Manhã e escuridão.



Oh sim...
Meu tezão por essa fic voltou.
Sei que antes do cap 24 tava tudo muito morno (provando minha teoria que as coisas só são emocionantes quando tah tudo dando errado!auhauhauh)
Tah...Esse cap25 está curtíssimo. Mas é que eu preciso que vcs o leiam com atenção, pq tem muitos fatos novos.
Bom... O Sev vai nos explicar algumas coisas sobre o rapto (afinal ele é um puta dum espião!) E teremos novos personagens que são de suma importância. Principalmente o “arquiteto do plano” (chefe se vcs preferirem), e o captor de Hermione (o que agarrou ela e que foi agarrado pelo rosto pelo Sev). E descobriremos quem é a pessoa que Hermione viu chorando na poltrona do quartinho... ¬¬
Portanto:

(((((((((((((((((((((((((((prestem muita atenção à este capítulo!)))))))))))))))))))))))))))))

Outra coisa...Tenho que avisar que infelizmente os cap ficaram cada vez mais raros.
Estou com minha monografia atrasada, e tenho que entregar um pré projeto em menos de um mês(que Merlin me ajude!) ¬¬ Se ao menos eu tivesse uma pena de repetição rápida...
Tanto faz...
Bom... Huh
*arqueando uma sobrancelha*
E esse capítulo é dedicado a amiguinha Barby!
¬¬
Ahahahah
Menina, vai aprontando o regime ai que as férias estão chegando! Vou ai na tua casa com umas 5 caixas de bis assistir teus filmes do Alan! auhauhauha
Ahhh. Sim. Espero que curtam o cap!
Bjokas à todas!!!
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Capítulo 25

Manhã e escuridão


Caminhou para o amontoado de roupas jogadas no chão do topo da escada. Massageava os punhos doloridos pela forte amarra que acabara de ser retirada. Vestiu-se. Uma camiseta e uma calça jeans com o número um pouco maior que o dele. Rasgou um pedaço de lençol. Deslizou-o pelos passantes da calça como um cinto, para evitar que ela ficasse caindo.

A cabeça doía no lugar que levara a pancada. Sentia o corpo dolorido pela queda na escada. O braço, no entanto, era o seu maior receio. Contraia-o o tempo todo, mas, mesmo assim, ele sangrava lentamente. Era preocupante, pois se perdesse muito sangue, não teria forças para, eventualmente, sair dali. Rasgou outro pedaço do lençol. Amarrou-o por cima da ferida. O corte não estava tão profundo assim, mas pegara uma de suas veias azuladas e saltadas acima do bíceps.

Olhou para a fonte de luz daquele lugar: uma pequena janela junto ao teto. A claridade do dia invadia, destemida, o cômodo. Fazia brilhar pequenas partículas de poeira que pairavam no ar. Parecia surreal em meio a tanto desespero.

Sua mente de espião trabalhava furiosamente. Ele notara, ao sair do caminhão, as túnicas usadas pelos dois capangas: o que ele machucara o rosto – ainda no quarto de Hermione – e o que parecia ser o comandante do seqüestro. Este fato o fazia crer que eles foram aparatados para dentro do banheiro da suíte por um bruxo. Sim, pois aparatação conjunta com não-bruxos deve ocorrer com a menor quantidade de roupas e maior contato corporal possíveis. As túnicas facilitariam, pois os invasores poderiam levá-las nas mãos e vesti-las rapidamente, assim que fossem aparatados. Então os quatro barulhos de aparatação vinham de: duas aparatações conjuntas e duas desaparatações do bruxo responsável por colocar os trouxas lá dentro... “O bruxo e um dos trouxas ‘aparecem’ no banheiro de Hermione. Em seguida o bruxo desaparata. O trouxa cobre o rosto com uma máscara e o corpo com uma túnica. Depois, joga o ‘pó escurecedor do Peru’ no quarto pela fresta da porta do banheiro. Novamente, outra aparatação conjunta do mesmo bruxo com outro trouxa. E, finalmente, outra desaparatação do bruxo. Quatro barulhos. Certinho”.

