A coragem de um menino solitár

A coragem de um menino solitár



No dia seguinte Hermione acordou bem cedo, se vestiu, tinha sentido
falata das meias compridas e das saias xadrez de Hogwarts. Guardar
seu segredo de suas amigas não era fácil, elas estavam cada vez mais
distantes. Tudo passava por sua cabeça, ela estava animadíssima esse
ano. Mas percebeu que toda aquela ansiedade era ruim, eram 5 horas
da manhã e o café era as 8. Onde ela estava com a cabeça deitou em
sua cama de uniforme mesmo, cobriu-se com uma ponta de edredom
que estava sobre a cama e adormeceu, um sono leve, sono gostoso,
aconchegante. Depois de quinze minutos adormecida ouviu um baque
surdo. Abriu os olhos e levantou-se fazendo a coberta cair no chão. A
nova aluna havia acordado, e estava colocando seus livros, que havia
derrubado, de volta dentro de uma maleta com as iniciais M.D.B.
gravadas em prata. Mione para ser simpática, se aproximou da menina
e sorriu amistosamente, nunca esperaria uma reação daquelas, a
menina levantou-se, estendeu a mão e disse:

—Bom dia, meu nome é Mellanie, muito prazer em conhecê-la! – Mione
a observou por um instante, a menina que era considerada por todos
um enigma, na verdade era uma menina comum, a busca de amigos.

—Sou Hermione Granger! Porque não vamos para a sala comunal?
Podemos acordar algue... - a menina interrompeu.

—Vamos.

As duas desceram bem devagar as escadas do alojamento feminino,
não havia ninguém na sala comunal, apenas o gato de Hermione,
Bichento:

—Olha só o bichentinho da mamãe – disse Hermione lançando um
biscoitinho ao animal – Mellanie esse é meu gato...

A menina tinha os olhos fixos em bichento, que estranhamente havia
largado o biscoito e olhava com seus grandes olhos amarelos para a
garota, eles se encararam por um bom tempo quando Mellanie
murmurou:

—Tem sorte de tê-lo perto de você... – parecia mais triste do que
nunca, agonizante. Mas quando percebeu que o clima pesava, disse:
Me chame de Mel, Mione! Ah, posso te chamar de Mione? – Hermione
fez sinal que sim com a cabeça. Nunca pensou que aquela figura
soltaria pudesse interagir tão rápido, as duas se sentaram e Mellanie
disse que estudava em Beauxbatons, a escola de Fleur de la Cour que
havia participado do torneio Tri-bruxo. Mas que não tinha ninguém na
França e queria voltar para perto de sua família, mas o que Mione
estranhou foi a frase “Voltei para ficar, muita coisa vai acontecer esse
ano Hermione, muita coisa...” . Essa menina tinha alguma coisa, mas
Mione descobriria. Já se passava das sete e quinze e as pessoas
começaram a descer, a menina então disse:

—Oh! Não estou pronta para me sociabilizar, é melhor ir indo tomar meu
café, me encontre na mesa da Grifinória, certo? - Mione respondeu
afirmativamente, e olhou para o lado, Harry e Roni a olhavam
espantados, e quando Mellanie deixou a sala eles a bombardiaram com
perguntas:

—Ela é legal? De onde veio? Conte-nos tudo, por favor!

—Ela é legal, uma garota normal como todas as outras, falem com ela e
descubram por vocês mesmos. – Hermione adorava deixar um clima de
suspense no ar, o que irritava os garotos.

Eles se sentaram a mesa do café e conversavam animados, apenas
Hermione falava com Mellanie, como se só ela a encherga-se, oque
não era verdade, pois todos sempre olhavam pelo canto do olho, ou
espiavam a menina. Mione não entendia o porque de ninguém vir
puxar assunto com ela.

Os horários das aulas eram perfeitos, Harry, Ron, Mione, Parvati,
Simas, Neville e Mellanie estavam com os horários iguais, o único azar
é que a primeira aula era Poções e com a Sonserina.

Quando Harry viu Snape na sua frente, toda aquela angustia voltou
subitamente, ele não sentia raiva dele, era uma coisa estranha, como
uma ligação, mas muito ruim, uma coisa que afundava Harry cada vez
que via Snape, nem a presença de Mellanie do seu lado o
desconcentrou do sofrimento que o corroia por dentro:

—Sr. Potter? O senhor está me ouvindo? Ou será que Potter está em
outro lugar? – disse Snape, com uma intenção pervertida.

—Um lugar longe de você presume-se. –disse Harry secamente – Mas
para que o senhor estava me chamando professor Snape?

—Duplas – disse Snape com uma cara maliciosa – e acho que já sei com
quem o senhor vai... Junte-se com a Srta. Mellanie! – Harry congelou,
e depois da petrificante sensação de frio uma onda intensa de calor.

Mellanie colocou um caldeirão na frente de Harry, a única hora que
seus olhos não estavam mórbidos e cinzentos era quando falava com
Hermione, ele iam do cinza para azulado, mas nunca definiam uma cor.
Harry queria ver os olhos da menina se abrirem enquanto conversava
com ele, mas ele não havia lhe dirigido a palavra até aquele momento,
já estava no final da aula, eles teriam aula de poção juntos, mas com
certeza não conseguiria falar nada, quando Snape disse exatamente o
que ele temia e queria ouvir:

—Hoje durante todas as aulas essas serão suas duplas, e um novo
sistema que Dumbledore está testando, uma baboseira de sempre.
Aproveitem... – disse com um olha desconfiado a Harry.

