Capítulo VIII




“Nada é tão ruim, que não possa piorar”, pensou Harry. Há poucos instantes, o rapaz classificava a atual situação como crítica. Hermione estava presa. Malfoy enfrentava Bellatrix, a comensal da morte mais fiel a Voldemort, segurando um objeto do qual ele só sabia três coisas: que o nome era kronos, que era perigoso e, o mais importante, que sua melhor amiga passou três anos longe dele por conta do tal objeto. E não podia esquecer que ele e o melhor amigo aguardaram nervosos, o momento certo para salvar a melhor amiga de ambos.

Num momento de sorte, ele e Rony conseguiram soltar Hermione. E Harry esqueceu um princípio básico da vida: tudo que é bom, dura pouco. A felicidade do trio sumiu como fumaça quando outro servo fervoroso do Lorde das Trevas, Antônio Dolohov, surpreendeu a tentativa de libertação da garota. Agora, o comensal apontava a mão que segurava a varinha para o trio, enquanto com a outra impedia Hermione de fugir através do agarre da sua mão esquerda.

- Ora, pensei que fossem mais espertos!- debochou Dolohov – Não achavam realmente que cairíamos numa armadilha tão boba, não é mesmo?

Harry não respondeu. Não queria irritar ainda mais o comensal e pôr Hermione em perigo, não suportaria vê-la feriada por uma imprudência sua. Olhou rapidamente para a amiga e só então percebeu que ainda segurava sua mão direita com força. “Entre a cruz e a espada”, pensou o rapaz. “Tenho que achar uma forma de sair daqui e rápido”.

- Agora se afastem da garota, senão vou matá-la – ameaçou o comensal.

Os dois rapazes não tinham como reagir, então deram alguns passos para trás. O comensal recolocou as algemas mágicas em Hermione. E sorriu friamente.


Oposto ao lado que o famoso trio se encontrava juntamente com o comensal, Malfoy observou a pessoa com a qual vivera pelos últimos três anos ser libertada e experimentou um instante de alívio. Só foi um instante. Logo depois viu, com um aperto incomum no peito, o comensal aparecer pro trás da garota e aprisionar-lhe o pulso com rudeza. Num movimento instintivo, tentou correr em direção à amiga, esquecendo-se dos próprios problemas. Uma mulher de cabelos escuros o impediu, colocando-se na sua frente.

- Você não vai a lugar algum – ela sibilou – Não cumpriu o nosso trato, agora terá de me entregar kronos – ela sorriu – por bem ou por mal...

- Também não cumpriu sua parte no trato. Nunca soube o que é ser honesta, eu já estava preparado para este seu desvio de caráter – o loiro retrucou.

- Se fosse esperto, teria aprendido a ser como eu. Só que você escolheu o caminho dos sangues ruins e dos traidores do sangue. Você é um idiota Draco.

- Sou feliz com a vida que escolhi. Sempre odiei as idéias estúpidas que senhora e meu pai acreditavam e seguiam. Essa mania maluca de pureza de sangue e superioridade de raças.

- Você também já pensou assim, até resolver nos trair...

- Nunca pensei como vocês! Só não tinha coragem suficiente para enfrentar! Mas depois do que aconteceu com minha mãe, não pude mais fingir que desejava a mesma vida do meu pai - falou com frieza, encarando a tia com desprezo.

- Narcisa cometeu um erro... Pagou por ele...

- Erro? – questionou Draco – Qual é o grande pecado em amar tia?

- Você sabe muito bem! - irritou-se a comensal – Ela se apaixonou por um... por um...

- Por um trouxa. – afirmou Malfoy – Um ser humano que gostava e se importava de verdade com ela. Ao contrário de meu pai.

- Ela só podia estar louca! - gritou Bellatriz – Seu pai era um dos maiores seguidores do Lorde das Trevas! Como ela pode deixar se levar por um sentimento tão desnecessário?

- O amor não é um sentimento dispensável. Ele é fundamental. E minha mãe o sentia. Por mim, pelo trouxa que lhe dava o valor que ela merecia e até mesmo por você. Ela amava até mesmo a pessoa que a matou. – Draco gritou.

- Co-como... como você...

