se enquanto Sírius e Remus reviravam os armários a procura de copos e alguma bebida. O dono da casa já havia encontrado uma garrafa de Firewisky fechada quando Remus abriu o último armário e de lá saiu uma bela lua cheia que pairou acima dele. Os três outros homens o olharam, ele deu um suspiro puxou sua varinha dizendo “riddikullus”. A lua tornou-se um balão de gás que estourou. Voltou em direção à mesa trazendo os copos.

-- Só mesmo um grupo de cabeças-ocas do terceiro ano para não descobrir o seu segredo depois de ver o seu bicho papão, Lupin!

-- Nem todos eram cabeças-ocas, Severus. – respondeu tranquilamente já colocando o Firewisky nos copos – Hermione descobriu ajudada, é claro, pela redação que você mandou fazer. – sorriu brevemente – Lily descobriu da mesma forma.

Snape o fitou um pouco mais de tempo do que seria necessário e Remus teve certeza de ver um breve elevar do canto dos lábios do sisudo professor de poções.

Após beberem o Wisky e discutirem alguns detalhes Dumbledore fez um feitiço “Fidelius” na Mansão Black do qual ele seria o fiel. Eles também protegeram a lareira de forma que se pudesse utilizá-la para viajar e conversar, sem que pessoas indesejadas entrassem por ela.

Ficou decidido que Remus e Sírius se mudariam para a casa no dia seguinte, Dumbledore disse que pediria aos Weasley que viessem também o quanto antes. Foi de Snape a idéia de que Hermione Granger também deveria vir o mais rápido possível.

-- E Harry? Quando poderemos trazê-lo? – perguntou ansioso.

-- Ainda é cedo, Sírius – respondeu tranquilamente o Diretor.

-- Alvo você sabe que aqueles tios dele são horríveis! – bufou – Eu me lembro o pouco que Lily falava da irmã. Eles são o pior tipo de trouxa que pode existir – os outros três o olharam curiosos – E não me olhem assim! Vocês sabem que eu não tenho preconceitos! – disse na defensiva.

-- Eu sei Sírius! – disse sorrindo – Mas acredite, eu preciso que ele fique um pouco mais.

Snape se despediu e Remus disse que iria até um mercado próximo comprar coisas essenciais para tornar aquela casa habitável.

**********************************************************************

-- Está querendo me dizer algo Severus? – Remus perguntou logo que saíram do alcance do ouvido dos outros dois.

-- Não! Porque estaria? – frio com sempre.

Remus deu de ombros.

-- Percebi seu olhar surpreso ao me ver com Nymphadora na reunião da ordem. – tranqüilo.

-- E você continua vivo depois de chamá-la assim? Agora estou surpreso! – sarcástico.

-- Não a chamo assim quando estou com ela. Mas também não a chamo de Tonks, Severus. Nós estamos namorando. – Falou olhando o outro homem, avaliando as reações dele.

-- E Black não ficou com ciúmes? – novamente sarcástico.

Remus o avaliou por alguns segundos imaginando exatamente o que ele queria dizer com aquela pergunta, ele não tinha como saber do caso de Tonks e Sírius, portanto o comentário deveria ser apenas para irritá-lo.

-- Nym e Sírius se dão muito bem – Snape o olhou pensando que essa estória de apelidos só podia ser coisa de grifinórios. Ridículo! Remus continuou – E Andrômeda me aprova – Fixou o olhar no Sonserino, um tanto desafiador.

Snape teve que se controlar muito para não cair na gargalhada. O Lobisomem estava com ciúmes! Remus Lupin sempre pareceu muito centrado, não era o tipo de quem se espera uma crise de ciúmes. Porém o mais engraçado era ele vir avisar a Snape que eles estavam juntos, como se considerasse a hipótese dele ser um rival.

-- Muito bem então – balançou a cabeça – Parabéns! – não desviou o olhar de Lupin, deixando claro que não tinha nenhum interesse na namorada dele.

Os homens se encararam por alguns segundos, então Snape
fez um cumprimento rápido e saiu balançando suas vestes.

Remus ficou parado por alguns minutos se perguntando o que estava acontecendo com ele. Ele havia percebido o olhar de espanto de Snape na reunião da ordem, mas isto era de se esperar, de onde ele havia tirado a idéia de que o sonserino poderia querer algo com Tonks? Balançou a cabeça recriminando-se, ele precisava se controlar, ou daqui a pouco estaria rosnando para qualquer homem que olhasse para sua namorada. E se tratando de um lobisomem isso não era pouca coisa.

