Um ajudante para Snape.




Oi galera!
Eu quero pedir desculpas, pq quando eu disse terça feira eu não expliquei direito...
Bom, é que eu sou uma morcega, eu durmo de dia e fico acordada à noite, então quando eu disse terça, eu estava querendo dizer noite de terça para a madrugada de quarta.
Bom. Me desculpem pela demora...
Estou me esforçando pra ter tempo para escrever, mas tenho muita coisa da facul pra fazer. E estou passando por uns problemas pessoais também.
Escrever tornou-se um refugio para mim, mas as vezes eu tenho que enfrentar a realidade e lidar com ela.
Quero dizer que estou muito feliz com os posts. (superamos os 100 posts!)
E que eu adoro passar aqui na floreios e ver comentários longos e curtos sobre a minha fic.
Gostaria que vcs continuassem a me mandar sugestões, como a garota que disse que eu poderia deixar um pouco de pensamentos do Snape para as leitoras imaginarem...
Acho tudo muito válido.
Gosto também quando me corrigem (como paSSos e não paÇos, não é Tais?! Auhauhauah). Meu português é falho, e eu não tenho beta. Então os comentários e criticas que vcs me mandam são meu termômetro e meu guia.
Bom, vou parar o falatório. No final do cap agente se encontra de novo!
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Capítulo 12: Um ajudante para Snape.

Hermione acordou de seu desmaio o com um médico trouxa ao seu lado, segurando um algodão embebido em um liquido de cheiro forte. Algo como álcool ou acetona... Ela estava tão atordoada que não conseguia distinguir os cheiros.

Lembrava-se vagamente dos detalhes do que havia acontecido. Na verdade, havia apenas duas únicas coisas que martelavam em sua cabeça: Em primeiro lugar estava a constatação óbvia: “eu quase transei com Severo Snape”. E em segundo lugar, mas não menos importante: “eu não estou conseguindo fazer magia”. Instintivamente, olhou à toda volta à procura de Snape, não encontrando-o em seus aposentos ela deixou o corpo afundar nos travesseiros. Esperava que depois de ‘tudo’ que eles haviam vivido, que o professor teria o mínimo de postura e compaixão e ficaria ao lado dela aquele momento tão terrível.

Ela sabia que a ‘perda repentina de magia’, era um problema que afligia alguns bruxos sofrendo de stress alto, e que provavelmente ela se recuperaria em menos de uma semana, pois assim como a magia ia embora repentinamente, ela voltava da mesma forma repentina e rápida. Mas mesmo assim instintivamente o humor da moça afiou-se em rebeldia contra o antigo professor de escola.

Ela sentia-se tola, pois apesar do eminente problema de ter perdido repentina e misteriosamente seus poderes bruxos, ela só conseguia pensar no abandono do professor durante um de seus momentos mais críticos. E agora alimentava uma emoção de rancor pelo homem.

Mais tarde naquele mesmo dia, ela teve seu encontro com o presidente dos Estados Unidos. Havia sido uma reunião muito desagradável, pois durante a conversa, ela estava sonolenta devido aos efeitos colaterais de um poderoso anti-gripal que seu médico trouxa havia receitado, estava magoada pela saída repentina de Snape, e ainda teve que agüentar calada insinuações cínicas do presidente quanto sua ‘falta de força para governar’ e a administrar as áreas de influência da Inglaterra na Europa. Porém, ao final da reunião, ela ainda pôde dizer que havia saído vitoriosa mais uma vez, pois conseguiu enrolar um pouco mais o presidente americano, e assim, garantindo mais tempo sem se posicionar na eminente guerra que a potência tentava criar.

*****
Nem quando era comensal, Snape nunca havia faltado ao trabalho. Em seu currículo imaculado, não continha nem sequer atrasos. Porém naquele dia, ele chegou vinte e cinco minutos atrasado para a primeira aula da tarde, causando espanto em todos os funcionários da escola. Porém, com todo seu azedume, ele afastou qualquer pergunta inconveniente.

