Aproximação



N/A: ok ok, eu sei que REALMENTE demorei dessa vez. Mas não foi minha culpa =/ vejam só... MUITAS coisas me impediram de escrever! E elas são
a) o fato de que minha irmã NÃO ME DEIXA ESCREVER EM PAZ no computador
b) sempre que eu TENTO escrever alguma coisa impede
c) eu estou tão enrolada com as fics que nem sei por qual começar
d) minha vida está uma bosta
e) todas as alternativas acima.
É, alternativa “e” =/ eu estou uma PILHA. A escola tá me matandoo... o COC é o sistema de ensino mais pesado da baixada santista TODA, ganhando de Anglo, Objetivo e sei lá o que mais...
Só hoje eu tenho que tentar att minhas fics, terminar um vídeo de matemática infelizz, fazer o trabalho de espanhol, a pilha de lição que eu não fiz, ler um livro pra aula de português... Eu estou vivendo pra escola! @_@
E, pqp, minha vida “amiga” tá uma drooga... A cada dia que passa é mais uma pessoa falsa que se revela... E, quando não é falsa, me decepciona de um jeito que eu nunca imaginei! =/
Minha vontade é de me acabar de chorar. E olhe que eu estou com o lábio SANGRANDO de tanto morder pra não chorar. Estou uma PILHA!!!!!
Mas vocês querem saber? Eu não vou chorar. Não vou.
E, se chorar, ninguém vai saber, tenham certeza...

Espero que gostem do cap, foi feito de coração. E prestem MUITA atenção no fato de que James não sorri e Lily semrpe PENSA que o vê.

O fim dessa fic vai ser tão surpreendente que nem eu me atrevo a escrever =s

Amo vocês, e mil desculpas novamente.





(Rascal Flatts - I'm Moving On)



My Slytherin
III – APROXIMAÇÃO





- JAMES! – Berrou Lily, correndo atrás do Sonserino, que parecia desaparecer a cada segundo. – James, volte aqui, eu quero falar com você!

A ruiva correu até o rapaz, e segurou seu ombro, sem coragem, porém, de olhar em seus olhos. Por causa dos acontecimentos anteriores.

Uma coruja negra, incrivelmente negra, invadiu o salão principal no meio do almoço, e seguiu em direção a mesa da Sonserina. E era claro que a direção era a de James Potter, que rapidamente assumira um olhar de entendimento.

Ela depositou uma carta sobre o colo dele e voou para fora, imponente em sua cor exótica.

Palavra por palavra, linha por linha, parágrafo por parágrafo; as palavras vazias e fúteis, que não faziam jus ao acontecimento citado, pareciam apenas letras confusas na cabeça de Potter. Ele lia, lia de novo e de novo, mas não parecia entender.

Não queria entender.

E acabou notando que quase todo os alunos no salão principal o olhavam, curiosos.

Saiu andando calmamente do salão, como se estivesse caminhando numa manhã de sol, e não deixou ninguém notar a nuvem cinzenta que encobriu seus olhos amendoados.


- O que aconteceu com você? Você deixou o salão feito um louco! – Ela exclamou, baixinho.

O dia estava escuro e cinzento, como sempre, mas o corredor nunca pareceu tão escuro como naquela hora.

- James. Por favor. É melhor desabafar com alguém, mesmo que esse alguém seja uma pessoa que te persegue, como você mesmo diz.

- Eu não sei por que raios você se importa. – James respondeu, numa voz estranhamente calma e arrastada.

Ela suspirou, e jogou uma mecha dos cabelos para trás.

- Você é diferente dos outros, e sabe disso. Isso me fascina. – Lily abriu um sorriso de soslaio. – Mas, vamos. O que aconteceu com você?

Não houve nenhuma resposta.

- E, aah, se não for pedir muito, vire-se. Suas costas não expressam muita coisa.

Ele se virou para Lily, arrancando uma exclamação de surpresa da ruiva. Seu rosto pálido e fino estava muito vermelho nas bochechas, e a área em volta dos olhos parecia inchada. Mas o que mais a assustou foram seus olhos.

Estavam castanhos, mas misturados com cinza. Não havia nenhum vestígio do verde escuro que normalmente preenchia parte do olho.

- A carta era um convite para o enterro. Dos meus pais. – James revelou, passando uma mão pelo cabelo. – Já esperava.

