Primeiro dia.



Os alunos da Grifinória, incluindo Alvo, seguiram sonolentamente o monitor que falava muito sem se importar que todos estivessem tão cansados que nem eram capazes de ouvir. Os nascidos trouxas eram os que menos estavam cansados e também menos distraídos devido ao fato de ser tudo tão mágico e impressionante. Logo eles atravessaram um enorme retrato na parede de uma mulher gorda, apos o monitor dizer, urro de leão, e se depararam com uma grande, quente e confortável sala que Alvo sabia se chamar sala comunal; de lá eles subiram para os seus respectivos quartos. Todos os alunos do primeiro ano entraram em um quarto separado para eles e se dispuseram das camas em que seus malões estavam.

A noite foi maravilhosa, mas deu a impressão a todos de ter durado apenas alguns minutos. Alvo foi o primeiro a acordar ele já havia posto sua farda e atravessou para o outro lado da cama onde seu chapéu de bruxo havia caído quando as cortinas ao lado se abriram tão repentinamente e tão surpreendente quanto o jovem Alastor com os olhos semi-serrados parecendo não reconhecer Alvo pulava para fora da cama brandindo a varinha e gritando Expeliarmus. A sorte que mesmo tendo sido pego de surpresa Alvo já tinha uma boa prática em duelos, pois sempre praticava com seu avô que ele reagiu de imediato enfiando a mão nos bolsos e arrancando a varinha e falando imponentemente Impedimenta o que paralisou Alastor temporariamente, pois este se debatia tanto que poderia se livrar do encanto a qualquer momento. E enquanto Alastor se debatia no chão e os outros acordavam Alvo aproveitou para respirar um pouco, se tranqüilizar e perguntar:

-Por Merlim! Alastor o que pensa que está fazendo atacando seus colegas assim, sem motivo e do nada, nas primeiras horas da manhã?- mesmo estando calmo Alvo ainda estava um pouco surpreso para não dizer confuso.

-O que? ... Mas... Não... Droga... Por favor, pode me soltar e eu lhe explico tudo.-

-Você promete não voltar a me atacar.-

-Claro.-

Então Alvo desfez o feitiço e nesse momento Alastor se levanta, esfrega os olhos, guarda a varinha, olha em volta e encara Alvo.

-Você se defendeu bem! Em todo o caso me desculpe. É que eu e minha irmã mais nova bem vivemos brigando e duelando normalmente não é nada grave, mas ela tem o hábito de, bem me acordar com um feitiço ou outro e eu fiquei com o sono um pouco sensível e acabo atacando qualquer um que faça barulho quando estou dormindo. Bem, sabe meu pai é um Auror muito odiado pelos bruxos das trevas ele é conhecido como, caçador de lobidisomens Moody, e bem ele nos ensinou a nos defendermos caso houvesse algum ataque. Para dizer a verdade ele é um pouquinho paranóico. Vamos dizer que qualquer um antes de entrar lá em casa tem que beber um antídoto de poção polissuco antes de passar pela porta... Independente disso eu vou ter que me acostumar a acordar aqui em Hogwarts. Novamente desculpe Alvo. Bem pessoal vamos descer.- Alvo pode reparar que Alastor ficou muito envergonhado e achou que a situação foi mais para divertida do que para perigosa. Também fez a anotação mental de nunca mais se aproximar de Alastor enquanto ele dormia.

Eles acabaram descendo para o salão comunal e foram um dos primeiros a chegar lá e por tanto foram os primeiros a receber seus horários. Abnezer Scrout que parecia ainda querer rir da cara do Alastor ficou rapidamente carrancudo.

-Dois primeiros tempos História da Magia, depois dois tempos de Herbologia e por último dois tempos de Transfiguração! Absurdo eu odeio história, não me dou bem com plantas e depois vem transfiguração que dizem ser bem cansativo e difícil. Esse horário é um ataque pessoal a minha pessoa.- Logo depois disso Abnezer permaneceu todo o tempo emburrado e quieto.

-Eu não tenho nada contra história da magia, já me habituei a lidar com plantas e gosto muito de transfiguração. Sinceramente segunda-feira para mim não vai ser nenhuma tortura.- Alvo falou isso bastante calmo ignorando a cara feia que o colega lhe lançou.

Os outros pareceram resolver ficarem quietos sobre suas opiniões e começaram a comer para partirem logo, já que como não conheciam ainda muito bem o castelo queriam sair logo para chegar cedo à primeira aula, ou pelo menos em tempo de assisti-la. Mas antes de saírem o correio coruja trouxe as cartas e Alvo recebeu de uma coruja das torres particularmente rabugenta a sua correspondência que alem de uma carta pedindo informações sobre novidades ainda trazia doces caseiros (feitos por sua mãe), dinheiro e uma novidade em brincadeiras algo que se chamavam bombas de bosta (enviados por seu avô). Alvo guardou tudo em sua mochila e fez a anotação mental de responder sobre as novidades depois.

