WITHOUT ME DEDICADO A Renata



OLA PESSOAL GOSTARIA DE DEIXA BEM CLARO QUE A FIC NAO E MINHA E SIM DO CARLOS BERT SILVA QUE ME DEU AUTORIZAÇAO DE POSTALA AQUI NO FLOREIOS.


CAPÍTULO 21

Eu realmente os deixei. Mas de maneira patética espreitava-os de longe. Eu os via saindo para dar uma volta no parque perto do prédio onde morávamos. Eles eram tão bonitos! Mal percebiam, mas as pessoas paravam para olhá-los. E provavelmente sentiam inveja do amor que pareciam ter um pelo outro. Eu ficava atento aos seus pequenos gestos. Gina ajeitando o pulôver de Harry. Harry parando para perguntar algo para Gina. Talvez ela começasse a sentir enjôos matinais. Talvez ele se cansasse com a caminhada e ainda sentisse dores. Talvez...

Um mês havia se passado. Morava num flat do outro lado da cidade, mas costumava aparatar no parque para vê-los passear de mãos dadas. Como um voyeur. Acordava quase podendo sentir o cheiro de Harry na minha cama. Lembrei, com lágrimas nos olhos, de uma das muitas vezes em que fizemos amor e dormimos nus. No dia seguinte estávamos cobertos e Gina me abraçava com carinho enquanto dormia. Ela nos cobriu e dormiu junto a mim, acariciando meus cabelos. “Confesse, Malfoy! Alguém já o amou dessa forma e foi tão doce e carinhoso com você algum dia?”

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Foi um punho pesado o que me acertou quando eu abri a porta. Rony Weasley não estava nem um pouco feliz comigo. Ele só não me socou mais, porque Hermione, sua noiva, impediu.

- Eu avisei você, sua doninha albina! Eu falei que se você magoasse o Harry...

Ri de maneira sarcástica. Ri de maneira histérica para falar a verdade. Ri até que Rony e Hermione se entreolhassem preocupados, certamente temendo pela minha sanidade mental.

- Magoar o Harry! – eu disse zombando – E o que ele e a sua irmã fizeram comigo?

Ambos entreolharam-se novamente, agora aparentando confusão. Será possível que eles não soubessem?

- Passamos meses incomunicáveis concluindo o treinamento de auror – explicou Hermione – Voltamos ontem e hoje quando fomos visitar o Harry, ele disse que você o havia deixado.

- E na Toca ninguém parece querer comentar no assunto – completou Rony.

Continuei rindo de maneira tola.

- Vamos, Weasley! – eu desafiei o ruivo – É só isso que você pode bater? Pensei que você fosse mais eficiente do que isso! Vamos, me bata! Eu não suportei dividir o Harry com filho que ele e Gina esperam!

E comecei a chorar de maneira histérica. De maneira patética. Houve uma época em que eu dizia que Malfoys não choram. Mas isso foi antes de Harry Potter. Antes daquele maldito grifinório me fazer amá-lo e desejá-lo mais do que qualquer coisa no mundo.

- Vamos, acalme-se – disse Hermione, me tomando nos braços como faria provavelmente com um irmão mais novo ou com uma criança birrenta.

A tensão do último mês veio à tona eu comecei a soluçar descontroladamente sem nenhuma dignidade. Rony se manteve impassível, mas Hermione, certamente capaz de sentir o meu sofrimento (ela é uma “empata”, lembram?) conseguiu me acalmar e ouvir tudo o que eu tinha a dizer. Contei tudo. O fato de ter aceitado uma vida a três com Harry e Gina. O desprezo dos Weasleys. A gravidez de Gina. A razão de terem Harry e Gina concebido a criança. Tentando me fazer ficar vivo, mesmo sem o Harry.

Rony certamente estava muito mais desconfortável do que sua noiva a respeito de tudo. Embora ele já desconfiasse seriamente da nossa relação com Gina, provavelmente não gostou de ouvir com todas as letras que éramos um trio. E que sua irmãzinha estava grávida. O ruivo continuou em silêncio enquanto Hermione me perguntava de maneira compreensiva:

- E como você se sente a respeito de tudo isso?

- Eu os odeio! – resmunguei sem pensar – Mas também os amo. Será que isso é possível?

- Sim, acho que é – disse Hermione tranquilamente.

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Cada dia que passa a sensação deles em volta de mim é mais forte. Ou devo dizer, a sensação da ausência deles. Imagino Harry acordando de um dos seus sonos inquietos. Gina abraçando-o beijando o seu rosto. Aos poucos ele se tranqüiliza e retribui o abraço. Ele sente falta de mim, eu sei disso. Ou penso saber. Na verdade torço por isso de maneira egoísta. Gina o conforta e ele também conforta a ruiva. Embora esteja frio nesse começo de primavera, ambos dormem com poucas roupas como sempre, pois o quarto é magicamente aquecido. Não muito, porque sempre gostamos de nos aquecer sobre as cobertas. E aquecer uns aos outros.

- Gostaria que ele estivesse aqui conosco – ela diz carinhosamente para o moreno – Eu me sinto tão culpada!

- Não, Gina... – ele a conforta, acariciando os seus cabelos – A idéia foi minha, lembra?

- Mas... Eu queria um filho seu, Harry. Nunca escondi isso.

- E agora nós dois precisamos cuidar dele – diz o moreno, ainda acariciando a amiga.