- Como fiquei sabendo cara tia? – Draco falou com fúria - Minha mãe não se defendeu. Não havia nenhuma evidência que ela tentou resistir ao ataque de seu assassino. E ela esperava pela senhora naquela tarde. Ela me enviou uma carta na qual contava que ia tentar convencê-la que a melhor saída era deixar o país com o homem que amava. A senhora não pode permitir isso, não é verdade? Preferiu matá-la a vê-la feliz.

Bellatriz encarou o sobrinho com frieza.

- Ela teve o que merecia. Traidora do sangue, igual a você...

Draco avançou em direção da tia, tomado pela fúria.

- Ela era sua irmã!-ele gritou - Será que você não sente nem um pouco de remorso?

- Traidores devem morrer – respondeu secamente. Então ergueu a varinha e atacou o sobrinho. – Estupefaça!

- Protego! - Draco reagiu de imediato. Se a tia queria duelar, ele não se faria de rogado. – Sectusempra! – Bellatriz se jogou para o lado, desviando do feitiço. Quando levantou, a mulher tinha um brilho diferente nos olhos.

- Está noite, querido sobrinho, você se reunirá a sua mãe.

Quando os dois rapazes se afastaram de Hermione, o comensal sorriu. Harry não gostou da expressão dele e se manteve alerta. Alguns segundos de estaticidade se seguiram até que o comensal apontou a varinha para Harry e Rony e abriu a boca para lançar o feitiço, mas não conseguiu. Harry foi mais rápido.

- Impedimenta! – o comensal foi jogado para trás cerca de cinco metros.

Bellatriz, que até o momento duela vigorosamente com Draco, voltou seu olhar para a origem do barulho e ficou irritada ao perceber que os amigos de Hermione tinham acertado Dolohov, então ela avançou na direção deles, pronta a atacar.

Quando ela se moveu, Draco pôde ver que a tia trazia presa no cinto, uma outra varinha. Três anos de convivência com a dona não deixou dúvidas de quem era o objeto. Aproveitou que a tia julgava-o desfalecido, apontou a varinha para ela e usou um feitiço convocatório.

-Accio varinha! – a varinha de Hermione voou direto para as mãos do louro que sorriu cinicamente para a comensal, que se irritava cada vez mais com a insolência dos jovens.

- Pensam que estão se dando bem? - gritou com raiva – vamos ver se gostam dos meus amigos – respondendo a um gesto brusco de varinha, apareceram mais seis comensais – Ataquem estes moleques. Não poupem ninguém. – falou Bellatriz apontando para Harry, Rony e Hermione – Do Malfoy cuido eu.

Harry deu um passo para trás. A situação era bem difícil. Ao todo eram oito comensais, já que Dolohov estava se levantando. Hermione ainda estava presa as correntes encantadas. O moreno olhou de esguelha para o amigo e viu uma expressão conhecida de pânico no rosto de Rony. Ele nunca fora bom de duelo, como ele e Hermione eram. Precisava dela livre para terem uma chance de escapar, sem entregar kronos, seja lá o que o fizesse tão perigoso, a Bellatriz. Draco estava se esforçando, mas não ia agüentar por muito tempo as investidas da tia. Precisava de uma distração. Teve uma idéia.

- Rony – o ruivo o olhou rapidamente e enfeitice um comensal.

- O que? – murmurou o ruivo, assustado, enquanto os comensais se aproximavam, degustando a imagem apavorada que os três tinham.

- Você tem que atacar um deles enquanto eu desfaço o feitiço das correntes que prendem Hermione.

- Mas como... – Rony não teve tempo de terminar a pergunta, um comensal lançava um feitiço estuporante. Harry reagiu rápido.

- Protego! - disse criando uma barreira mágica para proteger os três enquanto mais feitiços eram lançados - Temos que fazer algo! E rápido!

O cérebro de Hermione trabalhava rápido, mas a garota não conseguia pensar em uma saída. Os esforços de Harry, e agora também de Rony em bloquear as azarações não resistiriam muito tempo. E ela continuava presa e sem varinha. Olhou para Draco que desviava de alguns feitiços lançados por bellatriz e tentava protege kronos. Ela não podia pegar kronos. Nunca. Hermione não suportaria reviver os últimos quatro anos. Foram dolorosos demais. Não suportava nem lembrar-se do período da guerra, dos amigos perdidos, das famílias desfeitas... Não queria viver novamente aquela época. Nunca conseguiria encarar tudo aquilo outra vez.

