A nova Ordem da Fênix



Na data e hora marcada, Remus, Tonks e Sírius aparataram próximo ao local combinado. Sírius assumiu sua forma anímaga e aguardou do lado de fora. Remus e Tonks entraram na casa e seguiram para o maior cômodo que havia sido limpo, arrumado e provavelmente magicamente ampliado. Já estava bem cheio.

Tonks levou um susto quando viu Kingsley Shacklebolt entre os membros da ordem. Ela só não se escondeu de baixo da mesa porque o auror conversava animadamente com o Sr. Weasley e Estúrgio, o que a fez ter certeza de que ele não estava ali por acaso.

Assim que Tonks e Remus entraram, Carlinhos veio cumprimentá-la.

-- Tonks?! – falou alto o rapaz ruivo que se aproximou rapidamente lhe abraçando pela cintura e dando um beijo estalado em seu rosto.

Ela estava tão atordoada com a presença de seu superior naquela reunião que nem reagiu a recepção de seu antigo amigo.

-- Não sabia que você também fazia parte da ordem!

-- Eu não sabia que Ele – apontou na direção de Shacklebolt – fazia parte da ordem. Você sabia Remus?

Só então olhou para o namorado que estava visivelmente irritado com a recepção “calorosa” de Carlinhos a Tonks. Eles ainda estavam de mãos dadas, porém só naquele momento é que o ruivo percebeu que eles formavam um casal. Rapidamente soltou-a do abraço e estendeu a mão para o homem, cumprimentando-o.

-- Carlos Weasley! Eu e Tonks fomos colegas em Hogwarts.

Remus tentou controlar seu ciúme recriminando-se. “Controle-se você está parecendo um adolescente”.

-- Remus Lupin! – apertou a mão do outro. Em seguida respondeu a questão da namorada. – Não sabia que Shacklebolt fazia parte da ordem, mas se está aqui. – deu de ombros.

-- Tonks querida! Há quanto tempo! Você está ótima! – falou uma animada Sra. Weasley.

A auror relaxou um pouco, afinal se o outro estava ali a conversando com Arthur devia ser porque também fazia parte do grupo. Sorriu.

-- É verdade, Molly! Não nos vemos desde a formatura quando Carlinhos fugiu para a Romênia. Eu avisei a ele que não precisava se preocupar com meu pai... – deu de ombros sorrindo.

O ruivo ficou com uma cor mais semelhante aos seus cabelos.

-- Tonks!! E não foi nada disso, você sabe que eu sempre adorei dragões. – Falou sério, olhando de lado para Remus tentando imaginar se deveria se preocupar com o namorado da amiga.

A Srª. Weasley olhou o filho com reprovação, mas Tonks riu do constrangimento dele e então apresentou o namorado.

-- Este é Remus Lupin, Molly. Meu namorado.

Ela conseguiu disfarçar rapidamente o susto, não havia conhecido Lupin pessoalmente, mas todos os pais souberam que o Professor de DCAT do ano anterior era um Lobisomem. Carlinhos tentou desviar o assunto.

-- Como você veio parar na ordem da Fênix, Tonks?

-- Você lembra quem é meu primo? – Sorriu.

Tanto Carlinhos quanto Molly arregalaram os olhos.

-- Sírius Black! – Falou o rapaz surpreso.

-- Exato! Desde que fugiu de Hogwarts no ano passado que estamos em contato. Foi assim que conheci Remus, pois eles eram amigos desde a época da escola. – abraçou o namorado pela cintura e lhe deu um beijo no rosto.

-- Mamãe contou que Dumbledore o apresentou no dia da última prova do Torneio Tribruxo. Ele não veio com vocês? – perguntou tranqüilo.

-- Veio – então baixando a voz – Está esperando para entrar com o Diretor.

Como que esperando apenas por aquele comentário, Dumbledore entrou seguido por Sírius Black e Severus Snape.

A reunião transcorreu sem maiores complicações. Todos ali confiavam muito no Diretor e aceitaram a palavra dele de que Sírius era inocente e de que Severus estava ao lado deles – apesar de continuar freqüentando o círculo de Voldemort. Muitos ali já conheciam Remus, mas depois de um assassino procurado e um Comensal da Morte, ter um lobisomem como colega de luta não era nenhum absurdo.

