De volta a Igreja



Cap. 4

James Stafford se pos de pé e observou a uma mulher
jovem que se encontrava na sua frente. Seus modos, suas roupas, sua maneira de falar, eram tão estranhos para ele que quase não podia pensar. Tinha o aspecto de uma bruxa que ele sabia que era: tão bonita como qualquer outra mulher que havia conhecido, cabelos soltos até o ombro, e usava uma saia curta e indecente, depreciando sua própria imagem, a de seus semelhantes, e afrontando a Deus por igual. Apesar de que se sentia fraco e aturdido, não perdeu sua postura firme e devolveu um olhar intenso, quando ela o olhou.
Ainda não podia crer no que tinha acontecido. No pior momento de sua vida, quando parecia não haver mais esperança, sua mãe lhe havia escrito, dizendo que por fim, descobrira algo relevante. Estava escrevendo-la, perguntando-la, aconselhando-la, fazendo sugestões, quando ouviu que uma mulher chorava. O som de choro não era incomum no lugar em que se encontrava, mais algo nos soluços dessa mulher o fez largar a pena.
Gritou para que alguém se ocupasse da mulher, mais ninguém respondeu, e o choro começou a tomar conta do pequeno quarto, retumbando nas paredes de pedra e no teto. James colocou as mãos nos ouvidos para se livrar do som, mais ainda podia escuta-la. O choro aumentou até que não pode ouvir seus próprios pensamentos. Sentia que cabeça ia rachar.
Tentou colocar-se de pé, para pedir ajuda, mais quando levantou o piso pareceu abrir-se embaixo de seus pés. Se sentiu mareado, parecia flutuar, logo estendeu as mãos e viu que estava a ponto de perder a consciência. Estava vendo através delas. Cambaleou até a porta, tratou de pedir ajuda, mais nenhum som saiu de sua boca. A porta pareceu desmanchar-se, depois o resto do quarto. Por um momento, parecia que estava em pé sobre o nada. Estava rodeado pelo vazio, seu corpo não era mais que uma sombra através do qual podia ver a escuridão do nada.
Não tinha idéia de quanto tempo permaneceu no vazio, sem sentir frio ou calor, ouvindo só o choro da mulher. Em um momento não estava em lugar nenhum e no outro estava de pé em uma igreja. Suas roupas eram diferentes. Agora usava a metade de sua armadura, a armadura que usava só em ocasiões especiais, e calças curtas.
Diante dele, chorando ante uma tumba, havia uma garota ou uma mulher, não podia especificar, já que o cabelo cobria todo o seu rosto.
O que o fez retroceder foi a tumba. Era uma escultura de mármore branco de... si mesmo. Esculpido embaixo estava seu nome e a data de “hoje”. Me enterraram antes que eu morresse?? – se perguntava horrorizado.
Sentiu-se mal depois dessa experiência de ver sua própria tumba, e começou a observar a igreja. As paredes continham placas mortuárias. 1734,1812,1902.
“Não”, pensou,” não pode ser”. Mais quando examinou a igreja mais atentamente, viu que tudo era diferente. Muito simples. As vigas estavam sem pintar. As escadas do altar pareciam desenhadas por uma garotinha inexperiente.
Olhou para a mulher que chorava. “Uma bruxa!!” uma bruxa que o transportou para outro tempo, outro lugar. Pediria para que ela o devolvesse a sua casa, tinha que regressar, pois sua honra e o futuro de sua família dependiam de sua volta, mais ela já tinha começado a chorar outra vez.
Era tão malvada e incisiva, como demoníaca. Tinha coragem de afirmar, que não sabia como ele havia chegado até ali ou o porque.
Sentiu-se profundamente aliviado quando ela se foi. Sentia-se mais seguro e começava a acreditar que tinha sonhado com esse vôo através do nada. Quem sabe era simplesmente um sonho extraordinariamente vivido.
Havia saído da igreja e se sentia mais forte ao ver que o cemitério era comum, mais não se deteve em examinar as datas. Já que se tivesse se dado ao trabalho descobriria que uma delas era de 1892.
