<b>O vizinho ao lado</b>



O vizinho ao lado


O dia amanheceu, mas Lílian não acordou. A raiva cansa as pessoas, dão um peso na alma, e para arrebatar isso, nada melhor que lindos sonhos. E na noite anterior ela estava sentindo muita raiva.

Enquanto ela dormia, sem pensar em fazer esforço algum, uma pessoa bem perto dela, de sua mesma idade, só pensava “como vou terminar de arrumar isso? Que bagunça!”

Era que na casa em frente a de Lílian, que não era habitada por uns bons anos, finalmente recebeu moradores. Ela foi abandonada desde quando sua dona, a senhora Allenby, morreu e deixou todos seus bens para seu único filhos, que morava lá nos Estados Unidos e, nunca tinha tempo de fazer nada. Agora ele incrivelmente arranjou algum tempo e vendeu ela para uma família que vivia em Bristol.

Mas não era uma família qualquer. Era uma família de bruxos, apesar da esposa ser normal (agora que estou me lembrando de mencionar, as pessoas que não possuem magia são chamadas de trouxa pelos bruxos.).

E ainda por cima Lílian conhecia o filho deles muito bem.

Muito bem...



Algumas poucas horas depois...



Foi só lá pelas 11 horas da manhã que Lílian finalmente acordou. Mas mesmo assim, estava morrendo de sono. Afinal, eram férias e até a mais certinha das estudantes do mundo tinha direito de dormir altas horas e acordar meio-dia. Então ela foi ao banheiro, escovou os dentes e lavou o rosto quando se lembrou...

- Petúnia, é hoje que os vizinhos novos chegam, né? – perguntou para a irmã que passava no corredor.

- É claro, mas já que você dorme mais que a cama, – ela falava com todos os sintomas de um enorme desgosto na voz. – eles já devem estar pensando que tem vizinhos mal educados. Nossa mão disse que só os visitaremos todos juntos. E infelizmente eu não vou poder falar que não sou sua irmã. Então...

- Tenha toda a certeza do mundo que eu queria ficar a metros de você, ou melhor, quilômetros. E nem venha falar mal de mim para ninguém. Como se eu não soubesse o que você anda falando quando estou fora.

Enquanto dizia isso, além de aumentar cada vez mais o tom de voz, marchava para o quarto, com muita raiva. Por que tudo tinha que ser assim, pensava.

Então ela trocou de roupa, já que tinha que passar uma boa impressão para os vizinhos. Então colocou uma saia azul e uma blusa verde (Estamos noas anos 70, lembram. Para ser mais precisa, no dia 8 de julho de 1977.). Então ela foi para a sala, onde sua mãe estava lendo um livro, esperando a filha.

- Lilly, eu pensava que você tinha desmaiado. Cadê sua irmã?

- Tá lá no quarto dela.

- Então vai chama-la.

- Tá, já vou.

Então ela foi a mais calma que conseguia, ao quarto de Petúnia. Ao chegar lá, ela nem abriu a parta para adivinhar que conversava na telefone. Quando fazia isso, sempre falava nem tom de voz totalmente inalditivo.

Então ela simplesmente colou as orelhas na porta para escutar a conversa.



Lá na casa dos vizinhos novos de Lilly...



- Mãe, já terminei de arrumar meu quarto – falou o garoto vizinho de Lílian. – Já posso sair de casa um pouco?

- Oh, filho, por quer sair? Você nem conhece a cidade ainda. Você pode se perder, querido – falou a mãe do garoto.

- Mas é que eu queria conhecer as vizinhos e, acho que conheço a menina que vive na casa em frente a nossa.

O garoto começou a ajudar a empurrar os sofás para a sala. Somente os quartos estavam prontos.

- Quem é? Uma namoradinha, filho?

O menino parou de empurrar e olhou para a mãe. Ela tinha os olhos brilhando, com certeza cheios de esperança de que seu filho arranjasse uma namorada, finalmente, pela primeira vez na vida (ou pelo menos, pelo menos pela primeira vez na vida que fala para os pais). Mas ele tinha certeza que nunca namoraria ela.

- Não, mãe. É só uma amiga de escola. Eu nem sabia onde ela morava mesmo...

- Ah, sei...

Quando eles se darem conta, estavam tendo uma conversa chata sobre namorar. E acabou ficando mais chata ainda quando o pai do garoto chegou (ele estava vendo as condições do novo trabalho. Aquela família era dona de uma loja de uma loja de relógios.)(Nota: eu estou vendo muito Sabrina a aprendiz de feiticeira, tá?).



Novamente na casa de Lilly...



- Sabe, Mona, eu pensei que minha férias poderia ter sido muito melhor, se não fosse a minha irmãzinha.