Logo após o desmaio de Mione, ele lembrara-se que ainda tinha que dar as aulas em Hogwarts. Na verdade, ele não foi completamente incessível com a situação da bruxa. Quando lembrou-se de que ainda teria que lecionar o segundo período da sexta-feira, ele fez um breve diagnóstico, observando: pálpebras, pulsação, e temperatura. Ao constatar que a moça iria ficar bem, ele recomendou que Odete chamasse um médico trouxa para a primeira ministra, e partiu.

*****
Na noite de sexta-feira, durante o jantar em Hogwarts, McGonagall questionou-o sobre seu atraso. Ele ficou sem fala. Só em pensar no que havia acontecido ele ruborizava. As cenas do inicio da tarde com Mione perseguia-o nos momentos mais impróprios. Ele pegara-se imaginando a moça se esfregando de costas nele muitas vezes durante aulas daquela tarde, e também durante as conversas corriqueiras pelos corredores com professores, e isso irritava-o. Era como se as pessoas que conversavam com ele pudessem notar no que ele estava pensando. Não era nada como legilimencia... Era como se toda vez que ele lembrasse do ocorrido, suas feições o denunciasse.

Certamente era isso que ocorria. Ele sabia que estava esboçando uma cara de bobo de dar pena durante quase toda a tarde, mas por mais que ele se policiasse, a cara de bobo voltava sem querer quando ele menos esperava. Até mesmo Hagrid notara a diferença quando foi cobrar a poção ‘especial’ do professor.

******

Quando Snape chegou da residência oficial, ele rapidamente iniciou a poção da ‘ninfomania’, e após o preparo marcou um encontro e entregou dois frascos com um liquido rosa para o meio gigante. Nesta ocasião, ele estava pensando o que aconteceria se ele acidentalmente fizesse com que Mione tomasse uma versão mais fraca da poção de Hagrid. Hagrid, ao notar a careta estranha do mestre de poções, perguntou se ele havia tomado uma poção bestificante por engano. Mas logo Snape voltou a realidade e lembrou que agora a poção não faria nenhum efeito na moça.

Hagrid olhou para o morcegão desconfiado, e, como sempre, não conseguindo se conter ele soltou uma pergunta indiscreta e direta para o Mestre de Poções:

- O que aconteceu no vilarejo enquanto o senhor comprava os ingredientes para a minha poção professor?

- Nada! – Respondeu Snape friamente.

- Mas o senhor esta diferente, além disso, o senhor, pela primeira vez em sua história em Hogwarts, se atrasou para uma aula. O que aconteceu? Esteve se ‘esfregando’ com alguma bruxa? – Perguntou Hagrid dando uma ‘cotoveladinha’ que quase desmontou Snape e o fez cambalear para o lado com o impacto.

- Horas, cuide de sua vida Hagrid! – disse Snape enquanto massageava as costelas atingidas pela cotovelada de Hagrid. Ele não sabia se estava mais indignado com o ‘tiro certeiro’ de Hagrid em acertar que ele esteve se agarrando uma mulher, ou com a inconveniência da pergunta.

- HAHHHHHHHHHH! Então esteve dando uns amassos! – Disse Hagrid ultrapassando todas as barreiras de frieza que Snape impunha à sua volta.

- E-eu não estive dando uns amassos! – Disse Snape mal contendo um o orgulho da façanha.

- Sabe como eu sei que o senhor andou dando uns ‘catos’ numa bruxa professor? – Perguntou Hagrid com um sorriso maroto por baixo da espessa barba que mais parecia um emaranhado de fio de arame.

- Nham... Não quero saber. – Disse Snape com uma voz de quem queria saber sim. Ele queria saber o que o denunciara.

Ignorando a negação do professor, Hagrid respondeu:

- Ah professor... O senhor está corado, e o mais importante de tudo: Está ‘gingando’ ao andar.

- Gingando? – Perguntou Snape com irritação.

- É professor. Gingando. O senhor está andando mais solto... – Disse Hagrid vagamente.

A afirmação de Hagrid era vaga. Mas Snape sabia que havia uma certa verdade, pois ele mesmo sentia o corpo mais solto ao andar. Então, decidiu que já havia revelado muito de si mesmo, e mudou de assunto:

-Eu Fiz a poção Hagrid. Aqui está – Disse ele oferecendo dois frascos com uma poção cor de rosa.

