O Castelo de Prata



- Bem, acho que ele está muito irritado com você - disse Pansy guiando Draco até onde ela tinha estacionado a sua moto - Ele falou que você estava demorando para cumprir sua missão... que missão é essa Draco?



- Não te interessa, Pansy - Draco resmungou muito mal humorado



Minutos depois eles chegaram a um beco sem saída, onde uma moto lilás berrante estava parada.



- Mais discreta impossível, né? - ela falou tentando brincar, mas Draco continuava sério



Eles subiram na moto e a moto começou a voar. Os dois estavam indo em direção ao castelo de Voldemort, castelo que anteriormente pertenceu aos pais de Draco. Quando Lucius foi assassinado, Voldemort tomou não só o castelo das mãos de Draco como todo o seu dinheiro, sem lhe dar nenhuma explicação. Além de ter se casado com a mãe de Draco, o que não fazia a menor diferença para ele. Ele não ligava mais pra dinheiro, nem para nada mais. A sua vida se tornou um completo tédio sem sentido. 



Atualmente Draco estava noivo de Pansy, que praticamente não se importava com os foras constantes que ele lhe dava, afinal ela pensava que ele ainda era muito rico.



De longe Draco avistou sua antiga casa. Era um castelo no estilo de Hogwarts, só que ao invés de uma torre alta tinha duas torres altas, uma do lado esquerdo e outra do lado direito. O castelo feito todo de prata era incrustado de diamantes em volta das janelas. O grande portão da entrada feito de madeira tinha escrito em grandes letras douradas: "Sorup Eugnas ed Ral", ou seja, Lar de Sangue Puros. Na época em que Draco era criança o castelo era totalmente diferente, as flores cultivadas no grande jardim da casa davam vida ao local, havia inúmeros pássaros, dois cachorros, dois gatos e dois unicórnios (que eram muito bem tratados), além das diferentes espécies de peixes do lago. Agora, o castelo era um lugar triste e sombrio, as flores morreram, os animais foram expulsos, os unicórnios mortos e o lago fedia a esgoto.



O castelo era guardado por inúmeros Dementadores, toda vez que Draco chegava perto do castelo ele sentia um incrível peso no peito e algumas lembranças estranhas apareciam na sua cabeça: A primeira vassoura que ele ganhou, a primeira vez que ele abraçou o pai, a primeira vez que ganhou Harry Potter em um jogo de quadribol, o primeiro beijo com Hermione... 



- Draco, desce logo da moto! - Pansy puxou o seu braço e ele acordou do devaneio.



- Hã? Ok, vamos logo! - ele exclamou tentando recobrar a compostura.



Ele atravessou todo o seu antigo lar com uma enorme tristeza até chegarem a sala de Voldemort no castelo.



- Entre Malfoy! - chamou uma voz ríspida de dentro da sala



Draco entrou, mas não estava com medo. Já se acostumara com aquela figura horrenda. Voldemort estava sentado numa grande cadeira preta, atrás da mesa.



- Sente-se. - ele ordenou, seus olhos penetrantes começaram a fitar Draco, tentando ler sua mente.



- O Senhor mandou me chamar, Lord?



- Sim... serei breve. Você ainda não cumpriu as minhas ordens. - ele disse



- Lord, é muito difícil encontrar um meio de se infiltrar em Hogwarts...



- BASTA! Estou cansado de suas desculpas! Se você não tivesse demonstrado sua capacidade antes já teria acabado com você! Já faz um mês, Malfoy... o tempo está passando... - Voldemort sorriu - Mas suas desculpas irão cessar nesse instante... Você sabe que tenho os meus espiões dentro daquele antro de sangue ruins... pois bem, acabei de ser informado que os pobres coitados estão planejando nos atacar! Imagine... Nos atacar! E saiba que a sua amada...



Os olhos de Draco se arregalaram, mas Voldemort continuou, com um enorme sorriso nos lábios.



