O primeiro dia de aulas



Sonny abriu os olhos. Levantou-se lentamente com o pensamento que ainda tinha bastante tempo para se arranjar até ao pequeno-almoço. Ela caminhou em direcção ao banheiro e pelo caminho ela passou por um relógio que estava em cima da cómoda. Ela voltou a trás para ter a certeza que tinha visto bem as horas.

- Fogo!!! Estou atrasada!!! – Ela correu para o banheiro, onde tomou um duche rápido e depois se vestiu.

Rapidamente arranjou a mala para as aulas, colocou-a ao ombro e pegou nos livros que iria necessitar naquele dia. Mas antes de sair do seu quarto, Sonny parou em frente ao espelho e reparou que não tinha secado o seu cabelo. Ele estava meio ondulado e meio molhado.

- Credo! O meu cabelo está horrível! O que faço, agora? – Ela deu uma vista de olhos pelo quarto à procura de uma ideia que pudesse disfarçar o cabelo e encontrou-a.

Sonny estava mesmo atrasada e tinha mesmo de correr, pois perderia a hora do pequeno-almoço. Quando estava a chegar às escadas dos seus aposentos, elas se transformaram num escorrega e ouviu: - Desce e despacha-te! – Sonny desceu e quando passou pela passagem, ela se virou para o quadro e agradeceu:

- Obrigada! Até logo! – A Dama de Prata sorriu e lhe piscou o olho.

Sonny corria tão depressa que parecia voar. Desceu as escadas pelo corrimão e durante o caminho foi contra vários alunos. Quando estava quase a chegar ao salão principal ela deixou de correr, mas continuava a andar depressa.
Ao entrar no salão, Sonny reparou que algo estava mal, em relação a ela. Toda a gente que se encontrava no salão estava a olhar para ela, naquele momento.

- Mas o que será que se passa?! Aqui uma pessoa não pode chegar atrasada?! – Sonny olhou para mesa de Gryffindor e reparou que até as suas melhores amigas também estavam pasmadas a olhar para ela. – Até elas! Ai que vergonha! – Pensou ela.

Ela seguiu para a mesa de Gryffindor, onde quase todos os alunos já se encontravam sentados. Ao lá chegar, Sonny não aguentou e perguntou logo:

- Muito bem, alguém me pode dizer porque é que todo mundo está olhando para mim?!?

- Prima, antes de saíres do quarto olhaste-te ao espelho? – Betty perguntou a ela.

- Claro que olhei!!! Porquê?

- Tens a certeza que olhas-te bem? – Betty insistiu.

- Bem... não, só dei uma olhadela no meu cabelo, mais nada. Porquê? O que se passa?!? – Sonny já estava fora de si, com os nervos.

Betty apontou para Sonny e esta olhou para si própria. Como é que ela podia se ter esquecido?! Agora, ela percebia o porquê de tantos olhares.
Ela não estava com as vestes de Hogwarts que lhe tinham arranjado, mas com umas jeans negras, um pólo cor-de-rosa com capucho, um boné preto com o símbolo da “Nike” em rosa e com uns ténis pretos e rosa. Resumindo, ela estava vestida à muggle!

- Fogo! Estava com tanta presa, que nem reparei o que vesti! – Sonny disse por fim.

Grande parte do pessoal, que ali estava perto, incluindo os alunos de Gryffindor, começou a rir. Sonny por fim, também começou a rir, juntamente com os outros alunos. Depois disso, ela se sentou juntamente com o pessoal e Cammy ficou muito admirada:

- Mas não vais mudar de roupa?!?

- Claro que não, só o trabalho de ir lá cima! E alias, acho que não tem mal nenhum estar assim! – Sonny respondeu enquanto começava a comer.

- A Sonny tem razão! Todos os alunos deviam andar como querem! Não devíamos ser obrigados a usar estas roupas!

- Eu também concordo com o Fred! É um disparate usar estas roupas! Nós conhecemos as pessoas que estão na nossa casa, por isso, porquê usá-las?! – Protestou Dean Thomas.

- Eu também acho! – Gritou uma jovem rapariga que também pertencia a Gryffindor e que tinham entrado naquele ano.

- Vamos protestar! – E a conversa do pequeno-almoço resumiu-se a isso. Antes do pequeno-almoço acabar, os alunos ainda tiveram tempo de combinar um locar, para fazerem uma reunião sobre esse assunto.

Depois do pequeno-almoço terminar, os alunos começaram a se dirigir para as suas aulas, mas as três jovens ainda não sabiam muito bem a que aulas iam assistir.

- Vamos assistir a qual aula? – Betty perguntou às suas amigas.

- E se fossem assistir à nossa?! – Afirmou Fred que tinha acabado de abraçar Betty e Sonny por trás.

- Nós íamos gostar muito! Ou melhor, nós íamos adorar! – Desta vez tinha sido George que colocou o seu braço esquerdo sobre os ombros de Cammy.

- Tirem o cavalinho da chuva rapazes! Elas vão assistir às nossas aulas! – Todos olharam para trás e repararam que quem tinha falado era Hermione.

- Como assim Hermione?! Elas é que têm a oportunidade de escolher! – Fred protestou e ainda aconchegou elas para junto dele. Até parecia que ele queria protege-las de algum mal.

- Lamento informar-te Fred, mas elas não podem escolher! Eu não me importava que elas fossem com vocês, mas são ordens de Dumbledore! – Hermione esticou o braço direito, que possuía um pergaminho dobrado e entregou a Fred.

Fred abriu o pergaminho e leu. O desânimo evidente na sua face, mostrava a resposta que ele não queria receber:

- Vocês terão que assistir às aulas deles! – Fred falava agora para elas. – Ele diz que se vocês assistirem às aulas deles, que vocês depois puderam ter equivalência em relação à vossa escola!