As aulas de História da Magia, para o desespero de Abnezer, eram com um velho professor que entrava na sala, não olhava para os alunos e passava todas as informações enquanto ensinava ditando o que ia escrevendo. Ele parecia que poderia morrer a qualquer momento e sua aula foi eleita como aula sonífero, muito embora ele não permitisse conversas (que ele pudesse ouvir) ele em nenhum momento se virou para olhar os alunos. Mas não se podia negar que alguns assuntos eram bastante interessantes. O seu nome era Binns.

As aulas de Herbologia foram com um homem bem jovem que parecia bastante animado e falava com carinho com suas plantas. Ele disse a todos que eles deveriam antes de tudo conversar com suas plantas, fazer carinho nelas, podá-las, regá-las e adubá-las com cuidado e amor. Logicamente todos contiveram as risadas para dá-las mais tarde. Só que sua vontade de rir desapareceu pouco depois quando um garoto da Corvinal recebeu uma detenção por ter cortado sem necessidade um galho de um pé de dragão amarelo (uma planta com poderosas propriedades mágicas que tem uma raiz amarela que parece com uma pata de dragão). O professor se chama senhor Arbus.

E a ultima aula do dia foi a de transfiguração foi com um bruxo de aparência suja e de jeito atrapalhado beirando os cinqüenta anos de idade. Ele tropeçou no mínimo dez vezes durante a aula, vivia esquecendo a seqüência da explicação e trocava o nome dos alunos, mas arrancou aplausos quando se transformou sem usar varinha e sem falar nenhum encanto em um salgueiro chorão (uma espécie de salgueiro). Alvo como aprendeu magia muito jovem conseguiu transformar o seu palito de dentes em uma agulha e depois outro palito em uma agulha de tricô a pedido do professor e assim ganhou quinze pontos para a Grifinória. Mesmo assim ele não deixou de ter tarefa, enquanto os outros teriam que praticar o feitiço e fazer uma extensa redação sobre mecanismos básicos de transfiguração Alvo tinha de fazer apenas a redação. Seu nome era senhor Prince.

As aulas terminaram e o dia estava chegando ao fim Alvo e seus amigos estavam se dirigindo para o salão principal, mas como não conheciam bem os caminhos do castelo eles acabaram pegando o caminho mais longo e por coincidência mais deserto. E foi quando eles ouviram risadas e reclamações que vinha de um corredor um pouco a frete, os garotos pararam como reação ao fato de Alvo e logo em seguida Alastor terem deixado de andar. -Eles parecem estar tendo uma conversa muito convidativa e tenho a impressão que entre eles alguém me é conhecido, mas não sei quem nem de onde. O que acha Alastor?-

-Sinceramente Alvo, estou doido para participar dessa conversinha se meus ouvidos captarão corretamente algumas palavras.- E um tipo de brilho assustador passou pelo rosto de Moody como um animal preso em cativeiro que estava vendo a oportunidade de caçar alguma presa. Os outros garotos estavam impressionados podiam ouvir pessoas conversando mais não conseguiam destingir o que diziam e só se deram conta delas quando os garotos haviam parado.

Alvo olhou para todos como se os convidassem a fazer um piquenique e disse. –Ora, ora, ora! Não vamos privar nossos colegas de fazer uma grande reunião e discutir questões interessantes.- E dizendo isso saiu andando em direção as vozes com calma e Alastor pareceu resolver seguir Alvo como se seguisse ordens que ele não dera e tirou a varinha do bolso fazendo-a tremer de excitação e os outros garotos permaneceram parados por um momento chocados e resolveram imitar Alastor e seguir Alvo.

Quando viraram para outro corredor viram claramente uma massa disforme um pouco a frente e era de lá que vinham as risadas conversas e reclamações. Nesse momento os garotos entenderam o que havia chamado a atenção de Alvo e Alastor, juntos a parede estavam cinco ou seis alunos da Sonserina que gargalhavam ou xingavam com um pequeno alunhinho da Lufalufa que estava pregado a parede de cabeça para baixo; e reclamava sem muita coragem ou ar em seus pulmões, sendo visível mesmo na escuridão que os acobertava que ele estava com a cabeça vermelho arroxeado devido provavelmente a estar naquela posição a um bom tempo. E antes que pudessem fazer algo eles ouviram os alunos que provavelmente eram do quinto ano ou mais velhos conversar.

–Você fez o serviço muito bem feito mesmo, o dia passou inteiro e ninguém viu ou ouviu algo estranho aqui e ele ficou bem nesse lugar esperando nossa visita. -Disse uma voz debochada.