Um grito de dor a fez voltar sua atenção para os dois amigos. Tremeu ao perceber que Harry estava ferido no ombro esquerdo e sustentava no rosto uma expressão de raiva e dor, embora segurasse a varinha com firmeza na mão direita. Hermione sem perder tempo chamou por Rony.

- Rony! – o ruivo lançou outro feitiço de proteção antes de olhar para ela – retire minhas correntes! Depressa! - ele se aproximou da amiga.

- Finite incantatem! - as correntes mágicas sumiram no momento exato que Dolohov se aproximava sorrindo cinicamente.

- É melhor se entregar Potter! – disse perigosamente calmo – Podemos até poupar o traidor do sangue e a sangue ruim – ele lançou um olhar malicioso para Hermione – ela te que é gostosinha, vou ficar feliz em cuidar dela para você – ele sorriu.

Harry avançou alguns passos, apertando com mais força a varinha enquanto o rosto adquiria traços nítidos de ira.

- Se tocar em Hermione, você está morto – disse com fúria, pondo-se na frente da amiga e bloqueando a visão do comensal – Iria até o inferno atrás de você e o faria sofrer até que implorasse para morrer.

- Ora! Não sabia que era apaixonado pela sangue ruim Potter! – riu o comensal.

Hermione se sobressaltou. “Harry apaixonado por mim?” Seria possível? “Não! Isso é Dolohov tentando perturbar Harry. Ele não sente nada além de amizade por você. Não é hora de pensar bobagem Hermione. Pense em como sair daqui!”

- Não é da sua conta o que sinto ou deixo de sentir - Harry retrucou, precisava tirar Hermione de lá – se tocar nos meus amigos, vai se arrepender.

- Duvido muito Potter! Estupefaça! – Dolohov tentou acertar Hermione, Rony a protegeu. Harry contra atacou iniciando um duelo. Hermione olhou desesperada para os comensais que se aproximavam.

- Rony! – exclamou assustada – Estamos em desvantagem! Precisamos sair daqui!

- Eu sei, mas como? Eles estão em toda parte!

Hermione olhou para os lados avaliando as possibilidades. Harry e Dolohov duelavam a sua esquerda enquanto, um pouco mais a frente, Draco tentava em vão derrotar Bellatriz. Draco percebeu Hermione olhando para ele, se protegeu de um feitiço e fez sinal para a garota. Quando a morena o encarou percebeu o que ele apontava: Draco tinha recuperado sua varinha. Uma idéia lhe ocorreu. Chegou mais o perto de Rony.

- Rony, preta atenção no que vou falar. Temos que nos aproximar do Harry.

- O que? – ele reforçou o feitiço protetor – Hermione, não vai dar! Mal estou conseguindo nos proteger! – Ela olhou o amigo. Ele estava suado e aparentava cansaço, mas não desistia de protegê-los dos seis comensais.

- Eu sei Rony, mas se chegarmos ao Harry, será mais fácil. Vocês dois juntos podem reagir melhor!

- mas como vamos chegar até ele?

- Você tem que se mover enquanto defende os feitiços. Eu te guio. – Ela segurou a camisa do amigo pelas costas e foi girando o rapaz. Reagindo a essa movimentação, os comensais que antes formavam um semicírculo em torno deles, foram se juntando em um só lugar. Hermione continuou a guiar Rony, que estava cada vez mais cansado, para perto de Harry.

Harry duelava concentrado. Sabia que estavam em desvantagem, mas não podia deixar que os amigos se machucassem. “Muito menos Hermione.” Viu que os dois melhores amigos chegavam cada vez mais perto dele. Olhou de relance para Hermione, que o fitou no mesmo momento. Ela fez um movimento com a mão e sorriu. “Ela quer que eu me reúna a eles.” Voltou sua atenção para Dolohov e atacou.

- Rictumsempra! – Dolohov foi atingido na perna e caiu de joelhos. – Estupefaça! – o comensal caiu desacordado. Harry aproveitou para correr para perto dos amigos. Juntou-se a eles no exato momento que Rony perdeu o equilíbrio por causa da força dos feitiços. Apontou a varinha para os comensais e lançou as azarações que atingiram três comensais tirando-os momentaneamente da batalha.

- Muito bom Harry!- elogiou Hermione, o que fez o amigo lembrar-se do quinto ano deles, quando foram ao ministério. A amiga foi atingida por um feitiço muito forte logo depois de falar esta mesma frase.

