COME TOGETHER



CAPÍTULO 22

Qualquer coisa que eu tivesse pra dizer para Gina Weasley morreu no meu peito quando abri a porta e a ruiva se jogou inteira nos meus braços. Ele pressionou seus lábios contra os meus e depois escondeu a cabeça no meu peito. Seus braços eram delicados, mas possuíam a força da jogadora de quadribol que era. E me enlaçou de uma forma tão apertada que chegava quase a doer.

- Desculpe, Draco – falou várias vezes. Estava chorando e pude entender entre soluços que dizia que Harry precisava de mim.

- Vamos, se acalme – eu disse tentando conter a minha emoção – Se bem me lembro, não é bom para uma grávida ficar nervosa.

- Ah, você é tão bom! – ela disse entre um soluço e um sorriso e voltou a me beijar.

Passada a emoção do reencontro, a ruiva me pediu (na verdade quase implorou) para que eu voltasse para Harry. Tentou, de maneira absurda, dizer que o filho era culpa exclusivamente dela (o que eu sabia não ser verdade!) e que estava disposta a sair de nossas vidas para sempre se eu voltasse para o Harry. Grifinórios...

- Eu nunca quis ficar entre vocês – repetia.

- Eu sei, Gina – procurei tranqüilizá-la, fazendo com que a garota se sentasse.

Sentia a falta dela, é claro. Na verdade eu sentia a falta de nós três juntos.

- Como ele está? – perguntei a aminha amiga.

- Fingindo-se de forte, mas arrasado sem você – ela respondeu com sinceridade.

- E a doença?

- Bom, as poções daquele curandeiro estranho tem ajudado, sem dúvida – explicou a ruiva – Mas às vezes, à noite, ele sente dor. Harry disfarça. Mas sei que ainda sente – disse de maneira sombria.

Servi à minha amiga um suco de abóbora e passei longos momentos olhando para ela. Continuava esbelta e sedutora como sempre. Provavelmente demoraria a demonstrar a gravidez.

Pensei em Gina consolando o moreno e afagando suavemente seus cabelos. Pensei em mim mesmo me juntando a ela para acalentar Harry. Pensei no fato dos dois terem me enganado. Mas, em nome do amor. Como grifinórios sentimentais que eram.

- Ele precisa de você, Draco. Eu...

- Você o quê, Gina? – eu explodi – Você acha que o grande Harry “eu salvo o mundo” Potter vai deixar você ir embora grávida de um filho dele?

- Não... – ela não conseguiu concluir a frase.

Gina sentou-se de novo na poltrona do flat e começou a soluçar. Provavelmente a gravidez a deixava mais sensível do que o normal. Eu, de minha parte, nunca pude lidar com garotas chorando.

- Gina, escute – eu digo de maneira mais suave, me ajoelhando em frente a ela e tomando suas mãos entre as minhas – Eu realmente fiquei magoado com vocês dois. Vocês são a minha única família. As duas pessoas que eu mais amo no mundo e as únicas, talvez tirando Hermione, que realmente me trataram como um ser humano.

- E por isso mesmo não poderíamos permitir que você morresse! – a garota disse, agora de maneira determinada, enxugando as lágrimas com as costas das mãos. Era de novo uma grifinória decidida!

- Vocês poderiam ter me contado...

- Draco, nós fizemos o que fizemos porque eu quero ter um filho do Harry, não vou negar isso. Mas ele quis te dar uma razão para permanecer vivo.

- Mesmo sem ele...

- Mesmo sem ele. Harry quer que você ajude a cuidar da criança.

- E cuide de você.

- Eu não preciso que ninguém cuide de mim! – Gina responde de maneira enfática.

- Sim, você precisa – eu retruco – Você e Harry são dois grifinórios desmiolados e irresponsáveis. Vocês todos precisam de um sonserino como eu! – afirmei, ligeiramente arrogante.

- Você quer dizer que...

- Quero dizer que vou fazer o que for preciso para que esse bebê tenha um pai e uma mãe. Vocês são dois desmiolados, mas eu amo vocês. Vocês grifinórios me estragaram!

Agora Gina estava chorando de novo. Mas de felicidade. Cobriu a minha face e os meus lábios com seus beijos molhados pelas lágrimas.