Dumbledore também disse que estavam procurando um local seguro para usarem como sede.

O Diretor apresentou Sírius a Shacklebolt, já que este continuava responsável pela captura do anímago. Ele disse que informaria a Scrimgeour, chefe da sessão de aurores que Black havia saído do país. Tonks e Remus se aproximaram deles.

-- Srta. Tonks! Que surpresa encontrá-la aqui – riu deixando claro que não era nenhuma surpresa a presença dela ali.

-- Desde quando está na Ordem Kingsley? – sorriu amarelo – Quase morri de susto quando o vi aqui!

-- Sem dúvida menos que você. Sempre achei a fuga de Black de Hogwarts muito estranha, teve a sua monografia com dados difíceis de se obter...

-- Tive grande ajuda né Priminho? – abraçou Sírius pela cintura lhe dando um beijo no rosto.

O primo devolveu-lhe o carinho. Ela voltou a segurar a mão de Remus. Ele não era a pessoa mais extrovertida do mundo, mas Tonks parecia ser e em pouco tempo ele já estava mais descontraído participando da conversa e abraçando a namorada pela cintura ficando por trás dela e com o rosto encostado em seu ombro.

Dumbledore se aproximou deles seguido de perto por Snape que apenas registrou o “novo casal” com um arquear de sobrancelhas.

-- Dumbledore, estive pensando – falou Sírius – Acho que a casa que foi dos meus pais daria um ótimo quartel-general. Provavelmente está vazia.

-- A Mansão Black?! – surpreendeu-se Remus. O amigo sempre havia odiado aquela casa e tudo que dizia respeito a sua família.

-- Sei que meu pai instalou vários feitiços que impediam que os trouxas encontrassem a casa – deu de ombros – Só precisaremos instalar alguns para evitar os bruxos indesejados.

Não! Ele não queria ter que voltar para aquela maldita casa, mas era um lugar grande e que serviria perfeitamente como sede de uma organização secreta.

-- Tem certeza de que a casa é sua, Sírius? – Perguntou Dumbledore, parecendo ter gostado da idéia.

-- Era de meu pai e eu sou seu único filho vivo. Só se eu morresse sem herdeiros é que ela passaria para Bellatrix. – falou sem emoção.

-- Certo! Quando poderemos visitar a casa?

-- Amanhã seria ótimo! – estava mais animado, aquela inatividade o estava enlouquecendo.

-- Mas logo amanhã – falou Tonks chateada – Amanhã eu não poderei ir! Sou louca para conhecer a Mansão Black.

Snape a olhou curioso. Sírius riu dela.

-- Se Dumbledore o aprovar você vai é ficar cheia daquele lugar!

Dumbledore também sorriu para a moça de cabelos cor-de-rosa.

-- Então nos encontramos amanhã em frente à casa, nove horas está bom para você, Sírius? – ele concordou e o Diretor completou – Largo Grimmauld n°12, Londres, Certo? – Sorriu.

Remus, Tonks e Sírius ficaram sem palavras enquanto ele se afastava.

Logo Carlinhos se aproximou deles.

-- Tonks, não vai me apresentar seu primo? – Sorriu – Afinal não é todo dia que se pode conhecer um foragido da justiça.

Sírius o olhou avaliando, o rapaz era obviamente um Weasley e parecia muito amigo de Tonks. Bom se ele estivesse sob forma de Padfoot talvez não rosnasse, mas com certeza não abanaria o rabo ainda!

-- Sr. Carlos Weasley meu primo preferido Sírius Black! – falou entrando na brincadeira e fazendo uma mesura.

O amigo sorriu para ela e estendeu a mão que foi apertada pelo anímago.

-- Preferido?! – Riu, então baixou a voz e falou em tom conspiratório, bem perto dela – Você contou para ele que sempre dizia que era um desperdício um cara como ele ser do mal?

-- Você nunca se conformou com isso, né Carlinhos? – Falou rindo alto

Ele lhe fez uma careta.

