Sonserina X Corvinal



N/A: HA! Eu não disse que não demorava a postar? *.*
Bom, eu achei esse capítulo até legal =DD é curtinho, como a fic, mas mesmo assim... Tem um jogo de Quadribol e O fora do James na Lily (6) aHUEHAuhwuhaeuh
Valeu aos comentários, sim? E agora rumo aos 200 =DD
Ah, só pra avisar... A fic só vai ter mais 6 capítulos... E um epílogo, totalizando 10! Vai ser pequena mesmo u_u mas, com o fim dessa, muuitas outras virão, certo?
Bom, avisos dados! Espero que gostem, e, acima de tudo, comentem =D
Luh Caulfield~


(Fall Out Boy - Sugar, We're Going Down)



My Slytherin
II – SONSERINA X CORVINAL






Sem que percebessem, setembro passara e dera lugar a outubro, que entrava com muita ventania e chuva, além de um tempo cada vez mais frio. As copas das árvores da floresta Negra faziam um estardalhaço distante, graças à chuva cada vez mais forte, e os ventos as castigava sem piedade. E foi numa dessas manhãs, no segundo dia do mês, que o primeiro jogo de Quadribol da temporada aconteceu.

Aquela manhã de sábado ainda começava, embora o céu acinzentado e coberto por nuvens aparentasse um horário tardio. Uma fina garoa invadia os vastos terrenos de Hogwarts e enlameava tudo, além de produzir um insistente barulho de água contra milhares de vidraças...

- Você vai ao jogo? – Remus indagou, enquanto tomavam café da manhã no salão principal, ao ver Sirius jogar-se no banco com várias bandeirinhas azuis. – Com esse tempo?

- Claro. – Sirius respondeu, simplesmente, sacudindo os ombros. – Não posso parar de zicar a Sonserina.

Peter, que estava apenas chegando a mesa, ouviu o comentário de Padfoot e revirou os olhos, sentando-se ao lado do amigo. Remus deu um sorriso maroto.

- Wormtail, você vai ficar aqui no castelo e ajudar o pobre Moony a bolar uma travessura para zombar dos Sonserinos, não é? – Ele indagou casualmente, uma expressão presunçosa no rosto.

- Não! – O outro respondeu, com uma expressão cética. – Você não acha que eu vou ficar dentro do castelo ao invés de ver o primeiro jogo da temporada, ou acha?

Sirius soltou uma gargalhada de deboche, enquanto colocava uma torrada exageradamente grande na boca.

- Eu achava, até você pisar em minhas expectativas e jogá-las no chão do desprezo! – Remus rebateu numa voz extremamente dramática, colocando uma mão em cima do coração.

Naquele exato momento, o time da Sonserina adentrou o salão, recebendo muitos aplausos. Os três marotos torceram o nariz.

- Malfoy, Goyle, Gimford, Ferrera, Howe, Gathier... – Contou Sirius, estreitando os olhos. – Onde está nosso “amiguinho” Sonserino?

Remus mudou a expressão para pensativa.

- O Potter? – Sirius fez que sim. – Olhe você mesmo...

Sirius virou para trás esperando ver Potter já sentado no banco sonserino, mas surpreendeu-se ao ver que ele apenas adentrava o salão com uma Nimbus 1500 nos ombros, ainda com o uniforme. E Lily estava logo atrás dele, aparentemente monologando, já que o rapaz parecia ignorá-la.

- Lily está obcecada por esse cara! – Sirius bradou, com uma expressão estranha, olhando desconfiado para os dois. – Não é estranho?

De algum modo, Sirius estava certo.

- Olha, James, Potter, ou seja lá como eu devo te chamar para que você pare de me deixar monologando aqui, POR FAVOR, você pode pelo menos falar “bom dia, sua insuportável”? – Lily insistiu, começando a dar pulinhos de irritação.

Potter parou de andar e se virou para ela, sem antes desfazer a maligna expressão de divertimento no rosto.