Um soluço de revolta. Andava desnorteado de um lado para outro. Tentava desesperadamente articular uma saída para o atual problema. Precisava escapar dali. Precisava salvar Hermione!

“Onde será que Hermione está?!”, perguntou-se mentalmente. Ouvira um dos encapuzados falar ao outro para colocá-la num quarto e ele, num porão. Sem dúvida, estava num porão. Mas, e Hermione?! Além disso, ele a vira machucada. Notara os seus movimentos lentos ao ser retirada do caminhão. Temia por ela. Parecia gravemente ferida pelo trouxa nefasto.

Lembrou-se dolorosamente da situação em que foram capturados. Uma bela mulher cercada por criaturas bestiais. NÃO! Não queria pensar o pior! Poderia soltar uma imperdoável com o dedo, caso alguém apenas cogitasse tentar algo com ela. Ele o esmagaria! Pulverizaria! Faria com que a besta-fera desejasse morrer em pedaços, para evitar as terríveis torturas que o submeteria!

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– Conseguiram? – perguntou uma voz irritada.

– Sim, senhor. Mas esse idiota machucou-a. Ela precisará de um médico. Desmaiou e está sangrando muito.

O mentor do plano aproximou-se do raptor de Hermione.

– O que você tem na cabeça, afinal? – perguntou irritado. – Não sabe que precisamos dela para ajudar minha filha? Não sabe que, se ela não puder passar as informações sobre as malditas escolas e ministérios que estas aberrações criaram pelo mundo afora, não teremos como eliminar os poderes deles? IDIOTA! – berrou ao outro.

O rapaz louro e alto que, até o momento, apenas observava quieto o chefe e o outro colega de operação, respondeu destemido:

– Senhor... Eu não feri a “Granger” de propósito, mas foi necessário agir... Ela estava acompanhada por um deles! – disse com firmeza e sem temer represárias. – Além do mais, não estava nos planos ter uma segunda pessoa no quarto! Sua filha garantiu que...

– Dobre sua língua antes de falar da minha filha – sussurrou ameaçador.

– Eles estavam desarmados e esse imbecil ficou lá para observar o meu trabalho! – o outro retrucou irritado, aproveitando-se da fúria do chefão para com seu colega. – Se ele a tivesse levado logo, nada disso teria acontecido! Agora estamos com a ministra da Inglaterra morrendo naquele quarto! Eu disse, desde o inicio, que não dá p’ra trabalhar com esse “tipo” de gente!

– Que TIPO de gente eu sou?!... Quer saber? Vai se danar! Eu já estou cheio!!! –partiu com agressividade para cima do outro, empurrando-lhe o tórax.

– O quê? Que tipo de gente que eu acho que você é??? – o outro subordinado riu – Você é a escória! Você os traiu no passado e, agora, veio se juntar a nós! Quem nos garante que não vai nos trair também??? Só porque você resolveu abandonar seus poderes de “boa vontade”, não quer dizer que tenha um bom caráter... E já disse o que penso: você só está aqui por vingança. Não é mesmo?!

– Eu não preciso me vingar de ninguém! – disse entre os dentes. – Eu só quero acabar com tudo isso! Eu perdi toda a minha família numa guerra imbecil!

– E por que ficou lá observando o trabalho que não era seu?

– Você se esquece que estamos lidando com um mundo ao qual você nunca pertenceu? Vou lhe contar um segredinho: conheço o homem que estava com a ministra! E posso lhe garantir que se ele tivesse encontrado a varinha, não sobraria nem pó de você ou de mim. – disse raivoso – Agora só não sei o que ele fazia lá... As coisas mudaram muito desde a última vez... – falou com um sorriso enviesado, que logo sumiu do rosto. – Ele é um bruxo muito poderoso. Tivemos sorte de sairmos vivos!

– Você parece conhecê-lo muito bem – ironizou o outro.

– Ora, você é um tolo e... – tentou retrucar, mas foi interrompido.

