Visitas boas e más



p> No outro dia, quando Rony disse que iriam pega-lo na casa dos Dursley, Harry foi ao café da manhã um pouco apreensivo. Não comunicara ainda aos tios a notícia de que teriam bruxos em sua casa ainda que fosse só pelo tempo do garoto pegar seu malão, a gaiola e sair dali. Não sabia como falar, então decidiu que fosse o mais rápido possível. Morte súbita.

Era a cena rotineira do café da manhã. Todos sentados a mesa, com tia Petúnia se levantando algumas vezes para pegar mais comida para Duda e tio Válter lendo jornal. Tudo tinha que ser feito com muito cuidado, não se importava se o tio gritasse com ele, logo estaria bem longe da casa. Tinha que escolher as palavras certas.

- Vou-me embora hoje. – a frase não causara o impacto que Harry esperava. O tio emitiu somente um grunhido de entendimento.

- Já vai tarde. – disse sem tirar os olhos miúdos do jornal e levando a xícara de café à boca.

Não que se importasse com a falta de interesse dos tios pela sua ida, mas o garoto achou que deveria avisar aos tios quem estava por vir a sua casa.

- E meus amigos vem me pegar aqui, hoje.

Definitivamente, Harry preferiu que a frase também não fosse notada. Tia Petúnia soltou um gritinho agudo, Duda arregalou os olhos e soltou o sanduíche no chão e tio Válter se engasgou com o café molhando todo o jornal.

- Como você... cof cof... aqueles anormais... cof cof... minha casa... cof... sua laia... – o tio não conseguia gritar.

- Você está querendo dizer que aquele ser esquisito que nos ameaçou na estação está vindo na nossa casa! – tia Petúnia dava tapas nas costas do marido e gritava com Harry, já que o marido não conseguia terminar uma frase - Mesmo depois das cartas que você enviou! E os vizinhos! Seremos obrigados a receber aquela gente aqui!

- Não! – apressou-se o garoto – será coisa rápida, de fato, nem sei se Olho-Tonto vem. Iremos logo
embora. Acredite, vou fazer o possível para isso.

- E ainda abusa de nossa hospitalidade! – Berrou o tio quando se recuperou.

- Hospitalidade! Se é isso que você chama de ser recebido como um carrasco!... – o garoto sentia-se
ofendido agora.

- Você tem que ir logo então – Duda entrava na briga agora, o rosto muito vermelho – seus amigos
nos infectando. Juro que se você ficasse mais um dia aqui, eu iria lhe mostrar a razão de eu ter ganho o troféu de luta.

- Quer ter seu rabo de porco de volta, Duda? – murmurou maldosamente para só o primo escutar

Não podia fazer muita coisa com os tios, mas Harry não ia deixar que o primo o trata-se daquele jeito, não enquanto tivesse sua varinha.

- Mamãe! – o rosto se tornou mais vermelho e ele se levantou da cadeira e correu para o lado dos pais.

- Muito bem garoto. Estive mesmo me perguntando quando você iria nos livrar de sua presença
nesta casa. Arrume suas coisas e trate de dizer aos seus amigos para virem o mais cedo possível, e que eles sejam discretos, ajam como gente.

- Ótimo! – gritou Harry. Quem o tio pensava que era para falar dos seus amigos assim. – Espero que eles venham logo. E um conselho pra vocês. Sugiro que melhore seus modos para com eles, não vão querer saber do que meus amigos seriam capaz de fazer com vocês.

E deixando os tios totalmente atônitos e desesperados, Harry subiu para o seu quarto segurando com toda força a varinha por dentro da camisa.

Passou o resto da manhã no seu quarto, arrumando as coisas no malão. Não se preocupava com os modos dos tios, tinha certeza que eles não se atreveriam a ficar tão valentes na frente de toda a Ordem. Harry não sabia ao certo quem viria pega-lo e como iriam fazer isso. Para ficar menos ansioso, tratou de verificar cada canto do seu quarto à procura de roupas esquecidas ou penas jogadas. Arrumou a gaiola de Edwiges em cima do malão e encostou-se na janela esperando.