-Claro que isso não é nada em comparação às minhas habilidades reais e você sabe bem disso Güeenn.- E dessa vez quem falou foi uma voz seca, maldosa e que lembrava levemente um corvo grasnando.

E foi nesse momento que Alvo resolveu agir. –Boi noite meus caros. Espero que entendam nossa intromissão, mas somos alunos novos afoitos por aventuras nesse maravilhoso castelo ainda desconhecido e não pudemos deixar de notar suas vozes e nos perguntamos se não seria interessante nos unirmos para partilhar de momentos agradáveis juntos. Felizmente para que isso ocorra será necessário que os senhores façam a gentileza de retirar o garoto da parede.- Alvo falou como se estivesse conversando com velhos amigos e com tanta calma que pareceu surpreender até a se mesmo. Havia em seu rosto uma expressão de leve preocupação em relação ao garotinho presa a parede e parecia não dar a menor importância ao bando de garotos mais velhos que estavam com suas varinhas nas mãos e praticamente rosnavam para ele. Ficou claro para Alastor e os outros que os alunos mais velhos ainda não tinham se recuperado da surpresa e pareciam esperar que qualquer um deles desse a ordem de atacar.

No entanto antes que qualquer coisa acontecesse um dos garotos, aquele que aparentemente aprisionara o outro aluno falou. –Imaginei quanto tempo ia levar para que nos encontrássemos aqui em Hogwarts Dumbledore e devo dizer que estava sonhando com a possibilidade de fazer você mastigar e engolir essa sua língua comprida.- Ele ao que parece não apenas conhecia Alvo, mas aparentava ter uma raiva muito grande do garoto.

Mas Alvo pareceu estar esperando por isso e não se surpreendeu nem um pouco. -Vamos Burke não estrague essa noite agradável com rixas infantes, e, além disso, você sabe muito bem como eu que seria muito difícil você cumprir o que sua imaginação lhe insinua. Agora você irá libertar nosso colega ou terei de ser indelicado e libertá-lo eu mesmo contra a sua vontade.- Os colegas de Alvo com exceção de Alastor pareceram aterrorizados com a idéia eles estavam com o mesmo número, mas eles consideravam um absurdo sendo aluno do primeiro ano que eles pudessem vencer os outros. E nesse momento quem falou foi Alastor. –Burke! O Burke que já foi preso por atacar trouxas e cujo tio foi também, por praticar artes das trevas? Creio que não saiba quem sou eu, mas tenho a felicidade de lhe dizer que meu pai já teve a infelicidade de olhar para suas fuças nojentas. Pode me chamar de Moody filho do caçador de lobisomens Moody, o Auror.- O anuncio de sua identidade parece ter afetado muito os alunos Sonserinos, e Alvo teve a impressão que um quis correr, outro quase caiu, mas o resto disfarçou bem. O nome pareceu aborrecê-los e assustá-los ao mesmo tempo.

-Mas eu não estou entendendo Alvo pensei que você entraria para a Sonserina, porque está tentando proteger essa porcaria sangue ruim, vocês criancinhas talvez não saibam, mas o caro Alvo aqui tem um ótimo histórico familiar, seu pai foi preso pela morte de três garotos trouxas não foi Alvo.- Era evidente o prazer maldoso na voz de Burke.

Nesse momento uma sombra de intensa dor passou pelo rosto de Alvo e quem olhou para ele naquele momento diria que ele parecia um velho.

E atrás de todos, o que eles pensaram ser o último aluno, veio à frente de todos e revelou ser uma bela jovem; ela se apresentou antes de dizer qualquer outra coisa e antes que continuassem com a discussão; seu nome era Jasmim Gamp e assim olhou fria e longamente de Alvo para Alastor e por fim disse. –Você é o neto de Wulfrico Dumbledore o único bruxo a ganhar sete vezes seguidas o torneio mundial de duelos bruxos? E é claro você já se apresentou, mas não me surpreende que ele tenha dado uma surra em você Burke sendo neto de quem é e sendo amigo do filho do caçador de lobisomens Moody. No entanto devo alertá-los que eu e Burke somos monitores e é melhor você saírem daqui quietos e calados para não criarem problemas.- Mas seu tom de voz apesar de ser muito educado e gentil era evidentemente muito perigoso.

Alvo, no entanto sorriu um sorriso triste enquanto Alastor berrava... –Você está nos ameaçando?!- Antes que qualquer coisa fosse dita, eles ouviram uma voz rouca e forte de um homem muito velho, mas ainda cheio de força que se aproximava.

(Tentei encompridar o capitulo e foi o melhor que pude fazer não achei interessante encher vocês com mais informação e deixei certo suspense no ar. OBS: desculpem a demora é que não tive tempo para escrever.)

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.