– Já chega, Pitter! Draco juntou-se a nós voluntariamente. E o sinal foi ter tomado o emplasto contra magia. Agora ele é uma pessoa normal. Um de nós! Aderiu plenamente a nossa causa!

– Olha agora a situação em que nos encontramos! – lamentou Pitter ao chefe – Sua filha não poderá representar o papel da verdadeira ministra para sempre! Com certeza, alguém notará a diferença de personalidade das duas! Por mais que ela consiga fingir muito bem no início, uma hora se entregará! E, de qualquer forma, não podemos permitir que apenas sua filha continue com esses poderes demoníacos e “antinaturais”. O plano é retirar o poder de todos! Sem exceção! Eu só concordei com tudo isso porque o senhor me garantiu que ela perderia os poderes também. Que a usaríamos somente por enquanto, para nos infiltrar no mundo deles. Não podemos mais deixar que nos causem mal!

O líder suspirou pesadamente. Não podia desconsiderar as afirmações de seu comparsa. Também não queria que ninguém morresse, principalmente a ministra. Teria que fazer algo.

– Chamem um médico! Procurem um cristão! Ela não pode morrer... – disse ele finalmente. Sabia que a ministra era uma boa mulher. Seu único defeito foi nascer com aqueles dons escusos.

Lembrava-se insistentemente da perseguição à sua família pelos ditos “Comensais da Morte”, durante aquela guerra absurda. De sua filha mais nova sendo atingida pelo raio verde da morte, somente porque ele recusara-se a entregar o paradeiro da outra mais velha, que tinha acabado de se formar numa daquelas escolas abomináveis. “Maldita hora que concordei que ela fosse estudar num antro de aberrações!”, pensou, antes de pegar o telefone e ligar para o amigo médico.

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Assim que vira a figura conhecida, ela deixou-se consumir pela decepção. O modo como era olhada, como se lhe pedisse perdão, era algo que já conhecia. Realmente, como Severo dissera uma vez, parecia um elfo-doméstico.

Só restava saber o porquê da tamanha traição. Sim. Traição. Aquele choro desesperado era a sua confissão.

Ela soluçava na poltrona. Exibia olhos arregalados e servis como os de Dobby.

– Por quê? – Hermione perguntou simplesmente.

– Foi para seu beeemmm – a figura respondeu chorosa.

Ela lembrou-se de como Harry sofrera com as tentativas de “ajuda” de Dobby. Com este pensamento, sorriu amargamente e questionou mais uma vez:

– Por quêêêê? – sua voz falseou. Fraca, caiu de joelhos. Apertou o lençol que lhe cobria o corpo, deixando-o mais justo. Como se sentisse frio. Percebeu que estava mais ensopado que antes, na região do ombro onde recebera o golpe mais forte de faca. A magricela, recompondo-se do choro, levantou-se correndo da poltrona e ajoelhou-se ao seu lado.

– Ministra! MINISTRA! – gritou desesperada – MINHA VARINHA! ALGUÉM! EU PRECISO DE MINHA VARINHA! POR FAVOR! ME DEVOLVAM! EU TENHO QUE CURÁ-LA!

– Odete... Por que... Você... Eu gostava tanto... – Hermione tentou dizer. Ainda ouviu sua secretária gritar, quando fechou os olhos. Deixou-se levar por um zunido forte que invadia os seus ouvidos e por um manto de veludo negro que lhe cobria as vistas com uma pesada escuridão.

Havia desmaiado.

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A casa parecia movimentada. Ele ouvia passos incessantes e apressados vindos do andar de cima. Teria que fazer algo. Vasculhou o cômodo: algumas prateleiras de cacarecos, uma cama e... Nada demais. Nada que pudesse ser usado como arma. Somente brinquedos velhos, bonecas de olhos arregalados, ursos encardidos, roupas coloridas e comidas de traça... Provavelmente um depósito de velhas lembranças...