Saiu pelo portão e caminhou por um silencioso caminho. Onde estavam as pessoas?? Os cavalos?? Os carros que levavam mercadorias??
O que aconteceu depois, foi tão rápido que não conseguia se lembrar com muita claridade. Ouviu um som a sua esquerda, um som intenso que nunca havia ouvido antes, e pela sua direita vinha a bruxa, que pulou em cima dele. Estava mais fraco do que pensava, já que o peso frágil da mulher o jogou no chão.
Uma carruagem sem cavalos, passou a centímetros dele. Debilitado, James permitiu que a bruxa o conduzisse ao interior do cemitério. Seria esse o seu destino, morrer sozinho em um lugar desconhecido... em uma época desconhecida??
Tentou explicar a bruxa que necessitava regressar, mais ela insistia em brincar, e fazer anedotas inconvenientes da sua situação de “teletransportado”. Teve dificuldades em compreender sua forma de falar, e isso, somado a suas ordinárias vestimentas, sem jóias, ouro, ou prata, lhe indicavam que pertencia a classe campesina. Ela desejava a ultrajante soma de dez libras. Não se atreveu a recusar, com medo de outro feitiço.
Ela pegou o dinheiro e partiu, enquanto James regressou ao interior da igreja. Tocou a tumba de mármore e passou os dedos pela data de morte esculpida. Havia sido morto quando viajou através do vazio?? Quando a bruxa o chamou a esta época, o sacerdote lhe disse que estavam em 1988, quatrocentos e vinte quatro anos depois, será que o mataram em 1564??
Tinha que regressar. Morreu em 6 de setembro de 1564, então não podia provar nada. Ainda havia muito por fazer. Que deveria ter acontecido a gente que ele deixou para trás?? Se ajoelhou sobre o piso frio de pedra e começou a rezar. Quem sabe, se suas orações fossem tão fortes como a magia da bruxa, poderia vencer seu poderoso feitiço e regressar.
Mais enquanto rezava, sua mente não se deteve. Frases como estas rondavam em sua cabeça: “A chave é a mulher.””Precisa saber.”
Depois de um momento, parou de rezar e começou a considerar seus pensamentos. Feiticeira ou não, a mulher era o que o tinha trazido, e a única que poderia faze-lo voltar.
Por que havia sido transportado para esta época?? Teria que aprender algo?? Era possível que ela fosse tão inocente como afirmava?? Estava chorando por alguma briga de namorados, e por uma razão que ambos ignoravam, ela o chamou a esta época perigosa em que os carros circulavam a velocidades inimagináveis?? Se aprendia o que deveria, regressaria a sua própria época??
A bruxa era a chave. A frase se repetia. Independente de que o houvesse trazido de forma mal intencionada, ou por um terrível acidente, ela tinha o poder de faze-lo retornar e de ensina-lo o que tivesse de aprender.
Deveria manter a mulher ao seu lado. Não importava o preço, nem se tivesse que mentir, caluniar ou blasfemar; devia tê-la com sigo e não deixar que partisse até que descobrisse o que precisava saber.
Permaneceu ajoelhado, rezando e pedindo ajuda e conselhos a Deus, implorando-lhe que estivesse ao seu lado enquanto fazia o que deveria.
A mulher voltou enquanto rezava, e quando se queixou do dinheiro que ele havia lhe dado, James deu graças a Deus.





- O que você é?? – perguntou Lily ao homem de trajes ridículos. – e onde conseguiu essas moedas?? – observou como se colocava de pé, e pela facilidade que usava a pesada armadura, compreendeu que deveria estar usando à muito tempo- São roubadas??
Observou que seu olhar se incendiou; mais logo, acalmou.
- Não senhora, são minhas.
- Não posso aceita-las. – respondeu Lily. – São muito valiosas.
- Não são suficientes para suas necessidades??
Ela o observou com perspicácia. Uns minutos antes a atacava com uma espada, e agora a olhava como se quisesse... seduzi-la. O quanto mais rápido se distanciasse desse louco, melhor estaria.
Como o homem não realizou nenhum movimento para pegar as moedas, as colocou em cima da tumba.