- Ah... Será que o senhor não pode me dar umas etiquetas? – Disse Hagrid examinando distraído os frascos em suas mãos.

- O que? – Disse Snape olhando incrédulo para o meio gigante. – Para que você quer etiquetas? Se você, por alguma eventualidade qualquer, perder essas poções... - disse gesticulando as mão para o ar - As etiquetas com a posologia certamente o denunciaria.

- Mas eu não quero etiquetas com a posologia correta dessa poção. Eu quero que as etiquetas identifiquem uma poção para dores de cabeça... – Disse o bruxozarrão com um olhar malicioso.

Snape compreendeu, e revirando os olhos ele conjurou um accio etiquetas, e entregou-as ao meio gigante.

- Tome – Ele ofereceu as etiquetas – Mas cuidado com onde deixará essas poções, pois para este tipo de poção não existe contra-poção. Se alguém toma-las por acaso, a única solução seria... bem... – Snape corou ligeiramente... Então Hagrid entendeu que para cortar o efeito da poção só realizando o desejo de quem a tomasse.

- Hunm, então o efeito dela não passa com o tempo? – Perguntou Hagrid.

- Sim, os efeitos passam com o tempo, mas demoraria o dobro, se a pessoa que a tomasse não tivesse o envolvimento... Bem... – Snape estava desconcertado, ele nunca havia falado sobre esses assuntos tão abertamente com ninguém antes.

- Nossa Snape! Como você é travado! – Disse o meio gigante atrevidamente.

Snape fez uma careta ameaçadora, mas Hagrid simplesmente o ignorou. Hagrid perdera completamente o respeito (Ou medo), de antigamente. Agora seus colegas de trabalho não o achavam tão pavoroso quanto antes, quando ele era agente duplo e muitas pessoas duvidavam de sua verdadeira lealdade.

- Bom professor! Então eu já vou indo. Depois que eu testar uma dessas belezinhas eu te conto! – Disse Hagrid virando-se e deixando Snape reclamando sozinho.

- Arggg. Por favor, me polpe dos detalhes. – Disse Snape com uma careta. Mas Hagrid já estava saindo tão compenetrado olhando os frascos, que nem ouviu as ultimas palavras do professor.

******

Mais um sábado havia chego. O bruxão se preparava para encontrar com o ministro da magia para discutir a repentina perda de magia dos bruxos internados no instituto Mungos, e agora também a da ministra dos trouxas. Porém caso de Hermione, desde sua descoberta, era mantido em sigilo no mundo bruxo, já que ela tornara-se uma importante figura pública também no mundo bruxo.

O café da manhã era a refeição mais curta do dia para Snape. Ele sempre tomava café preto com torrada seca. Porém, este café da manhã ele quebrara a dieta. Iria passar o dia fora, e não gostava de comer nos vilarejos bruxos. Não comer em restaurantes era um resquício de sua vida como comensal agente duplo, quando ele nunca sabia quando seria envenenado. Ele saboreava um grande sanduíche de rosbife, quando Hagrid apareceu esbaforido e sentou-se ao seu lado.

- EH Hoje professor!!! – Disse o meio gigante com uma voz retumbante dando um tapa nas costas de Snape que quase o fez esfregar o nariz na torta de cereja que estava na mesa.

- O que é hoje? – Perguntou Minerva com a curiosidade mais aguçada do que nunca.

Hagrid ficou vermelho, mas respondeu logo:

- Nham... Bom... Hoje é sábado não é? Então. Hoje é dia de folga.

- Mas... o que tem de tão importante justo nesse sábado para ser tão especial? Afinal, toda semana tem folga no final de semana para os professores.

Snape observava inerte. Nem queria saber como Hagrid iria se explicar. Só esperava que o gigante não abrisse a boca e contasse que ele havia preparado a poção da ninfomania. Fora isso, ele respeitosamente queria que o meio gigante se danasse.

- É que neste sábado, eu irei falar com Máxime sobre um almoço que eu e o professor Snape andamos combinando juntos – Disse Hagrid dando um abraço de quebrar as costelas em Snape.

Snape olhou abobalhado. Definitivamente Hagrid havia passado dos limites. Ele olhou irritado. Bateu na mesa e voltou-se para Hagrid:

- Sobre qual Snape você esta falando Hagrid. Obviamente não sou eu, afinal, eu não andei “combinando” almoço nenhum com você! – Disse rabugento.