A brisa do final de verão batia em seus cabelos desarrumando-os ainda mais. Tratou de vestir umas roupas melhores e ficou fitando a janela de seu quarto como se a qualquer momento um carro voador fosse aparecer para leva-lo daquela casa onde era tão desprezado. Tentou pensar nos dias que iria passar ao lado dos amigos e isso o deixou mais ansioso ainda.

À tarde, quando o garoto estava totalmente impaciente agora, começou a pensar se entendera errado a mensagem de Rony. Será que ele disse que viria dali a dois dias ou três? Essa hora já era para terem chegado! Não podia ficar mais um dia na Rua dos Alfeneiros, não depois da confusão do café da manhã. Quando reabriu o malão para ler novamente a carta de Rony e certificasse de que iria embora naquele dia, o tio enroupou pelo quarto. Os olhos pareciam que iam saltar das órbitas. Harry o mirou esperançoso.

- Desça e explique-se! – disse num murmúrio ameaçador.

Harry não estava entendendo. Havia alguma coisa errada, o tio não estava absolutamente calmo, mas o garoto esperava uma reação mais desesperada quando a Ordem chegasse. Tio Válter desceu as escadas e Harry o seguiu. Quando chegou ao penúltimo degrau, o garoto pareceu estancar. Era impossível mexer as pernas agora. Parado na entrada da sala de visitas, com tia Petúnia mais ao fundo escondendo atrás de si o filho que segurava o traseiro firmemente, encontrava-se Draco Malfoy.

- Que diabos você pensa que está fazendo aqui? – murmurou Harry para a figura que se aproximava lentamente.

Era impossível. Era a visita mais inesperada que o garoto recebera. Podia esperar qualquer pessoa, menos Malfoy, seu maior inimigo em Hogwarts.

- Ora Harry, não seja agressivo. É assim que trata suas visitas, onde estão seus modos?

- Vou lhe mostrar meus modos assim que lhe chutar pra fora daqui. – Harry sentiu o rosto arder. O que Draco estava fazendo na Rua dos Alfeneiros?

O rosto de Draco estava iluminado com um meio sorriso em sua cara fina e pálida, parecia inchar de felicidade ao ver o ódio de Harry, que por sua vez agarrou a varinha por cima das vestes. Sentiu Malfoy fazer o mesmo. A tia encontrava-se em silêncio enquanto o primo choramingava, tio Válter, que olhava de um garoto para o outro falou:

- Como assim? Ele não veio lhe buscar! Há não! Eu sabia que aquela gente ia esquecer de você! Quanto tempo mais vamos...

- Não quero saber o que veio fazer aqui Draco – Harry interrompeu o tio – mas seja o que for não me interessa tão pouco. É melhor sair daqui antes que eu perca minha paciência de vez. E acredite, ela está por um triz. – disse o garoto apertando ainda mais a varinha.

Malfoy se aproximava ainda mais como se quisesse falar em particular com Harry, e o garoto desceu o último degrau em um gesto de desafio.

- Acredite Potter, não estou feliz por estar aqui. Este lugar fede, assim como você e tudo o que lhe pertence. Mas precisava lhe falar...

- Algum serviço para o seu Lord, é? Ou então para o estúpido seu pai que está enjaulado em Azkaban e não pode servir a ele, e mandou você fazer o trabalho sujo. Se tem uma coisa de que me orgulhei nessas férias, é isso. Eu mandei seu pai para Azkaban.

O sorriso de Draco de dissolveu.

- E ele não vai ficar lá por muito tempo, não é mesmo. Logo, quem irá ficar trancafiado em algum lugar será você Potter. Escute o que lhe digo...

- Não vou escutar nada que você tenha para me dizer. Sei muito bem que não quer dizer nada, está aqui só para espionar - Harry não estava entendo nada. O que afinal ele estava fazendo em sua casa? - Saia Draco, ou fazer valer a pena uma expulsão de Hogwarts por uso de magia indevida.

