your blue



OLA PESSOAL GOSTARIA DE DEIXA BEM CLARO QUE A FIC NAO E MINHA E SIM DO CARLOS BERT SILVA QUE ME DEU AUTORIZAÇAO DE POSTALA AQUI NO FLOREIOS.



CAPÍTULO 14

Quando eu entro no quarto, Harry está deitado de bruços e Rony Weasley o está massageando. O moreno tem os olhos fechados e sinto que aos poucos ele relaxa, a dor diminuindo. De maneira estúpida e egoísta, tenho ciúme do ruivo. De como ele muitas vezes faz meu amado rir, de como ele é mais eficiente do que eu em diminuir o seu desconforto.

Harry relaxa completamente e Rony agora apenas o acaricia até ter certeza de que o amigo dormiu. O ruivo o ajeita na cama da melhor forma possível, acaricia os seus cabelos e lhe dá um beijo.

- Vamos deixá-lo dormir um pouco – ele me diz.

Concordo e o acompanho até a sala de espera. O amigo de Harry olha em volta para se certificar que não há nenhum dos seus parentes por perto. Então me diz sem cerimônia:

- Pare de me olhar dessa forma.

- De que forma? – eu pergunto bobamente. Sei exatamente do que Rony Weasley está falando

- Eu não estou roubando o Harry de você ou algo assim. Pare de alimentar a sua cabeça loira com essas idéias. Nós todos concordamos que Harry está bem com você. Bom, eu não sei onde a minha irmã entra nisso, mas...Eu fico feliz que vocês estejam bem.

Acho que é a primeira vez em anos que eu e o Weasley falamos dessa maneira sobre o Harry. É a primeira vez também que o ruivo fala diretamente do ciúme, que eu tenho certeza, ele sabe que eu sinto dele. Muito franco o rapaz!

Quanto à sua irmã, certamente ele não se sente muito confortável, mas seria muita hipocrisia ter um ataque de moralismo depois de tudo que aconteceu entre ele, Harry e Hermione em Hogwarts há alguns anos atrás. De qualquer forma, fico contente que esse ponto tenha sido esclarecido.

- Certo, Rony – eu digo, um tanto constrangido – Às vezes eu fico um tanto inseguro quando o assunto é o Harry.

- Tudo bem, mas você não deveria. O Harry realmente ama você. Apenas seja digno do amor dele.

Ele me cumprimenta e sai, avisando que vai dormir um pouco.

Na verdade, ele e Hermione, quase me obrigaram a ir para casa e descansar.

Como se fosse possível descansar enquanto Harry sofre.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Quando volto ao hospital, Gina me acompanha. Ela segura no meu braço como se fôssemos um casal ou como se ela precisasse do meu conforto. De algum tipo de segurança que não possuo de modo algum.

A ruiva ficou muito abalada ao sentir na própria pele as dores sentidas por Harry. Durante um bom tempo, a única coisa que conseguia dizer era “Pobre Harry!”. Concordamos que nesse estado não seria bom que ela visse o moreno. Mas os Weasleys são fortes, ela me garante. Gina Weasley, nessa manhã, parece disposta a oferecer todo o conforto possível ao seu grande amigo e amante.

Chegamos exatamente no momento em que a velha enfermeira aplicava em Harry algum tipo de medicamento e ele visivelmente estava tendo uma das suas crises de dor. Tinha os olhos fechados e os dentes praticamente serrados. Ele nunca grita. Raramente reclama. Ele é um herói, afinal de contas. Não importa que tenha perdido os poderes mágicos. Ele continua sendo um herói.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

- Gostaria muito de ver a senhora tentar me tirar daqui – a ruiva diz em tom de desafio a uma das enfermeiras que disse que Harry precisava de descanso e não poderia receber ninguém.

Na verdade, era a mulher que presenciou o beijo que eu e moreno demos e desde aquele dia não vinha sendo muito gentil.

- Mas, afinal - diz a mulher mais velha - o que você é dele, mocinha?

- O que isso importa? – Gina responde de maneira desafiadora.

- Já chega as indecências que ele e esse loiro fizeram aqui... – ralhou a mulher, torcendo os lábios numa expressão de asco.

A velhota não sabia com quem estava mexendo, com certeza. Com o rosto praticamente da cor dos cabelos, Gina avançou na direção da mulher, pronta para lhe dar uma surra. Ou lhe lançar uma maldição imperdoável. Felizmente, Hermione, Rony, Remo Lupin e sua esposa Ninfadora, entraram no quarto nesse momento.

- Não me parece que a senhora tenha o direito de julgar a natureza dos relacionamentos de Harry Potter com quem quer que seja – disse friamente o lobisomem.

- Essa não é exatamente a função da senhora – emendou Hermione Granger.

