A Rã das Confissões



Depois de longos minutos se beijando, sentindo a presença um do outro, sentindo a paixão e o amor dos seus corpos e das suas bocas, eles pararam de se beijar, mas continuaram com os rostos próximos. Hermione o abraçou e colocou a cabeça em cima do ombro dele. Draco também colocou a cabeça sobre o ombro dela. Os dois fecharam os olhos e sorriram. Ela ficou séria e começou:



- Draco, você sabe que eu sou casada com o Rony...



Ele abriu os olhos, como se tivesse levado um susto e soltou Hermione. Mas ela continou:



- Sou casada com ele... Ele é o pai dos meus filhos. - ela disse baixinho com os olhos cheios de lágrimas, olhando para Draco. 



Ela virou os olhos para o chão e ficou admirando a grama por alguns minutos. <i>"Tão verde, tão bonita, tão triste, tão morta..."</i> Depois ela sussurrou, ainda olhando atentamente cada canto do chão:



- Não quero traí-lo.



As lágrimas começaram a descer pelo seu rosto. Draco delicadamente levantou o seu rosto com a mão direita, fazendo com que ela o encarasse.



- Eu abandonei você no altar por uma ameaça que o meu pai me fez, não era sobre herança nenhuma, era sobre a sua vida...



Hermione fez menção de falar, mas Draco continuou:



- Estou noivo da Pansy.



Hermione arregalou os olhos, isso não era uma coisa para dizer nesse momento. Ela tirou a mão de Draco do seu rosto. Estava muito zangada. Há muito tempo que ela queria fazer isso... Com toda a sua força, acertou um murro na cara de Malfoy. Ele caiu no chão desacordado.



Quando ele estava no chão, Hermione viu uma coisa se mexer nos bolsos dele. De repente, a coisa pulou para fora da capa dele. A tal coisa era uma rã. Uma rã azul, com finas listras douradas e grandes olhos prateados. Não tinha mais do que 5 centímetros.



- Meu Deus! Que espécie de rã é essa?!! - ela se abaixou para ver a rã mais de perto



- Essa, não! Mais respeito comigo, Senhorita Hermione Granger! - falou a rã com uma voz esganiçada



- Você fala?! - exclamou Hermione, sentando-se no chão - Como você sabe meu nome?! Mas - ela acrescentou tristemente - Meu nome não é mais Granger, é Weasley. E eu sou uma Senhora, não Senhorita, porque agora eu estou casada.



- Eu sei de tudo isso, Mione - a rã pulou nas mãos dela - Draco me contou tudo. Mas eu te chamo de Granger, porque ele não gosta de chamar você de Weasley.



Hermione fez uma cara de quem não estava entendendo nada.



- Eu irei me apresentar: Sou a Rã das Confissões. As pessoas contam tudo para mim, sou uma espécie de diário, só que sou amiga ao mesmo tempo, dou conselhos e faço de tudo para ajudar meu dono. Lucius Malfoy me deu de presente para Draco no aniversário dele de 1 ano e nessa época, eu o manipulava para que ele fizesse coisas ruins. Mas quando ele se apaixonou por você... Bem, tudo mudou. Ele começou a me contar sobre suas esperanças e alegrias, fazendo com que eu mudasse também. Agora, eu estou morrendo Mione, fiquei muito velha... E enquanto eu não deixar o meu dono feliz, não vou poder morrer em paz, entende? Por isso eu estou aqui, para unir vocês dois.



Hermione riu. Como aquele ser mínimo poderia ajudar os dois?! Depois de todas as coisas que os dois passaram e que fizeram com que eles se separassem...



- EI!!!! Não fique rindo de mim! Estou falando sério!



- Tudo bem, tudo bem! - ela tentou prender o riso - Mas eu posso saber, como você vai nos unir?! Sendo que eu estou casada, tenho dois filhos, Draco está noivo e nós dois somos inimigos... Como você pretende fazer isso?!



- Simples! Vou lhe conceder um desejo.



- Me conceder um desejo?! - espantou-se Hermione - Que tipo de desejo?! Como assim?!



- Ora, o que você acha?! Qualquer desejo... O que você quiser! Desde que seja para deixar o meu dono feliz.



- Hmm... Por que você nunca concedeu um desejo para o seu dono?!



- Eu concedi, uma vez... 



- E o que ele pediu?



- Ele me pediu para nunca deixar de amar você... Mesmo que o tempo e as feridas apagassem o amor que você sentisse por ele. Ele não queria deixar de te amar.



Hermione sentiu que ia chorar de novo.



- Por que você não concedeu mais desejos a ele?



- Porque eu sou uma Rã das Confissões! Não, o Gênio da Lâmpada! Só posso conceder um desejo por pessoa. Mas, então? O que você vai querer?! Pense bem, porque pedir é complicado e uma vez realizado, o desejo não poderá ser desfeito.



A rã terminou de dizer essa última frase e apareceu uma pequena ampulheta ao seu lado esquerdo. A ampulheta era do seu tamanho, também não passava de 5 centímetros e tinha 60 pequenos rubis vermelhos dentro.



- Você tem um minuto para pensar, Hermione.



Os rubis começaram a cair. Plim, plim, plim...



Hermione começou a pensar, eram tantas as coisas que ela queria... Dumbledore e Harry vivos, Voldemort morto, acabar com aquele Império do Terror que Voldemort instalara, desfazer todas as mortes e tristezas conseqüentes disso, ter seus filhos ao seu lado, não magoar Rony e casar com Draco... Mas o que ela poderia pedir? O que era mais importante? Era apenas um desejo, apenas um... Ela começou a pensar com si mesma: <i>"Vamos, Hermione, você consegue... Vamos ser racionais, tem que ser algo que traga tudo de volta, que faça tudo ficar bem de novo..."</i>



Só faltavam 15 rubis... Plim, plim, plim...



"Que faça tudo ficar bem... Como era antes... É ISSO! Como era antes!"



Plim... Caiu o último rubi.



- Deseje agora, Hermione!



E ela desejou...



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Obs.: Eu não sei de onde vieram essas idéias, eu tinha uma coisa completamente diferente em mente

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