Foi visível a tristeza que Fred e George tinham naquele momento. Então Sonny decidiu falar:

- Vocês não precisam de ficar assim! A gente se vai ver em todos os intervalos e nas refeições! – Sonny sorriu delicadamente aos dois e quase por magia, os dois mudaram as suas faces. – É assim que vos quero ver, com um sorriso! Obrigado por serem tão queridos connosco! – E abraçou-os.

Depois disso, elas despediram-se deles e seguiram Hermione por outro corredor. Elas iam tão caladas, que aquele silêncio já começava a incomodar. Betty quase num acto de desespero, decidiu meter conversa com Hermione:

- Então e que aula vamos assistir agora?

- Poções! – Afirmou ela sem olhar para trás.

- BOA! – Sonny deu um berro tão alto, que assustou todas elas.

- Tu gostas de poções? – Hermione perguntou ainda um pouco admirada a Sonny.

Nessa altura Betty e Cammy já faziam umas caretas e sinais, tentando avisa-la para que ficasse calada. Tudo isto por trás de Hermione, para que ela não visse. Afinal de contas, elas nunca tinham tido poções, apenas química na escola dos muggles, mas era lógico que aquilo era diferente.

- Gosto bastante! Acho fascinante a maneira como vários ingredientes podem fazer coisas espantosas! – Sonny deu um grande sorriso e pelo que pareceu Hermione ficou convencida.

Hermione continuou o seu caminho, até à sala e elas continuaram a segui-la!

- Tu não achas ela um bocado antipática? – Betty sussurrou ao ouvido de Cammy. Mas Sonny, que sempre teve uma grande audição, acabou por ouvir aquilo e fez sinal a ela para que se calasse.

Quando chegaram à porta não estava lá ninguém. Depois quando entraram, elas notaram que grande parte do pessoal já estava sentado e apenas restava duas mesas vagas. Hermione se sentou numa mesa em frente à da mesa de Harry e Ron, mas ainda existia outra mesa à esquerda desta. Hermione olhou para elas e perguntou:

- Quem é que vai se sentar comigo? É que só há mais dois lugares!

Sonny estava à espera de ouvir algo das suas amigas, mas estas não disseram nada e ao ver as caras delas, Sonny percebeu que elas não estavam interessadas no lugar e se ofereceu a ficar.

- Eu me sento contigo Hermione! – E colocou a mala em cima da mesa. A mala de Sonny era sem dúvida nenhuma, muito engraçada. A mala era em preto, mas tinha uns coelhinhos cor-de-rosa choque muito conhecidos e isso não passou despercebido a alguns alunos.

- Hey Sonny, os coelhinhos da tua mala, não são da PlayBoy? – Seamus perguntou com um sorriso maroto na cara. Ele tinha se levantado do seu lugar e ido para junto de delas.

- É, porquê? Algum problema? – Sonny perguntou imitando o sorriso dele.

- Não, nenhum! Até que é bem gira! – Seamus era para se ir embora, mas antes disso voltou-se de novo para Sonny, corou ligeiramente e disse: - Sonny, eu queria te dizer uma coisa.

- Diz, Seamus! – Como ela ainda não se tinha sentado, encostou-se à mesa e ele se colocou na frente. Nesse momento grande parte dos rapazes na turma estava a olhar, inclusive Draco Malfoy.

- Bem... é só para te dizer que estás muito bonita hoje e que adorei te conhecer! – Ele baixou ligeiramente a cabeça.

- És um querido! – E depois de dizer isso, Sonny lhe deu um pequeno beijo na bochecha e ele ficou vermelho como um tomate.

- Bem vou indo para meu lugar! – E saiu disparado para a sua mesa.

Quase todos os rapazes da sala, estavam a olhar para Seamus com um ar pouco amigável. Seamus reparou e baixo a cabeça quando se sentou. Nesse momento Snape entrou bruscamente na sala e começou a dar ordens, para os alunos se sentassem e abrissem os livros rapidamente.
Sonny foi uma das últimas a sentar e Snape reparou nisso:

- Os meus olhos me estão a enganar ou estou a ver a menina vestida a Muggle? – Snape perguntou. A parte feminina da equipa de Slytherin sorriu com gosto.

- Eu hoje de manha me distrai e não reparei que estava assim vestida! Desculpe! – Sonny se desculpou mas Snape não tinha ficado satisfeito.

- Espero que da próxima não venha assim, senão pode ter a certeza que não entra na minha aula! – E depois de falar isso, ele se virou para o quadro e começou a escrever algumas coisas.

- O professor não vai tirar pontos a ela? – Pansy Parkinson perguntou meio admirada com a reacção do professor. Ele se virou lentamente para Pansy e respondeu friamente:

- Que eu saiba, a menina Sónia não é de nenhuma equipa. Logo, eu não lhe posso tirar pontos! – Sem demoras, ele voltou a sua atenção de novo para o quadro e recomeçou a dar a aula.

Sonny olhou para a parte feminina de Slytherin e acenou um pequeno “adeus” com um sorriso estampado no rosto, o que deixou todas elas furiosas. Ela soube que a partir dai, que a guerra tinha apenas começado.

Depois disso, a aula estava a ser bastante monótona. Snape não parava de escrever no quadro e de falar coisas que Sonny não estava minimamente interessada. Ate que de repente ela teve uma ideia... pregar uma partida a alguém da classe. Ela percorreu os olhos pela classe para encontrar uma vítima para a sua partida e decidiu usar a pessoa que estava sentada na sua frente.
Goyle e Crabbe estavam sentados na mesa da frente e também parecia que eles não estavam a ligar nenhuma à aula.

Sonny colocou a mão dentro do bolso e retirou de lá uma espécie de gosma verde, muito pegajosa e colocou em cima da mesa. Cammy ao reparar naquilo percebeu que Sonny não ia fazer coisa boa e avisou Betty, mas esta até estava com curiosidade para saber o que a prima ia fazer e mandou Cammy ficar quieta e calada.

Depois, Sonny colocou a mão noutro bolso e tirou de lá uma pastilha elástica e da mala um tubo de cola líquida. Com a pena de Hermione (porque Sonny ainda continuava a usar canetas de cores e cadernos) furou muitas vezes a pastilha e encheu os buraquinhos com a cola líquida.