Lily levou uma das mãos a boca, e sentiu seus olhos se marejarem.

- Mas seus pais não eram considerados os melhores aurores do ministério todo? Todo mundo já ouviu falar dos Potters!

Potter abriu a boca para responder, mas pareceu mudar de idéia. E, num gesto surpreendente, segurou a mão de Lily com seus dedos frios e a guiou corredor adentro.

- Onde você... – Ela começou, arregalando os olhos. – James, você está bem?

Ele não respondeu; apenas continuou puxando a ruiva, enquanto procurava uma sala vazia.

- Você está conversando comigo, e segurando minha mão! – Lily gracejou, abobalhada. – Merlin. Você deve estar abalado.

- Cale a boca.

James não precisou falar de novo. Ela entendeu.




- Fui chegado aos meus pais por muito tempo. Éramos uma família muito feliz, morando em Londres. Só que, por acaso, tivemos que nos mudar de país, e eu... – Ele contorceu o rosto numa careta.

- Isso é horrível. Deve ser bem ruim mudar de país...

Lily reparou a baixa luz da sala, e depois o jeito displicente como Potter levava a situação, jogado no chão e encostado num grande armário, com seus cabelos em desalinho e seus olhos frios. Uma estranha e nova sensação perpassou o corpo da ruiva...

Ele desviou o olhar para ela, mas não falou nada.

- Mas e a morte deles? Não te abalou? – Lily indagou, abaixando a cabeça para não ter “impulsos”.

- Quando você se acostuma com a ausência, a dor não é nada. – James respondeu, misterioso. – De um tempo pra cá, eles não ligaram mais pra mim. E nem eu pra eles.

- E você não sente falta?

Potter puxou uma das velas que iluminavam a sala rapidamente, e começou a passar o indicador nas chamas.

Lily apertou a mão, acomodando-se melhor na mesa onde estava sentada.

- Você sente falta da dor, Evans? – A sombra de um sorriso arrogante curvou seus lábios perigosamente convidativos.

Ela sentiu seu estômago se revirar. Toda aquela distância até ele parecia torturante.

- Quem sente? – Concordou, vaga.

Não houve resposta da parte dele, como sempre.

A ruiva se atreveu a lançar um olhar de esguelha para Potter, e acabou notando que o sonserino era mais bonito do que qualquer um que ela já tinha visto. Era único. Original.

O que mais a fascinava e não a deixava desistir de descobrir tudo sobre James era aquela personalidade que ele tinha, aquele ar arrogante de mistério que não pode ser revelado. Não conseguia explicar. Se estava longe dele, sentia que precisava descobrir mais alguma coisa, mesmo que fosse uma cicatriz ou um diferente tipo de “meio sorriso” que ele tinha... Se estava perto, não sabia o que fazer. Ficava completamente sem reação.

E o fato de que na maioria das vezes era ignorada apenas acabava com qualquer esboço de reação.

- Já perdemos a primeira aula de hoje. – Lily comentou, ao olhar o relógio. – Acho que... Não podemos perder o resto.

Potter se levantou rapidamente, e, sacudindo a varinha, apagou as velas e deixou a sala no escuro.

- Ou podemos? – Ela indagou, assustada.

Ele abriu a porta e saiu por ela.

Lily não soube se ria ou se chorava.




Mais um dia útil da semana passara lentamente, arrastando-se sobre o ânimo de todos os alunos do sétimo ano. As aulas pareciam pedras muito pesadas que caiam sobre eles e não saiam de jeito nenhum... Principalmente quando essas pedras eram chamadas de “Defesa Contra As Artes Das Trevas”.

- Se vocês não se esforçarem, - Albert Cruickshank, o professor, bradou, com seu olhar severo e talvez um pouco maligno. – Não vão ter emprego algum. Esse é o último ano, seus NIEM’s estão vindo! – Ele bateu com a mão na mesa, sobressaltando os alunos mais distraídos. – E eu não quero ouvir ninguém aqui dizendo que não é capaz. Inclusive você, Longbottom.

Frank Longobottom, um Lufa-Lufa, deu um pulo na carteira, arrancando algumas risadas dos outros alunos. Arregalou os olhos para o professor.

- E-eu? – Gaguejou, surpreso, já que nunca recebia muita atenção do professor.