Remus estava visivelmente enciumado pela interação entre Tonks e o ex-namorado, mas ela não percebeu ou fingiu muito bem isto. Carlinhos, por outro lado ficou um pouco mais sério e afastou-se da amiga.

-- Quando você volta para a Romênia?

-- Daqui a dois, no máximo três dias. Queria ter mais tempo para colocarmos o papo em dia.

Remus que já havia abraçado a namorada novamente, começou a soltá-la.

-- Que tal uma cerveja amanteigada antes de eu ir embora?

“O cara estava convidando a garota dele para sair?” – Remus pensou com raiva, mas ao invés de assumir seu “posto”, ele tentou se afastar um pouco deles.

Tonks displicente segurou as mãos dele trazendo-as para sua cintura enquanto falava.

-- Amanhã estarei enrolada, mas depois de amanhã seria ótimo! – virou-se para o namorado – Para você está bem, Remus?

-- Claro! – respondeu no automático, não esperava que ela fosse incluí-lo no programa.

-- Então combinado, depois de amanhã no três vassouras as seis. – Sorriu.

Soltou-se de Remus, abraçou Carlinhos e lhe deu dois beijos no rosto. Sírius notou que o amigo desviou o olhar para um ponto inexistente no fundo da sala e que o abraço do rapaz em Tonks foi rápido.

Pouco depois os três também se foram, logo que entraram em casa, Tonks sumiu no quarto, Sírius e Remus foram para a cozinha.

-- Moony esse apartamento é alugado, não é?

-- Sim é. Por quê? – Já começando a preparar o jantar.

-- Estive pensando, se vamos usar a Mansão Black como sede provavelmente ficarei morando lá – Remus concordou com um aceno – e você poderia ir também. Aquela casa é muito grande!!

-- É talvez! – falou sem muita animação pensando que com Tonks na casa dos pais e ele na ordem eles não teriam onde se encontrar.

Ele já estava acostumado às noites que ela passava em sua casa e às vezes ficava mesmo tentado em deixá-la enrolá-lo e ficar uma ou duas a mais. Por outro lado seria uma boa economia. Remus estava novamente trabalhando, mas o patrão já estava desconfiado e ele achava que depois da próxima lua cheia provavelmente não estaria mais. Sempre havia sido difícil manter seus empregos por causa do preconceito, mas agora com as novas leis de Dolores Umbridge isto estava se tornando impossível.

-- Acho uma ótima idéia! Inclusive se Tonks quiser se mudar para lá também... – falou sorrindo sabendo que debaixo de toda aquela seriedade existia um Maroto.

Remus se sobressaltou e olhou rapidamente em volta para ter certeza de que a namorada não havia ouvido a “idéia genial” de Sírius. Aliviou-se ao ouvir o barulho do chuveiro dando certeza de que ela ainda estava no banho. Sem dúvida Nimphadora adoraria a idéia do primo.

-- Não proponha isto a ela, Padfoot. – falou baixo.

-- Por quê?

-- Acho que os pais dela não vão gostar nada da idéia dela morar na sede de uma organização secreta e com o namorado.

-- Você é muito quadrado, Moony! – disse rindo – Será que a preocupação é com Andie e Ted mesmo ou com o que os outros podem comentar?! – olhou-o de forma conspiratória, Remus apenas suspirou sem responder – Certo! Se você prefere assim eu não falo nada com ela, mas você não tem desculpas, virá morar comigo! – intimou.

Remus concordou rapidamente para mudarem logo de assunto, seus ouvidos o alertaram que o chuveiro havia sido desligado. Alguns minutos depois Tonks entrou na cozinha vestindo um short e uma camisa colorida. Não era uma roupa que ela usaria para sair, mas desde que Sírius estava hospedado com Remus ela não havia mais dormido lá. O namorado olhou-a interrogativamente, mas a moça nada respondeu.

Os três jantaram conversando sobre a impressão causada pelos membros da ordem. Assim que acabaram de jantar, Sírius levantou espreguiçando-se.

-- Vou tentar descansar um pouco – disse deitando-se no sofá e dormindo em menos de dois minutos.