Empurrou a cama até a pequena janela. Subiu no ferro da cabeceira e espremeu o rosto contra a vidraça encardida. Podia quebrá-la... Mais de nada valeria. O espaço formado não seria suficiente para conseguir passar. Por lá, não poderia fugir.

Contava as horas. Já se despontava uma tarde alaranjada. Há muito passara da hora do almoço. Estava há tempos sem comer... Desde o dia anterior... Não. Na verdade tinha tomado um pouco de café e comido um pãozinho doce que Hermione forçara em sua boca naquela manhã... Mérlin... Aquilo já era um passado longíquo, apesar de tão recente.

Sentou na cama enterrando o rosto entre as mãos. A escuridão já levava a melhor. Ouviu barulho de motor do lado de fora da casa. Subiu novamente na cama e colocou-se a observar pela pequena janela outra vez. Viu um homem desconhecido, todo vestido de branco, sair de um carro e ganhar os jardins. Ouviu outra voz. Alguém, provavelmente, o esperava na porta:

– Rápido, doutor... Acho que ela perdeu sangue demais.

O médico apertou o passo e entrou na casa.

Perdeu sangue demais? Mérlin... Hermione! Aqueles desgraçados!

Se havia alguma dúvida de que os seqüestradores eram trouxas, ela se dissipou ali. Chamaram um “curandeiro trouxa”... Mas por que não pediram ao bruxo que participou do rapto para realizar um feitiço de cura?

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– Pai, deixe-me ir !!! Eu posso arranjar uma poção e curá-la rapidamente...

– NÃO! Você não vai sujar a casa em que você e sua irmã passaram a infância! Antes de morrer, sua mãe jurou que, sob este teto, nunca mais haveria magia! Agora acalme-se! Ela ficará bem!

Neste momento, o homem de branco saiu do quarto.

– Não sei se há muito a fazer. Eu já estanquei o sangue e costurei os cortes... Olha... Não sei o que está acontecendo aqui, Pierre... Mas não quero meu nome vinculado a isso. Eu nunca estive aqui, certo? Só estou fazendo isso em respeito à nossa antiga amizade... Não sei o que você esconde, e nem por que o rosto da moça estava coberto, mas não quero ter mais nada a ver com isso – disse receoso – Tome aqui – estendeu um papel ao outro homem – É uma receita contendo anti-inflamatórios e antibióticos que ela deverá tomar para que os cortes não infeccionem.

– Muito obrigado, Doutor Mark. Nunca me esquecerei do favor que está me fazendo...

– Não me agradeça, Pierre. Essa moça está correndo sério risco de morte. Ela perdeu muito sangue. E acho uma irresponsabilidade não levá-la a um hospital. – disse, com desagrado – Se ela piorar, vocês terão que levá-la. Talvez ela precise de uma transfusão de sangue.

– Não se preocupe. Se ela não melhorar, nós a levaremos a um hospital. Mas eu ainda preciso que o senhor veja outra pessoa...

Pierre voltou-se para a moça ao seu lado:

– Filha, vá chamar Draco e Pitter. Peça-lhes para verem em que estado está o homem que trouxeram junto, antes de levarem o doutor. Ele está ferido também.

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Ouviu um barulho de passos perto da porta. Escondeu-se. Desceriam. Daí poderia atacá-los com... Nada... Só tinha as próprias mãos... Mas faria algo!

Logo a claridade da luz artificial invadiu o porão.

– Sugiro que você apareça. Ou nós desceremos, ai não será nada bom para você... – uma voz “conhecida” para Severo avisou.

MALDIÇÃO! Aquela voz arrastada. Mas depois de tanto tempo? Por quê?

Draco Malfoy passara apenas cinco anos em Azkaban, pois não matara ninguém, realmente... Pagou, com cinco anos de sua vida, por um erro que ele próprio também cometera: ter se alistado nas fileiras de Voldemort. E agora estava ali? Depois de tantos anos? Ele estranhara o sumiço do jovem bruxo depois de sua soltura, mas não se preocupara, realmente, com isso. Achou que o rapaz tinha ido para outro país, onde não seria reconhecido, para recomeçar a vida em outra comunidade bruxa... Mas... Não... Ele estava ali. O desgraçado!!!

