<b>No edifício Villenueve</b>



No edifício Villenueve


- O que você está fazendo aqui, Remo Lupin?

- Eu estou vivendo nesta casa, Lilly – ele apontou para o casarão.

- É mal educado apontar – falou Lílian baixinho.

- Ah!, o dedo é meu e eu aponto para onde eu quiser – falou fazendo pouco caso. Eu posso apontar pra você, pra minha casa, pra lá, pra cá ali, lá – e ele começou a apontar para todos os lugares.(.

- Ok, ok. Mas como assim morar?

- Bem, lá na minha antiga cidade, contaram uma loja que estava quase falindo a nossa, então mudamos pra cá, já que aqui não tem nenhuma relojoaria. E o que você está fazendo naquela casa – o garoto apontou para a casa de Lílian.

- Eu moro aqui.

Passou um tempo, mas um só olhava pro outro ou para a casa do outro, parecendo sem assunto. Então, vendo o clima ruim que se formara, Lílian falou:

- Quer conhecer a cidade?

- Claro.

Então eles forma andar rua afora, ele vendo o que nunca viu e conhecendo seu novo lar, ela revendo e lembrando dos tempos de infância que passou ali, sem saber da existência do mundo bruxo, vivendo feliz com sua irmã. Outros tempos.

Outros tempos que nunca poderão voltar.



Alguns paços depois...

- Ali é a padaria, e lá do outro lado é a minha antiga escola, a Eethon (lê-se Itôm). Tá vendo?

- Sim, e ali, o que é? – perguntou Remo interessado.

Ele estava apontando para um prédio velho, em ruínas, em frente a Eethon. Suas janelas estavam bloqueadas com tábuas, algumas janelas estavam quebradas e suas portas de entradas estavam fechadas com exceção de uma, que estava semi aberta.

- Ali é o edifício Villeneuve (lê-se Vailenãve), nunca ninguém morou nele. Pelo menos não dês de que eu nasci – falou Lílian, dando os ombros.

Naquele momento, eles viararam as costas e continuaram a andar, mas, segundos depois, eles ouviram um som alto de um vidro se quebrando. Eles se viraram ao mesmo tempo, e viram alguns cacos de vidro caindo do céu, bem próximo a eles.

- O que é isso, Remo? – perguntou a garota, com medo. Fazia um ano que não passava em frente ao prédio, e não fazia idéia do que estava acontecendo. Não passava muito por aquele lado desde que começou a estudar em Hogwarts, já que ficava completamente 1 ano longe de Dover. – Será que são bandidos?

Ele, por sua vez, parecia pensativo.

- Eu nunca morei numa cidade onde só têm trouxas – ele olhou para a cara da amiga, e vendo a expressão que apareceu, acrescentou depressa – numa cidade onde não há família totalmente bruxas. Por isso não posso dizer nada. E não é você quem morou aqui a vida inteira? Você é deveria saber.

- Mas não sei. Faz 1 ano completo que não venho aqui. E nunca procurei saber o que acontece na cidade.

- Mas não seria bom saber o que está acontecendo lá em cima? – sugeriu Remo, olhando para cima. – você sabe, entrar no prédio e subir.

- Quê??? Você tá doido? Subir? Não sabemos o que tem lá em cima.

- Lilly, Eu não estou desarmado – ele pegou a varinha que esta no bolso, mas antes deu uma olhada ao redor antes de fazer isso. – Bruxos menor de idade pode usar a varinha para se defender, já que você ainda tem 16... – ele acrescentou antes que Lílian pudesse falar qualquer coisa. Ele fazia aniversário em abril, e ela em agosto.

- Mas se tiver alguém lá dentro, são trouxas e...

- E se eles tiverem fazendo algo ilegal, podemos usar a varinha pra nos defender. Você nunca deu uma olhada na constituição bruxa não, Lilly?

- Tá bem! Tá bem! Então vamos, mas vamos ser discretos, senão pode ser era uma vez uma garota chamada Lilly e um garoto chamado Remo que se atreveram a entrar no Villeneuve abandonado e viram uns bandidos e morreram nada dolorosamente, tá?!

- Então cala a boca, senão eles podem nos ouvir e essa história vai ser verdade.

Então eles entraram, bem devagar, tomando o cuidado para não tocar em nada (estava tudo velho, e podia cair e quebrar e fazer o maior barulho). Lá dentro era tudo muito feio. Tudo (as paredes, o chão e o teto e uma mesinha. Quase não havia móveis.) estava coberto de poeira e havia algumas teias de aranha nos cantos. Então eles subiram as escadas (sem coragem de tocar no corrimão, que com certeza a madeira estava podre) e não viram nada no primeiro andar.

- Não tem nada aqui Remo, vamos voltar. – sussurrou a garota no seu ouvido, com um visível medo que poderia haver mais pra cima.