- Hermione – disse preocupado - temos que sair urgentemente daqui. Qual é o plano? – ela o olhou intrigada.

- E quem disse que eu tenho um plano? – ele sorriu.

- Mione, você está com o olhar cheio de determinação. Eu te conheço, sei que você tem um bom plano. Sempre tem.

- Ah Harry! – ela corou feliz com o elogio. E ele ficou sorrindo para ela, esquecendo momentaneamente do perigo que corriam.

- Será que dá para vocês conversarem depois? – gritou Rony que estava ocupado bloqueando os feitiços. Harry e Hermione coraram.

- Certo Rony, você tem razão. – Hermione olhou para Harry – Temos que ajudar Draco e proteger kronos. Então pensei que poderíamos chegar a ele da mesma maneira que chegamos a você. Ele também está com minha varinha e Bellatriz não está nem um pouco feliz com ele – ela apontou para Malfoy que revidava os feitiços da comensal com grande dificuldade.

- Entendo. Então vamos... - Harry parou de falar no instante que Bellatriz lançava outro feitiço contra Draco. – Merlin!

- Não! – Hermione correu em direção a Draco sem se importar com a batalha. Ele era responsabilidade dela e ela nunca falhava nas missões que eram destinadas a ela.

- Hermione espere! – Harry se pôs a correr atrás da amiga. Ela estava indefesa e poderia se machucar gravemente. Um comensal se pôs na frente dela pronto para atacar. Hermione parou de repente. O comensal apontou a varinha para ela.

- Cruc...

- Estupefaça!

Hermione olhou para trás e viu Harry que respirava rapidamente. Ele olhou para ela e caminhou em sua direção. Não parecia nada feliz.

- Você ficou louca? - falou com raiva. Ela ergueu o rosto.

- Preciso proteger Draco e kronos. É minha missão.

- Então me diga como vai fazer isso sem varinha? – perguntou com ironia. Ela ficou um momento sem dizer nada.

- Eu sei que fui imprudente, mas...

- Imprudente? – ele falou irritado – Se eu não chegasse a tempo você estaria no chão gritando de dor! – ele deu um passo e ficou a poucos centímetros dela – Poderia ser morta...

- Harry, me desculpe...

- Você imagina como eu ia me sentir? – ele murmurou. Ela o olhou com carinho.

- Acho que posso imaginar sim Harry. – ela falou emocionada – Já me senti várias vezes assim. Por você.

Ele sentiu o coração se aquecer ao escutá-la. Mas não houve tempo para analisar o que foi dito. Rony gritava algo para os dois.

- Ela vai pegar o objeto! – Harry e Hermione olharam para Draco. Ele estava curvado, com um dos braços ao redor do abdômen e seu rosto mostrava que ele sentia muita dor. Bellatriz ria cruelmente enquanto o sobrinho sofria com a maldição cruciatos. Harry agiu rapidamente.

- Petricu totalis! – Bellatriz ficou paralisada. O moreno apontou a varinha para Draco. – Accio varinha! – e a varinha de Hermione voou para sua mão. – Tome Mione.

Hermione segurou a varinha e correu para perto de Draco

- Draco! – ela segurou seu rosto – Você está bem?

Ele demorou um pouco para responder.

- Estou. E você? Está ferida? - ele falou rapidamente, enquanto olhava para ela.

- Estou bem...

- Mas não por muito tempo – Dolohov estava de pé novamente e já havia lançado a contra-azaração em Bellatriz. Harry entrou na frente dos dois.

- E você, sangue ruim, vai sofrer – disse Belatriz. Draco se levantou com esforço.

- Não. Quem vai sofrer aqui é você.

- E sua batalha é comigo. – falou Harry com determinação – Mione ajude Rony. – Depois olhou para Dolohov que o encarou por um momento antes de começarem a duelar.

- Mas o Draco... - ela tentou retrucar. O loiro a interrompeu.

- Vá ajudar o Weasley. Esse é um problema de família, não é querida tia? – Falou com ironia. A comensal respondeu com uma azaração.

Vendo que Rony precisava de ajuda e que nem Harry nem Draco iriam deixá-la ajudar, Hermione correu para perto do ruivo.