- Bom dia. – Ele disse, inflexível, parecendo impaciente.

- Bom dia! – A garota respondeu, alegre por finalmente ter arrancado algumas palavras dele após uma longa falação. – Olhe, eu sei que isso é estranho...

Ela deu um passo a frente, e ele levantou as sobrancelhas, destacando os olhos extremamente castanhos naquela manhã, por causa da claridade.

- Mas eu estou torcendo por você. – Revelou ela, juntando as pontas dos dedos e abaixando a cabeça, parecendo envergonhada. – Então, acabe com a Corvinal, ok?

Pelo canto do olho, ela viu que Potter pareceu achar graça em seu comentário. Mas ele não disse nada.

- Sim, grifinória. – Ele respondeu finalmente, cruzando os braços e deixando o pescoço pender para o lado. – Até mais.

Fez menção de virar e sair andando, mas Evans deu um largo passo à frente a fim de impedi-lo... Um passo tão largo que a fez perder o equilíbrio e cair para frente, segurando o braço do sonserino.

Por sorte, ele conseguiu ficar em pé, mesmo sendo puxado para baixo.

- Desculpe. – Murmurou ela, constrangida, ainda agarrada à manga do moletom dele.

Lily levantou o rosto, a fim de encarar Potter. E ainda encontrou aquela expressão indecifrável.

- Hum... Se importa de largar minha manga? Sabe como é, eu preciso jogar. – A surpresa de ter ouvido uma frase completa vinda dele a fez arregalar os olhos e cair ainda mais para frente, ficando muito próxima dele.

Próxima demais...

- Ah... Ok. – Ela concordou, largando a manga do rapaz, no que ele apenas se virou e saiu andando em direção a mesa da Sonserina.

Se alguém olhasse para Evans naquele instante, poderia ver a expressão estranhamente alegre que se formou em seu rosto de olhos extraordinariamente verdes.




- BEM VINDOS AO PRIMEIRO JOGO DE QUADRIBOL DA TEMPORADA, SONSERINA VERSUS CORVINAL! – O narrador, Mike Locker, começou, ao receber um sinal de Madame Blowver, a professora de Quadribol e juíza dos jogos. – Agora, entrando no campo, o time vice-campeão do ano passado: Gimford, Ferrera, Howe, a belíssima Gathier, Goyle e Potter, do capitão Malfoy! – Urros dos sonserinos foram ouvidos por todos os lados do campo, enquanto os sete jogadores adentravam o campo, em suas vassouras.

Em algum ponto da arquibancada azul, três rapazes apertaram os olhos, aparentemente tentando focalizar algum jogador em especial.

- E o time que parece vir com tudo neste ano: Ritter, Benson, Wheeler, Decarli, Bilheimer, Byram e a capitã, Gaylor! – Locker continuou, no mesmo instante em que a garoa cessou. – Agora é só esperar o apito da madame Blowver!

Alunos da Lufa-Lufa, Corvinal e Grifinória aplaudiram incessantemente o time Corvinal, que seguia para o lado oposto dos Sonserinos, que já estavam em seus lugares. A expectativa parecia estar fincada no ar.

- Malfoy, Gaylor, apertem as mãos! – A madame ordenou, fazendo os dois relutantes jogadores acelerarem um pouco as vassouras e apertarem as mãos um do outro. – E que comece... O JOGO!

Ela jogou a goles para cima, fazendo os jogadores se precipitarem para frente rapidamente, apenas goleiros e apanhadores recuando.

Previsivelmente, a goles já estava nos braços bem treinados de Potter, que atravessava o campo e driblava os adversários com facilidade.

- Primeiro lance do jogo, e Potter já está procurando fazer o primeiro gol desta temporada! – Ele cortava o campo numa velocidade incrível, não dando chances para os artilheiros do outro time; chegou perto do goleiro da Corvinal...