**********************************************************************

Dumbledore e Sírius permaneceram na cozinha após a saída dos outros dois. Na época do nascimento de Harry, James e Lílian haviam contado ao padrinho do menino sobre a profecia. O diretor imaginava isso e contou a Sírius sobre o feitiço que protegia Harry enquanto ele estivesse sobre os cuidados da irmã de Lílian, mesmo que Petúnia não o amasse ela estava ligada a Harry pelo sangue e o havia aceitado isto selou o feitiço.

-- Sírius, enquanto Harry puder chamar de sua aquela casa, lá ele não poderá ser tocado. – o anímago olhava o Diretor tentando assimilar todas aquelas informações. – Eu sei que ele sofreu muito vivendo com aqueles tios. Facilmente eu arrumaria alguém para criá-lo, mas a prioridade era mantê-lo vivo.

Sírius concordou um pouco triste, estava louco para ter Harry perto dele. Já havia perdido quatorze anos de convivência com o afilhado.

-- Não quero que conte nada a ele – falou o Diretor – por enquanto – completou ao ver o olhar surpreso de Sírius. – Depois que ele vier para cá nós veremos o que ele pode saber. Você não pode esquecer, ele é um jovem inteligente, muito corajoso e poderoso, mas ainda fará quinze anos. – Os olhos azuis de Dumbledore brilharam e Sírius sorriu. Ele tinha que parar de achar que Harry era James e que eles estavam de volta a Hogwarts.

Pouco depois Remus voltou e o diretor se foi. O restante do dia foi usado para limpar e tornar habitável dois quartos e a cozinha.

No dia seguinte Remus fez sua mudança para o Largo Grimmauld e Tonks para o apartamento que era dele.

Ted Tonks não gostou nenhum pouco de sua filha ir morar sozinha e no apartamento que tinha sido do namorado. Depois da mudança ele fez questão de checar se Remus não estava mesmo mais morando lá. Nimphadora nem se deu ao trabalho de discutir com o pai. Andrômeda estava com o coração apertado, mas sabia que em algum momento teria de cortar o cordão umbilical.

Apesar da dupla mudança às seis da tarde Remus e Tonks chegaram ao três vassouras. Foi uma noite muito agradável e Carlinhos pode perceber que o namorado da amiga estava mais relaxado com a presença dele. Riu internamente de imaginar como a moça moleca e desencanada estaria lidando com um namorado ciumento.

Apenas alguns dias depois os Weasley chegaram a casa. Remus e Tonks ficaram encarregados de buscar Hermione na casa dos pais dela. Naquela mesma noite Dumbledore conversou com os dois lhes avisando que Harry ainda não poderia vir e que eles não deveriam mandar nenhuma informação importante para ele, pois as corujas poderiam ser interceptadas. A grifinória ainda tentou argumentar que Harry poderia fazer uma besteira se ficasse isolado e sem notícias, mas Dumbledore não lhes deu alternativa.

Por mais que não se fosse preconceituoso era difícil não desconfiar de um lobisomem, porém foram necessários apenas dois dias de convivência para que Molly Weasley percebesse que Remus era uma pessoa maravilhosa. E convenhamos Dumbledore poderia ser um pouco excêntrico, mas não era nenhum louco irresponsável e se ele confiava em Remus porque todos não deveriam confiar também.

Assim que teve oportunidade a Srª Weasley pediu a Tonks que ela e Remus fossem discretos em seu namoro por causa das ‘crianças’, a moça tranqüilizou Molly dizendo que inclusive não ficaria morando na sede. Porém rapidamente a auror se tornou figura fácil entre os residentes da casa e também muito amiga de Hermione e Gina. Mesmo assim as meninas não sabiam do namoro entre a auror e o ex-professor.

******************************************************************************

Olá Amigos! Eu sei que depois dos muitos meses sem aparecer vcs mereciam um capítulo mais emocionante. Infelizmente era esse simples capítulo de ligação o que eu tinha para colocar. O Próximo já está pronto. Não vou prometer nada, mas tentarei colocá-lo em breve.

Obrigado pela força que continuam me dando. A fmília vai bem e o meu pequeno Black fará 3 meses no próximo dia 11. Ele é a coisa mais fofinha do mundo, mas dá um trabalho enorme. Deixe eu correr pq ele está me chamando (chorando!!!). Um beijão para todos e até breve (espero!!!!)

Diana Black

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.