- Saiba que ela, Hermione Weasley, junto com aquele marido pobretão dela arquitetaram um plano para matar os meus mais confiáveis Comensais, sendo que um deles... é você!



Draco pulou da cadeira, Hermione querendo matá-lo?



- Sente-se Draco. Não sei o que você esperava... Que aquela Weasley continuasse amando você? Depois de você ter matado pessoas tão próximas a ela?!



- Eu, eu - Draco não sabia o que dizer nem o que pensar, odiava admitir, mas Voldemort estava certo.



Voldemort começou a rir, uma risada forçada, esganiçada, insuportável. Draco queria por as mãos nos ouvidos para não ter que ouvir aquele barulho tão irritante, mas não se atreveria, então perguntou sério e ofendido:



- Do que você está rindo... Lord?



- Do que o amor é capaz de fazer com as pessoas, Draco. Elas se tornam ridículas. Esse sentimento tão estranho que nunca senti e que sei que jamais irei sentir é capaz de arruinar e transformar em cinzas pessoas de personalidade forte... Espero que não cometa esse erro Malfoy. - ele acrescentou sério



- Não sei por que você está falando essas coisas.



- Não se faça de sonso - ele praticamente grunhiu essas últimas palavras - Você sabe do que eu estou falando... estou lhe avisando...



- Não precisa me avisar de nada, sei muito bem o meu lugar e o que eu devo fazer. Jamais desobedeceria uma ordem sua, Lord das Trevas. - ele falou isso rapidamente, como se tivesse decorado.



- Acho bom mesmo. Mas como eu estava dizendo, esses espiões me informaram que a AD (Armanda Dumbledore) pretende nos atacar daqui a uma semana... e muita coisa pode acontecer em uma semana... Quero que você os mate amanhã, ou melhor hoje mesmo - ele falou, olhando um relógio sem números e com doze ponteiros - Já passou da meia noite... vá dormir e depois execute o que irei lhe mandar: Tome uma poção Polissuco, aqui está os fios de cabelo de um dos meus espiões, considerado de confiaça por aqueles coitados. Esse espião irá encontrar com você hoje ao meio dia no lago e irá lhe dizer a senha para você entrar lá.



- Se você tem a senha e pode fazer a poção Polissuco, porque você mesmo não entra?! - perguntou Draco intrigado



- Ora, Dumbledore era muito esperto - Voldemort levantou e começou a andar lentamente pela sala - Aquele velho gaga lançou um feitiço Coração Puro... em outras palavras, somente quem tem um coração puro...



Agora foi a vez de Draco rir.



- Você acha que eu tenho um coração puro? - ele disse entre as gargalhadas num tom debochado



Voldemort parou no meio da sala e encarou Draco muito sério.



- Você não me deixou terminar.



Draco parou de rir imediatamente ao ver a cara séria de Voldemort.



- Então, porque eu posso entrar?



- Porque somente quem tem um coração puro ou um amor verdadeiro pode atravessar as barreiras desse feitiço.



Draco ficou estático.



- Draco, Draco, eu sei de tudo, DE TUDO! Agora vá embora... - e voltou a se sentar



Draco saiu da sala confuso... Amor verdadeiro? Mione querendo matá-lo?



Mesmo que Hermione estivesse planejando algo contra ele, ele precisava fazer alguma coisa para salvar a vida dela.



Quando todos dormiram, ele foi até o corujal e escreveu o seguinte bilhete:



<i>Hermione Weasley,



A senhora deve estar estranhando esse bilhete, mas tenho informações muito úteis para a AD. Espero que possa ajudá-los a derrotar o Lord das Trevas. Me encontre em frente aonde ficava a cabana de Hagrid às duas horas de hoje.



Sinceramente,



Draco Malfoy.</i>



*********



Obs.: E aí? Vocês estão gostando?! Comentem para eu poder saber a opinião de vocês, pleaseeeeeeeee!!!!! Ah, não reparem os erros de português, eu sempre reviso, mas sempre escapa uma coisinha :P

Compartilhe!

anúncio

Comentários (1)

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.