- Esta com medo, Lilly? Se quiser pode voltar, por que eu vou continuar. – foi a vez dele sussurrar no ouvido da moça.

- Eu estou com medo, mas não vou deixar você ir sozinho. Talvez lá em cima só tenha gatos, nada com que se preocupar. Nada mesmo. Você vai até se decepcionar. Só gatos. Gatinhos branquinhos fofinhos de olhinhos azuiszinhos clarinhos. Gatos. Vou contigo, afinal, são gatinhos lindinhos – parecia que em cada sussurro ela tentava se convencer da teoria dos gatos no edifício Villenueve.

Eles subiram mais um andar. Esse parecia igual ao primeiro. Eles não deveria ter medo de gatinhos fofinhos e bonitinhos, muito engraçadinhos.

Já no terceiro andar, Lílian sussurrou novamente:
- Vamos embora?

Remo olhou para ela.

- Lilly, eu não estou obrigando você a nada. Pode voltar.

- Mas eu não vou te deixar ir sozinho para lugar algum para correr algum perigo sozinho. Sabia que gatos tem garras afiadas e podem passar doenças, além de matar as roupas? Não, não. Vou com você. Vou com medo, mas mesmo assim eu vou. E também eu tenho livre arbítrio, vou onde quero, quando quero e pago pelas conseqüências numa boa.

- Mas tem certeza de que quer subir? Se você quiser eu desço com você, Lilly, e depois volto. Não tem problema algum.

- Vamos subir de uma vez?

Agora eles estavam no quarto andar. Esse já não parecia com nenhum dos outros. Ele já estava limpo, e se podia ver uma luz saindo em uma das portas. Eles estavam tesos. Nenhum gatinho poderia limpar o chão e acender uma lâmpada. Geralmente eles sujam e vêem muito bem no escuro. Então Lílian encostou sua orelha na parede ao lado da porta e a tirou correndo (a orelha de perto da parede).

- Oh, tem alguns alguéns gritando feito loucos lá dentro – sussurrou baixíssimo a Remo, desta vez com os lábios quase colados nas orelhas dele. Era visível seu medo.

- O que você quer dizer com “alguns alguéns”? Tem mais de uma pessoa? – o sussurro dele foi um pouco mais alto, mas ainda assim continuava a ser impossível ouvir se não fosse falado na orelha de alguém. – Tem mais de uma pessoa lá dentro?

- Tem muitos alguéns.

- Vou ver.

Então Remo se aproximou da fechadura, e olhou pelo buraco da chave. Ele como Lílian, olhou e um segundo depois, tirou a cabeça de perto da fechadura correndo. Ele agora parecia Ter mais medo do que a garota.

- São comensais...

- Da morte? – ela perguntou.

- É. Vamos embora, pelo amor de Deus.

Então eles foram, com uma coragem de não sei onde tiraram apara se movimentar (mesmo que fosse lentamente), andando nas pontas dos pés, em direção da escada.

Mas, quando chegaram na escada, a porta se abriu (nota: até eu que estou só escrevendo estou com o coração quase saindo pela boca!) e um vulto totalmente vestido de negro, com uma máscara saiu. Ao ver os garotos, ele falou bem alto:

- Peguem os dois.

- Corre Lilly – gritou bem alto mesmo para a amiga, parecendo descontar seu medo no grito. E a amiga fez o mesmo, mas ela só gritou um “Ah!”.

Eles saíram correndo, pulando 3 ou 4 degraus de uma só vez, enquanto haviam 4 ou 5 comensais atrás deles. Eles poderiam ter paralisados de medo, mas o instinto de sobrevivência era maior do que o instinto de “Estamos perdidos. Vamos parar para Ter uma morte menos dolorosa.”

Chegando no primeiro andar, eles perceberam que os comensais iriam ao alcançar (Eles poderiam estar com aquelas vestes com saias até os pés, ao contrario dos jovens que estavam ele com uma calça e ela com uma saia até nos joelhos, mas eles corriam mais.), Lílian descreu 4 degraus para depois pular os 6 restantes. Mas Remo não tinha tempo de fazer isso. A mão de um dos comensais estava quase o tocando, ele pulou os 10 mesmo.

E como ninguém é de ferro, somos de carne e osso, seu pé não agüentou a queda ele torceu o tornozelo. O que era uma grande vantagem para os comensais, já que Lílian ainda estava lúcida e cheia de razão e ela nunca iria deixar um amigo na mão numa hora dessas, tinha voltado para reboca-lo, já que agora ele deveria andar devagarinho.

Agora só faltava um metro para o comensal que estava a frente tocar nos garotos. Meio metro, trinta centímetros, dez centímetros (nota: meu coração já saiu pela boca a muito tempo), quando
...




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