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Harry acordou sobressaltado. Desde que saíra da Rua dos Alfeneiros tinha medo de acordar sozinho. Um pesadelo recorrente o fazia acordar assustado. Sonhava que tinha de novo onze anos e estava no seu pequeno cubículo sob a escada dos Dursleys. Quando tinha Gina ou a mim ao seu lado a sensação ruim dissipava-se rapidamente e ele acordava aliviado, se já estivesse na hora de despertar, ou voltava a dormir se fosse ainda muito cedo. Mas agora ele estava só.

Demorou a se orientar. Estava no apartamento que partilhava com Gina. A ruiva lhe dissera que precisava resolver alguns problemas relacionados com o seu contrato de quadribol e insistiu para que ele descansasse, uma vez que estava se sentindo bastante indisposto naquele dia. A dor, atenuada nos últimos tempos graças aos medicamentos, mas que nunca o abandonara totalmente, voltou naquele momento. Junto com a sensação ruim do pesadelo. E do sentimento momentâneo de solidão. Ele iria sufocar. E morrer. Ou pior, ficar para sempre sozinho.

- Shiii... Relaxe, querido – ouviu uma voz lhe dizer – Eu estou aqui. Com você.

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Quando Harry despertou novamente eu o abraçava e olhava para ele com a veneração que realmente tenho pelo moreno. Seus maravilhosos olhos verdes fitaram-me por alguns instantes antes de abrir um sorriso radiante.

- Não foi um sonho! – ele disse.

- Não, não foi – apenas respondo.

- Draco.

- Harry.

O seu beijo foi doce e inebriante. Estava provavelmente sentindo tanto a minha falta como eu a dele. Minha boca percorreu seu pescoço, seu peito, seus mamilos. Os seus gemidos me excitavam e me levavam à loucura. Controlando meu ímpeto de tomá-lo à força, tirei o calção que usava para dormir e abocanhei a sua ereção, fazendo-o gemer mais ainda.

- Diz que me ama – eu o provoco.

- Eu te amo.

E continuou dizendo que me amava enquanto eu voltava a chupá-lo.

- Quero você dentro de mim – ele diz num sussurro, quase me levando ao êxtase só de ouvir a sua voz rouca cheia de desejo.

Todo atrapalhado eu também me livro das roupas, ficando totalmente nu, sentindo o corpo de Harry se arrepiar ao meu toque, aos meus beijos. Quase cego de desejo, ainda consegui apanhar a minha varinha e fazer um feitiço lubrificante. Num instante eu estava dentro dele, entre suas pernas firmes que me enlaçavam, tentando segurar meu gozo e minha volúpia de possuí-lo

- Diz que me ama! – eu imploro

- Eu te amo! Eu te amo...

- Diz que você é meu!

- Eu sou seu!

Continuei me movendo, à beira da loucura, dentro de Harry, do meu amor. Quando o orgasmo chegou foi violento e inesperado. Segurei o pênis do moreno, tão duro quanto o meu e gozamos juntos, numa explosão de cores. Como se mil arco-íris explodissem ao redor. E eu o beijei como se o mundo fosse acabar naquele momento, abraçando possessivamente ao seu corpo. Ele de novo era meu!

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- Posso saber aonde a senhorita vai? – perguntei para Gina, que arrumava uma mala no seu quarto. Quarto que ela raramente usava, uma vez que nos últimos tempos sempre dormíamos juntos.

A ruiva colocou uma mecha do seu belo cabelo vermelho atrás da orelha, num gesto característico que demonstrava nervosismo.

- Eu disse que não me colocaria entre vocês dois.

- Gina, não seja tola como eu fui. Bem, nem tanto! Ainda acho que vocês me traíram, mas eu amo vocês assim mesmo.

- Draco, eu...

- Você não vai embora agora, quando podemos ficar todos juntos! – disse Harry, que entrava no quarto naquele momento. Achei que ele ainda dormia.

- Por favor, Gina – agora era eu quem lhe pedia.

- Nós queremos cuidar de você - Harry lhe diz.

- Não preciso que ninguém cuide de mim! – a ruiva retruca teimosa.

- Mas eu preciso de você. E Draco também – Harry insiste de maneira sedutora.

O que torna o moreno ainda mais sedutor é que ele não tem idéia do quanto "É" sedutor às vezes.

- Podemos mostrar para você o quanto queremos que você fique... – ele sussurra, aproximando-se da garota, abraçando-a.