- Você, Longbottom. Você tem que acreditar no seu potencial. Todos vocês – Ele fez um gesto para abranger toda a classe. – têm que acreditar no que cada um tem de especial. A vida não é uma massa de modelar. É uma pedra que você tem que modelar. E, se não conseguir...

Ele levantou a varinha, e mirou um vaso sobre sua mesa.

- ...Ela se estraga na sua frente. – As flores no vaso murcharam, e caíram sobre a mesa. – É a realidade, meus caros. A realidade.

E é claro que Sirius Black tinha que fazer um comentário irônico sobre as comparações do professor.

- É bem mais fácil sentar sobre a pedra ao invés de moldá-la. – Resmungou, para Remus e Peter. – Pelo amor de Merlin, de onde esse cara tira essas comparações malucas?

- Padfoot. Pela primeira vez em nossa pedra, digo, vida, - Peter soltou uma gargalhada abafada. – PENSE antes de falar. Você tem neurônios para isso.

- Se é que tem. – Lily completou, divertida.

Sirius olhou para trás, onde a ruiva estava sentada, e abriu um sorriso irônico.

- Se não é a srta. Sr. sonserino! – Exclamou ele, com um falso olhar divertido. – A senhorita que mais tem neurônios nessa classe!

Alguns passos foram se aproximando lenta e perigosamente de Sirius, mas ele não percebeu.

- Pads. – Chamou Peter, com um falso sorriso. – Paaads...

- Olhe pra frente, Sirius. – Alertou Lily, desfazendo a expressão divertida. – Olhe pra frente.

- Você não pode me dizer o que fazer! – Teimou o maroto, incrédulo. – Quem você pensa que é, sua ruiva atrevida?

Os passos ficaram cada vez mais próximos, e logo pararam.

- Eu... Ãhn... – Ela contorceu o rosto. – Oi, professor!

Sirius virou para frente tão rápido que pareceu ter deslocado todas as costelas.

- Professor, meu caro! – Exclamou ele, com a voz estrangulada, sentindo que toda a classe o olhava. – Como vai?

- Parece que ofender a srta. Evans é mais importante que a minha aula, não acha, sr. Lupin? – Trovejou Albert, cruzando os braços.

Remus engoliu em seco, e pareceu se encolher.

- Para Pad-Sirius, senhor. Só para ele. – Respondeu, receoso.

- E o que você acha que eu devo fazer com o Sirius, sr. Lupin?

Uma tensão momentânea preencheu a classe, e parecia tão forte a ponto de ser sólida.

- Uma detenção.

- TRAIDOR! – Berrou Sirius, levantando-se e esquecendo que estava levando uma bela bronca. – Vocêêê! Sangue do meu sangue maroto! Amigo de fé e irmão camarada! UMA DETENÇÃO? HOJE?

Remus se lembrou do compromisso de Sirius naquela noite, e coçou a cabeça, com um sorrisinho tímido.

- Foi mal.

- Foi PÉSSIMO. – O moreno voltou a se sentar na cadeira. – Oi, tudo bem?

Cruickshank apontou a porta com seu indicador ameaçador.

- Fora da classe, Sr. Black. E esteja aqui na minha sala às oito.

- Eu não posso! – Reclamou Sirius, com uma expressão digna de pena. – Eu realmente não posso justamente HOJE, professor. Eu tenho uma coisa realmente importante a fazer. Eu TENHO que fazer essa coisa, se não...

Ele manteve o dedo no ar.

- Fora. Às oito, Sr. Black.

Sirius bufou, mas acabou saindo da classe. Dorcas, que estava ao lado de Lily, olhou para a ruiva e deu uma piscadinha cúmplice.





Lily saiu apressada da sala, lembrando que a próxima casa a entrar na aula era Sonserina.

Puxando Remus pela mão (sob muitos protestos), ela cortou quase todos os alunos e começou a procurar cabelos espetados em um forte tom de preto.

- Vem, Remus! – Exclamou, impaciente.

- Eu estou sendo ESMAGADO! – Berrou ele, ao ter o pé pisado. – Aii!

- Cale a boca. – Lily cortou, quase sorrindo.

Por fim, depois de alguns segundos, pensou ter visto dois olhos cinza-amendoados encontrando os seus.

Foi naquela direção, mas então percebeu que era só ilusão...

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