Hermione e Cammy começavam a ficar preocupadas com aquela ideia maluca, mas Betty estava a achar aquilo muito interessante.
Sonny chamou Crabbe e lhe ofereceu a pastilha elástica com cola e um bocado de gosma verde. Este imediatamente enfiou a pastilha na boca sem olhar para ela, depois se virou para frente e começou a brincar com a gosma verde.
Sonny mandou Cammy, Betty e Hermione fingirem que estavam ocupadas com algo e que não olhassem para ela, que agora é que vinha a melhor parte.

Sonny olhou em volta e esperou, ate que todos os alunos estivessem entretidos com alguma coisa e atirou o resto de gosma que lhe restava à cabeça de Snape, sem que ninguém reparasse.
Sonny se baixou rapidamente, mas depois deu uma espreitadela para cima. O professor não tinha reparado e continuava a escrever freneticamente no quadro.

Hermione escreveu na ponta do seu pergaminho o que ela tinha feito e esta apontou direito para a cabeça se Snape. Esta soltou uma pequena gargalhada, que conseguiu abafar com as mãos, mas aos poucos e poucos os alunos iam levantando a cabeça e reparando naquela coisa verde colada ao cabelo seboso do professor.
As gargalhadas começaram a ser bastante sonoras, o que fez com que o professor Snape se irritasse e perguntasse a Draco Malfoy o que se passava. Este, com muito esforço para manter a aparência, o que era bastante difícil porque aquilo tinha mesmo muito mau aspecto, falou:

- Professor... o senhor tem... uma espécie de gosma verde no cabelo! – Tentando conter o riso.

Snape levou a mão à parte de trás do cabelo e toda gente conseguiu ouvir o som viscoso que fez quando Snape lhe tocou. Depois tentou tirar a gosma, mas apenas conseguiu uma parte, até porque ela estava bem colada no cabelo do professor. Ainda com muita gente a rir, Snape olhou para todos à procura do culpado.

- Quem é que foi o palerma que fez isso? – Snape berrou muito alto, mas ninguém se acusou. – Muito bem, não vão a bem, vão a mal!

Pegou na varinha e fez com que tudo o que tinham nos bolsos começasse a flutuar por cima das cabeças. Crabbe que na altura tinha escondido no bolso não lhe valia de nada, porque agora, estava mesmo por cima da sua cabeça.
Snape se colocou em frente da mesa de Goyle e Crabbe e lhe perguntou furiosamente:

- Como te atreves a atirar com isto à minha cabeça?!

- Hum... hum... hum! – Crabbe não conseguia falar, apenas gemer. Toda gente pensava que ele estava assim por causa do medo, mas Hermione sabia que era por outra razão. Depois de pensar um pouco ela se lembrou. Sonny tinha colocado cola na pastilha de propósito, para que ele não se pudesse explicar e contar que tinha sido ela a lhe dar aquilo. Realmente, aquilo tinha sido bem planeado e por momentos, ela se lembrou dos gémeos.

- Agora não quer admitir a verdade, né?! Muito bem... menos 30 pontos para Slytherin e castigo!

- 30 Pontos a Slytherin? – Pansy estava revoltada. – Professor, você não castigou ela (apontando para Sonny) e vai nos tirar pontos, por causa de uma idiotice do Crabbe?

- É assim menina Parkinson... primeiro, a menina Sónia não me fez nada, enquanto que o menino Crabbe me atirou aquilo à cabeça; segundo, como a menina disse e muito bem, foi uma maneira muito idiota de perder pontos e terceiro, aqui quem manda sou eu; por isso, fique calada!

- Toda a sala estava em choque. Snape nunca tinha falado daquela maneira para um aluno de Slytherin, afinal sua própria casa, o que deixou Hermione pensativa:

- É impressão minha, ou ele defendeu ela?!

Antes de voltar para o quadro, Snape fez um feitiço para tirar a gosma que restava e voltou a escrever. Nesse momento, ouviu-se umas batidas na porta e a nova professora colocou a cabeça dentro da sala.

- Posso entrar Severus? Eu não quero interromper a aula! – Afirmou ela.

- Não, não há problema nenhum! Entre, entre! – Snape, foi até a porta e abriu-a para a professora entrar. Toda a classe observava com atenção aquilo que se estava a passar ali.

- Obrigada Severus, o senhor é muito simpático. – Snape corou e grande parte dos alunos, começaram a rir baixinho. – Eu vim cá entregar uns papéis que a professora McGonagall me mandou lhe entregar! – Ela lhe entregou os papéis, deu um pequeno sorriso e sai da sala.

Betty que tinha uma bolinha anti-stress na mão, deixou-a cair e foi parar a poucos paços do professor Snape. Este que ainda estava ao pé da porta, meio aparvalhado, não reparou e começou a dar pequenos paços para trás, onde estava a bola.
Snape acabou por colocar o pé em cima, escorregou e cai de cu no chão. Ambas as equipas se desmancharam a rir às gargalhadas, mas quando Snape se levantou, grande parte dos alunos se calaram, menos Ron, Betty, Cammy e Goyle.

- Acham piada é? Então muito bem...Weasley troque com a Granger e Carmen troque com o Goyle.

Ron se sentou ao lado de Sonny e Hermione foi muito contrariada para junto de Harry. Ron, que tinha reparado na cena que Sonny tinha provocado, lhe deu os parabéns pelo feito. Depois eles começaram a conversar e a rir baixinho, que deixou Hermione muito chateada, pois ela não tirava os olhos deles.

Quando Ron olhou para a mesa de Harry e Hermione, esta lhe lançou um olhar mortífero e começou a riscar num pergaminho. Harry ao reparar que ela tinha ficado chateada decidiu perguntar:

- O que tens Hermione? Pareces chateada.

- Eu não tenho nada! – Ela afirmou muito agressiva e contínua: - É só impressão tua!

- Pois, pois! – Afirmou Harry para si mesmo.

