Superando as dores



Novamente um dia quente na rua dos Alfeneiros. Os carros reluzentes em suas garagens e o gramado bem arrumado nas casas que existiam por la. A casa número 4 era a mais bem cuidada da rua, por seus moradores gostarem de impressionar os vizinhos. Numa casa grande e cheia de janelas na qual se achava um adolescente de 16 anos olhando tristemente para as ruas, o garoto era Harry Potter.


Harry sempre foi bem baixo e magro para sua idade, mas crescera bem desde os 15 anos de idade, com cabelos negros que em geral, andavam sempre desarruma
dos, olhos verdes vivos e uma cicatriz em forma de raio na testa, lembrança de seu passado trágico.


Harry sempre fica trancado no quarto o dia inteiro, saindo apenas para comer e ir ao banheiro, seus tios que sempre ficavam no pé de Harry, agora nem ligam mais para o garoto em casa, Harry poderia fazer tudo que quisesse e os tios não estavam nem aí. Harry que no ano passado sempre procurava ficar mais tempo possível na rua, fora de casa, porém agora não tinha mais vontade de fazer nada, nem ligava mais em manter sua coruja presa na gaiola, aliás, não liga para mais nada desde a morte de seu padrinho, Sirius Black. Harry sempre tentava esquecer o seu passado, mas não conseguia tirar essas lembranças da cabeça, continuava sonhando com a morte de seus pais, de Cedrico e agora a de Sirius, sabendo que Voldemort ainda penetrava em seus pensamentos.


Harry ainda recebia cartas de seus melhores amigos, Rony Weasley e Hermione Granger, com palavras de consolos e Rony dizendo que iria tirar Harry da rua dos Alfeneiros o mais rápido possível, mas Harry não ligava para mais nada, nem sabia se queria voltar a Hogwarts.


Harry sempre achou que seria feliz para sempre desde que descobriu a existência do seu mundo, desde que Hagrid fora ao casebre onde estavam e entregou a carta para Harry estudar em Hogwarts, escola de magia e bruxaria. Mas Harry se enganou quanto a isso, fora feliz até o terceiro ano, enfrentando perigos e sempre conseguindo salvar Hogwarts, onde fez seus melhores amigos e aprendeu a jogar Quadribol. Mas no terceiro ano um servo de Voldemort fugiu e a partir dali Harry carregou muita preocupação consigo, encarregado de cumprir 3 tarefas de um torneio arriscado, ver Cedrico morrer, ver Lord Voldemort ressurgir, ter gente vigiando ele em todo lugar, ser privado das coisas que mais gostava em Hogwarts por uma funcionária do ministério e ver o padrinho morrer.


Ele decidiu esquecer o seu passado e tentar superar isso, tentar ser alguém na vida, agora que Umbridge se fora de Hogwarts, talvez Harry seja feliz denovo la.


Harry pensou muito nisso e viu uma coisa se aproximar de sua janela, Pichitinho, a minúscula coruja de Rony, veio voando em sua direção com uma carta amarrada na perna, Harry abriu a carta e leu:


Caro Harry,


Como esta passando as férias? Epero que esteja passando bem. - Realmente! - disse Harry sarcastico lendo a carta - Sei como você está se sentindo Harry, é por isso que no dia 20 de agosto iremos passar ai para te apanhar, espero que seus tios compreendam - Irão ficar felizes se eu sair - Iremos de apanhar de pó de flu Harry então avise aos seus tios para eles não ficarem assustado como da última vez, tenho certeza que vc vai se divertir muito com a gente, Harry...tente superar isso que você está sentindo, a morte de Sirius também me afetou, agora a escola vai ser muito melhor sem a sapa da Umbridge, e agora que o ministério já sabe que ele voltou, você não precisa se preocupar com ele, só precisa dar um jeito nesses sonhos que você está tendo. Não fique mais triste Harry, logo logo você vai está aqui com a gente.


Um abraço,


Rony Weasley


Rony disse exatamente o que Harry estava pensando, em deixar o passado e viver o presente feliz. Harry guardou a carta e ouviu alguém falando com ele:


- De quem é isso que você recebeu? - perguntou Duda curioso - é um de seus amiguinhos esquisitos?


- Nada que enteresse você Dudinha! - respondeu Harry


- Não fale assim comigo ou eu quebro sua cara!


- Experimente - Harry puxa a varinha e aponta para Duda, com imenso prazer de descarregar sua frustação no primo - E se contar ao seu pai você morrerá!


Harry se divertiu por um tempo vendo Duda sair correndo e entrar depressa em seu quarto, com a mão segurando as nádegas.


Harry desceu para tomar café e comeu torradas e bebeu um copo de leite, talvez fosse a ameaça de Moody antes de Harry voltar para a casa mas os seus tios nunca mais brigaram com Harry e deixavam ele fazer o que quisesse e fingiam que não existia, quase não falavam com ele. Harry ja tinha acabado de comer quando recebeu outra carta, reconheceu a caprichosa letra de Hermione:


Caro Harry,


Rony me contou que enviou uma carta para você te convidando para passar o resto das férias com ele, eu acharia muito legal se você fosse Harry, você vai se divertir muito com Rony e seus irmãos, sei que anda com a cabeça cheia Harry e sentimos muito por isso, só queremos o seu bem e queremos que você se divirta, daqui pra frente vai ser muito mais legal em Hogwarts, anime-se Harry e seja feliz como qualquer outro adolescente, sem nenhuma preocupação exeto o dever de casa, sugiro também que você procure Snape e volte a ter aulas de Oclumência, por que esses sonhos estão te encomodando, eu sei disso Harry, por mais arrogante que Snape seja ele vai te ajudar com isso, espero sinceramente que você esteja passando bem Harry.


Beijos da Mione


Harry leu a carta e viu que ela transmitia exatamente a mesma mensagem que a carta de Rony ''esqueça o passado e seja feliz Harry'', Harry achou que eles tem razão, para que fica triste se podia muito bem ser feliz dali para frente? Harry guardou a carta de Mione junto com a de Rony e resolveu saborear os bolos que ganhou de aniversário faz dois dias, que antes ele não tinha vontade pra comer.


Ao anoitecer, Harry resolveu sair um pouco de casa para aliviar seus pensamentos, fechou a porta e ja estava andando pelas rua dos Alfeneiros, pensando nas cartas que recebera.


Harry continuava andando pela rua dos Alfeneiros e entrou em outra rua do bairro, pensando ainda, e olhando tudo pelo lado positivo, qualquer criança daria tudo para ser famoso como eu, pensou Harry, mas eu daria tudo para ser normal como elas, e abrindo um grande sorriso continuou andando pensando no que iria fazer primeiro quando chegasse na casa de Rony.

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