<b>Eu sou eu</b>



Eu sou eu


(...)


E eles esperarão, esperarão, esperarão em silêncio absoluto, que eles queriam quebrar com a pergunta “Será que eles já vêem?”, mas não tinham coragem de quebrar o clima. Apesar dos garotos estarem esperando pessoas diferente das que as garotas estão esperando.

Cada momento de agonia era desesperadora. Mas por que eles prenderão os garotos naquele lugar? Para que eles não xereteassem em nada ou por que Dumbledore era um comensal da morte disfarçado? Cada qual com sua opinam.


Lá por volta das 10:30...


Lílian e Mandy já estavam inquietas. Não agüentavam mais esperar Dumbledore sentadas, quietas, apreensivas. Estavam muito tensas para continuar ali, paradas. Aluem tinha que começar uma conversa, para realçar os nervos. Mas nenhuma das duas abria a boca.

Mas isso foi só até ouvirem finalmente um barulho do lado de fora. Elas correrão e enterrarão os ouvidos na parede

- O que é isso? – perguntou Lílian para Mandy no mesmo instante.

- E eu sei – ela fez uma pausa pensando. – Parece o barulho de alguém caindo com um mundo de livros.

- Seria legal alguns livros para passar o tempo...

- Lílian, do estado que você está, a ultima coisa que vai conseguir fazer é se concentrar num livro. Apesar de que para ler um pouco e bancar a santinha certinha, você consegue fazer cada loucura – pela primeira vez em um bom intervalo de tempo, há uma sombra de risada no rosto de Mandy.

- Mandy, não deveríamos nos manterem unidas nuns momentos desses? Não deveríamos ficar em uma completa paz repleta de harmonia? Não deveríamos ficar brigando, com certeza!

- E quem disse que eu estou brigando com você? E não deveríamos estar tentando escutar sons?

- Tá, então cala a boca!

Mandy calou-se, mas fez isso tarde demais. A pessoa que estava levando um mundo de livros e os deixou cair no chão já tinha catado tudo e ido embora. Por mais uns três minutos elas permanecerão com os ouvidos grudados na parede sem portas.

- Ah, não, os perdemos! Mandy, não dá para falar menos da próxima vez?

- Não estava falando muito. E foi você quem começou. E também foi você quem disse que não deveríamos ter qualquer tipo de briga?

- Ai, tá! Desculpa-me, Mandy! – E estendeu uma mão para frente da amiga. –Amigas?

- Amigas! – Mandy apertou a mão com força e milésimos de segundos depois a puxou para um abraço realmente apertado, o que Lílian revidou também a apertando muito forte. – Ai! Me solta, tá me apertando demais!

- Mas quem começou a apertar aqui?

- E quem estava me pedindo desculpas a segundos atrás?

- Ah, tá. E você não está sentido nada não?

Lilly havia sentido um arrepio irritante nas costas. Era como se uma corrente de ar muito frio de repente bater somente na sua coluna despida de qualquer panos, apesar de já estar vestida com um vestido de algodão cor-de-rosa claro. E essa sensação era desagradavelmente familiar a ela.

- Foi só o vento... mas a janela não está para lá? – Mandy apontou confusa para frente, onde se situava a janela, que mostrava um dia quente e calmo, sem ventos. – Como é que uma corrente de vento foi parar nas nossas costas? A não ser que...

As duas viraram ao mesmo tempo para as costas. Mas logo estavam desapontadas: não havia nenhum aporta aberta com um ventilador do lado de fora.

- Não tem nada aqui. Talvez seja somente uma goteira que está pingando bem nas nossas cos... Ah!

Lílian gritou delicadamente quando sentiu que estava sendo puxada para trás por uma corrente de ar terrivelmente fria. Mandy também fez isso: mas esqueceu de ser delicada, e soltou uma grasnada escandalosa. Elas fecharão os olhos e fizeram uma careta, uma para a outra.

Quando abrirão os olhos (Mandy primeiro, em um estalo brusco e assustado, para finalmente Lílian fazer isso meia zonza de medo), já não estavam mas naquele quarto, estavam novamente no escritório do diretor Dumbledore.