No final da aula, quando todos já estavam a sair da sala, Fred e George foram ter com eles à porta.

- Olá de novo! – Fred disse com um grande sorriso quanto viu elas. – Como correu a aula?

- Muito bem, alias, foi bastante engraçada! – Betty afirmou e piscou o olho à prima.

- Então o que se passou? – George perguntou.

- Nem vais acreditar! – Ron começou bastante excitado. – A Sonny fez uma partida ao Crabbe, lhe deu uma gosma verde e atirou a outra parte à cabeça do Snape e este quando viu o Crabbe com aquilo... bem, devias ter visto a cara dele! Snape estava mais que furioso, estava possesso! – Ron contou tão depressa, que quase ficou sem folgo.

- A sério? Tu fizeste isso?! – Perguntaram os gémeos em conjunto, com um ar de espanto e logo em seguida explodirão em gargalhadas: - AHAHAHAH!!!

- Quem me dera lá ter estado... para ver a cara do Snape! – Fred afirmou, ainda cansado de tanto rir.

- Mas, então Sonny, gostas de pregar partidas? – George perguntou enquanto o grupo caminhava pelos corredores.

- Eu não gosto... eu adoro!!! – Sonny deu um sorriso maroto. – E já sei quem vai ser a minha próxima vitima!

- Ai meu deus! O que ela vai fazer?! – Cammy levou as mãos à cabeça.

- Quem? Quem? Quem? – Ron estava bastante curioso.

- Pansy Parkinson! – Sonny afirmou tentando imitar a voz da mesma.

Fred e George colocaram cada um, um braço sobre os ombros de Sonny, um de cada lado e afirmaram: - Sonny conta connosco! Para tramar o pessoal de Slytherin, nós estamos sempre prontos! Já tens alguma ideia?

- Ideias? Isso é o que não me falta! Tenho aos montes! – Sonny olhou para o relógio e avisou o resto da malta: - Temos 5 minutos até à próxima aula!

- É o que dá ficar na conversa com ela! – Hermione falou baixinho, mas Harry que estava mesmo atrás dela, pôde ouvir com clareza.

Durante as aulas seguintes, eles tiveram com outras equipas e Sonny voltou-se a sentar junto de Hermione, que estava mais calada e com um olhar meio estranho.
Ao jantar, elas acabaram por conhecer a maioria dos membros de Gryffindor e ainda outros membros de outras equipas, que iam de propósito à mesa dela, só para as conhecer.

- Ouvi dizer, que foste tu que fizeste aquilo ao Snape, mas que agiste através do Crabbe, é verdade? – Perguntou um menino bem pequenino, que era do primeiro ano de Ravenclaw e que não largava a mesa de Gryffindor.

- Quem te contou? – Sonny estava espantada como a noticia tinha corrido tão depressa, só espera que Snape não viesse a saber, já que ele a tinha poupado de um castigo.

- A mim foram uns colegas meus, mas eles ouviram dois meninos ruivos a falar sobre isso no corredor! – Sonny olhou de cara feia para Fred e George, que deram um sorriso leve. – Mas foste mesmo tu?

- Só te conto se prometeres não contar a ninguém! É o nosso segredo, ok? – O menino fez que “sim” com a cabeça e Sonny lhe respondeu: - Sim, fui eu! Mas lembra-te, que é o nosso segredo!

- Ok, eu não me vou esquecer! – Ele deu um beijo na face de Sonny e saiu disparado para a mesa dele.

- É lá!!! Até os pequeninos se apaixonam por ti! – Fred afirmou no gozo e toda a equipa se riu.

- Muito engraçadinho Fred, mas agora eu quero que tu e o teu irmãozinho, se expliquem! – Ela se levantou do banco e bateu com as duas mãos na mesa, ficando bem próxima dos dois. – Que história é essa de dois meninos ruivos andarem a falar daquilo que eu fiz?

- Nada, nada... eu e o Fred não temos nada a ver com isso!

- FRED E GEORGE EU QUERO A VERDADE JÁ!!! – Ela berrou bem alto, fazendo eles se encolherem.

- Ok, ok, nós só... comentamos com uns amigos nossos no corredor. Não temos a culpa que aqueles fedelhos ouviram a conversa! – Sonny ficou meio amuada e por isso eles decidiram mudar de conversa: - Hei, que tal depois do jantar irmos todos para a nossa sala comum, assim podíamos jogar uns jogos e conversar!

- Ya, era uma boa ideia! Assim até podíamos jogar xadrez! – Ron afirmou muito animado.

- Nem pensar! Qual é a piada de jogar com ele, se ele ganha sempre?! – Harry falara pela primeira vez. Ele sentia-se um pouco tímido ao pé delas, afinal de contas, ainda não as conhecia bem.

- Ganha sempre??? Pois eu tenho a certeza, que aqui a minha priminha, vence o Ron, em dois tempos! – Betty afirmou e deu uma palmada nas costas de Sonny.

- A sério?! Eu nunca vi ninguém vencer o Ron, a não ser, quando ele faz de propósito! – Ginny ficou muito admirada.

- Mas isso agora não interessa! Vocês vêm? – Perguntaram os gémeos a elas as três.

- É para a gente também ir? – Cammy estava meio surpreendida. – Eu pensei que quando vocês falaram aquilo, que era só para os membros da equipa!

- Pois, nós também! – Betty e Sonny falaram em conjunto.

- Não, nós estávamos a falar com vocês também! – Fred afirmou com um sorriso.

Elas ficaram muito contentes, mas Cammy logo se lembrou que elas não podiam lá ir, porque não eram da equipa.

- Mas, a gente não pode ir! Nós não somos da equipa!

- Oh, mas podemos abrir uma excepção, não é irmãozinho? – George abraçou Ron que ainda era o Perfeito de Gryffindor.

- Eu não concordo! Não é boa ideia! – Hermione tinha se levantado bruscamente, pois estava visivelmente chateada. – Professora McGonagall, pode lá ir e se vê elas, vai ficar muito chateada.

