A Menina dos Olhos Tristes

A Menina dos Olhos Tristes



Mais um ano em hogwarts, Harry, Roni e Mione estão no sexto ano,
mas algo está diferente este ano.

Hagrid não foi receber os novos alunos na estação, estava uma
confusão sem ele. Os monitores daquele ano é que teriam que
organizar e encaminhar os alunos do primeiro ano até o castelo. Roni e
Hermione foram cumprir suas obrigações, e Harry ficou apenas com
Dino, Neville e Lino. A nostalgia dos anos que haviam passado tomava
conta do corpo de Harry, engraçado, pois normalmente quando ele
chegava em Hogwarts tudo era festa, era pura alegria. Mas isso tinha
explicação, Harry passou as férias inteiras se remoendo, pensando em
Sirius, pensando se ele tivesse feito algo, talvez seu padrinho, seu
único parente pudesse estar ao seu lado ainda. Mas ele se foi, nunca irá
voltar, e agora ele está em Hogwarts, ele vai ter que enfrentar um ano
inteiro sabendo que nunca mais voltará a ver seu padrinho, aliás, uma
vida inteira. Mas ele tinha bons amigos ao seu lado, nunca vai
esquecer que além dos companheiros habituais, Gina, Neville e Luna
haviam ajudado-o a derrotar os comensais naquele fatídico dia no
ministério da magia.

O que ele precisa fazer agora é simplesmente esquecer, pensar que nada
fará o tempo voltar, se concentrar nos estudos. É isso que ele teria que
fazer, se concentrar nos estudos, e nas horas de lazer estar rodeado de
amigos que o distraiam.

O caminho até o castelo nunca esteve tão frio, Harry não sabe ao certo se o
caminho está mais frio porque antes usufruía da companhia dos amigos,
que traziam calor para seu coração ou se era realmente um dia de frio
cortante e amargo. As imensas portas se abriram, o menino sentiu
uma esperança em seu coração, uma esperança de felicidade, voltaria
a ver Dumbledore, voltaria a se sentir seguro, voltaria a sala comunal
da grifinória, talvez pudesse ser feliz no decorrer daquele ano.

Ele e os
meninos se sentaram nos lugares habituais, Roni e Hermione se
aboletaram ao lado de Harry. Tudo voltará a ser como antes, mas
havia uma coisa estranha, uma figura penosa com uma capa escarlate
estava sentada ao lado de Dumbledore, poderia ser a nova professora
de Defesa Contra as Artes das Trevas, mas já havia outra pessoa
sentada no habitual lugar da ex-professora. Quem seria aquela figura
de ombros caídos e respiração vagarosa? Dumbledore se levantou e o
salão foi tomado pelo silencio, silencio apreensivo, silencio curioso para
ouvir o discurso do diretor que havia acabado de reassumir seu oficio:

—Alunos, alunos de Hogwarts. Esse ano eu garanto que as coisas serão
muito mais fáceis, não digo as aulas, mas a ordem da escola. Antes de
começarmos a seleção das casas com o chapéu seletor, gostaria de
apresentar uma nova aluna que ingressará no sexto ano do curso de
magia e bruxaria. – uma menina se levantou e descobriu o rosto que
estava escondido pela capa escarlate, Harry sentiu uma tontura ( que
parecia que a menina sentia igual), e uma dor aguda na cicatriz. A
menina tinha uma pele alva, cabelos morenos muito bonitos caindo nos
olhos, sim, os olhos, de cor acinzentada e de expressão triste. Os olhos
mais tristes que Harry já havia visto na vida, só de olhar para dentro
daquele cinza penetrante as pessoas se afogavam em suas mágoas,
ficavam distantes e inebriadas, uma sensação terrível, mas calma.
Serena como uma noite sem vento, sem umidade, sem estrelas. Mas
mesmo assim, mesmo com aquela dor no fundo do peito, que tornava
a respiração de Harry pesada, ele não podia deixar de notar que a
garota era de uma beleza deslumbrante, traços finos, rosto jovem,
corpo de mulher, algo nela lembrava alguém, mas Harry não sabia
identificar quem. Ele tinha um temor, um temor infundado, se a menina
entrasse na Grifinória, aquela figura em seu salão comunal, em suas
aulas, não seria um ano fácil, ele estava dominado, tomado pela
doçura de seus lábios, e intrigado com seus olhos e sua semelhança
anônima. A menina dos olhos tristes, seria prazeroso e agonizante
passar seu ano ao lado daquela bela menina de olhos muito tristes.

Não era só Harry que ficará abalado pela presença de Mellanie, parecia que
todos estavam um pouco apreensivos esperando a decisão do chapéu,
ele murmurou coisas bem baixinho e Mellanie fez uma cara de
descontente, então ele murmurou outra e ela voltou a sua expressão
mórbida e habitual. O chapéu alterou a voz e disse “Grifinória!”

Os alunos da grifinória bateram palmas animadas, principalmente os
calouros, que ficaram maravilhados com a menina, Roni e Hermione
olhavam para Harry como se ele fosse uma espécie de enigma a ser
decifrado, o garoto não tirará os olhos da menina com capa escarlate
desde o começo. Dumbledore fez sua incrível mágica e serviu pratos,
e mais pratos de farta comida para os alunos. Harry, para disfarçar seu
interesse compulsivo, começou a conversar sobre as férias, mas não
havia oque falar, a casa dos Dursley é sempre igual, mas Roni tinha
milhares de histórias para contar, começou a falar de seus irmãos,
quando derepente Harry se lembrou:

—Fred e Jorge! Eu os comprimentei no trem, eles foram re-admitidos?

—Sim disse Roni, as férias deles é que não foram muito boas, tirando os
duendes dos jardins e trabalhando no caldeirão furado todos os dias,
mamãe ficou uma fera com o que eles aprontaram, mesmo sendo com
aquela bruxa velha da Umbridge. – Harry riu sozinho lembrando
daquleas bombas de bosta sendo arremessadas contra a ex-diretora –
Papai nem ligou, sabia da reputação daquela sapa verruguenta. – Riu
Roni satisfeito.

—Nem me lembre Roni, nem me lembre... – disse Hermione – Mas
Dumbledore está de volta, e tudo será melhor. Ei, vamos rápido para o
salão, quero ver qual é a da aluna nova! – Hermione realmente estava
muito feliz, deve ter visto Krum essas férias, parece que o caso estava
se tornando sério. E Ron não gostava nada de ouvir essa história.

Todos estavam no salão comunal, Harry, Roni e Mione procuravam a
nova menina, mas não a viram. Parvati apareceu com um largo sorriso
no rosto:

—Harry! Não tinha te visto ainda. – Harry acenou com a cabeça
suavemente, na verdade desde a morte de Sirius as pessoas o
comprimentavel com uma expressão de pena, e a única coisa que ele
tinha a fazer era acenar a cabeça, Parvati se virou para Roni e Mione –
Vocês viram a nova menina? Não falou com ninguém e foi dormir!

—Depois vamos perguntar de onde ela veio! Deve ser muito chato ficar
sozinha em um lugar que não conhece ninguém, é como o primeiro
ano... – disse Mione.

—Hahaha... Eu vou perguntar como ela faz para ter aquele cabelo! – disse
Parvati rindo – Mas não é só ela que tem que me contar umas
coizinhas, não é senhorita? Como foram suas férias com... – ela olhou
para Roni e Harry rapidamente – Vamos para o dormitório! – e arrastou
Mione pela mão.

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