E foi somente a curiosidade, mesclada com o ódio, que o fez sair da penumbra e mostrar-se. Olhou diretamente para o rosto pálido de Draco. Reconheceu, com estranheza, as marcas de unhas e vestígios de sangue.

Então o homem que ele atacara no quarto de Hermione havia sido Draco. O asquerosozinho filho da bruxa!

Draco sentiu uma corrente elétrica percorrendo-lhe o corpo, quando viu seu antigo professor de poções brotar das sombras como, muitas vezes, fazia em sala de aula na sua época de estudante. O homem tinha uma aura altiva de poder tão repressora, que até mesmo Pitter, o trouxa, percebera e se afastara com um passo para trás.

Durante a captura, Draco não teve tempo de pensar e observar direito. Não conseguiu reconhecer o temido mestre naquela figura nua e desarmada no quarto de “Granger”. Agora estavam cara a cara. Ele notou, nos olhos negros como ônix, um brilho assassino que vira apenas poucas vezes... Um brilho agora direcionado a ele...

A lembrança de Snape matando Dumbledore, fraco e frágil, de forma impiedosa, sem titubear, na torre de astronomia, o fez arrepiar. Colou a atenção nas vestes do homem: calça jeans e camiseta caqui. Eram exóticas a Snape, porém ele ainda permanecia sombrio e assustador para Draco.

Lentamente, Snape se aproximou do pé da escada e olhou para cima.

– Eu sempre gostei de você, Draco. Em certas ocasiões, eu te considerei como um filho. Eu matei por você. Matei uma pessoa maravilhosa e brilhante que eu amava, para que você não tivesse o sangue maculando a sua alma... E, se é desta forma que você me retribui, sinto que não tenho mais opção: eu vou matá-lo, Draco. Se algo tiver acontecido a ela, eu vou matá-lo. Não tenha dúvidas de que sou capaz...

Neste momento, Draco ouviu o grunhido medroso vindo de suas costas. Olhou para trás e viu o rosto aterrorizado de Pitter. Uma satisfação golpeou-o. Afinal aquele trouxa finalmente percebera com quem estava lidando. Seu professor agira exatamente da forma que ele esperava...

– Ela? – disse Draco com um sorriso – Mas como as coisas mudaram, professor... Tanto para mim quanto para você, não é? Mas não se preocupe. ELA estará bem. Agora, preciso que o senhor prometa que não tentará atacar o médico que virá aqui te ver.
Snape estreitou os olhos.

Draco tomou o silêncio como um sim.

Snape conformou-se momentaneamente. Afinal ele não poderia fazer nada... Hermione ainda era refém.

Snape observou a porta fechando-se. Alguns minutos depois, abriram a porta novamente. O doutor apareceu na escada, mas se afastou, quando ele se mostrou.

– O que significa isso?! Este homem é perigoso?!

– Ele não lhe fará nada – disse Draco, surgindo na porta. – Não é, professor ? – perguntou, voltando-se sério para Snape.

– Não – a sua voz grave e aterradora cortou o ar em concordância.

O médico olhou receoso para o louro, depois para Snape. Estudou-lhe a fisionomia. Parecia uma fera acuada, esperando o momento ideal de fuga. Perigoso com certeza. Não hesitaria em matar, se precisasse, para sair dali. Mas, definitivamente, não parecia encontrar brecha naquela situação.

– Pode se aproximar, doutor – disse Draco.

O médico desceu vagaroso as escadas. Snape virou as costas para o homem e foi sentar-se na cama.

– E-eu vim aqui examinar seus ferimentos.

– Eu sei.

Uma luz finalmente se acendeu no cômodo. Provavelmente ligada pelo lado de fora. A porta foi encostada com um rangido estridente. O médico se voltou rapidamente para a porta e deu alguns passos em sua direção.

– Não vou lhe machucar – disse Snape. O médico voltou a olhá-lo.