- Pois, mas a gente não te perguntou nada! – Fred e George mandaram a língua de fora para ela e toda a equipa se desmanchou a rir. – Então, Ron?

Hermione que estava extremamente furiosa, lançou um olhar meio torto a Ron, mas este nem percebeu e respondeu:

- Por mim, tudo óptimo! – Todos ficaram bastante animados, menos uma pessoa... Hermione.

Eles comeram o mais depressa possível e quando acabaram, juntaram-se todos para irem juntos. Ron olhou em volta do grupo e reparou que Hermione não estava, pois ela continuava na mesa, a comer lentamente. Ron foi até ela, se sentou no banco e falou:

- Então Hermione, não vens connosco?

- Não! Eu ainda estou a comer e depois tenho de ir à biblioteca! – Respondeu ela secamente, enquanto mexia com garfo na comida.

- Ir à biblioteca no primeiro dia de aula? – Ron estava pasmado. – Mas ainda não temos nenhum trabalho para fazer!

- Pois, mas eu não preciso de um trabalho para ir à biblioteca! Eu vou quando quero!

- Ok, como queiras... tu é que perdes! – Ron se levantou e foi para junto do grupo. Hermione levantou ligeiramente a cabeça, para o ver a se afastar. Por momentos ela pensou que ele fosse insistir com ela para também ir.

Harry que tinha estado a ver toda aquela cena, apenas abanou negativamente a cabeça e foi ter com Hermione.

- Se vens aqui para me perguntar se também vou, eu respondo já: eu não vou! – Hermione baixou a cabeça, ficando apenas a alguns centímetros da comida. Era visível que Hermione não tinha fome, pois ela só estava brincando com a comida.

- Eu não vim aqui para perguntar nada, era só para te dizer, que acho que estás a ser um pouco injusta!

- Injusta??? – Ela levantou repentinamente a cabeça.

- Sim, tu nem as conheces e as tratas como se fossem de Slytherin!

- Harry, eu não confio nelas! Há algo nelas que não bate certo e sabes que mais? Eu vou descobrir! – Hermione falou de uma maneira muito decidida.

- Mas elas são...

- Harry, anda! – Ron gritou à porta do salão, junto com o resto do pessoal.

- Bem, vou indo...depois falamos! – Deu as costas e correu em direcção a eles.

Hermione ficou ali meio sozinha, afinal de contas, até Ginny tinha ido junto com eles. Naquele momento ela se sentia abatida e triste.

- “Eles só querem estar com elas! Mas vão ver só, eu vou descobrir a verdade e eles vão ver que eu tinha razão!” – Pensou Hermione enquanto se levantava, para ir para a biblioteca.

***

Quando chegaram à sala comum, Sonny, Betty e Cammy ficaram fascinadas com a beleza daquela sala.

- Gostam? – Ginny perguntou a elas.

- Ya, é linda! – Betty foi a primeira a falar.

- É demais! – Sonny não se conteve.

- Sentem-se aqui no sofá! – Ron indicou a elas.

Elas se sentaram junto de Harry, que continuava bastante calado. Eles se acomodaram todos na sala, em forma de círculo e começaram a pensar o que iriam fazer.

- Bem, podíamos fazer uma festa! – Começou George.

- Não, George! Hoje é o primeiro dia e não temos nada, para a festa! Depois a gente combina um dia para fazermos uma festa. – Ginny protestou.

- Então e se jogássemos um jogo?

- Boa, Ron! – Fred deu um pulo do sofá. – Mas qual jogo?

- Às escondidas?

- Não, Betty! Isso é para as crianças! – Cammy repreendeu a amiga.

- Ok, ok... já percebi! – Betty ficou meio amuada com a repreensão de Cammy. – Então e tu Harry? Tens alguma ideia?

Harry continuou calado e os gémeos repararam que ele estava visivelmente corado, por estar tão perto das jovens. George não resistiu a gozar com o Harry:

- Vá lá Harry, diz alguma coisa! Não precisas estar tão envergonhado, as meninas não te comem! – Quase toda gente se riu, mas Sonny ao reparar que ele ficou corado como um tomate, decidiu ajuda-lo:

- Hei, deixem o Harry em paz! Se ele não quer dizer, tudo bem! – Harry deu um pequeno sorriso em sinal de agradecimento a ela e ela continuou: - Alias, eu tenho uma ideia!

- Tens? Então e qual é? – Ron estava curioso.

- É um jogo que nós jogávamos muito em Portugal!

- À não! Esse não! – Cammy levou as mãos à cara.

- Oh Cammy não sejas assim! À tanto tempo que não jogamos! – Betty colocou a mão no ombro da amiga. – Explica-lhes o jogo Sonny!

- O jogo chama-se “Verdade ou Consequência” e pode ser jogado de varias maneiras! Nós jogamos desta maneira: decide-se quem é o primeiro a começar e depois de escolhido, essa pessoa escolhe outra e pergunta: “Verdade ou Consequência”. Se a pessoa escolher “verdade”, a pessoa que a escolheu faz uma pergunta e ela tem de dizer a verdade, se a pessoa escolher “consequência”, damos uma tarefa e essa pessoa tem de a fazer! Perceberam?

- Eu e o George já tínhamos ouvido falar desse jogo e por isso, desenvolvemos um sistema especial para ele! Mas depois vimos que para além de jogar, também pode servir para outras coisas. – Fred falava. - Estávamos a pensar em vender na nossa loja, mas assim aproveitamos e utilizamos aqui!

Ambos subiram para o dormitório a correr, deixando toda gente na sala, meio admirada. Passado uns dois minutos, eles voltaram a aparecer, mas desta vez com uma bola de cristal roxa.

- Pessoal, afastem a mobília, para que a gente possa fazer um círculo. – Fred pediu.

Toda gente afastou a mobília para junto das paredes e se sentaram em círculo no tapete da sala. George colocou a bola de cristal no centro do círculo e se sentou junto dos outros. O pessoal continuava meio admirado com aquilo.