Remus arrumou a cozinha sobre o olhar atento da namorada, então quando pensou em dizer que talvez estivesse na hora dela ir ela foi mais rápida.

-- Preciso conversar com você, Remus! Venha – puxou-o para o quarto e fechou a porta. – O que está havendo? – perguntou diretamente.

-- Como assim? Não sei do que está falando, Nym! – Ela parecia um pouco irritada com ele.

-- Eu percebi como você ficou quando Carlinhos me abraçou. Não acredito que você ficou com ciúmes dele, Remus. – ela estava magoada.

Agora pensando racionalmente estava se sentindo ridículo, ele nunca foi ciumento, mas também nunca esteve tão apaixonado como estava por Nimphadora. Ele não viu em Carlinhos um rival, ele apenas percebeu que o outro era o cara perfeito para sua namorada e era óbvio – na cabeça dele – que todos achavam que Carlinhos Weasley deveria ficar com Nimphadora Tonks. O rapaz era jovem, não era rico, mas tinha um bom emprego e era considerado um dos melhores no que fazia, sem falar que não tinha nenhuma maldição a assombrá-lo.

-- Eu não posso impedir que você tenha ciúmes, mas seja razoável! Ter ciúmes de Carlinhos seria o mesmo que ter ciúmes de Sírius.

Não era tão simples assim! Remus vivia em constante conflito, se achava inadequado para Tonks, mas não conseguia terminar o namoro. Ele respirou profundamente e fechou os olhos antes de falar.

-- Você está certa Nym, me desculpe! Foi mais forte do que eu – afastou-se um pouco dela.

Seu coração doeu ao imaginar que ela poderia estar pensando em deixá-lo. Sentiu ela se aproximar e virou-se para olhá-la.

-- Eu amo você Remus Lupin! – falou séria, o olhar dela era duro. – Só que a sensação de que você acha que eu vou fugir com o primeiro que passar me magoa – os olhos dela brilharam – mas o pior talvez seja a certeza de que você me deixaria ir sem lutar, Remus – duas lágrimas rolaram pela face dela – e me atrevo a dizer que você me empurraria para os braços de outro...

Ele a interrompeu com um beijo apaixonado. Remus não queria! Não podia confirmar que ela estava certa! Jamais poderia aceitar que abriria mão dela com tanta facilidade. Apesar de em seu íntimo saber que o faria.

Mais uma vez ele tentava passar para ela a sinceridade de seu amor através de seus beijos. Ela o abraçou com força, como se temesse que ele fosse escapar de seus braços, ele grudou-se ainda mais ao corpo dela.

-- Eu amo você Nym! – estava ofegante – Sei que sou um idiota, me perdoe! – Os olhos dela eram negros como uma noite de lua nova, Remus conhecia aquele olhar e ele o enlouquecia. Ele voltou a beijá-la de uma forma faminta – Eu te amo! Te amo demais – falava entre os beijos – não quero te magoar nunca!

Ela devolveu os beijos com a mesma intensidade e paixão. Em segundos as roupas estavam espalhadas pelo chão e eles se amavam com urgência, como se suas vidas dependesse da certeza do amor um do outro.

Cada vez que faziam amor Remus tinha certeza de que era melhor, se é que se pode melhorar o que já é perfeito.

Tudo parecia ter voltado a doce normalidade, eles estavam deitados um nos braços do outro, apenas aproveitando aquele momento.

-- Padfoot quer que eu me mude para a sede com ele – disse sem desgrudar os olhos dela.

-- Não acho a idéia ruim – falou pensativa – Ele está sozinho por tempo demais, precisa dos amigos por perto. – terminou sorrindo.

-- Vou sentir falta de ficarmos assim – sorriu sedutor – sem ter que se preocupar com os outros.

-- E quem disse que não teremos mais um lugar como esse – retrucou com aquele sorriso que Remus classificava de “lá vem uma idéia perigosa”. – Eu posso alugar um apartamento, aliás – olhou em volta avaliando o quarto – poderia ficar neste mesmo.

-- Você está querendo se mudar para cá? – surpreendeu-se

-- Não se preocupe – riu – eu espero você sair – fez uma cara fingidamente séria.