- Seu tempo de vida é curto – continuou o menino como se não tivesse escutado Harry – talvez você já tenha percebido isso, o Lord das Trevas está caçando você com inteligência. Se eu fosse você aproveitava a companhia daqueles seus amigos intragáveis antes que...

Malfoy não terminou a frase. Era demais para Harry. Puderia até aceitar Malfoy o insultando, mas ameaçar seus amigos estava fora de cogitação. Harry agarrou a varinha, pegou Malfoy pelo colarinho, empurrou-o na parede e apontou a varinha para seu coração. O sorriso de Draco se alargou, era como se esperasse que Harry fizesse aquilo. O garoto estava surdo aos berros dos tios. Então murmurou muito baixo para Draco.

- Não vai acontecer nada com meus amigos não é mesmo. Se eu fosse você Malfoy, torceria para que eles estejam sempre à salvo, pois se acontecer algo e eu souber que tem seu dedo nisso, juro que irei atrás de você e acabo com isso que você tem a imoralidade de chamar de cara.

- Terei que chamar sua atenção mais uma vez para seus modos Harry. Por que eu não faria isso? Você esqueceu de pedir com a palavrinha mágica.

- Se não sair imediatamente daqui, a única e última palavrinha mágica que você vai escutar é Avada Kedavra!

Ao dizer isso, poucas centelhas verdes saíram da varinha de Harry. O garoto não pareceu se importar, tinha os olhos fixos nos de Malfoy, que por sua vez pressentiu o perigo. Ficou muito sério e seu rosto transparecia preocupação.

- Muito bem, acabei o que vim fazer. Pensei que você... – disse passando encostado na parede para sair do alcance da varinha de Harry. Mas ele seguiu os passos de Draco com ela.

- Faça-me você um favor. Não pense. – disse Harry cheio de ódio dentro de si.

Ao chegar a porta, Malfoy segurou-a e disse a Harry:

- Esse vai ser um grande ano Harry. Esteja preparado.

- Eu mal posso esperar. – disse o garoto ainda com a varinha apontada.

Draco sorriu para ele, lançou um olhar de desprezo aos tios no fundo da sala e passou pela porta, fechando-a.

Da última vez que sentira tanto ódio assim, foi quando corria pelo Ministério da Magia atrás de Belatriz. Sem dar atenção aos tios, subiu as escadas chutando cada degrau por que passava. Fechou a porta do seu quarto com tanta força, que achou que o guarda-roupa iria virar. Deu mais uns chutes no malão fazendo a gaiola de Edwiges cair e andou pelo quarto apertando os nós dos dedos. Como queria socar Draco Malfoy! O que aconteceu realmente. Que recado foi esse. Passando mentalmente o encontro, não se lembrava de nenhum recado que Draco dera ao garoto. Será que estava falando de Rony e Hermione quando falou dos amigos de Harry? Por que Draco não usou a varinha? Com certeza ele estava espionando, Harry tinha certeza disso. Talvez o garoto estivesse mesmo trabalhando para Voldemort. Mas Harry tirou logo esse pensamento da cabeça. Voldemort não usaria o Malfoy para nenhum serviço dele, era muito jovem e muito idiota para isso. Ou estava espionando pelo pai? Desejou com todas as forças poder comunicar logo a Ordem antes que alguma coisa acontecesse. Sentia-se confuso e com raiva.

Queria mais do que nunca ir embora da Rua dos Alfeneiros, como se a vinda de Draco, por pertencer ao mundo mágico, acorda-se em Harry uma enorme saudade do lugar ao que pertencia. Sua raiva ainda não tinha passado quando anoiteceu, e os tios não se atreviam a ir falar com ele. Harry pensou que estavam com medo do que aconteceu quando saiu centelhas verdes de sua varinha. O garoto pensou que foi por causa do ódio que sentia. Então, se sentisse ódio, seria capaz de produzir uma Maldição Imperdoável? Ouve uma pontada de esperança no coração do garoto. Seus pensamentos foram interrompidos por um grito vindo do andar de baixo.

- VISITAS! Existe um limite de visitas para o moleque nesta casa! – urrou tio Válter.