Agora ela parara de falar, obviamente, para aquela idiota da Mona Lindbergh (lê-se Linbergui), aquela idiota da amiga daquela idiota da Petúnia, falar coisas tipo “Aquela idiota nem ao menos tem bons modos com suas superioras.”ou “Realmente, vocês duas não parecem irmãs. Ela é tão mal educada, e você refinada.”ou ainda “Parece que ser uma pessoa de bem não tem nada haver com sangue. O dela é ruim e o seu bom.”.

- Claro que está pronto. Você acha que ei iria agüentar passar mais algum dia com aquela vulgar? Tenha certeza que não.

Do que será que ela estão falando. Quem é a vulgar e mal educada aqui, Petúnia? Acho que está falando de você mesma.

- Você tem planos maravilhosos, Mona.

Que plano???

- A gente pode executar essa noite mesmo.

Lílian não podia mais ficar ouvindo a conversa escondida. Alguém ia execultá-la naquela noite. Ela iria morrer. A amiga idiota de Petúnia, Mona, e a própria irmã estavam planejando sua morte.

Então ela abriu a porta e arrancou o fone de sua irmã, com força.

- Escuta aqui, Lindbergh, vocês não vão fazer nenhuma m*** de plano contra mim não.

- Nossa, Evans como você voltou mal educada, hem? – falo a voz metida a chique e enjoativa de Mona.

- Nossa, Lindbergh, como você é mal educada, hem? Não sabe nem que é feio falar às costas dos outros. E Petúnia, nem vem, que eu estava ouvindo.

Então Petúnia gritou:

- Lílian, devolve agora esse telefone AGORA!!!

- Tudo bem, TOMA – mas quando Lílian jogou ele para Petúnia, ela já tinha desligado ele na cara de Mona.

- O que está acontecendo aqui???!!! – a voz da senhora Evans falou. Ela apareceu no quarto, por causa daquela gritaria toda.

- É a Lílian que pegou o telefone da minha mão e começou a gritar com a coitada da Mona, que não fez nada.

Lílian abriu a boca pra falar a verdade, mas quando sua mãe fica estressada, ninguém fala mais rápido que ela.

- Lílian, por que você estava gritando com a amiga da sua irmão no telefone?

- É por que elas estavam falando mal de mim na minha própia casa e cara – cuspiu Lílian vermelha de raiva. – E ainda elas estão com algum plano de me tirar da frente delas.

Sua mãe abriu a boca pra falar, mas pela primeira vez na vida, Lílian foi mais rápida.

- Eu ouvi a Petúnia falando “ Claro que está pronto. Você acha que ei iria agüentar passar mais algum dia com aquela vulgar? Tenha certeza que não.” ou algo assim.

- Você falou isso, Petúnia?

Petúnia olhou para os dois lados e depois falou bem baixinho, mais baixo que um sussurro:

- Eu estava planejando fugir pra casa de campo da Mona esta noite, pra passar as férias com ela lá.

- Você o que?

Vendo que iria ter uma discussão daquelas entre sua mão e Petúnia, ela resolveu ir passear um pouco, para tentar esquecer todos seus problemas: Mandy (lê-se Mendi, e seu sobrenome, que é Langlie, se lê Lenglie), Tiago, Allegra (lê-se Alegra), Tiago, Petúnia e principalmente: como escapar de Tiago, agora que tem seu endereço.



Novamente do outro lado da rua...



- Mãe, pai, pelo amor de Deus. Eu não tenho namorada. A Lílian é só uma amiga de escola.

- O nome dela é Lílian, que graça. É um nome tão bonito.

O garoto da antiga casa da falecida Allenby, já estava vermelho. Não de raiva, mas de vergonha. Não queria dizer realmente quem era Lílian para ele. E eles pensavam que ela era para ele o que ela era para Tiago (Nota: Oh! Acabei de tirar esse “Ah, garota, como se não fosse obvio que era Tiago Potter o vizinho dela” da cabeça de vocês, não é? Lembrem-se: ele está lá em Londres com Sirius e Mandy. Ele pode ser alguém já conhecido, um personagem novo...)

- Mãe, eu não gosto dela. Um colega meu que gosta. E ela tem me ajudado a vida inteira com esse... esse meu problema! Foi a primeira pessoa a descobrir e a primeira a batalhar para me ajudar com isso – o garoto estava quase chorando de tanta pressão.

- Oh, então é só isso, meu filho. Desculpa a gente.

- Tá, vou dar uma saidinha.

Ele saiu então de casa. Quando olhou para frente, viu Lílian fechando a porta da casa dela e, quando ela olhou para frente, teve uma grande surpresa. Ela nunca imaginaria encontra-lo na frente de sua casa.

- O que você está fazendo aqui, ...


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