O Tempo Não Me Fez Esquecer



Draco tomou a Poção Polissuco, atravessou as barreiras de Hogwarts e agora esperava ansioso pela chegada de Hermione.



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Hermione andava entre as barracas da cidade quando uma grande coruja negra de olhos azuis pousou em seu ombrou e lhe entregou um pequeno bilhete. Quando ela abriu não pôde conter a surpresa... Um bilhete do Draco!



Não entendia porque Draco queria lhe ver e trair Voldemort... Ele estava sendo sincero? <i>Sinceramente, Draco Malfoy.</i> Era o que estava escrito no bilhete, mas ela deveria acreditar? E se fosse uma armadilha? Porque Draco iria trair Voldemort? Seria uma questão de interesse ou de amor? Como ele iria entrar em Hogwarts?



Mas a mais fútil e irrelevante questão era a que mais lhe pertubava: Por que ele foi tão formal no bilhete?



"Por que? Não seja boba, Hermione!" ela repetia várias vezes para si mesma.



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Ela estava ensinando alguns feitiços de defesa em uma das masmorras. Já faltavam 15 minutos para as 14 horas. Hermione deu um intervalo na aula dizendo que não se sentia bem e que iria sair para respira um pouco de ar.



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Draco a viu se aproximando, ele tremia dos pés a cabeça, mas disfarçava e mantinha uma postura arrogante e formal. Ele achava que não iria agüentar, pensou que a beijaria assim que ela chegasse.



"Como ela mudou... continua linda, mas agora ela tem um rosto tão... tão... tão pálido e triste... por Deus, Mione, o que o tempo fez com você? Me diga, o que ele fez de você?"



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Hermione não viu Draco a esperando, mas Jerry, um dos aliados da Armada. O que ele estaria fazendo ali? 



De repente ela notou que no corpo de Jerry estavam se formando bolhas e então, ela viu... Draco Malfoy... Ela sentiu um frio na barriga, uma vontade de sair correndo, voltar para casa, uma vontade de avançar para beijá-lo... depois de tanto tempo... uma vontade de chorar.



"Ele usou a Poção Polissuco... Ele tem a mesma a cara de orgulhoso como sempre, mas seus olhos e seu rosto parecem tão pálidos e tristes... Draco, o que tempo fez com você? Me conta, o que ele fez de você?"



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- Olá, Senhor Malfoy - ela falou formalmente, mas pensou: "Senhor Malfoy... Hermione, o que você tem na cabeça?" - Creio que tem algo muito importante para me falar, não é?



- Olá, Senhora Weasley - ele respondeu formalmente também, mas pensou: "Urgh! Como soa mal!" - Sim, será que aqui é um lugar seguro para conversamos?



- Sim, ninguém mais vem aqui - ela queria lhe abraçar, dizer o quanto sentiu a sua falta, lhe dar um soco para vingar tudo o que ela sofreu por ele, toda a humilhação e tristeza que ele há fez passar - Rápido, diga logo!



E ele disse. Especificou os pontos fracos de Voldemort, como entrar no Castelo de Prata, o que ele e os Comensais estavam tramando. Uma pena de repetição anotou tudo em um pergaminho (que ele fez aparecer). O pergaminho voava ao lado de Hermione. Enfim, Draco contou tudo.



- Acho que não vai ser mais seguro para você voltar ao Castelo... - ela disse apreensiva - Você não quer ficar aqui? Daqui a alguns minutos Voldemort já estará sabendo da sua traição. Ele deve ter colocado algum feitiço preventivo de lealdade em vocês? Não colocou?



- É, é verdade. Ele já deve saber, aliás - ele abriu um pequeno sorriso - Você continua muito esperta - Hermione corou até a raiz dos cabelos, ele abriu mais o sorriso ao ver que ainda causava algum efeito nela - Certas coisas o tempo não apaga - ele continuou, precisava falar e ficou sério - Hermione, o tempo não apaga muitas coisas. Ele nunca me fez esquecer o quanto você era esperta, o quanto éramos felizes juntos, o quanto você me amava e o quanto eu te amava... - longa pausa, uma troca de olhares ansiosos e ele sussurrou palavras mágicas - Eu ainda te amo. O tempo nunca me fez esquecer esse amor, Mione.



Hermione sentia calafrios dos pés a cabeça. Seu mundo caiu e ao mesmo tempo ela se libertava... Ele também continuava apaixonado. Mas ela não podia confessar, tinha um marido, dois filhos e Draco a magoara tanto no passado. Definitivamente, ela não podia confessar nada.



- Mas o tempo me fez esquecer. E não sei porque está me falando essas coisas. E como pode me tratar com tanta intimidade?!



Draco empalideceu, queria chorar, mas não tinha coragem. Então, se virou para ir embora, mas ela o impediu segurando-o pelo braço:



- Você não pode ir! Voldemort vai te matar! - ela deixou cair a máscara por um segundo



- Por que você se importa comigo? - ele disse rancoroso - Você não me ama mais e só as pessoas que amam se importam com as outras.



- Como... - ela respirou fundo - Como você quer que eu ainda te ame? Depois de tudo o que você fez... - ela falou baixinho, seus olhos se encheram de lágrimas. Hermione olhou nos olhos dele, percebia que o que ele dizia era sincero.



- E o pior é que... é que eu... eu ainda... ainda... ainda te amo.



Ela começou a chorar descontroladamente, pôs as mãos no rosto e se virou.



- O tempo não me fez esquecer você, Draco.



Draco queria consolá-la, ficava com pena dela e feliz por ele, pois ela ainda o amava. 



Ele virou Hermione para poder vê-la. Ela parou de chorar e encarou Draco. Ele olhava firmemente para aqueles olhos que ele ajudou a fazer chorar, por inúmeras vezes. Não podia conter mais. Puxou Hermione pela cintura e a beijou. Ela retribuiu o beijo com o mesmo calor e intensidade de quem a beijava.



Fazia muito tempo que eles queriam poder sentir um ao outro, juntos de novo.



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Obs.: Ai, ai... Que capítulo romântico! (*suspiros*)

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