Ouve um tom de voz mais baixo e Harry correu para a porta do quarto para abri-la. Ao fazer isso ouviu passos na escada e deparou com a visão de Duda correndo pelo corredor até seu quarto, agarrando firmemente o traseiro gordo. Sorrindo com a cena, murmurou:

- Eles chegaram. – Desceu as escadas rápido e deparou com as pessoas que tinha esperado tão ansiosamente para encontrar. Remo Lupin estava tentando ter uma conversa civilizada com tio Válter. Tonks encostada na parede ao lado de tia Petúnia, que se via horrorizada ao lado de uma pessoa com cabelo rosa chiclete. Arthur Wesley parado a porta olhando cobiçado para o interruptor e Rony, esperando pelo amigo ao pé da escada.

- Acho que causamos o impacto necessário – disse Rony com um sorriso no rosto sardento.

- Ora, olá Harry! – o sr. Wesley desviou sua atenção do interruptor para o garoto – Parece estar bem, espero.

- Estou bem sim sr. Wesley. Olá Remo! Tonks! – o garoto sorriu para todos, sentia-se maravilhosamente bem agora.

- E aí Harry! Bem estressados seus tios, hein! – disse Tonks, mirando tia Petúnia que parecia querer vomitar quando olhava para o cabelo da jovem.

- Espero não termos demorado muito Harry. – Lupin parecia um pouco constrangido pelas bufadas soltadas por tio Válter.

- Que nada. – mentiu Harry – Bem na hora. Podemos ir agora? – perguntou esperançoso.

- Claro, claro. Onde estão suas coisas?

- Lá em cima. Vou pegar! Me ajuda Rony?

- Já tô lá! – e os garotos correram escada acima, deixando um tio Válter púrpuro para trás.

- Grande figura essa sua família, hein, Harry! – Rony entrava no quarto de Harry e pegou a gaiola de Edwiges, equilibrando-a em cima do malão e pegando em uma das abas.

- É. Tente trocar de lugar comigo alguma vez e você vai parar logo de sorrir – o garoto pegava a outra aba do malão – vamos sair logo daqui. Pensei que vocês não vinham mais hoje.

- AH você sabe. A noite todos os dragões são pardos. É melhor sair agora longe da claridade. Bom, na verdade, Olho-Tonto disse que nós envenenaria se pegássemos você antes de o sol se pôr.

- Pensei que ele viria também. Queria ver a cara do tio Válter se visse ele denovo – comentou o garoto quando andavam lentamente pelo corredor.

- AH! Ele veio sim. Está lá na rua com o carro. Podemos chamar ele aqui pra dentro Harry? – perguntou o amigo esperançoso – Queria ver se sua tia consegue fazer uma cara mais assustada do que a que ela está agora!

- Seria realmente ótimo, mas estou louco pra sair daqui! – tinham chegado ao patamar.

- Ele está dizendo isso por ser mal educado! – explicou o tio com a voz esganiçada – Ele tem sido muito bem tratado aqui, não é mesmo Petúnia? - A mulher mexeu a cabeça freneticamente. – Não precisamos da presença daquele homem com o olho...

- Você está falando de Olho-Tonto? – o sr. Wesley sorria como se estivesse participando de uma conversa muito interessante – Ele está lá fora. Podemos chama-lo até aqui se vocês...

Tio Válter parecia tomado pelo seu pior pesadelo.

- SAIAM DA MINHA CASA! Já basta! Vamos fora! FORA! – Berrou, tirando grandes tufos do bigode e acenado as mãos para as visitas se dirigirem à porta. – SAIAM! SAIAM! FORA!

- Bem preocupado seu tio, Harry – disse Tonks quando saiam da casa em direção à um carro vinho que se encontrava em frente da casa de nº 4. Olho-Tonto se encontrava apreensivo com o porta-malas aberto e apertando o chapéu contra o olho mágico.

- Gárgulas galopantes! Por que demoraram tanto? A operação tinha que ser feita em dois minutos, você ficaram sete lá dentro! Olá garoto – disse para Harry que o ajudava com o malão.