A próxima aula era Herbologia, realmente se aquelas plantinhas
girtantes estivessem lá ele não teria chance de aproximação, algo o
chamava para aquela garota, ele sabia que ela tinha algo, parecia
alguém, só de olhar pra ela toda sua carência, e necessidades eram
nutridas. Ele tinha que falar com ela, já tinha se tornado um caso de
vida ou morte.

A prof. Sprout estava alegre como sempre e com um olhar muito
carinhoso, claro que Harry não havia nem notado, pois só pensava em
Mellanie e em Sirius o tempo todo, aquilo estava se tornando doentil,
já não era mais interesse era obsessão. Todos se sentaram com suas
duplas e seguiram as instruções da professora:

—Bom dia turma! É muito bom revê-los, agora, peguem seu
livro “Herbologia: mais do que uma ciência.” E as chicórias roxas dentro
desse pote – a professora colocou uma bacia imensa com mini plantas
em forma de ovo, muito bonitinhas a principio, mas quando se abriram,
exalaram um cheiro horrível, todos começaram a gritar e reclamar, a
não ser os estudiosos da corvinal que estavam interessadíssimos –

Coloquem essas mascaras, gás metânio exalado em grandes
quantidades pode ser tóxico, rápido, passem as mascaras.

Harry se sentou ao lado de Mellanie, que estava imóvel com sua
mascara, tomou coragem, e disse:

—Olá! – com uma cara de espanto Mellanie disse “Olá, você e a Srta.
Granger são corajosos, afinal, apenas vocês estão falando comigo no
momento... Meu nome é Mellanie, prazer...” – Harry! Harry Potter! – a
menina arregalou os olhos que pareciam mais cinzas do que nunca e
soltou um gritinho de terror meio abafado – Oh, você já deve ter
ouvido falar de mim certo...

—Potter, você é Harry Potter? – ela levantou a franja de Harry para
ver a cicatriz, o menino sentiu um calafrio e então sua cicatriz queimou,
no mesmo instante Mellanie apertou seu braço, como se estivesse com
muita dor.

—Sr.Potter? Srta. Mellanie, estão bem? Querem ir a enfermaria?

Os dois relaxaram um pouco, a dor extravasou e eles fizeram sinal
negativo com a cabeça: “Potter, me encontre no lago depois das
aulas.” Disse Mellanie começando a fazer se trabalho. As chicórias
roxas eram seres interessantes, exalavam o gás que matava as
bactérias do ambiente e depois o sugavam de volta, tendo com o que
se alimentar. Os “purificadores de ar” da natureza como disse Mellanie,
durante as explicações seus olhos ficavam de uma coloração azulada, e
de um interesse descomunal.

As aulas seguintes foram de silêncio entre os dois, nem comentários
sobre a matéria eles fizeram, na hora do almoço Mellanie não
apareceu, Hermione disse que ela estava chorando no dormitório, e
não queria comer nada, Harry usou seu tempo livre para esfriar a
cabeça, viu as mais novas invenções de Fred e Jorge, uma espécie de
celular como o dos trouxas só que não se fala por ele se manda feitiços
a longa distância, uma invenção muito boa, pois quando Malfoy
encontrou um Magic-Lar no corredor, ficou com muitos mini-sapos na
cara. Na verdade Malfoy andava diferente, só havia insultado Harry
uma vez, mas seus olhares fuziladores eram piores do que nunca, ele
culpava Harry pela prisão de Lúcio, ele detestava até o último fio de
cabelo de Harry, ele estava sozinho, nem Snape mais o admirava,
Creb e Goley andavam de cabeças baixas com vergonha do exílio de
seus pais e achavam vergonhoso andar com um Malfoy agora. Harry
não conseguia sentir pena de Draco, nem mesmo sabendo que estava
passando pela pior fase de sua vida, ele tinha repudio a aquela família.
Um ódio inacabável, uma coisa muito forte, por isso deu boas
gargalhadas quando viu Pancy Parkson tropeçando em Draco e ficando
cheia de sapos no rosto também. Pelo menos não iam ter que agüentar
os dois nas próximas aulas que seriam todas com a companhia da
sonserina. Na aula depois do almoço, Mellanie estava muito abatida, e
foi chamada por Dumbledore, Harry se juntou a Dino e Neville nas
aulas seguintes, sua dupla só retornou na aula de Trato das Criatura
Mágicas, quando chegou, Hagrid a recebeu com um sorriso, como se já
a conhecesse de longa data:

— Muito boa tarde Mellanie! – Os alunos da sonserina encararam Hagrid
com um olha ameaçador – Oh, sim. Me desculpe, mas onde a
senhorita estava? – a menina informou que estava em reunião com
Dumbledore – Bom, se são ordens superiores nada de pontos
descontados para a grifinória – Hagrid se voltou para os alunos da
sonserina – Agora voltem ao trabalho seus abelhudos!

Depois da aula todos subiram para os dormitórios para tomar banho e se
arrumarem para o jantar, menos Harry e Mellanie. Ele a encontrou no
lago como o combinado.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.