- Agradecida pela ajuda, mais me arrumarei outro jeito.- deus as costas e caminhou para a saída da igreja.
- Espere senhora!!
Lily apertou os punhos. A gramática pseudo izabelina desse homem, estava deixando ela maluca.
- Olha, sei que você tem problemas. Quero dizer, quem sabe se eu te dou um soco na cabeça, não se lembra de quem realmente é, mais isso não é problema meu. Tenho os meus próprios assuntos para resolver. Não tenho um centavo, estou com fome, não conheço ninguém nesse país, e muito menos onde vou conseguir uma cama para dormir, si é que poderei paga-la.
- E eu tão poco. – replicou James.
Evans suspirou. Homens “necessitados”, a ruína da minha vida. Mais dessa vez não ia fazer nenhum esforço para ajudar uma “criatura” enferma, que quando fica irritado, ataca com uma espada.
- Saia da igreja, vire a direita, cuidado com os automóveis, ande por dois quarteirões, vire a esquerda. A três ruas da estação de trem há um comerciante de moedas. Lhe dará um bom dinheiro pelas suas. Compre alguma roupa e registre-se em um bom hotel. Miss Marple disse que existem poucas coisas na vida que não podem ser resolvidas com uma semana em um bom hotel. Tome um banho quente e longo, e aposto que recuperará sua memória.
James só podia observa-la. Estaria falando em inglês?? O que era um quarteirão?? Quem era Marple??
Diante de seu olhar atordoado, Lily suspirou outra vez.
- Esta bem, venha comigo até o telefone público e eu te indicarei o caminho.
James a seguiu com tranqüilidade, mais se deteve quando atravessaram o portão. O que viu era demasiado horrível, que nem podia acreditar no que seus olhos lhe mostravam.
Lily se adiantou alguns passos e percebeu que o homem não estava atrás dela. Quando se virou, o viu observando boquiaberto a uma garota do outro lado da rua. Estava vestida de acordo a idéia de elegância inglesa: toda de negro. Usava um par de botas pretas de salto alto, blusa preta, uma saia curta de coro negro e uma jaqueta também preta. Seu cabelo curto, de um castanho muito escuro, tinha mechas vermelhas, e parecia penteado como um descente porco espinho.
Evans sorriu. A moda punk era impactante para qualquer um, e mais ainda aos olhos de um loco com a ilusão de que vinha do século XVI.
- Vamos. – pediu com amabilidade. – Essa é muito normal. Deveria ver as pessoas que vão a shows de rock.
Caminharam até a cabine telefônica e Lily começou a dar-lhe instruções, mais, para seu desespero, o homem se recusou a deixa-la.
- Por favor, vá embora. – suplicou-lhe, mais ele não se moveu.- Se esta é uma forma de conquista, não tenho nenhum interesse. Já tenho namorado. Ou melhor tinha. Tenho. Na verdade, agora vou ligar para que ele possa vir me buscar.
Miguel nada disse, e observou com grande interesse, quando Evans ligou para a telefonista pra pedir uma chamada a cobrar para o hotel em que Severus estava. Houve um momento de vacilação quando a telefonista informou que Severus e sua filha tinham partido há uma hora.
Evans golpeou a cabine telefônica.
- O que é isso?? – perguntou Potter interessado. – Falava com essa máquina??
- Me dá um tempo!! – respondeu quase gritando e descarregando sua ira nele. Pegou o telefone novamente e pediu o número do próximo hotel do itinerário que havia preparado para Snape. A segunda telefonista lhe informou que Severus Snape cancelara sua reserva a poucos minutos.
Recostou-se na cabine, e a contragosto, os olhos se encheram de lágrimas.
- Onde está meu cavaleiro de armadura brilhante?? – murmurou.
Quando pronunciou essas palavras, observou o homem que se encontrava junto a ela. Um raio de sol iluminou sua armadura, uma sombra cobriu seus cabelos negros e uma jóia que estava no punho de sua espada destacou-se. Esse homem havia aparecido, depois da ultima vez que começara a chorar e pedido um cavaleiro.