Minerva sentiu como se o natal houvesse chego mais cedo. Será que era isso mesmo que ela estaria ouvindo? Então resolveu intrometer-se.

- Será que eu também poderia ir à esse almoço Hagrid? Estou mesmo com muita saudades de Madame Máxime. – Disse ela com os olhos brilhando. De repente algumas idéias começavam à fervilhar em sua cabeça. Ela iria desencalhar Snape, nem que pra isso, ela tivesse que suportar a presença rabugenta do Mestre de poções. Parecia que tudo conspirava para que seus planos dessem certo.

- Claro! Será um prazer receber os dois bruxos mais poderosos do mundo mágico em minha casa! – Disse Hagrid ignorando completamente o que Snape havia acabado de falar.

Snape revirou os olhos. Seria mais um sábado que ele seria forçado à sair de sua confortável masmorra. Ele sabia que agora Minerva o arrastaria de qualquer jeito para esse almoço. E não havia mais nada o que fazer a não ser sua característica tromba de insatisfação.

Ele continuou seu café da manhã reforçado, observando os alunos no salão e notando a quantidade exagerada que Hagrid estava consumindo de ovos de codorna. “Hagrid terá um final de semana e tanto” – Pensou Snape com um sorriso enviesado para a montanha de casquinhas de ovos ao seu lado.

Terminando o café, dirigiu-se à lareira mais próxima ligada à rede de Flú. O ministro autorizara sua chegada pela rede de Flu diretamente na sala de sua casa, a Toca. Então ele pegou um pouco de pó fino num vasinho, e jogando o pó nas chamas da lareira ele disse claramente:

- À Toca!
******

- Bom dia professor. – Disse o homem ruivo.

- Bom dia Ministro. – Respondeu Snape com decoro.

- Sente-se por favor professor. Temo que o assunto que iremos tratar seja um caso bruxo muito grave. E exigirá muita cutela – Disse o ministro apontando para uma poltrona confortável à frente da que ele próprio ocupava.

Snape ajustou as vestes de professor para traz, e sentou-se.

- Bem, creio que já tenho uma idéia à respeito do que se trata essa nossa conversa. O retrato de Dumbledore me adiantou algo no dia que me levou o seu recado... – Disse Snape.

- Sim. Mas agora, como sabe, o assunto tornou-se mais preocupante ainda... – Disse o primeiro ministro com uma ruga de preocupação entre as sobrancelhas.

- Com certeza senhor. – disse Snape formal.

- Senhor? - o ministro mexeu-se incomodamente na poltrona – Hora vamos Severo. Nos não precisamos dessa formalidade toda. – Disse sorrindo - Fico até incomodado, já que por muito tempo fomos companheiros de luta pela ‘Ordem da Fênix’. Então, por favor, me chame de Arthur.

Snape esboçou um leve sorriso. Gostava da formalidade, mas o ministro tinha razão. Eles haviam passado muitas coisas difíceis juntos durante a segunda guerra, e aquele período tão tenebroso, pelo menos serviu para estreitar os laços, de forma a permitirem-se tratar um ao outro pelo primeiro nome. Dessa forma era até incoerente tanta formalidade mutua.

-Ahm... Bem, ‘Arthur’. Não sei se esse assunto é tão preocupante assim. Precisamos avaliar muito bem as condições dos acontecimentos...

- Severo, temo que seja realmente grave. Sei que foi você que diagnosticou a ausência de magia no sangue de nossa primeira ministra trouxa...

- Sim, mas muitas razões podem ter levado-a a perder seus poderes – Disse Snape interrompendo.

- Mas não foi apenas ela que perdeu os poderes. Nos estávamos com mais alguns casos no Instituto Mungos antes de mais este diagnostico... – disse o ministro. Mas logo foi interrompido novamente.

- A maior razão para a perda repentina dos poderes, são problemas emocionas – disse Snape com uma voz entediada. – E hoje em dia, quem é que não tem problemas emocionais... Acontece que alguns são mais fortes que outros... Por isso uns são suscetíveis, e acabam travando o coração para a produção de magia.