- Prof. Dumbledore! Eu pensei que o senhor tinha esquecido-nos naquele quarto! – Lílian quase chorou de alivio. Agora estavam salvas daquele pânico bobo de uma criança que foi o ultima a ser buscada na escola.

- Ora, mas é claro que não iria esquecer. Passei a manhã inteira investigando a memória daqueles começais. E um bom tempo disso vendo o que ele sabia sobre vocês.

- O que o senhor descobriu, diretor? – Mandy não cabia em sai de curiosidade. Na verdade Lílian também não.

- Er... vocês não querem chamar os garotos para saberem também?

Lílian e Mandy se entreolharam.

- Por que o senhor não os coloca aqui também, como fez conosco?

- Porque acho que eles teriam um certo ataque se fizermos isso, Srta. Evans. Sabem, pensar demais nunca nos fará bem. De cada mil pensamentos numa hora de pânico, somente um é o certo, a verdade. O resto são apenas frutos da pura imaginação para tentar nos acalmar ou nos assustar. E são os que mais aparecem. As senhoritas forão uma rara exceção nessa regra, porque logo pensarão o certo.

- Mas como vamos parar lá?

- Do mesmo jeito que foram parar aqui, mas desta vez não vou fazer isso ser tão lento – uma sombra de um sorriso apareceu no rosto do diretor. – Qualquer coisa que der errada, se abaixem e tentem desvendar a verdade. Tchau!

Novamente elas sentirão o frio nas costas e novamente se virão saindo de um lugar sem a permissão delas. E ainda novamente tiveram o horrível sensação de estar cindo para traz. Não seria bem mais fácil e confortável colocar uma porta?


Depois das garotas serem mandadas para o quarto dos garotos, no lugar citado...


O clima de tensão no quarto dos garotos estava incrivelmente feio. Já fazia muito tempo que eles estavam ali, parados, com as varinhas saindo do bolso da calça para facilitar o acesso e tentando apurar qualquer barulho.

Eles não tiveram a mesma sorte doas garotas, que tinham ouvido alguém cair com livros, por isso passaram umas boas horas só olhando para a cara do outro, sem mexer nenhum músculo da boca. O que mais queriam era falar alguma coisa. Mas a boca estava seca demais.

Muito tempo depois de “descobrirem” que Dumbledore não era Dumbledore, um barulho de algo quebrando invadiu o quarto.

- Que isso? – rapidamente falou Tiago, antes de verem Lílian e Mandy aparecendo do nada.

Tiago, Sirius e Remo apontarão suas respectivas varinhas para as duas. Lílian, ao perceberem que iam ser atacadas, abaixou e pegou no pulso de Mandy e a puxou com ela. Ela se lembrou das palavras do diretor e então fez uma cara de séria, se levantou e gritou:
- Parem já com essa besteira! Onde já se viu, tentar azarar a gente! Deviam ter vergonha, Potter e Black. E que história é essa de fazer as maluquices que eles fazem, Remo? Pensei que era responsável!

- Você não é a Lilly – berrou Tiago no mesmo tom dela. – Você é um comensal disfarçado de Lilly e Mandy e pegarão as duas e fizeram não sei o quê. E agora me devolve a minha Lilly!

- Ah, pelamordeDeus! Agora eu nem sou Lílian Evans mais! E não sou nem sua e nem Lilly para você!

- Então prova que você é a Evans! E que essa daí é a Langlie – Sirius apontou a garota que ainda estava no chão.

Lílian respirou fundo e olhou para cima: o que ela fez para merecer isso! O quê! Antes Tiago corria atrás dela como cachorro corre atrás de carro, e agora ele a tratava como se fosse uma comensal prestes a atacá-lo! E as duas situações eram bem ruins, mas preferia muito mais a segunda do que a primeira.