A bonita garota ruiva o beija, agora com paixão e ainda assim tentando transmitir conforto. Ambos tentam transmitir conforto, pois precisam disso. E esse desejo de conforto faz com que eles aprofundem as carícias, tornando os beijos mais urgentes e mais apaixonados. Eles se amam de maneira suave. Entregam-se à paixão sabendo que falta algo entre eles e com eles.

Ou talvez eu esteja apenas sonhando. Pois não é só a falta de sexo que eu sinto. Sinto falta de Harry! E de Gina. Eu queria realmente cuidar deles. Mas será que eles ainda me querem? Agora, tendo um ao outro? Agora, depois de eu tê-los abandonado?

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- Você também vai brigar comigo e dizer que eu sou uma bicha degenerada, como seus irmãos? – perguntou Harry para o seu melhor amigo.

A atitude dos gêmeos o magoou mais do que ele algum dia irá admitir. E o irritou, pois ele sabia o quanto Gina também havia sido magoada. Havia um brilho estranho nos olhos verdes de Harry. Quer dizer, estranho para outras pessoas. Rony seria capaz de identificar cada expressão do amigo. O moreno era tão transparente nos seus sentimentos, que nem era necessário ter os talentos de Hermione para lê-los. O ruivo sabia o quanto uma hostilidade da sua parte iria afetá-lo.

- Você e Gina são loucos – disse finalmente – Mas Gina é minha irmã. E você também é. Seria muita hipocrisia da minha parte condená-lo depois de tudo o que ocorreu entre nós em Hogwarts e no Refúgio. Quero realmente que vocês sejam felizes e agora acho é um pouco tarde para brigar com vocês.

- Obrigado, Rony – disse Harry visivelmente comovido – Você não sabe como é bom ouvir isso de você.

Caminhando até o meio da sala onde ambos estavam, abraçou o amigo e lhe deu um beijo carinhoso no rosto.

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Mais tarde, Hermione, Gina, Harry e Rony jantavam na confortável cozinha do apartamento. Prefeririam aquele aposento que era mais aconchegante do que a espaçosa sala de jantar. Dobby havia se mudado definitivamente para lá e havia preparado um delicioso jantar para os quatro. Para Gina e Harry uma sopa nutritiva de carne e legumes (e com um cheiro ótimo, na opinião de Rony). Para Rony e sua noiva, um empadão de carne e uma deliciosa salada.

- O patrão Harry e a Menina Weezey devem comer tudo – disse o elfo de maneira a não deixar dúvidas.

- É isso aí, Dobby – concordou Rony – Tenho certeza que você fará esses dois se alimentarem direito.

- Bom, agora eu tenho feito, Senhor Weezey – suspirou Dobby – Mas, nos primeiros dias em que o Patrão Draco foi embora...

- Certo, Dobby – cortou-o Harry – Você tem sido muito bom para nós.

Após essa declaração, Dobby chorou copiosamente, abraçando Harry e dizendo o quanto ele era bondoso e amável, antes de se retirar feliz, depois de se certificar que os seus patrões estavam realmente se alimentando.

- Eu andei espiando na dispensa de vocês – comentou Hermione para cortar o embaraço momentâneo – Fiquei contente de ver que vocês possuem comida saudável, remédios...

- Sim, mamãe – respondeu Gina de bom humor.

- Mas, nós estaremos de olho em vocês – disse Rony Weasley, num tom falsamente sério.

- Realmente – complementa Hermione – Agora nós estamos de volta e somos aurores formados – ela disse orgulhosa

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Realmente eles decidiram que precisavam seguir em frente. Gina e Harry teriam uma criança e estavam dispostos a viver por ela. Os jornais, de alguma forma, descobriram sobre a gravidez da ruiva. Alguma enfermeira linguaruda do St. Mungus deu o serviço à imprensa. E como Gina não vinha sendo escalada para as partidas do seu time de quadribol, todos somaram dois e dois. E, é claro, especulava-se sobre o pai do filho da ruiva.

A nossa relação “pouco usual, mas não totalmente estranha ao mundo bruxo”, como costumavam dizer as vozes mais tolerantes, não era exatamente um grande segredo. Todos sabiam o que havia entre eu e Harry e desconfiavam do que ocorria entre nós e Gina. No mundo bruxo não é muito difícil as pessoas aceitarem casais gays. Alguns até aceitam um relacionamento amoroso envolvendo mais de duas pessoas. Mas nem todos. E geralmente os bruxos costumam ser mais compreensivos com esse tipo de relacionamento quando ocorre com os filhos dos outros e não com os próprios. Estava perdido nessas reflexões quando o interfone me sobressaltou. Essas invenções trouxas ainda me assustavam, confesso.

A portaria me informou que havia uma certa Srta. Weasley que queria subir para falar comigo. Respirei fundo, fiquei silencioso por um momento e finalmente decidi que falaria com ela.

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MAIS UM CAPÍTULO!! OBRIGADO PELOS (POUCOS!) REVIEWS. E GOSTARIA DE DIZER QUE

RESPEITO TODAS AS OPINIÕES E AGRADEÇO TODOS OS COMENTÁRIOS, MAS NÃO CON-

CORDO COM AS PESSOAS QUE CULPARAM A GINA PELO DESENTENDIMENTO DO HARRY

COM O DRACO. A RUIVINHA GOSTA DOS DOIS! QUEM PODE CULPÁ-LA??

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