-- Você não está falando sério, está? Porque iria querer sair da casa de seus pais?

-- Ah Remus! Eu já tinha pensado em sair antes, mas eles me convenceram que eu era muito nova, depois que começamos a namorar sempre podíamos nos encontrar aqui – deu de ombros – Mas agora, com você na sede e eu lá em casa aonde iremos nos encontrar? Não gosto muito de motéis – completou pensativa.

-- Não gosta de que?! – perguntou surpreso.
-- Motéis Remus! – ela tapou a boca com as mãos e começou a rir – Você nunca foi a um motel? Eu não acredito! Aonde você levava as outras...

-- Nym! – falou sério.

Ele não gostava de comentar a vida sexual dele antes dela. Morria de curiosidade em relação aos ex dela, mas mordia a língua antes de perguntar algo justamente para não dar brecha para ela perguntar sobre as dele. Ela continuava rindo.

-- Motéis são uma espécie de hotel, só que os casais vão lá para transarem e ficam apenas algumas horas. – explicou.

-- Claro que já ouvi falar desses lugares trouxas – falou disfarçando um pouco. Ele sempre achou que esses eram lugares sombrios onde aconteciam encontros entre adúlteros e seus amantes. Não podia imaginar a sua Nym entrando em um lugar desses. – Mas porque as pessoas vão a esses lugares?

-- Alguns porque gostam, outros para quebrarem um pouco a rotina, mas muitos porque não tem outro lugar para se encontrarem. – aconchegou-se novamente a ele – Pense, se nós não tivermos mais esse apartamento, aonde vamos nos encontrar?

Ela havia chegado ao ponto. Eles estavam transando com grande freqüência e ele não tinha nenhuma intenção de reduzir isto. E apesar dos amigos saberem que eles dormiam juntos não achava legal que ela passasse noites com ele em seu quarto na sede. Também não via com bons olhos a idéia de ser visto entrando com sua namorada em um local próprio para *o ato*, isso podia ser antiquado, mas quem disse que ele não era?! Sem falar que esses locais deveriam custar caro e ele definitivamente não a deixaria pagar.

-- É acho que você vai gostar muito de morar aqui, Nym – falou sorrindo.

-- Ótimo! Posso me mudar amanhã mesmo? – falou animada.

-- Nada disso! – disse apressado – O que vão pensar se você vier morar aqui antes de eu sair?

Ela lhe deu um olhar sedutor e falou baixo.

-- Vão pensar que você me enfeitiçou – o coração dele acelerou. Ela passou uma das pernas sobre ele e sentou-se – e que você é um viciado em sexo – roçou seus lábios nos dele, mas não o deixou beijá-la. Arranhou levemente o peito dele e sorriu quando sentiu a ereção – e também que agora eu sou sua escrava sexual – apertou a ereção com seu corpo ele fechou os olhos e soltou um gemido de prazer.

Uma das mãos dele acariciou o seio, ela gemeu próximo ao ouvido dele.

-- E por isso você me quer sempre a sua disposição – falou baixo e próximo ao ouvido dele. Ele a encarou sorrindo. – é isso que vão pensar – concluiu.

Antes que ele pudesse fazer qualquer coisa ela o beijou apaixonadamente, elevou um pouco o quadril e o guiou para dentro dela. Gemeram juntos sem desgrudarem os lábios.

-- Não sei quem enfeitiçou quem – a voz dele estava rouca de excitação – mas sem dúvida sou viciado em você.

Ela movia-se lentamente o que era uma deliciosa tortura. Ele lambia, mordia e acariciava todo o corpo dela. Ela acelerava os movimentos e então diminuía novamente. Isto o estava deixando enlouquecido.

-- Você é uma bruxinha pervertida, Nym! – Normalmente ele não dizia essas coisas, mas hoje ele estava perdendo o controle. Fechou os olhos.

Sem nenhum aviso ela saiu de cima dele.

-- Já que vou levar a fama...

Ele abriu os olhos surpreso, e encontrou o sorriso dela. O mesmo sorriso que o tirou do sério daquela vez que transaram na bancada da cozinha e daquela outra no elevador do prédio.