- Sim, tenho conhecimento. O problema, é que esse tipo de reação é muito rara, como o senhor bem sabe e...

- Horas Arthur. 4 ou 5 casos em uma população tão grande de bruxos quanto a que temos hoje não é uma amostragem tão grande. – Snape interrompeu novamente. – Estatística meu caro, estatística. – Disse como se concluísse algo importante.

- Sim, foi isso que pensamos no inicio. Mas você ainda não tem o quadro completo dos acontecimentos... – Disse o ministro reticente. – Creio que deixamos as coisas acontecerem... Não nos preocupamos muito no inicio, mas agora já está nos fugindo do controle.

Snape recostou-se na cadeira. Obviamente algo estava sendo escondido do publico em geral. E para a questão ser tratada com tanta seriedade à ponto de mandarem chama-lo, obviamente já deveria estar em um estágio muito mais grave. Então, pela primeira vez naquela manhã, ele inclinou-se à ouvir com paciência o que o ministro tinha à revelar.

O ministro da magia torcia as mãos no colo tentando procurar as palavras certas. Alguns segundos depois, observando a cara de indagação de Snape, ele finalmente iniciou a revelação dos fatos:

- Bem Severo. Você bem sabe que eu não mandaria chama-lo se não fosse algo realmente grave. Você é atualmente o maior mestre de poção do mundo bruxo, e seguramente sua linha de pesquisa em doenças mágicas já supera a de sua mãe. Isso o faz o maior mestre de poções em quase 100 anos. Sabemos também que medibruxos não estão qualificados para descobrir causas de doenças e sim cura-las, então...

- Deixe de floreios Arthur! – interrompeu Snape - Agora sei de onde seus filhos gêmeos tiraram tanto talento para a dissimulação! Vamos. Me diga o que está acontecendo? Você deixou a situação ficar tão grave assim?

Arthur Weasley fez uma careta de pavor igualzinha à de Ron, e como uma matraca disparou um falatório revelando tudo que estava acontecendo:

- À mais ou menos três meses nos tivemos os dois primeiros casos estranhos de perda de magia repentina no sangue. Dois irmão apareceram no instituto Mungos em busca de tratamento. Os médibruxos acharam estranho dois irmãos com o mesmo problema, mas ao chegar ao meu ouvido, eu conversei com um especialista, e ele me disse que poderia ser um caso isolado. Eu estava preocupado, pois como você mesmo disse, esse tipo de problema, na maioria dos casos da-se por problemas emocionais, e não seria possível que irmãos compartilhassem o mesmo tipo de problema emocional. Mas deixei passar... – Disse o ministro reticente enquanto olhava as reações de Snape.

Snape arregalou os olhos e endureceu a postura antes de começar a falar:

- Mas que tipo de besta quadrada disse que poderia ser um caso isolado? E você deixou o fato escapar sem averiguar ao certo o que estava acontecendo? Será que você não sabe que a probabilidade de dois bruxos com laços sanguíneos tão próximos ficarem com esse mesmo tipo de problema ao mesmo tempo é praticamente impossível?

- Bom, quem me tranqüilizou foi o doutor Quartz... – Disse Arthur constrangido.

- O que? Quartz é o medibruxo mais picareta do mundo mágico! Ele certamente rivalizaria à altura com Gilderoy Lokart! – Disse Snape indignado.

- Eu sabia que a probabilidade de um caso assim ser natural, era tão pequena quanto um dos meus gêmeos tornarem-se homens sérios. Mas mesmo assim, eu deixei passar. Eu pensei que não seria nada de mais... Eu andava tão atarefado, que simplesmente deixei passar sem maiores investigações. – Disse Arthur correndo os dedos pelos cabelos e esboçando uma cara cansada.

- Vamos, o que mais aconteceu? O que mais foi subestimado neste caso? – Perguntou Snape impaciente.

- Bem, uma semana depois de terem entrado no hospital, os irmãos recuperaram o poder da magia e voltaram para a casa. Mais tarde, foi a vez de um vizinho de rua dos garotos passar pelo mesmo problema. Porém, desta vez, era um senhor, e então ele demorou um pouco mais para se curar. Mas novamente, eu subestimei as evidências, achando que ele havia demorado um pouco mais para se recuperar devido a idade...