- E se vocês explicassem para que serve aquela bola? – Ginny falou para os irmãos.

- Esta bola, fomos nós que inventamos! Com esta bola, um jogador nunca poderá mentir durante o jogo, e guarda todo o conteúdo dentro dela. – George explicou.

- Eu sei que sou meio burra, mas não percebi nada! – Betty falou meio confusa.

- Pois, eu também não percebi e acho que o pessoal também não! – Ron olhou para o resto da malta.

- Ok, ok! Façam o que eu fizer! – Fred ordenou, enquanto se colocava de joelhos e esticava o braço ate à bola. Toda gente fez a mesma coisa e ele continuou: - Activar bola magia, jogo: Verdade ou Consequência.

No segundo seguinte a bola brilhou e por cima de todas as mãos, apareceu um pequenino cristal que entrou dentro da pele de cada mão. No outro segundo seguinte, o chão se iluminou em forma de círculo, com todos lá dentro. Depois, tudo voltou ao normal, Fred baixou o braço e toda gente o imitou.

Muitas perguntas, havia para se fazer, mas toda gente continuou calada à espera que Fred explicasse o que tinha acontecido.

- Bem, o que aconteceu foi simples! Vocês agora não podem mentir, porque têm um pequeno “cristal da verdade” dentro de vocês, o que significa que não conseguiram mentir!

- Mas assim toda gente vai ficar a saber coisas da nossa privacidade! – Ron parecia muito preocupado em se expor.

- Irmão querido, eu agora ia explicar a melhor parte! Ninguém vai saber de nada, porque a bola de cristal criou um campo de segurança, assim só as pessoas que estão cá dentro é que ouvem e depois quando o jogo acaba as nossas memórias são apagadas e nos esquecemos das perguntas e respostas.

- Então isso significa que quando o jogo acabar ninguém se vai lembrar de nada? – Cammy perguntou.

- Exacto! Quando se desactivar a bola de cristal, ela guardará todo o jogo na sua memória e será apagado na nossa, quando os cristaizinhos saírem de nós! – Então Fred continuou: - Aliás, não serve só para jogos, mas também para conversas! Se uma pessoa quiser desabafar com outra sobre algo, mas não quer que depois a pessoa se lembre, usa a nossa bola e pronto. E além disso, deve ter outras utilidades!

- Então e se jogássemos? Já estou farta de esperar! – Ginny reclamou.

- Ok, maninha... vamos jogar, começo eu! – Fred afirmou e olhou para Betty: - Betty, verdade ou consequência?

- Verdade!

- Quantos namorados já tiveste?

Betty ficou meio embaraçada, mas lá por fim, acabou por responder:

- Tive dois namorados!

- Como é que tu mentiste? – Sonny perguntou à prima muito baixinho.

- Eu não sei... eu não queria dizer que tinha tido seis namorados! Achas que foi por isso? – Respondeu também baixinho.

- Agora, a Betty escolhe uma pessoa para fazer a pergunta! – Fred voltou a falar.

- Hum... George, verdade ou consequência?

Depois de meia hora de jogo, onde houve muitas verdades e consequências, Sonny voltou a ter a hipótese de escolher. Por momentos Sonny se lembrou de algo... as discussões de Ron e Hermione, e decidiu que ia perguntar algo, que respondesse à sua curiosidade, mas para isso, ele teria de escolher “verdade”.

- Ron, verdade ou consequência?

Ron ficou meio indeciso, afinal de contas, ele nunca tinha escolhido verdade, talvez com medo que algo se soubesse. Betty que estava na frente de Sonny, percebeu que a prima estava muito ansiosa e decidiu perguntar o que se passava:

- O que foi? – Perguntou apenas com os movimentos da boca.

- Ele tem de dizer: “verdade”! – Respondeu ela da mesma maneira.

Betty ao entender decidiu ajudar a prima, pois tinha curiosidade em saber a pergunta que ela ia fazer a Ron.

- Hei Ron, tu ainda não escolheste “verdade”, assim não tem piada!

- A Betty tem razão! – Ginny também entrou na conversa. – Senão escolheres “verdade” és um fraco!

- VERDADE! VERDADE! – Todos começaram a gritar e Ron não teve outra hipótese.

- Ok, ok! Verdade! – Ele respondeu meio desapontado.

- Quem é a pessoa que tu gostas? – Perguntou ela com um sorriso malandro no rosto.

Ron não estava à espera daquela pergunta, principalmente vindo dela. Ele começou a ficar bastante irrequieto e o seu rosto ficou da mesma cor que os seus cabelos. Ron tinha um desejo enorme de mentir, mas por mais que quisesse, ele sabia que ia acabar por dizer a verdade.

Toda gente parecia impaciente para saber a resposta e Ron percebeu que não podia esconder mais.

- Eu... gosto... da... da...

- De quem??? – Fred estava a morrer de curiosidade.

- Da... da...

- Diz logo! – Gritaram todos.

- ApessoaqueeugostoéaHermione! – Ele falou tão rápido e tão baixo que ninguém percebeu.

- Han?

- Hermione! – Depois disso, ele baixou a cabeça, com o rosto a escaldar. – Pronto, já disse!

- EU SABIA! EU SABIA! – Ginny começou aos gritos e aos saltos no sofá.

- Vês! Eu disse que ele gostava dela! – George afirmou para Fred.

Toda gente estava na conversa, enquanto Ron estava de cabeça baixada. Ao vê-lo, Cammy decidiu ajuda-lo:

- Hei Ron, és tu a escolher! – Depois se aproximou dele e afirmou baixinho: - Quando o jogo acabar, ninguém se vai lembrar!

Quando Ron ia escolher uma pessoa, o quadro da Dama Gorda se abriu e alguém entrou. Todos começaram a rir e Ron que estava de costas, não percebeu o que se passava. Ele se virou para Neville e perguntou o que se passava, ele apontou em direcção ao quadro como resposta.
Hermione estava ao pé do quadro e parecia chateada. Ron baixou de novo a cabeça, com o rosto a escaldar. Ela subiu o mais depressa possível as escadas, ate ao dormitório e se trancou lá.