Por eles, não provava coisa nenhuma. Ah, como ele foi um indelicado ao suspeitar dela! Mas depois deu uma olhadela na cara de Remo. Ele sinceramente acreditava que elas eram elas, mas pelos amigos ficava contra ela. Que amigos que ele tem, ninguém merece!
E depois deu uma olhada na face de Mandy. Ela nunca conseguirá se defender de nada e de ninguém sozinha. Ela era muito legal, fiel e verdadeira, mas era uma desajeitada e muito fraca e frágil. Se não tivesse uma amiga como ela ao lado, seria massacrada só pelo fato de falar um “a”.

Não tinha outra saída, tinha que provar a verdade já sabida pelo amigo e defender a frágil amiga. Por fim deu um suspiro e começou a falar tudo que sabia que ele sabia dela para tentar provar.

- Olha, meu nome é Lílian Evans, tenho 16 anos e vou fazer 17 no dia 23 de agosto... – ela foi falando sem pausas e muito rapidamente, talvez só parando um segundo para pensar um pouco, qualquer informação que estiva na sua cabeça, sem deixar temo para os outros falarem – sou trouxa, tenho uma irmã traidora que me odeia... e eu odeio ela também... moro na rua Roffus* número 158, em frente da nova casa do Remo... eu estudava na Eethon que ficava em frente do horrendo edifício Villenueve... estudo em Hogwarts desde 71... sou em geral a primeira da sala... faço parte da metade dos clubes que a escola tem... tenho herpes permanente*... odeio qualquer coisa que tem tomate, alaranjado e o Potter. Tá bom para você?

Ela já estava sem ar. Os cabelos estavam desgrenhados pelo nível de estresse que estava e sua voz a cada segundo que falava, parecia mais fraca, já que não falou aquilo, gritou.

- Tudo bem, essas coisa qualquer idiota sabe sobre a Lilly. Não poderia nos dizer alguma coisa que só ela saiba? – Sirius cruzou os braços com a varinha ainda apontada para Mandy, concordando com cada palavra que Tiago falava.

- O que eu sei de mim mesma que você não sabe? O que você sabe de mim, Potter? Nada! Não devo ficar dando explicações bestas para seres que nem merecem resposta.

- Tiago, Sirius, ela está certa – Finalmente Remo interferiu na conversa tipo briga de seus amigos. – Tiago, Lilly tem herpes na boca. E é uma coisa que ninguém observa bem.

Lílian comprimiu os ombros para cima, com um sorriso orgulhoso no rosto, com uma cara de “quem venceu aqui, meu querido odiado Potter?”. E esse, ficou murchinho na hora: tenha acabado de fazer a coisa mais besta que poderia ter feito. Ele duvidou que sua amada Lilly era sua amada Lilly, e uma coisa pior ainda, quase azarou ela. Se não fosse uma pequeniníssima duvida, era uma vez... Mas por fim, viu que não podia implorar para ela perdoar. Deveria ir até o fim com aquela história.

- E você, é a Langlie mesmo, ou um clone dela, ou uma comensal depois de tomar uma poção Polissuco?

Mandy. Essa nunca na vida inteira conseguiria dar uma resposta decente para qualquer pergunta de vida ou morte: mesmo a vida sendo dela. Sempre dava uma enorme tremedeira quando respondia uma resposta de uma garoto que não a conhecesse. Imagina só privar o que é para um garoto que a conhece.

Lílian deu uma olhadela na face da amiga que corará, levantou o rosto (Mandy estava sentada no chão), e fixou suas grandes esmeraldas dos olhos na face de Tiago de um jeito gélido. Então começou a defender a amiga.

- Potter, você acha que ela tem que provar alguma coisa para você? Ela trem que provar o que é para um idiota que acha que dono do mundo? Não, ela não tem. Nem eu tenho.

- Lilly, meu bem...

- Cala essa boca! Pela ultima vez, eu não sou seu bem! E nem Lilly! Já cansei de te falar que é Evans– Naquela altura, Lílian já estava pi da vida com ele. Oras, mas onde é que se viu, provar que ela é ela mesma!

