Depois da briga não se baixa a



Depois da briga não se baixa a poeira: cria-se clima de tensão



Realmente, aquela garota tá doida, pensava Tiago. Afinal, o que é que tinha dito de tão mal assim? Ele já tinha dito coisas piores.

E por que ele tinha desabado no chão a chorar, só por causa daquelas palavrinhas de nada? Ninguém nunca chora só por causa de algumas palavras de um louco apaixonado. Bem, só se for quando a garota sai correndo para dar um abraço e um beijo no rapaz, e quem o dera! E Lílian Evans chorando? Isso é estranho. Realmente, eu devo ter falado demais.

E começou a descer a escada de Faia silenciosamente. Parou no meio do seu ato e se sentou em um dos andares.

E pensava...


Na sala, apurando os ouvidos...



- Será que já terminou a briga? – murmurou Sirius.

- Acho que o Tiago não volta lá agora, e a Lilly tá chorando. Pelo menos, é isso que o som sugere. – murmurou Mandy em resposta, mais baixo que o outro.

Se Tiago não tivesse parado para pensar bloqueando o caminha da escada, ele logo pararia de pensar no que deu nela e começaria a rir histericamente. A cena na sala era pós-hilária!

Eles deslocaram uma cadeira da cozinha e a colocaram à direita da sala, encima de um tapete amarelo de estilo auto modernismo. E Sirius estava de pé, em cima da cadeira, olhando para baixo, com medo de cair, ainda que tinha que se preocupar com outras pessoas caírem, e segurava um par de pernas. Mandy, como era a mais leve do grupo, estava sentada em cima dos ombros de Sirius, sua cabeça quase raspava o teto. Havia um copo em sua mão, entre o teto e o ouvido. Remo estava muito concentrado em seu papel de segurar a cadeira, não deixaria Mandy cair com um copo do lado. Isso daria uma bela cicatriz no meio da cara. Mas no meio de sua concentração, havia algo que estava ao mesmo tempo nos dos garotos:

Eles queriam saber mais sobre a briga.

Afinal, a curiosidade é humana! Quem nunca fez uma fofoca que atire a primeira pedra neles!

- Acho que já podemos descer, Sirius.

- Ok! Segura firme ai!

- Espera um pouco... – Mandy pegou o copo e, com uma boa pontaria, acertou em cheio em um sofá azul. Rolou um pouco em direção do cão, mas não caiu e espatifou em mil pedaços. – Pronto.

- Se segura. Mandy! – sibilou Sirius
.
Com muito cuidado, o garoto se abaixou em cima da cadeira, com Remo segurando firme para evitar o tombo, ainda que não haja mais o risco de Mandy ter a cara deformada pelo copo. Não era no fim que ele deslizaria, resultando uma bela queda, da qual a moça ainda seria a mais prejudicada.

Com cuidado, o garoto tirou o primeiro pé da cadeira, esse indo em direção do chão. O problema era que Mandy apesar de magra, tinha um peso considerável desagradável na cabeça de quem estava descendo de uma cadeira, com um pé só sustentando. Não deu outra: Sirius caiu e consequentemente, Mandy.

A sorte dela fora que não deu um belo beijo no chão. Não! Mas dera uma bela dor de coluna à Remo, já que caiu um cima dele. Sirius, com muita sorte, caiu em cima do sofá mesmo. Mas não fora tão sortudo assim: caiu no sofá que Mandy tinha jogado o copo, e ele não o quebrou com o impacto, e sim com o fato de ter o jogado no chão, o transformando em bilhares de caquinhos de vidro.

Isso fez Tiago, que esta ainda pensativo no meio da escada, finalmente acordar de seu transe. Foi correndo para a sala de estar.

- Que barulho foi esse? – E deu uma bela olhada para as coisas hilárias que estavam na sala: Mandy no chão em cima de Remo, ambos vermelhos ao extremo; Sirius em cima do sofá de uma maneira nada confortável, abaixo dele um copo mutilado; uma cadeira caída no chão da cozinha no meio da sala. Era impossível não esquecer de tudo e começar a rir.

- O que tem de engraçado nisso?

Tiago não respondeu a pergunta, simplesmente começou a rir mais alto, na altura suficiente para provocar um barulho oco em cima da cabeça deles: no quarto de Lílian.

- O que ouve lá em cima? – Mandy saia de cima da Remo, fingindo sem sucesso que não estava nada constrangida e embaraçada com essa situação. – Dava para ouvir gritos a cem metros daqui!

- Não foi nada.

Sua irritação tinha voltado. Afundou-se em uma poltrona perto de si carrancudo. Olhou para a cara de Sirius, que expressava uma inconfundível curiosidade.