- Más noticias?? – perguntou seu suposto cavaleiro pirado.
Ela se ergueu.
- Parece que fui abandonada. – lhe respondeu com suavidade enquanto o observava. Não, não podia ser, e nem se quer ia considerar seus devaneios. Era uma possibilidade entre milhões, que esse ator envolvido exageradamente em seu papel, tivesse aparecido no exato momento em que ela rogava por um homem de armadura. Decididamente era como um imã de homens estranhos, e possivelmente perturbados.
- Parece que eu também perdi tudo. – comentou.
- Alguém por aqui deve te conhecer. Quem sabe se perguntamos nos correios...
- Correios??
Parecia tão autenticamente perdido que se sentia enternecida por ele. Não Lily, não, disse pra si mesma.
- Vamos, o levarei até o comerciante de moedas, para que possa trocar as suas.
Caminharam juntos e seu andar ereto fez com que Evans erguesse seus ombros. Nenhum dos ingleses que cruzaram na rua os observou ( até onde pode constatar, os ingleses só observavam pessoas que usavam óculos de sol e tinham a pele bronzeada), mais passaram junto a um casal de turistas norte- americanos e seus filhos. Todos sa família vestiam roupas novas, que sem duvidas compraram para as férias. O homem levava duas câmeras fotográficas, penduradas pela cordinha, no pescoço.
- Olha isso Myrt – comentou o homem, e enquanto os adultos observavam James, as crianças gargalhavam e apontavam pra ele.
- Camponeses mal educados. – disse Potter. – Alguém deveria ensinar-lhes como se comportar na presença de seus superiores.
Depois disso, as coisas aconteceram com grande rapidez. Um ônibus parou próximo a eles, e surgiram, cinqüenta turistas japoneses acionando suas câmeras fotográficas. James retirou a espada da bainha e retrocedeu. A turista americana gritou; os japoneses se agruparam, e com maior entusiasmo acionaram as câmeras como cigarras em uma quente noite de verão.
Lily fez a única coisa que sabia que funcionaria: colocou se na frente do homem da armadura pendurando-se sobre seu pescoço, e a lâmina da espada cortou a parte superior da manga de sua blusa, ferindo-a. Paralisada pela dor, quase caiu, mais o cavaleiro a segurou. Tomando-a em seu braços e a levando de volta a calçada. Atrás deles, os japoneses continuavam acionando as câmeras e os americanos aplaudiam.
- Papai, isso é melhor que o castelo de Warwick. – comentou uma das crianças americanas.
- Não está em nenhum dos panfletos, George – disse provavelmente a mãe. – Creio que deveriam colocar essas coisas no roteiro, ou alguém poderia acreditar que é real.
James colocou Lily no chão. De alguma maneira, não sabia como, havia se comportado como um tonto. Permitiriam nesse século que um nobre fosse difamado e ridicularizado?? Que tipo de armas eram aquelas estranhas máquinas negras?? Eu tipo de gente pequena era aquela que as usava??
Não fez nenhuma de suas inúmeras perguntas. Elas pareciam irritar profundamente a bruxa.
- Senhora, está ferida.
- É só um corte superficial. – respondeu, parodiando os filmes do oeste. Mais o homem não riu. Na verdade parecia bastante preocupado. – Não é nada. – esclareceu, observando o lugar que sangrava em seu braço. Pegou um lenço de papel do bolso de sua saia e o pressionou contra o braço. – A loja de moedas é aqui.
Quando Lily entrou no pequeno local, o dono sorriu dando-lhe boas vindas.
- Esperava voltar a vê-la. Eu... – se deteve quando viu James. Lentamente, sem pronunciar uma palavra, adiantou-se e começou a examinar seus trajes. Colocou a lupa de joeiro sobre o olho e observou a armadura, murmurando ocasionalmente “Mm,mm”. Olhou as jóias no punho da espada, na mão de James que a estava segurando e as do cinturão, que Lily não havia reparado. Se ajoelhou e examinou o bordado, na lateral da calça de James, logo observou o tecido das roupas e por fim o calçado.