Harry, agora com os olhos abertos, mas ainda com uma inconfundível expressão de dor, murmurou:

- Eu não quero essa mulher aqui. Ela implica com o Draco.

- Claro, querido – responde carinhosamente Gina, segurando a mão do moreno.

- Ora essa! – indignou-se a mulher mais velha – Quem esse moleque pensa que é?

- Esse moleque é o herói do mundo mágico! – retrucou Ninfadora Lupin – Saiba a senhora que há inúmeros enfermeiros e enfermeiras nesse hospital que se ofereceram para cuidar dele. E que não estão interessados em julgamentos morais.

- E quem é você? – pergunta a enfermeira, olhando com desdém os cabelos rosa chiclete da minha prima.

- Ninfadora Tonks Lupin ao seu dispor – responde a jovem – Auror encarregada pelo Ministério da Magia da Grã Bretanha da segurança de Harry Potter. E quando eu digo segurança, significa também impedir que velhotas chatas o incomodem!

Hermione, Rony e Remo Lupin abafam o riso com dificuldade. Essa minha prima é das boas! Pena que eu a tenha conhecido tão tarde.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

- Tudo bem, querido? – lhe diz a Gina Weasley quando vê o enfermeiro acomodar Harry na cama do novo quarto.

O novo enfermeiro é um jovem negro simpático, com cabelos trançados e uma expressão alegre no rosto. Foi um dos vários que se ofereceram para cuidar de Harry. Sua família é trouxa e como muitos originários de lares não mágicos, o rapaz tem verdadeira veneração pelo meu namorado. Eu até poderia ficar com ciúme se não percebesse que essa veneração nada tem de sexual. Ele apenas sabe que está hoje em segurança, e também os seus familiares, graças à coragem do moreno. Felizmente não parece propenso a fazer julgamentos sobre a vida amorosa de Harry Potter.

O novo quarto também é bem mais confortável e tem uma cama para um possível acompanhante. Remo Lupin, que tem um importante cargo de consultor no Ministério, e sua esposa, providenciaram acomodações bem melhores no Hospital St.Mungus. Parece que convenceram o ministério que não seria bom para o prestígio do governo não tratar Harry Potter como ele merece. E não nos cobraram nada por isso. Não que eu não estivesse disposto a pagar o que fosse necessário para fazer meu amado ficar confortável.

- Eu me sinto meio arrogante com tudo isso – Harry diz ainda com alguma dificuldade.

- Ah, sim – eu digo irônico – É arrogante demais o cara que salvou o mundo mágico ter acomodações confortáveis e se livrar de uma enfermeira chata e preconceituosa!

- Tudo em cima aí, pessoal? – pergunta o enfermeiro – Está confortável, Harry? Se precisarem de alguma coisa, é só apertar esse botão azul e eu aparato na hora.

- Certo, Jonah – eu digo para o enfermeiro – Obrigado por tudo.

- Ah, agora eu sei que você vai cuidar bem do nosso paciente – me diz o enfermeiro, piscando o olho.

Sou obrigado a sorrir. O cara é muito simpático.

- Parece que você tem um fã – Gina brinca com Harry.

Harry sorri de volta. Aquele sorriso triste que não o abandona nos últimos tempos.

- O cara é totalmente hetero, pelo que ele me disse – o moreno explica – Me mostrou a foto da noiva e tudo.

- Não posso dizer que não fico feliz ouvindo isso – digo com sinceridade. Você sabe que é meu, não é mesmo?

Eu o envolvo nos meus braços e o beijo. Gina se aproxima de nós e nos abraça.

- Eu não queria preocupar vocês – diz Harry emocionado – Eu não sabia o que fazer...

- Está tudo bem, Harry – Gina lhe diz – Nós entendemos você.

- Draco me disse o que você teve que fazer para me encontrar – ele fala para a ruiva – Eu sinto muito.

- Você sente muito? – Gina lhe pergunta com lágrimas nos olhos – Ah, Harry, eu senti a sua dor. Você não merece passar por isso!

Gina o abraça de novo. Deixo um pouco os dois a sós. Eles não tiveram tempo de conversar depois de tudo. Harry está morrendo. A verdade contida nessa afirmação parece me esmagar subitamente. Morrendo. Encosto a cabeça na parede fria do corredor do hospital. Morrendo.

Sinto uma mão tocar meu ombro. Tenho os olhos fechados. Surpreso, quando abro os olhos e me afasto da parede fria, vejo Paul Chi atrás de mim. O maldito “Senhor Doutor Chi”! Em carne, osso e olhinhos amendoados.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

AÍ ESTÁ O CAPÍTULO 14. CONTINUO ESPERANDO REVIEWS!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.