Alguns minutos depois, a morena percebeu que estavam distantes uns dos outros. Os comensais não desistiam de atacar o que fez que Hermione e Rony se afastassem. Os quatro agora se defendiam como podiam. Estavam cansados e os comensais não cessavam os ataques. Depois de estuporar um comensal particularmente insistente, Hermione ouviu um grito de dor. Conhecia aquela voz e logo localizou de onde vinha. Malfoy estava caído, a varinha jazia vários metros distante dele e kronos estava ao seu lado. Bellatriz ria cruelmente.

Hermione correu em direção a Malfoy. Tinha prometido protege-lo e assim faria, não só por ser sua obrigação, mas por gostar muito do loiro. No caminho, pode ver rapidamente que estava correndo grande risco. Rony lutava com todas as forças contra três comensais. Estava se saindo bem, mas já aparentava cansaço. Harry lutava contra Dolohov num duelo bastante equilibrado. Hermione sabia que se Harry não estivesse gastado tanta energia, o duelo já estaria terminado. Obrigou-se a não se preocupar com eles e concentrou-se novamente em alcançar Draco.

Ele tentava não sucumbir aos ataques da tia, que parecia ainda mais descontrolada a cada minuto. Algo aconteceu quando os dois discutiam, Hermione tinha certeza. Depois disso, a frieza tão presente na postura de Bellatriz tinha sumido e em seu lugar, uma fúria desmedida tomou conta da comensal. Ela atacava Draco sem descanso embora não usasse nenhuma maldição que poderia levá-lo a morte. Parecia querer que o sobrinho sofresse aos poucos.

Depois de um feitiço que acertou Draco no abdômen, o loiro caiu e, mesmo se esforçando, não conseguia se levantar. A comensal se aproximou do sobrinho, a ira presente em seu olhar enquanto ela exibia um sorriso cruel.

- Agora, querido sobrinho, você vai se reunir a sua querida mãe – ela apontou a varinha para Draco – AVADA K...

- Estupefaça! - Bellatriz foi jogada para longe do loiro. – Draco! Você está bem? - Hermione se abaixou para ajudá-lo.

- Você me salvou Hermione. – ele disse emocionado.

- Acho que agora estamos quites, não? – ela sorriu lembrando que ele a salvara há mais de três anos atrás. Ele sorriu de volta.

- Com certeza! Mione, fique com kronos. – o loiro, mesmo fraco, fez o feitiço e o estranho objeto voltou a ficar pequeno. Ele então o estendeu para a amiga que passou a corrente dourada em volta do pescoço, escondendo-o logo em seguida por dentro da roupa.

-Vamos sair daqui. – a morena se levantou para ajudar Draco. Malfoy tentou se erguer, mas viu Dolohov apontar a varinha para Hermione

– Mione! Cuidado! – a garota virou no exato momento que Dolohov lançava a maldição.

- Impedimenta! – ela brandou. O comensal foi jogado para trás – Draco vamos...

- Ah, você não irá a lugar algum sangue ruim...

Harry estava muito cansado e Dolohov não parava de atacar. Protegendo-se de um feitiço lançado pelo comensal, o moreno se protegeu atrás de uma árvore. Respirando com dificuldade, esperou alguns segundos para retomar a batalha, mas quando saiu do local, Dolohov não estava mais lá. Olhou em volta, angustiado por não achar o comensal. Pode perceber Rony ganhando dos comensais que restavam. Procurou por Hermione e Draco e foi neste momento que seus pesadelos pareciam se realizar na sua frente.

Como um filme macabro, ele viu Dolohov atacar Hermione, enquanto ela ajudava Draco a se levantar. Por sorte, ela percebeu a aproximação do comensal e conseguiu abatê-lo antes de ser atingida o que a impediu de ver Bellatriz Lestrange chegar cada vez mais perto. A bruxa levantou a varinha, sustentando no rosto deu sorriso mais cruel. Harry tentou avisar a amiga, mas ela não escutava seus gritos. Ele começou a correr em sua direção, tentando ficar próximo o bastante para lançar algum feitiço. Mas antes que Harry chegasse ao seu destino, ele pôde ver como se estivesse em câmera lenta, Bellatriz lançou o feitiço e a amiga caiu enquanto gritava. O rosto demonstrando a dor que sentia, ao mesmo tempo em que o corpo dela tocava o chão. A comensal ria descontroladamente e Draco gritava pelo nome de Hermione.