-- Vamos tentar uma posição diferente – Virou-se ficando de quatro no meio da cama – Bem pervertida!

Ele apenas sorriu, ficou por trás dela, acariciou o corpo e de repente a penetrou. Ela soltou um grito de agrado e surpresa. Ele movimentava-se enquanto beijava tudo que estava ao seu alcance. Os dedos alcançaram e estimularam o clitóris. Ela passou a movimentar-se de encontro a ele. Dava gritinhos e dizia palavras desconexas. Ela gritou seu nome, ele sentiu o orgasmo dela, manteve o ritmo e segundos depois também alcançou o clímax. Teve que morder os lábios para se impedir de uivar.

Remus deitou-se por cima dela, sem condições de se mover, pouco depois rolou de lado, mantendo-se por trás dela, abraçou-a pela cintura e pos beijinhos entre o ombro e o pescoço.

-- Ainda morro disso – falou sorrindo.

-- Pelo menos morreremos felizes!

Ele os cobriu e em seguida ela estava dormindo. Remus ficou observando o sono tranqüilo daquela jovem mulher. Ela era um sonho bom demais e ele a amava, mas a interação deles na cama era algo que ele jamais pode imaginar que existiria. Até começar a namorá-la Remus havia tido alguns relacionamentos e o sexo para ele era a resposta para uma simples necessidade física. Com Nimphadora as coisas eram diferentes, ela o enlouquecia, o fazia perder a noção de tudo. Sem falar que nunca se cansavam, ele achava que se vivessem juntos fariam amor todos os dias. Permitiu-se um sorriso.

Quando ela começou com aquela conversa mais cedo ele sentiu um medo sem precedentes. Vivia tentando arrumar motivos para afastá-la dele, mas hoje quando achou que ela poderia realmente ir ele se apavorou. Ele tinha que aceitar que ela o amava. Era isso! Ele não tentaria convencê-la a deixá-lo. “Por enquanto” – falou aquela vozinha irritante no fundo de seus pensamentos. Ele balançou a cabeça para afastá-la, não pensaria mais nisso.

Remus fechou os olhos e aspirou o cheiro dos cabelos dela. O cheiro de sua amante, de sua mulher. Ele sabia: ela era dele, assim como ele era dela, para sempre! Sorriu e adormeceu.


**********************************************************************
Eu sei foram dois meses sem atualização. Para alguém que garantiu que não abandonaria a Fic isso foi quase imperdoável! Quase porque eu gostaria muito que vcs me desculpassem pelo enorme período “sumida”.
Volto a afirmar que não abandonarei a Fic, mas provavelmente continuarei demorando para atualizá-la. Como já havia dito antes tenho tudo completo até o cap 12. O cap 13 já foi escrito, mas ainda não foi digitado, tenho que escrever o 14. O 15 e o 16 já estão prontos (são a Fic ‘Essencial’ que participou do Challenger Romance do Grimmauld Place – portanto se vc não leu espere para lê-la dentro do contexto), então teremos mais um e terminamos a Ordem da Fênix. Já tenho tudo escrito (mas pouco digitado) durante o Enigma do Príncipe. Provavelmente não entrarei por dentro de Relíquias.
Quero que todos que me aturam saibam que esses atrasos têm um bom (na verdade excelente) motivo. Estou grávida – atualmente com quase cinco meses. Há algum tempo que eu e o meu marido (o Meu Sr Black) queríamos aumentar a família (já temos uma menina) e agora este sonho está se realizando. Por isso o meu – já pouco – tempo tem sido também investido em consultas médicas, exames e outros “pequenos detalhes” que a chegada de um bebê exigem, assim meu tempo para me dedicar a Fics se tornou quase inexistente. Eu disse quase, porque pretendo continuar a escrevê-la e sem dúvida vou terminá-la.
Espero que tenha sido uma boa justificativa e que todos que lêem a minha Fic fiquem felizes por mim a minha família.
Creio que a próxima atualização irá demorar menos tempo. Um beijo a todos que comentam e aos que não comentam também.
Diana Black

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.