- Calma Lilly, ops, Evans. Mas você não vê? Nós fomos atacados por comensais, depois trazidos para cá. E quando vemos, oh!, estamos trancados num lugar sem porta! Não vê como é suspeito?

- É isso mesmo, Evans – concordou Sirius. – Agora somos prisioneiros de comensais, sem saber o que está acontecendo ao nosso redor!

Remo olhou para Mandy. Como ele não queria estar lá... O que não pagaria para que as cabecinhas dos dois seja mais madura, responsável. E não mais imaginativa, intuitiva, palpiteira. Será que não estava na cara que aquela era a legítima Mandy Langlie? Eles nunca perceberão que os olhos dela sempre tinham um misto de curiosidade e desastre?

- Eu acho que essa é a Mandy – finalmente falou isso.

- Viram, até o Remo acha que ela é Mandy. Deixem de ser cabeça dura, pelamordeDeus!

- Certo... mas que prova temos para acreditar que ela é Langlie?

Lílian fechou os olhos e respirou fundo, soltando o ar lentamente. Por que ela tinha que ficar agüentando esses dois bestas convencidos que ficam pensando absurdos? Ninguém tinha que provar coisa nenhuma para ninguém! Isso já era um absurdo!
- Não temos nada, e nem teremos. A Mandy não vai falar nada porque ela tem todo o direito de não provar nada para idiotas que acham que ela não é!

- É verdade, Evans. Ela ainda não falou nada. Não deveria ser ela que se defendesse? – o tom de Sirius era de quem venceu um jogo de espionagem, no qual o detetive fez a pergunta certa, o ladrão deu a resposta errada e agora o havia encurralado.

Mandy Langlie se defendendo, do jeito que ela é... seria mais fácil a Lílian e o Remo tirarem um T em todas as matérias. Mandy nunca fora uma pessoa confiante, que não tinha medo de falar o que acha. Muito pelo contrario. Só falava muito e sem sentir vergonha com sua melhor amiga, Lílian. Até algum tempo sentia a maior dificuldade do mundo para falar com os Marotos, mas pelo fato de ser a pessoa que mais entendia a cabeça de Lílian e por ser amiga de Ammy, eles (Tiago e Sirius na verdade) começaram a se aproximar dela, apesar de continuarem a chamar de Langlie, eram raras as vezes que eles a chamam de Mandy. Mas mesmo assim, a única pessoa do grupo que ela conversava normalmente era com Remo. O que não quer dizer que não sinta envergonhada de falar com o resto.

- Eu... eu... eu... Eu sou eu, que coisa!

- Mandy, você não tem que provar porcaria nenhuma. Potter e Black, ela é ela, não trocaram ela no bagageiro.

- O que é um bagageiro?

- Não interessa, Sirius. O importante é que essa é Mandy! Uma melhor amiga nunca confunde a outra. Isso seria a mesmo coisa de você, Tiago ou você, Sirius, falar que o Sirius ou Tiago não são eles mesmos.

- Você está confundindo as coisas, Aluado. Isso não tem nada haver com o caso.

Pronto! Agora Remo tinha finalmente encontrado a peça chave para terminar a briga de identidade. A única pessoa que poderia falar que Mandy é a Mandy era Lílian. E foi isso mesmo que ele falou:

- A única pessoa que poderia falar que Mandy é a Mandy é você, Lílian. Então: essa garota é ou não é Mandy Langlie?

- Ela é Mandy Langlie, filha de Robin e Sita Langlie, sua vizinha, Potter.

- Então, assunto encerrado. Ela é Mandy e ninguém pode contestar – Remo sorriu triunfante no final. Afinal, ele que tinha ganhado.

- Mas...

Tiago tinha começado a falar, mas Lílian o fuzilou com os olhos enquanto estendia os braços para ajudar Mandy a se levantar. Essa, nunca passou por uma situação mais embaraçosa que essa.

- Tudo bem! Mas, como vamos sair daqui.

Quando Sirius terminou de falar, todos sentirão um frio nas costas. Poucos segundos depois, foram puxados para traz.

(...)


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