Snape estava com os olhos fixos. Ele já sabia aonde o relato do ministro iria chegar, mas continuou parado escutando.

- Um mês depois, mais 4 casos na mesma região se manifestaram. Veja, ai, eu já estava muito mais preocupado, pois já se somavam 7 pessoas que passaram pelo mesmo problema em uma mesma região... Mas novamente eu subestimei os fatos. “O que são 4 pessoas?”, eu pensei, “eles se recuperam em menos de 2 semanas, não pode ser tão ruim assim”, eu conclui. – Disse o ministro amargamente. Mas logo percebi que a situação estava fugindo de controle, quando mais 3 casos apareceram. Depois mais 4. Depois mais 2. Depois mais 5. Todos estavam se recuperando rapidamente. Alguns se recuperavam em uma velocidade normal. Outros demoravam um pouco. Até que um caso passou das três semanas. Um garoto de 22 anos, está internado à 4 semanas. E não há nem sinal de que ele se recupere algum dia. Suponho que esse garoto esteja com uma ‘versão’ mais forte do ‘problema’. E para piorar, temos mais 6 casos novos... E agora, recentemente descobri que Hermione está sofrendo com o mesmo problema.

Snape mexeu-se incomodamente na poltrona. Arthur permanecia parado com a cabeça vermelha abaixada e apoiada nas mãos. Decidindo que já era hora, Snape começou a falar:

- Isto está com sintoma de epidemia mágica, e por estar localizada apenas em uma região, pode ser que esteja sendo induzida também. Não há nenhuma pista à respeito do que poderia estar causando este surto?

- Não... – Respondeu Arthur em um suspiro de pesar. – É por isso que eu o chamei aqui. Precisamos detectar como as pessoas estão perdendo a magia. E também preciso de uma poção para curar esse mal nas pessoas atingidas.

- Sabe. Algo me diz que ah uma indução por traz desses acontecimentos, pois não é como varíola de Dragão cujo único inconveniente de uma doença mágica é o nariz azul, e se espalha rapidamente por toda a comunidade bruxa. Muito menos como gripe de Birrolder, que se espalha entre pessoas que convivem devido ao contágio corporal. Parece-me que as vítimas dessa doença estão localizadas em uma única região, e estas não possuem ligação entre si, certo?

- Ahram. Nenhuma delas mantinham se quer uma amizade, com exceção é claro dos irmãos. – Disse o ministro.

- Mas mesmo assim a doença não se espalha, não é? – Perguntou Snape enquanto alisava o lábio inferior.

- Não, não se espalha. Até mesmo Hermione está na área da doença. A área compreende dois municípios... O estranho, é que um é rural, e o outro, como você sabe, é urbano, o município onde Mione mantém residência. – Falou o ministro bruxo.

Snape recostou-se. Avaliava as possibilidades, mas não poderia tirar nenhuma conclusão sem primeiro pesquisar as possibilidades.

- Eu precisarei pesquisar. Vou necessitar de alguém para coletar dados, e aplicar questionário nas regiões e entre os atingidos pela doença. Vou precisar de alguém aplicado e dedicado para a tarefa. – disse Snape.

- Vou mandar colocar anúncios, e pedirei que a equipe de recursos humanos do ministério da magia faça uma pré-seleção de candidatos para você. – Disse o ministro um pouco mais animado. – E você receberá honorários também.

- Espero que sim. – Respondeu Snape com desdém – Afinal, ninguém gosta de trabalhar de graça.

A conversa continuou pelo resto da manhã e inicio da tarde. Até que Molly entrou na sala e chamou os dois bruxos para almoçarem. Logo após o almoço Snape voltou para sua masmorra. Teria que organizar as aulas e os deveres de seus alunos, pois teria mais trabalho adicional à partir da semana que se seguiria.

*******

Era Sexta feira novamente. Uma semana já distanciava-a do encontro tão intimo que tivera com o professor. Sua gripe estava quase curada. Questões de emergência caiam sob suas mãos como as folhas secas caiam no chão no outono.