Harry saiu o torpor em que estava e com fúria correu para Bellatriz. Ela o olhou com desprezo.

- Veio ver sua namoradinha sangue ruim morrer? – falou com frieza. Ele retrucou com raiva.

- Não. Vim ver a sua morte. Lacarnum Inflammare! – o fogo atigiu Bellatriz que gritou e lançou um feitiço para impedir as chamas.

- Seu mestiço imundo! – ela tentou amaldiçoá-lo, mas Harry a atingiu primeiro.

- Petrificus Totalus! – a comensal paralisou – Sectumsempra! – ela bradou com ódio. Bellatriz gritou.

- Harry, o que você ta fazendo? – Rony chegou ao seu lado e estava espantado com o comportamento de Harry. – Vai mata-la deste jeito!

- É isso mesmo que eu quero – falou sem emoção. Rony o olhou incrédulo. Foi quando percebeu que o rosto do amigo estava molhado, mas não de suor. Eram lágrimas.

- O que aconteceu? – perguntou tentando entender. Harry estremeceu, enquanto fungava baixinho.

- Hermione... – foi o bastante para Rony olhar para o lado e ver a amiga no chão, tentando ser reanimada por Malfoy, que parecia tão abalado quanto Harry.

- Merlin... Precisamos sair daqui. Pare com isso Harry! Hermione não ia querer que você a matasse, pare agora!

Com relutância, Harry parou e correu para perto de Hermione.

- Mione... Responde-me, por favor...

- Eles estão ali! – um comensal gritou – Vamos pegá-los!

- Harry, os comensais! Temos que sair daqui!


O moreno pensou rápido. Não tinha forças para aparatar para longe e ainda levando Hermione e Draco. Tomou um decisão.

- Rony, pegue Draco e aparate o mais longe que puder. Vou fazer o mesmo.


- Mas Harry, você acha que tem condições de aparatar? – o ruivo perguntou preocupado.

- Tenho sim. Vamos, temos que fazer isso logo.

- Eu não vou me separar de Hermione – Draco se manifestou.

- Vai sim e sem reclamar sua doninha albina. – respondeu Rony. Aproximou-se de Draco e colocou o braço do loiro, que não parava de protestar, sobre seus ombros. – Vamos Harry.

Harry assentiu com a cabeça e com cuidado, pôs Hermione nos braços. Ele pôde perceber o calor de sua pele, sinal de que ainda estava viva. Com mais esperança, olhou para Rony.

- Vou tentar chegar na Toca o mais rápido possível. – mal acabou de falar um feitiço passou sobre seu ombro machucado – aparate agora Rony!



Harry não tinha opção. Ele só podia aparatar para um lugar. E foi o que ele fez.


Aparatou com Hermione na floresta próxima a mansão Malfoy. Deixou-se cair no momento em que chegou. Estava esgotado, afinal usara muita magia para combater os comensais da morte e empregou suas últimas forças para desaparatar com Hermione. Suas costas bateram no chão coberto de folhas e ele, com Hermione sobre seu peito, ficou a respirar com dificuldade. “Foi por pouco” pensou. “Mas um pouco e não teríamos saído vivos da armadilha de Bellatriz”. Harry se ergueu um pouco para tentar olhar para o rosto da amiga. Ela ainda estava desacordada, o feitiço que recebeu pelas costas foi muito forte. O rosto estava pálido e sua respiração era profunda, como se ela não estivesse conseguindo respirar. O pânico de perdê-la assolou a mente de Harry e o rapaz ficou sentado em um único movimento. Correram os dedos pelo rosto da amiga e sentiu que ela estava fria. Tirou a jaqueta que vestia e colocou em volta de seus braços. Voltou a olhar para seu rosto pálido, onde alguns fios de cabelo estavam grudados por causa do suor. Com suavidade retirou-os do rosto da amiga, mas continuou a acariciá-la.

Não podia deixar de pensar que ela estava em perigo outra vez para ajudá-lo. Amava tanto, como poderia perdê-la? Olhou com intensidade para o rosto amado, tentando gravar seus traços. Primeiro os olhos, depois o nariz, as bochechas e por fim, os lábios. Foi aproximando o rosto sem perceber até que seus lábios cobriram o dela. Ele sentiu sua maciez ao mesmo tempo em que um arrepio percorria seu corpo. A sensação de tê-la perto era tão boa, que Harry não percebeu de imediato que seu beijo era correspondido. Quando sentiu a leve pressão dos lábios de Hermione, Harry recuou. A morena abriu os olhos lentamente e o encarou.