- Hum... acho que não hoje –ela responde, já próxima de ceder – Não depois do que andaram aprontando mais cedo...

- Você não sabe do que somos capazes quando estamos com você – eu digo a ela, entrando no jogo, abraçando-a por trás, beijando a sua orelha e o seu pescoço.

Minhas mãos hábeis levantam o seu suéter e acariciam os seus seios sob o sutiã, os meus dedos se detendo nos seus mamilos delicados e rosados. Ele geme de maneira sensual quando Harry a beija.

- Não vá... – Harry lhe pede de novo. E de maneira ousada ele também começa a acariciá-la sob a roupa,beijando-a por todo o corpo, puxando-a para a cama, despindo-a com delicadeza.

Ela já está ofegante e solta um pequeno grito quando o moreno se ajoelha e coloca os lábios no seu sexo. Instintivamente ela afaga os cabelos de Harry e pressiona seu corpo contra a sua boca. Meus dedos ainda trabalham nos seus seios e minha boca no seu pescoço. Logo estamos os três na cama de Gina, menor do que a do outro quarto, mas ainda assim confortável para o que faremos a seguir.

Harry e eu a beijamos ao mesmo tempo e meus dedos agora trabalham na sua intimidade úmida, arrancando gemidos dos seus lábios e pequenos espasmos do seu corpo.

- Nós amamos você – eu digo para a nossa amiga.

- E eu a vocês... – ela responde, inebriada com os nossos carinhos, ansiosa para retribuir.

Agora era minha boca que a fazia se contorcer na cama, sob os carinhos de Harry nos seus seios e no seu colo. Percebendo que ela está próxima do êxtase, com um gesto convido Harry para ajudar a garota a atingi-lo. Tocando nele, vejo que está também excitado. Sentindo a ereção do moreno junto ao seu corpo, Gina se abre para recebê-lo, o orgasmo explodindo assim que ela sente Harry no seu interior. Alguns minutos depois, uma nova explosão, agora simultânea. E o tempo todo os dois me procuram, com mãos explorando todas as partes do meu corpo.

E as bocas de ambos me fazendo também chegar próximo do céu. Por Merlin! Como eu pensei que poderia viver sem Harry e Gina? Depois do amor, a maneira que eles me abraçam é quase comovente. Ambos me deram mais prazer do que um dia eu imaginei existir, mas ainda assim, seus carinhos após o ato me fazem ter vontade de protegê-los e amá-los para sempre.

Estou de lado, de frente para Gina, acomodada em meus braços, acariciando meu ombro, dando beijos em meu rosto. Harry, abraçado às minhas costas, uma das suas mãos segura a de Gina sobre o meu corpo. Eu acaricio a mão de Harry e afago os cabelos macios da garota ruiva.

- Nunca mais me enganem. Por favor – eu peço a eles.

- Nunca – os dois respondem quase que ao mesmo tempo.

OLA PESSOAL GOSTARIA DE DEIXA BEM CLARO QUE A FIC NAO E MINHA E SIM DO CARLOS BERT SILVA QUE ME DEU AUTORIZAÇAO DE POSTALA AQUI NO FLOREIOS.




Eu me arrumo na cama, deitando agora de costas, aconchegando os dois junto a mim.

- O filho de vocês também será considerado meu filho, se assim vocês o desejarem – eu digo de maneira quase solene – De agora em diante somos uma família e ninguém vai nos separar de novo.

- Ninguém... – Harry responde sonolento, me beijando.

- Mesmo quando eu começar a ficar gorda e feia vocês prometem não me abandonar? – pergunta Gina sorrindo, acariciando meu peito.

- Você nunca ficará feia, Gina – eu respondo.

- Talvez gordinha... – Harry diz, cada vez mais sonolento – Mas eu tenho certeza de que você será adorável assim mesmo.

- E eu nunca soube muito bem como é uma família de verdade – explico – Mas suponho que elas se mantenham unidas sempre.

- Sempre – diz Harry.

- Para sempre – concordou Gina.

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BEM, PARA VARIAR, UM CAPÍTULO COM FINAL FELIZ! NÃO PERCAM OS PRÓXIMOS, QUE EU ACHO (MAS NÃO PROMETO!) NÃO VÃO DEMORAR! E, POR FAVOR, REVIEWES!

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