Ele parou abruptamente e quase colidiu com Gaylor, que mantinha uma expressão séria, mas no último instante desviou para o lado e encontrou os aros livres, longe de qualquer outro jogador.

Como era de se esperar, ele jogou a goles pra cima e a chutou de costas, procurando fazer suas gracinhas mirabolantes. E acertou perfeitamente, arrancando um murmúrio de raiva dos Corvinais e de todos que torciam para eles.

- PONTO PARA A SONSERINA! – Berrou Locker, que felizmente torcia pela Grifinória. – Parece que os goleiros desta temporada vão ter muito trabalho com Potter! – Neste exato momento, ele dava uma cambalhota no ar, os braços cruzados e uma expressão de contentamento no rosto. – E O JOGO RECOMEÇA!

Howe e Wheeler estavam quase grudados, um seguindo o outro à procura do pequeno pomo-de-ouro. Os quatro batedores estavam completamente preocupados em acertar os adversários, mas todos voavam tão rápido que não passavam de meros borrões.

- Ritter, da Corvinal, pega a goles de Gimford e corta o campo... Dribla Malfoy... E... Aaah! Belo balaço de Gathier! – Locke narrava rapidamente, tentando identificar os vários borrões. – Ferrera recupera a goles... Passa pra Potter... Passa para Ferrera... Potter... WOW! ESSA DEVE TER DOÍDO!

Um balaço bem posicionado de Decarli atingira em cheio o meio do tórax de Potter, fazendo o sonserino largar a goles e respirar fundo, tentando recuperar o ar. Ele sentia suas costelas rangendo pela força da pancada, e por um momento teve vontade de se jogar numa cama branca e fazer a dor parar...

- Maldito. – Murmurou ele, a voz trêmula, com dificuldade de respirar. Mas com um estupendo esforço, respirou fundo e saiu disparado em direção a Benson, que já voava diretamente para os aros da Sonserina.

- E Potter voa atrás de Benson, parecendo decidido a vingar o balaço! – Locke exclamou, aumentando a voz para tentar abafar o canto dos Corvinais. – Gimford vai atrás para dar apoio ao artilheiro... Goyle joga um balaço para cima... BOA TACADA, GATHIER!

Um balaço da loira sonserina fora diretamente em Benson, batendo com estrondo em seu braço e fazendo a goles cair. Gimford pegou a bola vermelha e logo a passou para Potter, armando um esquema de contra-ataque.

- Que jogo eletrizante, pessoal! – McGonagall bocejou, arrancando risos do narrador. – Calma, Tia Minnie, ainda vai ficar melhor... – Um coro de risos encheu o campo, no que McGonagall lançou um olhar feio a Locker e cruzou os braços, uma expressão severa. – O que é aquilo? GIMFORD NÃO LARGA A BOLA!

O sonserino atravessava o campo rapidamente, desviando desajeitado dos artilheiros adversários, seguido apenas por Potter. Mas um balaço de Bilheimer o fez perder a posse da goles, que caiu rapidamente por causa da altura em que estava.

Potter engrenou num vôo quase vertical em direção a bola, tão rápido que não passava de um borrão. Era um mergulho extremamente arriscado, que certamente daria em um belo tombo para alguém mais inexperiente, mas Potter agarrou a goles a um metro do chão e virou a vassoura para cima, provocando vertigem em alguns calouros fracos.

- Bela agarrada de Potter! – Locker comentou, empolgado. – Mas ainda não passamos dos dez a zero!

- POR ENQUANTO, LOCKER! – Potter berrou da outra extremidade do campo, ignorando a forte dor nas costelas e o esforço de puxar ar dos pulmões.

A cinco metros da goleira Corvinal, ele arremessou a goles com força para a esquerda, em direção a Ferrera. Ele arremessou, sem chance de defesa para Gaylor. Na arquibancada, Lily vibrava, mordendo a língua para não elogiar o Sonserino, apesar do segundo gol não ter sido dele.