A cara de Sirius curioso era uma coisa estranha. Um fato raro, já que ele era uma pessoa que não se importava com o que acontecia com os outros. E se importasse era para depois reclamar. Fazia um sorriso estranho, que não combinava com sua face. Os olhos tinham um brilho de curiosidade, quase fanáticos para descobrir um coisa. E isso significava que seu amigo realmente queria saber o que acontecera.

Estava prestes a rir quando se lembrou de uma certa conversa que tivera antes de correr para o quarto de Lílian.

Foi a mentira daquela idiota a sua frente a causadora de sua briga com a moça. A sua moça. A sua amada moça ruiva.

- Foi você, seu idiota! – ele tinia de raiva.

- Eu o que, Pontas? Tá maluco?

- Foi você que fez com que eu brigasse com a Lilly?! Foi, foi você sim! Por que você fez isso? Você quer tirar a Lilly de mim, não é? Quer ficar com ela, dar um chute no meu traseiro, seu traidor!

- Pontas, você está bem?

- Não, Sirius, eu não estou nada bem e por sua culpa!

Se no quarto de Lílian ele estava com raiva, agora na sala de visitas a raiva era tanta que chegava a transpira-la pelos poros.

- Tiago, nos não sabemos porque, mas você está estressado – Remo já havia se levantado do chão, lugar onde estava graças a queda de Mandy. Como sempre em seu papel de mediador nas raras brigas dos dois amigos. – Não é melhor você as sentar, respirar melhor, e se acalmar. Leva uma cadeira lá para fora, o amanhecer tá tão bonito e...

- Remo, fica longe disso, que isso é comigo e com Sirius!

- Não, Pontas! Não ter nada que você vai resolver com o Sirius agora! Sabe o que você vai fazer?! Vai dormir. Teve um dia muito cansativo!(Nota: Desde os capítulos depois de Uma noite na Ordem, é tudo um dia só!) Precisa descansar!

- Remo, EU NÃO VOU DESCANSAR ATÉ PARTIR A CARA DESSE UM AQUI!

- SIM, VOCÊ VAI! – Remo com raiva era uma coisa mais rara de se ver ainda. – Mandy, vem aqui para me ajudar a rebocar o Tiago para o quarto dele?
Mandy acenou positivamente com a cabeça levantou-se. Remo rinha prendido os braços de Tiago e murmurava palavras tranquilizadoras em seu ouvido. Parecia que tinha dado certo: ele parecia mais calmo. Já estava menos violento. Com isso Mandy só precisou os acompanhar para o quarto.

- Já está mais calmo, Pontas?

- Tô sim, Aluado. – ele ofegava. – Bem melhor. Mas ainda com vontade de patir a cara daquele idiota.

Mandy se perguntava o porquê daqueles apelidos na opnião dela idiotas. Os apelidos de Remo e Sirius ela já havia descoberto há anos. Remos sempre esteve distraido, para lá da Lua, aluado. E Sirius sempre foi o eterno galã de casaca de Hogwarts, o Almofadinha da cidade. Mas isso ao pondo de colocar esses apelidos neles? E Pontas e Rabicho, que era o apelido do outro garoto que não estava com eles? De onde vieram?

Não sabia disso por falta de curiosidade. Às vezes esquecia que era Mandy Langlie e dava uma de Jane Bond e começava a investigar. Mas nunca conseguia arrancar nada dos garotos, e quando ia longe demais, de Lílian. Mas aquela definitivamente não era uma hora para “Hey!, por que vocês se chamam por esse apelidos ridículos?”. Era melhor ficar de boca fechada, parar de pensar nisso, consolar um pouco e, principalmente, prestar atenção no que Tiago dizia.

- Sim, isso é uma verdade.

Um “O que você falou para o Pontas dizer sim, Aluado?” não seria a melhor coisa para dizer nessa hora, pensou ela. Principalmente pelo Pontas e Aluado. O humor de Tiago não estava à favor dela.

- Pontas, acho melhor você ficar sozinho. Vai ser melhor para você. – bem baixinho, acrescentou: - durma até o Sol nascer.

E isso ele fez, dormiu profundamente, sem nem perceber Bonnie e os fungos de uma garota ao quarto ao lado. E sem nenhum motivo sorriu, se lembrando de como linda Lílian ficava com raiva, na opinião dele.

Aquilo é mesmo um caso incorrigível!



Voltando ao início do capítulo, com outros olhos...



(Gostaria de deixar claro que de vez em quando, os parágrafos que eu relato se misturam com os pensamentos de Lilly. Não estranhem.)



Ela levantou o rosto depois de alguns minutos. Ela tirou a longa cabeleira da cara. Ela mirou-se no espelho. Ela ignorou os pios de dor. Ela murmurou para o espelho:

- Essa sou eu?