- Parece que ela ficou meio chateada com alguma coisa! – Harry afirmou, ainda olhando para as escadas.

- Eu depois falo com ela! – Ginny parecia preocupada com a amiga, mas sabia que não podia abandonar o jogo.

- Eu acho que é melhor acabarmos o jogo por aqui, até porque, já está a ficar tarde! – Sonny afirmou e as outras duas também confirmaram.

- Ok, vamos desactivar isto! – Fred esticou o braço em direcção à bola e afirmou: - Desactivar bola magia, jogo: Verdade ou Consequência!

No chão voltou à aparecer o círculo de luz e da mão direita de cada um saiu um pequenino cristal. Cada cristalzinho se transformou num ponto de luz e depois entrou dentro da bola de cristal. A bola iluminou-se fortemente e a luz do círculo desapareceu.

- Pronto! Está na hora da camita! – Fred afirmou e depois se virou para as jovens: - Querem que a gente vos leve até aos vossos dormitórios?

- Não obrigado Fred! Nós ficamos bem! – Sonny se levantou e elas fizeram a mesma coisa. – Até manha, pessoal!

Toda gente se despediu delas e elas saíram da torra de Gryffindor. Enquanto iam a caminho dos dormitórios, Betty que não tinha sono nenhum, fez uma proposta a elas:

- E se fossemos para o meu dormitório? Ficávamos lá na conversa e quando tivéssemos sono, íamos dormir!

- Por mim, tudo bem! – Cammy sorriu.

- Sonny? – Betty olhou para a prima e esta concordou:

- Ok, vamos lá! Mas não fico lá muito tempo, pois tenho de me levantar cedo!

- Ok, ok priminha! Olhem, sei fazer um café de Viena que é um espectáculo! Vocês vão adorar! – Betty abraçou as amigas e seguiram para o dormitório dela.

***

- Bem, eu adorei o primeiro dia de aulas! – Betty afirmou enquanto preparava o café para elas, na sua mini cozinha.

- Ya, foi muito divertido! Então a partida da Sonny! – Cammy que estava sentada no sofá da sala, começou a rir da lembrança. – Coitado do Crabbe, ele nunca te fez mal!

- Pois não, mas é da equipa de Slytherin e é um autêntico palerma! – Sonny sentou se num pufe ao é da lareira.

- O coitado estava no sítio errado, à hora errada! – Betty entrou na sala com uma bandeja com 3 chávenas de café. – Meninas, tirem uma caneca!

- Betty, tu não tinhas uma mini cozinha, pois não?! – Perguntou a prima.

- Não! Mas durante a noite me deu uma sede! Então criei esta mini cozinha, mas só com o que fosse preciso!

- Eu nunca tinha pensado nisso, é uma ideia a estudar! – Cammy estava espantada com a ideia de Betty.

- Mas vamos mudar de assunto! – Betty também se sentou num pufe ao pé da prima. – O jogo foi super engraçado, não foi?? Então a parte em que o Fred admitiu que já beijou o irmão na boca... foi chocante!

- Ya, eu não estava nada à espera! Mas também, eram novos quando isso aconteceu! – Cammy falou. – E quando a Ginny teve de beijar o pescoço do Harry! O rapaz corou!

- Corou, mas quem corou mesmo a sério, foi o Ron! Se no chão houve um buraco, ele tinha-se enfiado lá dentro! – Betty quase entornou o café com o entusiasmo. – Bem, afinal tinhas razão prima, sempre achas-te que o Ron gostava da Hermione, e hoje ele admitiu!

Betty olhou para a prima e viu que algo se passava. Sonny estava sentada no pufe, a olhar fixamente para a lareira e nem tinha tomado um único gole do café.

- Sonny, o que tens? – Mas esta não respondeu e Betty berrou: - SONNY!

- Han? O que se passa? – Acordou ela do transe.

- Isso perguntamos nós! O que se passa contigo? – Cammy já estava a ficar preocupada com a amiga.

- Vocês não perceberam? Ou melhor, vocês se esqueceram? – Sonny estava pasmada com elas.

- Do quê? – Ambas perguntaram.

- Meninas... aquilo que o Fred nos disse: “quando o jogo acaba as nossas memórias são apagadas e nos esquecemos das perguntas e respostas”! E não sei se vocês repararam mas...

- Nós nos lembramos de tudo! – Concluíram elas.

- E não só! Vocês disseram sempre a verdade?

- Não! Aliás... eu menti sempre! Ninguém precisa saber nada da minha vida! – Betty respondeu.

- Mas isso é... péssimo! – Cammy não conseguia arranjar um termo para a situação.

- Péssimo, porque? – Betty não estava a entender o problema.

- Porque a bola de cristal deles, foi criada para feiticeiros e não para muggles, como nós! Logo, se a gente contar alguma coisa sobre o jogo, eles vão perceber que não somos feiticeiras!

- A Sonny tem razão! Temos de ter muito cuidado! – Cammy se apercebeu da gravidade do problema.

- Mas tu, Betty, tens de ter o dobro do cuidado! – Sonny se virou para a prima.

- Porquê? – Ela ficou meio indignada.

- Ora, porque tu tens uma boca grande! Acabas sempre por contar as coisas!

- Oh, mas eu prometo que tenho cuidado! Eu não digo nada! – Ela afirmou.

- Hum... não sei...

- Então e se fossemos dormir? Senão amanhã de manhã ninguém se levanta! – Cammy achou melhor mudar a conversa.

- Tens razão, já se faz tarde! – Sonny se levantou e se arranjou para ir embora.

- Esperem! Eu tive uma ideia1 – Betty gritou.

- Uma ideia para quê? – Sonny e Cammy se olharam meio desconfiadas.

- Uma ideia para irem para os dormitórios mais depressa! – Betty respondeu.