- VINTE A ZERO PARA OS VERDINHOS! – Berrou o narrador. – Mas parece que Howe viu alguma coisa e já está indo em direção a ela... O POMO DE OURO!

Wheeler mudou o rumo de seu vôo quase imediatamente, seguindo o sonserino. Enquanto isso, Potter dominava novamente a goles e tentava se desviar de Ritter, dando mergulhos cada vez mais complicados.

- Parece que a sonserina está a um metro de ganhar o primeiro jogo desta temporada! Mas o que é isso do outro lado do campo? Potter está brincando com Ritter ou algo assim?

Mais risadas foram ouvidas, e o artilheiro sonserino quase sorriu. Mas preferiu ficar sério e voar rapidamente em direção aos aros corvinais, rezando para que Gaylor continuasse olhando para cima...

- TRINTA A ZERO! – Locker gritou, mudando novamente o placar. – QUE FRANGO, GAYLOR!

Potter despenteou os cabelos com uma mão, mergulhando lentamente.

- Wheeler está perto do pomo... Estique a mão, vamos! Howe chega perto e encosta... Estão muito perto do pomo... Wow, belo mergulho! – Quase todos os jogadores estavam parados olhando para os apanhadores. – E Howe pega o pomo! Sonserina vence! Que mancada, Wheeler!

Os sonserinos se uniram em um abraço coletivo, que não contava apenas com Potter; ele sentia que não sobreviveria a mais um aperto em suas costelas. Então, pousou calmamente no campo, indiferente ao canto dos companheiros de casa e aos lamentos dos outros.

Uma massa verde invadiu o campo, enquanto as outras pessoas apenas voltavam para o castelo. Entre um mar de uniformes azuis, amarelos e vermelhos, havia um único verde, que começava a sentir uma séria falta de ar decorrente da pancada do balaço. Certamente alguma costela saíra do lugar e agora se pressionava contra o pulmão.

- Você foi demais. – Uma voz doce exclamou atrás dele, fazendo-o parar de andar. – Adorei o seu último gol!

Potter se virou e mirou os olhos verdes da garota, abaixando a vassoura.

- Aquele balaço doeu? – Lily indagou, preocupada, parecendo completamente à vontade. – Se fosse em mim, acho que teria desmaiado.

Novamente, não houve resposta.

- Bom, acho que você deveria ir à ala hospitalar. – Ela murmurou, aceitando o gelo dele. – Até mais... Potter.

E saiu andando, o rosto completamente corado numa expressão constrangida.




Salão comunal da Sonserina. Festa para comemorar o belo jogo.

Potter descansava calmamente numa poltrona mais afastada da aglomeração que congratulava seis dos sete jogadores. Estava cansado demais para festa, e, de qualquer modo, ainda estava com a roupa de Quadribol. Um banho cairia tão bem naquela hora...

Ele, que estava com a cabeça jogada para trás, apoiada no encosto da poltrona, voltou o pescoço à posição normal e abriu os olhos, que estavam extremamente vermelhos. Precisava começar a cuidar mais de si.

- Hey, Potter. – Exclamou Jean Fusett, uma colega sonserina do mesmo ano. – Bom jogo.

Potter agradeceu com a cabeça, piscando os olhos, e, depois de respirar fundo, ficou de pé, esticando os braços e passando uma mão pelos cabelos assanhados. Jean notou o gesto.

- Sabe, você nunca fala nada... É tão calado, ao contrário de... – Seu olhar foi para Malfoy e sua turma. – Ao contrário deles.

- Eu não sei o que faço nessa casa. – Ele respondeu finalmente, a mão direita passeando pela nuca, enregelada. – E é James.

Vagarosamente, o rapaz subiu para o dormitório masculino do sétimo ano e rumou diretamente para o banheiro, parando apenas para pegar uma roupa mais confortável.

E, quanto isso, uma bela moça ruiva tentava entendê-lo...

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