Se com a crise de fragilidade que tinha dado antes da briga ela parecia irreconhecível, agora ela era outra pessoa.

Rosto muito vermelho, olhos muitos vermelhos, lábios sensacionalmente vermelhos (suas únicas feições atraentes que restaram no momento), cabelos vermelhos à la Potter.

Potter.

Maldito Potter.

Maldito Potter que nem sabe o que fala.

Ou talvez saiba!

Talvez ele tenha descoberto esse segredo guardado a sete chaves de Lílian Evans. Isso era a única coisa no mundo inteiro que poderia explicar como aquelas palavras foram sair da boca dele! Tinha tanta gente presente, era fácil demais ele saber. Talvez fosse Petúnia querendo as danificar. De algum jeito descobrira que existiu uma pessoa chamada Tiago Potter e era seu peso, e resolveu doar munições para ele. Mas a moça nem chegava perto de uma coruja. E se Tiago estivesse em Dover, Petúnia não conseguiria o reconhecer, e ainda iria correndo ver ele, se a moça realmente o conhecesse. Tia também não sabia que ela era de Dover. Somente se por algum acaso Remo falasse...

Remo...

Lílian levou as mãos à boca, alucinada.

A quanto tempo ele tinha estado em Dover. Ela havia acordado tarde naquele dia, por causa da carta de Tiago (Se não fosse Tiago...). Ele sabia que Lílian morava ali, ela havia contado isso anos atráz, num dia que ele havia falado que tinha visto uma garota de costas, com os cabelos iguais aos dela, passando na rua enfrente à sua antiga casa.

Ele poderia simplesmente se aproximar de algum daqueles vizinhos e falar “Oi! Eu sou Remo Lupin e sou novo aqui. Conheço Lilly Evans, vocês a conhecem?”

Essa era a única explicação! E depois do ataque, ele fora correndo delatar seu passado para seu amigo Potter.

Isso!

Não! Mas o Remo nunca faria algo assim comigo. Remo nunca me trairia. Além do mais, Tiago falou aquilo parecendo uma perfeita cópia alterada daquilo. E isso é bom ou ruim para a pele do amigo? Talvez fosse só uma coincidência boba.

Não pode ter sido coincidência. Seria impossível. Idêntica demais. Alguém contou a ele. Mas como Remo lembraria da palavras exatamente do modo que foi pronunciada para contar a Tiago? Para isso servia papel, caneta, caderno, lápis, pergaminho, pena, tinta, ou sei lá mais da quantas para ser anotado.

Mas não pode ter sido Remo, simplesmente não pode!

Uma coisa bem grande caiu em baixo do quarto, seguido por um barulho de algo pequeno de vidro/cristal sendo quebrado. Barulho de vozes também agora. Lílian não conseguia extinguir nada. Tudo erra um roído insignificante longe de seu mundo. Nem percebia os pios desesperado de Allegra que já perdia a voz de tanto piar alto.

Mas isso não é importante para Lílian agora. Nada era importante além de pensar no que tinha acontecido. Nem aqueles berros que agora vinham eram importantes. Só pensar.

Quem sabe a bruxa malvada não vira envenenar Tiago contra ela. E se a bruxa malvada veio trazer uma bela caixa de feijoezinhos de todos os sabores de sabores exóticos para seu príncipe encantado, que continham dentro uma poção que dava todas as informações de tanto que ela não presta, disfarçada de uma modelo chique de uma agência chique da chique França, como em Chapeuzinho Mágico?

Bem... ela só tinha errado o príncipe.

Barulho de gente se aproximando. Lílian não queria que as pessoas a visse chorando, já que o obvio é que todos já saibam do chilique dela e queiram saber por que ela tinha agido daquela maneira. Então ela foi em direção de sua cama, para fingir que estava dormindo.

No caminho viu uma solitária figura ao meio dos lençóis cor de rosa: Allegra piava inalditivelmente de dor. O que Lílian fez para sua mais fiel amiga, que a ajudava a se livrar do lixo em seu quarto? Deixara sofrer de dor!

- Desculpe-me Allegra, minha querida. – e fez um feitiço para a curar. Fez menção de fazer um carinho em sua cabeça, se esquecendo do risco de alguém entrar e lhe fazer perguntas indesejáveis. Mas a coruja recuou. – todos deviam ficar longe de mim, sou um mostro.

E deitou-se na cama, sem pensar em dormir. Alguns muitos minutos depois ouviu mais pessoas subindo as escadas e fechando suas portas, todos em rumo a uma noite de paz e sonhos bons. Coisa que não será presenteada naquela noite.

E ela ficara a noite inteira em claro, sentada se chinês olhando fixamente para o espelho, pensando o qual horrível sou.



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