– Como ela está? – Snape perguntou.

– Ela? – disse o médico sem entender.

– Sim. A moça que o senhor tratou. Ela está bem? – sua face estava vazia de sentimentos.

– Ah... Ela... Bem... – o médico não sabia se deveria falar algo. Mas o que estava acontecendo ali? Tudo bem que ele devia um favor a Pierre, mas aquilo já era demais!

– Por favor – pediu Snape calmo. – Eu preciso saber...

– Ela é sua companheira?

– Sim – Snape respondeu sincero.

O médico o olhou nos olhos. Algo na expressão do homem obscuro o fez sentir-se um pouco mais seguro. Decidiu contar-lhe:

– Ela estaria melhor num hospital... Mas creio que ficará bem. Agora será que eu posso ver onde está seu ferimento?

Snape mostrou enfadonhamente o braço amarrado com a tira de lençol e perguntou com certa ansiedade:

– E como ela está sendo tratada? Ela está acordada? O que farão com ela? Será que o senhor não pode conseguir que a tragam para cá?

– Olha... Eu não sei o que está acontecendo aqui – disse o médico, enquanto desamarrava o trapo que impedia o sangue de verter. – Mas sei que ela não poderá sair daquele quarto tão cedo – contraiu o rosto ao ver a corte de Snape voltar a sangrar. – Ela está fraca e perdeu muito sangue... Aliás, eu não sei como o senhor ainda está em pé – falou o doutor, que agora mexia em uma valise. Pegou alguns frascos e instrumentos.

Snape olhou com curiosidade para o algodão encharcado com um líquido vermelho, que o médico passava cuidadosamente em sua ferida. “Estranho... Por que Draco não fechara o meu corte e os de Hermione? Por que um médico trouxa? E por que Draco vestia-se também com a túnica na hora da captura, se era bruxo e podia aparatar sozinho? Será que Draco perdeu os poderes?”.

O médico terminou de limpar o ferimento. Severo viu uma pequena agulha, já com linha, nas mãos do doutor. Depois, a observou sendo mergulhada num líquido transparente, com o auxílio d’um instrumento semelhante à pinça.

Assustou-se quando o médico começou a dar pontos em seu braço. Conhecia aquele método trouxa. Uma vez, quando era pequeno, um garoto trouxa de sua vizinhança aparecera com aquela novidade de levar “pontos”... Mas não sabia que isso ainda existia. É tão... Arcaico.

– Escute – o médico cortou o silêncio que se instaurara devido à curiosidade do homem obscuro em seu procedimento. – Esta moça... Ela é conhecida? Quando eu fui tratá-la, ela estava com o rosto coberto, e não me deixaram vê-la... Achei que era para eu não me comprometer, mas é por que ela deve ser conhecida, já que me deixaram ver seu rosto... Quem é aquela mulher?

– Acho melhor o senhor continuar não sabendo – Snape sabia que o homem não fazia parte da quadrilha. Mas não sabia se deveria confiar nele ainda...

– Eu vou tentar convencê-los a deixar que você a veja – falou o médico, depois de uma longa pausa. Levantou-se. Guardou as coisas na maleta novamente.

– Obrigado.

O médico deu um meio sorriso sem graça e subiu as escadas do porão. Deixou Snape. Poucos segundos depois de sua saída, a escuridão voltou a reinar no cômodo.


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Ok...
Eu sei que não teve pegação, e nem ação. Mas esta cap é de Explicações. Espero que vcs tenham lido com atenção...
Bom. Depois disso, acho que vai ficar mais fácil pra eu escrever. ¬¬
Bom, ficaram umas coisinhas soltas nom é?
Bom, no próximo cap tem mais algumas revelações...
E que acontece com a Mione heim????
¬¬
Bom, esperem o próximo cap...
E... REVIEWSSSSSSSSSSSSSSSSS!
PLZZZZZ
Comentem para que eu me empolgue e escreva o próximo cap mais rápido!
;D
XAU!!!!

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