- Explica lá isso, melhor! – Cammy estava meio confusa.

- É simples! Vamos fazer uma passagem secreta, que dê para passar de um dormitório para outro dormitório! – Betty explicou a sua ideia orgulhosamente às amigas.

- Realmente... é uma boa ideia! – Ambas afirmaram. – Consegues criar?

- Claro! – Betty chegou perto de uma parede e colocou a sua mão direita lá. Passado alguns segundos, ela respondeu: - Já está!

- Já? Aonde? – Sonny olhou para a parede e não avia lá nada.

- Eu explico! Aproxima-te da parede e pensa que queres ir para o teu dormitório! – Betty explicou à prima e esta a obedeceu.

Assim que ela chegou perto da parede, essa abriu repentinamente um buraco enorme. Sonny ao ver o buraco, se assustou e desequilibrou-se para dentro do mesmo. Ela começou a descer como se tivesse a andar de escorrega, por um corredor escuro, te que uma luz apareceu derrepente e ela caiu em cheio numa almofada grande.
Três segundos depois dela se levantar, Betty e Cammy caíram uma por cima da outra, na mesma almofada grande.

- O que estão aqui a fazer? Também caíram?

- Não! Viemos ver se ficas-te bem! – Betty afirmou, enquanto observava a prima. – E parece que sim!

- Olhem lá... se ambos os dormitórios estão no mesmo andar, como é que a gente veio sempre a descer! A gente devia estar no piso de baixo! Não é? – Cammy tentou explicar.

- Cammy, estamos em Hogwarts! Tudo aqui deriva da magia! – Sonny sorriu levemente.

- Então, basta a Sonny desejar uma passagem para os outros dormitórios! – Betty chegou perto de Cammy e continuou: - Quando chegares ao teu, também tens de criar uma passagem!

Sonny fez o que Betty tinha feito e Cammy avançou em frente, para a parede que se abriu e ela foi a descer ate ao seu dormitório.

- Bem, acho que vou indo! – Betty se virou para a parede e quando estava quase a partir, Sonny ainda tinha de dizer uma coisa à prima:

- Betty?

- Sim!

- Desculpa, por tudo!

- Tu não tens de pedir desculpa! Eu sei que às vezes sou muito faladora e distraída! – Betty deu um pequeno sorriso.

- Talvez, mas eu sou uma bruta! E nem sequer te apoiei na tua ideia para Hogwarts!

- Mas Sonny, eu compreendo! Eu também não acreditaria, se fosses tu a ter a ideia.

- Mas é diferente! Tu sempre me apoias-te em tudo e eu falhei! – Sonny depois disso, baixou a cabeça, à espera da resposta da prima.

Mas Betty não respondeu nada, apenas a abraçou fortemente. Sonny, ao ser abraçada pela prima, fez com que ela se sentisse muito melhor. À muito tempo que ela já não sentia aquela sensação de carinho, afecto e amor por parte de alguém.

Por momentos, ela voltou a se lembrar dos momentos bons que viveu no mundo dos muggles, junto dos familiares, amigos, colegas, etc. mas ela sabia que pensar nessas coisas só fariam com que se sentisse triste e desanimada; coisa que ela não queria ficar.

- Adoro-te muito prima! – Betty murmurou.

- Eu também te adoro! – Betty e Sonny se soltaram e esta continuou: - Obrigado por tudo!

- De nada, priminha! – Betty correu para a parede, o buraco apareceu e ela saltou lá para dentro.


Depois disso o buraco desapareceu da parede. Sonny olhou em volta; estava finalmente sozinha na sua sala.

Já no andar de cima, Sonny caminhava lentamente pelo corredor que dava para o quarto, quando ouviu uma voz na sua cabeça:

- A menina está bem? – Sonny deu um salto com o susto.

- Eu estou bem, apenas um pouco cansada! – Ela voltou a caminhar lentamente.

- Mas eu a assustei, não foi? – Continuou a voz da Dama de Prata a falar.

- Foi, mas não há problema! Eu, é que ainda não me habituei!

- Mas se quiser nós podemos comunicar de maneira diferente!

- À sim? Como? – Sonny tinha parado derrepente, pois aquilo lhe parecia interessante.

- Em vez de ouvir a minha voz na sua cabeça, a menina poderá ouvir na divisão em que está! – Explicou a Dama.

- Como assim? Podes me mostrar?

- Claro, eu mostro! – Fez-se silêncio e passados três segundos, ela ouviu a mesma voz, mas de maneira diferente. – Menina!

Sonny olhou para o espelho que havia na parede, mesmo ao seu lado e se surpreendeu com o que viu. A Dama de Prata estava lá, a olhar para ela, com um sorriso na sua face.

- Agora apareço nos espelhos, sempre que me chamar ou quando precisar de falar consigo eu apareço! Mas sempre que quiser falar por telepatia, esteja à vontade!

- Obrigada, assim será melhor para mim! – Sonny voltou a caminhar, mas parou para dizer algo: - Só mais uma coisa... não me trate por menina e nem com essa linguagem! Entendido?

- Sim meni... quer dizer... sim Sonny! – Depois de dizer aquilo, ela desapareceu do espelho.

Ao chegar ao quarto, Sonny se preparou para ir para a cama e depois se deitou.

- Bem o meu primeiro dia de aulas até foi muito engraçado! Coitado do Crabbe, eu devia ter feito a outra pessoa, mas também, todos de Slytherin iram sofrer! E a Parkinson é a próxima! – Sonny esboçou um grande sorriso meio malandro, enquanto estava a ter esses pensamentos. – Mas amanhã eles vão ver! Já ninguém vai gozar comigo!

Depois disso, Sonny se virou na cama e adormeceu. Amanhã seria um novo dia e bem melhor.


* * * * *

Primeiro de tudo keria pedir desculpas por so colocar o 9 capitulo... mas fikei sem o pc durante mt tempo... mas para compensar... fiz este capitulo bem grandinho!!!
Por favor deixem o voxo comentario!!! ; ) Fikem bem!

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