- Isso não é importante agora Moody. – Lupin tinha um ar sério mas satisfeito – Vamos Harry. Pra dentro do carro.

- Onde arranjaram esse carro? É do Ministério? – perguntou o garoto quando todos entraram. Olho-Tonto na direção, Lupin no passageiro, sr. Wesley, Rony, Harry e Tonks apertados no banco de trás.

- O Ministério não nos emprestaria nada, e nem iríamos aceitar se quisessem – disse Tonks com desprezo – alugamos de uma empresa trouxa.

- Então, vamos de um modo trouxa até a sede?

- Bom... – Lupin disse um tanto constrangido – enfeitiçamos ele um pouquinho. – o sr. Wesley deu um grande sorriso.

O garoto ia perguntar o que tinham feito no carro, mas sua pergunta ficou presa na garganta. Quando Moody ligou o carro, ele disparou como se tivesse foguetes instalados no cano de escape. Postes e caixas de correio pulavam para sair do caminho deles. Harry podia visualizar borrões de outros carros e pessoas passando na rua, e elas não pareciam perceber o veículo. Eles ultrapassavam pelo trânsito e desviavam dos outros carros de um jeito que Harry só vira uma vez, quando estava no Noitebus Andante. Os ombros dos passageiros batiam uns nos outros, Rony estava de olhos fechados e com o rosto muito pálido.

- Então Harry. – Lupin se virou de costas para falar com o garoto – Como você está?

O garoto pensou por um instante que ele queria dizer como estava diante da morte de Sirius.

Resolveu que isso era fruto de sua imaginação.

- Estou bem! Louco pra voltar para a Largo Grimmauld.

- Bem, Harry. Na verdade você está indo para a nossa casa. – falou o sr. Wesley - Ainda vamos muito a Sede da Ordem, mas resolvemos voltar para a Toca. Vamos ao Largo para falar com alguém ou participar de reuniões. Na verdade, temos passado mais tempo na Sede do que em casa.

- AH! Tudo bem então.

- Nenhuma novidade neste verão, Harry? – perguntou Tonks – Nenhum dementador dessa vez? – sorriu.

- Não. Não dessa vez. Mas hoje mais cedo, quando estava esperando vocês, aconteceu uma coisa muito estranha. Draco Malfoy foi até a Rua dos Alfeneiros e ele...

Olho-Tonto parou o carro tão abruptamente que todos os seis passageiros precisaram se segurar rapidamente em alguma coisa para não parar fora do carro.

- Pelo amor de Deus! Não faça isso de novo! – exclamou Rony, agora pálido até os fios de cabelo.

- Você está dizendo – Moody se virou para Harry com o olho mágico dando voltas que davam ânsia no garoto – que o filho de Lúcio Malfoy esteve em sua casa hoje?

- Sim, quero dizer, não foi nada de mais. Falou alguma coisa de um recado. Acho que ele só queria me aborrecer...

- Precisamos ser cautelosos mais do que nunca Remo – Moody e Lupin se entreolharam – Lúcio Malfoy está tramando alguma coisa, e nós sabemos para quem. – Olho-Tonto saiu do carro.

- Iremos nós preocupar com isso depois Moody, agora precisamos levar Harry para a Toca!

- Não até eu ter certeza que não estamos sendo seguidos. – Moody parecia farejar o ar com seu meio nariz.

- E lá vamos nós de novo! – murmurou Tonks.

- Iremos falar disso quando discutirmos com os outros membros da Ordem, está bem, Harry?

O garoto fez que sim com a cabeça. Fora bem desagradável receber a visita de Malfoy, mas o garoto
não via sinal de perigo naquilo. Olho-Tonto voltou ao carro, fazendo viradas bruscas de direção com o carro. Harry achou melhor distanciar os pensamentos de Rony do que estava acontecendo com o estômago do amigo.

- Hermione já está na sua casa? – perguntou Harry, quando o amigo reabriu os olhos.

- Ainda não. Acho que já a chamei umas trinta vezes para ir lá pra casa, mas ela só responde que tem que ficar mais um tempo com os pais, isso quando ela responde alguma coisa.