Mione procurava desesperadamente as razões e cura para o mal que a havia acometido. Ela sabia que mais cedo ou mais tarde seus poderes voltariam. Ela só precisava se acalmar. Porém a demora para seus poderes mágicos voltarem deixou-a cada vez mais azeda com as pessoas à sua volta, e por vezes, até mesmo Odete sofrera com o mau humor da bruxinha. Para ajudar, o pensamento irracional de Hermione vacilava entre a paixão e o ódio pelo antigo professor de poções.

Ela sentia aqueles sentimentos confusos golpearem-na. Ela sabia que eram sentimentos complementares, pois ao contrario do que a maioria pensa, paixão e ódio não são opostos. Ela tinha claro em sua mente, que a antítese desses sentimentos era a indiferença. E no momento, o que ela menos sentia pelo Mestre de Poções, era indiferença. Na verdade, ela oscilava entre a vontade de esgana-lo, pois sentia-se ridícula por ter sido tão ‘receptiva’ à ele. E a vontade de telo entre suas pernas.

*******

Severo Snape nunca fora dado à gracejos ou adulações, muito menos ao ‘luxo’ de se preocupar com sentimentos feridos dos outros. No passado, ele passara muito tempo dividido entre a tarefa de estar ao lado do bem e ao mesmo tempo ter que, mesmo à contra gosto, agradar o lado do mal. Ele não havia aprendido nada sobre a alma e o coração das mulheres. Nunca havia tido tempo para essas ‘bobagens’. Assim, não sentiu nenhuma necessidade de ficar esperando Mione acordar de seu desmaio, muito menos de voltar em um outro dia à casa dela para dar alguma explicação.

Durante a semana que se seguiu depois do encontro com o ministro, ele sentiu vontade de estar novamente com ela. Mas sentia que não tinha nenhum motivo para fazer isso. Seu orgulho dizia que não deveria ‘correr’ atrás dela. Não tinha nenhuma razão plausível o suficiente, e não queria deixar a moça pensar que ele estava muito interessado. Ele não tinha experiência no assunto, então, mesmo adulto, agia como um adolescente atrapalhado que tinha medo de ser rejeitado.

Snape estava trabalhando arduamente para colocar a correção dos deveres dos alunos em dia. E em alguns intervalos ele recebia candidatos e candidatas para a vaga de ajudante que ele solicitara ao ministro.

Muitos candidatos se mostravam ineficientes. Alguns preguiçosos. Outros simplesmente burros. Snape estava vencido por 10 entrevistas por dia. Quando na sexta feira, o oitavo candidato, um moço se apresentou:

- Err. Ola... – disse o moço acabrunhado à porta.

- Calado. Responda estritamente o que eu lhe perguntar – Disse Snape mal criado.

- Sim – Disse o moço com uma carranca.

- Diga sua a possibilidade de horas trabalhadas por dia, disponibilidade semanal, o ingrediente principal de uma poção polissuco, e quanto é 23 vezes 38, e seu nome.

- Posso trabalhar o dia inteiro, todos os dias da semana, o ingrediente principal da polissuco é a pequena parte do corpo de quem você gostaria de se transformar, a resposta da multiplicação é 874, e meu nome é Krun. Victor Krun.
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Oi galera! espero que tenham gostado do cap!
Ele foi um pouco maçante para escrever, pois ele é aqueles cap de desenvolvimento da trama de mistério, então não tem as ceninhas calientes e nem tem nada muito engraçado...
Bom, o cap 13 estará mais voltado para o humor. Como vcs podem ver pelo final do cap. Snape encontrou um ajudante muito peculiar não é?
Vamos ver como a relação entre eles vai se desenvolver...
^^
(será que a autora tá iniciando um triangulo amoroso??? nããããão! auhauhauah! que na cara né?)

Ah sim... No 13 teremos uma conversa aterradora entre Snape e Hagrid. Não Hagrid, não descreva! Por favor não! Acho que terei pesadelos por causa de seu relato de sexo selvagem com madame Máxime! oO...
Será?
oO’
Nos jornais trouxas do dia seguinte ao “ato” entre Hagrid e Máxime: Pequeno e estranho terremoto de 2,5 na escala Richiter acomete o sul da França!
Auhauhauhauh
Ai... *secando uma lágrima de riso*
Um bjão para todas!

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