Se pôs de pé e observou o rosto de Potter, examinando-lhe a barba e o cabelo.
Durante toda essa inspeção, o cavaleiro permaneceu de pé erguido, suportando essa “invasão” com desagrado.
Por fim, o comerciante retrocedeu.
- Notável. Nunca havia visto nada como isso. Devo ir chamar o joeiro da loja ao lado, para que possa ver.
- Detenha-se, não irá a lugar algum! – ordenou James. – Crê que vou esperar aqui o dia todo, para que me inspecionem como um cavalo em uma feira. Se ocupará do negócio ou terei que procurar outro lugar??
- Sim, senhor. – murmurou o comerciante, voltando para a parte de trás do mostrador.
James depositou a bolsa de moedas sobre o vidro.
- O que me dá por isso?? E se lembre, bom homem, que sei me encarregar muito bem dos que me enganam.
Lily ficou encolhida em um canto. Esse homem das armaduras tinha uma forma de dar ordens que atemorizava qualquer santo!! Depois de deixar as moedas, se dirigiu até a janela, enquanto o comerciante, com as mãos tremulas, abria a bolsa. Evans se aproximou do comprador.
- hum... bem... – murmurou. – o que achou, ao examinar-lo??
O comerciante olhou para as costas de James.
- Sua armadura é de prata e está incrustada em ouro. As esmeraldas da espada valem uma fortuna, igual aos rubis e diamantes em seus dedos. – a encarou. – quem confeccionou seus trajes gastou muito. Oh!!! Aqui está.
- A rainha no barco??
- Exato. – segurou a moeda com cuidado. – posso conseguir um comprador, mais demorarei alguns dias.- sua voz era suave como a de um amante.
Lily pegou a moeda de suas mãos, e a colocou junto as outras dentro da bolsa. Antes de vender-las desejava investigar um pouco e comparar os preços.
- Disse que me daria quinhentas libras por essa.
- E as outras??
- Eu... eu pesarei.
O homem foi a porta traseira da loja e momentos mais tarde regressou com quinhentos belos papeizinhos ingleses.
- Estarei aqui se mudarem de idéia. – acrescentou o homem enquanto Lily e James passavam pela porta.
Na rua, Evans se deteve e entregou a Potter a bolsa com as moedas e o dinheiro moderno.
- Vendi uma moeda por quinhentas libras. O resto vale uma fortuna. Na verdade, parece que tudo o que você leva vale as economias de um rei.
- Sou um conde, não um rei. – replicou ele, observando o dinheiro com interesse.
Ela observou de perto a armadura.
- É realmente prata, e ou amarelo, é ouro de verdade??
- Não sou pobre, senhora.
- Não parece um. – se distanciou dele. – Acho que é melhor eu ir. – então se deu conta, que havia estado a maior parte do dia com esse homem, e ainda não tinha nem dinheiro nem um lugar pra onde ir. Severus e sua filha haviam partido do hotel e cancelaram o seguinte.
- Terias a bondade de me ajudar??
- Lamento, não estava escutando.
O homem parecia estar tratando de dizer algo, que era muito difícil para ele. Engoliu saliva, como se suas próprias palavras fosse veneno.
- Terias a bondade de me ajudar a escolher algumas roupas, e encontrar alojamento para essa noite?? A pagaria pelos vossos serviços.
Lily tardou para compreender.
- Está me oferecendo trabalho??
- Sim, trabalho.
- Não preciso de trabalho, só preciso de... - se deteve e deu-lhe as costas. Seus condutores lacrimais pareciam estar conectados com as cataratas do Nicarágua.
- Dinheiro?? – ofereceu ele.
Soluçou.
- Não. Sim. Acho que preciso de dinheiro. também preciso encontrar Severus. E lhe explicar algumas coisinhas.
- Pagarei-lhe dinheiro se me ajudar.









N/A: MEDIDAS DESESPERADAS:: gente se tem alguém que tah realmente gostando.. comenta pf... já to desanimando!!! please!!!
comentem,comentem,comentem,comentem,comentem,comentem,comentem....


BJUXXX :*

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