- Harry?


CONTINUA...




N/A: (Nick chegando de fininho) Oi Gente! Será que se eu pedir perdão vocês não abandonam a fic? (Nick com os olhos brilhando de esperança). Eu sei que a desculpa é a mesma, mas quem fala comigo via msn sabe que a faculdade não me deixa tempo para nada! Fiquei de férias no início de fevereiro e me dei ao luxo de descansar um pouco! Então não me detestem! (Nick de joelhos, implorando) Demorei, eu sei! Mas não foi por mal! Acreditem! Vamos aos agradecimentos!


Andréa Pismel: Oi Andréa! O que você achou da ação? Ficou bom? Me diz o que você achou! E pode deixar comentário cobrando sempre! Adoro todos eles! Um grande abraço!

Lílian Granger Potter: Oi Lílian! O capítulo foi maior desta vez né? Enfim eles lutaram juntos, mas você viu que não foi muito fácil. Gosto muito das suas fics. Estou viciada em Eximere Tempus, Frio da Alma e Príncipe Istari. Sem falar que acompanhei o Sucessor! Espero que tenha gostado das cenas de ação. Um grande beijo!

Fernanda Destro: Oi!!! Que bom que você gosta do meu jeito de escrever! Sabe que eu acho que não tenho vocação para a coisa? Mas já que está gostando, só posso agradecer! Torço para que o capítulo tenha agradado!Beijo Nanda!

Elros Dust'Amandill: Dieguitooooooooooo! Amigo que eu tanto amo! Ainda bem que você gostou da descrição do objeto! Fico feliz que você tenha se envolvido na história! Imagina se o capítulo que te dou de presente não te agrada? Mérlin me livre! Li o retorno e estou cada vez mais fascinada com o que você escreve! Me conta o que achou deste capítulo tá bom? Sei que você adora ação! Te adoro! Beijão!

Teresa: Menina! Admiro muito você! Fico feliz que não tenha preconceitos em relação ao shipper! É muito legal escrever e ter alguém como você lendo! Acho que este capítulo vai te agradar, então me diz o que achou ta?Abraçooo

Patrícia Monte: Olá! Fiquei toda boba lendo seu comentário! Obrigada pelos elogios! Este capítulo também está tenso não é? Não deixe de me dizer o que achou dele! Beijooo

Paulinha Marks: Paulinha! Menina, o plano não deu certo mesmo! Mas é como você disse: não foi a Mione quem planejou, só podia dar errado!rsrsr O que você achou deste capítulo? Não deixe de comentar! Abraço amiga!

Diany: Que ótimo é poder falar com você pelo msn! Adorei te conhecer! Suas fics são ótimas! Eu entendo você perfeitamente. Odeio a Belatriz e queria muito poder dá um lição nela! Mas o dia dela vai chegar... Hoje passou perto né? Continue acompanhando! Beijo!

jessica fl: Oi Jéssica! Seja bem vida a minha fic! Que bom que está gostando! Obrigada por comentar!

Maris: Olá! Obrigada pelos elogios! Continue acompanhando! Abraço!

Alais: Olá! Menina, adoro suas fics! Amava Labirinto, fiquei triste por você excluir! Vou explicar melhor o que kronos faz no próximo capítulo! Obrigada pelo comentário! Beijoo!

Moderação H²: Obrigada por indicar minha fic! Fiquei muito feliz em ver que ela foi selecionada por vocês! Valeu pelo incentivo Muitoooo obrigada!

Binks: Biaaaaa!!! Valeu por acompanhar a fic! Estou a espera de novos capítulos da suas fics! Adoro falar com você no msn! Beijão!

Nety: Beta orgulho de minha vida! Estou a espera de mais capítulos viu? Obrigada por tudo! Não canso de dizer que ADORO você! Sou super feliz por ser sua amiga! Um beijo enorme!=*****

Quem quiser me adicionar no msn é só olhar o endereço no meu perfil! Será bem vindo! Adoro fazer novas amizades! Um grande abraço a todos! Não esqueçam de comentar! Beijo!

Nick Granger Potter

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