- Vocês podem combinar de se encontrarem para comprar o material novo no Beco Diagonal – sugerio o sr. Wesley – e na volta ela fica na Toca, as férias já estão no final mesmo!

Continuaram a viagem ao que pareceu à Harry mais meia hora. Sentia-se extremamente satisfeito por estar indo para a Toca. Largo Grimmauld despertava lembranças demais. Quando menos esperava estavam parando bruscamente em frente ao local que Harry não via a dois anos. A Toca continuava a mesma. Tiraram o malão e a gaiola do porta-malas e Lupin, Tonks e Olho-Tonto entraram novamente no carro.

- Já é muito tarde Arthur – disse Lupin – Não vamos aborrecer Molly. Nos encontraremos na reunião mais tarde.

- Ainda temos que devolver o carro aos trouxas. E desenfeitiçai-lo – alertou Moody.

- Por que não o deixamos simplesmente como está? – sugeriu Tonks deitada no banco de trás e contendo um bocejo. – Seria bem divertido ver um trouxa sair com este carro.

- Em todo caso Arthur – Lupin interrompeu Moddy quando ia dizer alguma coisa ofensiva a uma Tonks despreocupada - Boa noite e até mais tarde. Nos veremos depois Harry, cuide-se. Rony.

Harry fez um aceno com a cabeça e desejou boa noite a todos. Depois os três com as coisas de Harry se dirigiram à entrada da Toca. Rony parecia bem aliviado. Quando chegaram na parte de dentro da casa, a sra. Wesley, vestida com um roupão rosa, vinha ao encontro deles com um enorme sorriso.

- Harry, querido! Finalmente, estava esperançosa pelo dia que fosse voltar a lhe ver – abraçou o menino e ele se sentiu em casa – Obriguei Gina a dormir, ela queria esperar você, mas já é muito tarde. E os gêmeos tiveram um dia muito longo no trabalho e estavam muito cansados.

- Tudo bem – disse o garoto quando ela o soltou – falo com eles amanhã.

- Ótimo. Arthur é melhor ir se deitar, tem que acordar muito cedo amanhã. Quer alguma coisa para
comer, querido? – perguntou a Harry.

- Não, estou só cansado. – sentia-se exausto e satisfeito para comer.

- Muito bem, então é melhor os dois irem dormir também. Você quer alguma coisa Rony?

- Não! Comida agora não, por favor!

- Bom, se vocês me permitirem, vou me retirar – disse o sr. Wesley – e aconselho fazerem o mesmo.

Desejaram-se boa noite, e Harry e Rony subiram com o malão do garoto para o quarto do amigo. Quando chegaram, Harry tratou logo de vestir o pijama e se jogar na cama da armar que estava no chão.

- Sabe. – Rony subia em sua cama e se virava para conversar com Harry – Essa história do Draco lhe fazer uma visita nas férias vai render muitas reuniões à Ordem.

- Você acha? Eu não me preocuparia, quero dizer, o que Malfoy pode fazer contra nós? – e sorrindo, Harry se lembrou – Ele vai ficar realmente zangado, é quando souber que esteve na casa do capitão do nosso time de quadribol.

- Capitão do time? Não cara, o que ele faria na casa da Angelina? Você não está raciocinando direito.

- Eu não disse que Malfoy foi a casa da Angelina, foi na casa do capitão do time, não é mesmo – o garoto deu um grande sorriso.

- Mas... você acabou de dizer... ei... Angelina não é mais a capitã do time... só se... – e Harry viu
no escuro o entendimento transparecer no rosto do amigo. – Você só pode está brincando!

- Sabe, Rony. – o garoto deu um grande sorriso para o amigo – você é meio lento para algumas coisas.

- Capitão do time de quadribol da Grifinória! – Rony disse em voz alta, fazendo Pichitinho acordar e dar um piu mais alto do que as gargalhadas dos garotos.

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Estão gostando da minha primeira fic? Pois comentem, essa é a minha motivação para continuar a escrever. Fãs de Hermione... aguardem o próximo capítulo, vai ser muito bom!
bejao!!!

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